terça-feira, 20 de março de 2007

19 DE MARÇO SEGUNDA FEIRA

GLOBO

MAIS UM NA LISTA
Depois do apagão aéreo deste domingo, que provoca atrasos em vôos até nesta segunda-feira, o presidente Lula poderá incluir o Ministério da Defesa na reforma ministerial, substituindo o ministro Waldir Pires. O presidente havia decidido deixar esta mudança para daqui a uns dois ou três meses, mas teria decidido precipitar a troca, segundo uma fonte do Palácio do Planalto.
No fim do ano passado, Lula cogitou substituir Waldir Pires, mas preferiu adiar em função de problemas pessoais do ministro.
Ele ressalta que Waldir Pires é leal e, por isso, gostaria de esperar um melhor momento para ele, Pires, para fazer a troca.
Waldir Pires foi convocado ao Palácio do Planalto nesta manhã. A conversa com o presidente deve ser sobre as providências tomadas pelo governo em função da nova crise nos aeroportos pois também foram chamados representantes da Anac, a Agência Nacional de Aviação Civil, e também do comando da Aeronáutica. POR Cristiana Lôbo

PMDB SONDA DELFIM PARA AGRICULTURAUm representante da cúpula do PMDB sondou o ex-deputado Delfim Netto sobre a possibilidade de ele representar o partido no Ministério da Agricultura. Ele declinou do convite. O PMDB tenta encontrar um nome ligado ao agronegócio para apresentar ao presidente Lula nesta segunda-feira, em substituição a Odílio Balbinotti que desistiu da pasta depois de vir a público que ele responde a processo no STF por falsificação ideológica.
Mais importante é que o candidato seja do ramo do que peemdebista- disse, neste domingo, um interlocutor do presidente. Por isso mesmo, o partido anda vasculhando em seus quadros alguém com este perfil.
O presidente do PMDB, Michel Temer, acha que a questão será facilmente resolvida com a indicação de Waldemir Moka, do Mato Grosso Sul. Além de ser da bancada do PMDB ele é da bancada ruralista, disse Temer.
Nesta queda de braço sobre o perfil do novo ministro da Agricultura, é preciso esperar para saber quem vai vencer. Lula é quem, no fim das contas, faz a nomeação; mas o PMDB é a maior bancada e o presidente não deseja criar problemas logo na chegada do partido ao governo. POR Cristiana Lôbo

DELFIM NEGA QUE SEJA COTADO PARA AGRICULTURA

O ex-ministro comandou a pasta em 79, no governo de Figueiredo. "Continuo não sabendo se melancia dá em árvore", disse Delfim.
O ex-ministro Antônio Delfim Netto, do PMDB, negou hoje, em entrevista à Agência Estado, que seu nome esteja sendo cogitado para ocupar o Ministério da Agricultura. Seu nome tem sido cotado para ocupar a pasta desde o final do ano passado, mas nunca houve confirmação oficial. "Continuo não sabendo se melancia dá em árvore. Como vou ser ministro da Agricultura?", desconversou. Delfim foi ministro da Agricultura em 1979, no governo de João Figueiredo.
"Eu não entendo quem inventa essas histórias. Deve ser algum inimigo meu. Na verdade, estou muito satisfeito onde estou e acho que o presidente (Luiz Inácio Lula da Silva) está escolhendo muito bem seus ministérios", disse.
Depois do fiasco com a indicação e desistência do deputado Odílio Balbinotti (PMDB-PR) para a pasta, sobre quem pesaram suspeitas de usar laranjas para conseguir empréstimos em bancos, o partido tenta emplacar outro nome. Um deles seria o do deputado Waldemir Moka (PMDB-MS), que chegou a ser citado no escândalo dos sanguessugas. "Mesmo que haja algum problema com o Moka, deve haver outro café que possa ser aproveitado", ironizou.
Delfim elogiou ainda a ida de Walfrido Mares Guia, do PTB, para a chefia da Secretaria de Relações Institucionais e rebateu críticas de que o governo Lula continuará sem um eficaz articulador político. "Quem diz que Guia não é um bom articulador está enganado. Ele é um craque. Vai ser uma boa surpresa. Ele é muito jeitoso como todo mineiro", avaliou.

CENSO REVELA QUE 6 MIL FUGIRAM DE PRISÕES DO RIO
- O primeiro censo realizado nos presídios brasileiros, que será lançado hoje pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), revela que 6.254 presos condenados no Estado do Rio fugiram e até hoje não foram recapturados, informa Carolina Brígido.
Esse número representa cerca de 5% dos 121.939 condenados, segundo os dados do Sistema Integrado de População Carcerária, que nesta fase inicial contará apenas com informações sobre os presídios de Rio, São Paulo e Sergipe.
O número de fugitivos no Rio pode ser maior, porque o banco de dados ainda não dispõe de detalhes sobre a situação de 69.649 condenados no sistema penitenciário fluminense.
À pesquisa revela também que 2.288 presidiários no estado cometeram crimes hediondos.
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- A Petrobras, a Braskem e o Grupo Ultra anunciam hoje a compra da Ipiranga, controlado por cinco famílias. O negócio deve atingir US$ 1,5 bilhão, mas chegará US$ 3,6 bilhões com a compra das ações das empresas na bolsa.
- O presidente do PMDB, Michel Temer, consultou os cinco indicados para o Ministério da Agricultura, com o intuito de saber se há algo comprometedor na vida profissional deles


PMDB DISCUTE COM LULA NOME DA AGRICULTURA
PARTIDO DEVE ENTREGAR NESTA SEGUNDA UMA RELAÇÃO DE POSSIVEIS INDICADOS.O PREFERIDO DO COMANDO DO PMDB É WALDEMIR MOKA, MAS PALAVRA FINAL SERÁ DE LULA.
Leandro Colon

Agência Estado
O deputado Odílio Balbinotti, que abriu mão da indicação do partido para o cargo, no sábado (Foto: Celso Junior/Agência Estado)
Saiba mais
» Leia carta enviada por Balbinotti ao PMDB
» 'Recebi muita pressão', diz Balbinotti
» Balbinotti desiste de indicação à Agricultura
O comando do PMDB discute com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira (19) o nome do novo indicado para o ministério da Agricultura depois da desistência do deputado Odílio Balbinotti (PMDB-PR) em ocupar o cargo. Lula deve receber uma relação de deputados para um ser o escolhido, tendo Waldemir Moka (PMDB-MS) como favorito e preferido da cúpula do partido.
Corre por fora, com chances, o deputado e ex-ministro da Previdência Reinhold Stephanes (PMDB-PR). Constam nesta lista ainda os deputados Tadeu Filippelli (DF), Eunício Oliveira (CE) e Fernando Diniz (MG). Esses três estavam, ao lado de Moka, na relação que Lula recebeu na semana passada quando escolheu Balbinotti.
Segundo o G1 apurou, se depender do presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), e do líder do partido na Câmara, Henrique Alves (RN), Moka será o indicado, principalmente pelo bom trânsito que tem dentro da bancada da legenda na Casa. Mas a palavra final caberá a Lula. Balbinotti desistiu de ser ministro após a pressão que sofreu depois que descobriu-se que ele era investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) num processo sigiloso. A situação do deputado tornou-se mais delicada após reportagem do jornal O Globo no sábado (17) que trouxe documentos que revelam que ele teria usado ex-empregados de sua empresa como "laranjas" numa operação financeira.
PMDB QUER DISCUTIR NOME COM LULA SEM LISTA

Cristiana Lôbo
O PMDB gostaria de discutir um nome para o Ministério da Agricultura sem ter de apresentar uma lista de candidatos à vaga ao presidente Lula. Será na segunda-feira o encontro do presidente do partido, Michel Temer, com Lula. A conversa já estava pré-agendada porque, desde a sexta-feira, Odílio Balbinotti balançava no cargo.
Na verdade, Balbinotti nunca foi uma escolha do partido. Partiu do presidente Lula o pedido de que o partido indicasse alguém com perfil mais empreendedor, mais ligado ao setor, do que apenas político.Temer e Henrique Alves foram, então, avaliar currículos e encontrar o nome que Lula queria -o de Balbinotti, que recebeu o aval do governador Blairo Maggi, do Mato Grosso, que é o mais novo aliado do presidente. Em seguida, o ex-ministro Roberto Rodrigues endossou a indicação com elogios a Balbinotti.
O PMDB foi obrigado a "engolir" Balbinotti porque, segundo um aliado do presidente, se não fosse com aquele perfil, a pasta da Agricultura não iria para o PMDB. E o partido ficaria com quatro ministérios e não com cinco. Agora, os peemedebistas avaliam que a pasta da Agricultura vai ficar com o partido.- Sair um nome de outro partido ou de outro setor não está em cogitação; a repercussão dessa entrada do partido no governo foi tão positiva que o presidente Lula não mudaria isso agora-disse um importante peemedebista.A lista de nomes do partido, no entanto, mudou: em primeiro lugar está Waldemir Moka (MS) porque esteve na original e havia sido preterido na escolha de Balbinotti. Mas um peemedebista lembra que ele foi relacionado no chamado "escândalo dos sangussugas", mas depois ficou entre os que não receberam recursos da família Vedoin - aquela que pagava a parlamentares pela apresentação de emendas ao Orçamento da União.
O nome novo que entrou foi o de Reinhold Stephanes,do Paraná como Balbinotti, e ligado à cúpula do partido. Seria o nome se o PMDB ficasse com a Previdência. Stephanes já atuou na área de agricultura, informa um peemedebista que torce pela escolha dele. Ao mesmo tempo, continuam no páreo para a vaga de ministros os deputados Eunício Oliveira (CE), Fernando Diniz (MG) e Tadeu Filipelli (DF) - que estavamna lista original do partido. Se apresentar lista de nomes ao presidente Lula será muito mais para efeito interno - para o bom relacionamento da cúpula com a bancada.

WALFRIDO, O ARTICULADOR POLÍTICO

Cristiana Lôbo
O presidente Lula, enfim, bateu o martelo: Walfrido Mares Guia vai ocupar a Secretaria de Relações Institucionais e será, então, o articulador político do governo. A decisão foi tomada nesta manhã, depois da cerimônia de posse de ministros. A data da posse, no entanto, não está marcada, mas deve acontecer na semana que vem.
O presidente Lula pretendia esperar um pouco mais para definir o destino de Mares Guia, uma vez que o considerava uma reserva caso precisasse de um nome para o Ministério do Desenvolvimento. Porém, a pressão política aumentou e o PTB já deixou claro que quer ver o correligionário na articulação política e não no Ministério do Desenvolvimento.
Agora, a vaga que existe na equipe é para suceder Luis Fernando Furlan no Desenvolvimento. O presidente reconhece que está tendo certa dificuldade para encontrar um nome para a pasta no perfil que ele deseja: o de empresário e que tenha um bom trânsito na área. Ao contrário do primeiro mandato, agora, Lula está tendo dificuldade para ter na equipe representantes de setores da sociedade. Para suceder Furlan, Lula já sondou três empresários que declinaram do convite: Jorge Gerdau, Abílio Diniz e Maurício Botelho.

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CONFIRA QUANTO GANHA CADA GOVERNADOR
Média salarial dos governadores da região Norte é a maior do país (R$ 17,9 mil).
Sudeste apresenta a menor média (R$ 12,6 mil).
André Luís Nery Do G1
A tabela abaixo apresenta o salário dos 27 governadores do país.
A lista foi ordenada DO MAIOR SALÁRIO, O DO GOVERNADOR DO PARANÁ, ROBERTO REQUIÃO (PMDB), para o menor, o da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB).

Saiba mais
» Opine: governadores devem ganhar mais que o presidente?
» 26 governadores ganham mais que Lula
» Governadores tiveram reajuste após eleição
No total, os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal custam aos cofres públicos cerca de R$ 393 mil mensais. A média salarial na região Norte é a maior (R$ 17,9 mil), contra R$ 14,6 mil do Centro-Oeste, R$ 13,9 mil do Sul, R$ 13,1 mil do Nordeste e R$ 12,6 mil do Sudeste.

A média de rendimento dos governadores é de R$ 14,5 mil, mas dez ganham mais que a média - Roberto Requião (PR), Marcelo Miranda (TO), Binho Marques (AC), André Puccinelli (MS), Marcelo Déda (SE), Waldez Góes (AP), Ottomar Pinto (RR), Cássio Cunha Lima (PB), Eduardo Braga (AM) e José Serra (SP).

Estado
Governador
Salário bruto (em R$)
Paraná
Roberto Requião (PMDB)
24,5 mil
Tocantins
Marcelo Miranda (PMDB)
22,1 mil*
Acre
Binho Marques (PT)
22,1 mil
Mato Grosso do Sul
André Puccinelli (PMDB)
22,1 mil
Sergipe
Marcelo Déda (PT)
22,1 mil
Amapá
Waldez Góes (PDT)
22 mil
Roraima
Ottomar Pinto (PSDB)
18,6 mil
Paraíba
Cássio Cunha Lima (PSDB)
18,37 mil
Amazonas
Eduardo Braga (PMDB)
17 mil
São Paulo
José Serra (PSDB)
14,8 mil
Maranhão
Jackson Lago (PDT)
13 mil
Goiás
Alcides Rodrigues (PP)
12,8 mil
Rio de Janeiro
Sérgio Cabral (PMDB)
12,76 mil
Distrito Federal
José Roberto Arruda (PFL)
12,5 mil
Rondônia
Ivo Cassol (PPS)
12,3 mil
Espírito Santo
Paulo Hartung (PMDB)
12,16 mil
Rio Grande do Norte
Wilma de Faria (PSB)
11,66 mil
Alagoas
Teotônio Vilela (PSDB)
11,5 mil
Piauí
Wellington Dias (PT)
11,44 mil
Pará
Ana Júlia (PT)
11,44 mil
Mato Grosso
Blairo Maggi (PR)
11 mil
Minas Gerais
Aécio Neves (PSDB)
10,5 mil
Bahia
Jaques Wagner (PT)
10,3 mil
Ceará
Cid Gomes (PSB)
10,27 mil
Santa Catarina
Luiz Henrique da Silveira (PMDB)
10 mil
Pernambuco
Eduardo Campos (PSB)
9 mil
Rio Grande do Sul
Yeda Crusius (PSDB)
7,14 mil
* Desde 2006, o governador de Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), vem recebendo 24 parcelas de R$ 5.911,14, que correspondem à diferença salarial não recebida de janeiro a dezembro de 2005 e que elevam seu subsídio para R$ 28 mil.






Priscila passa bem no 2º dia de reinternação
Menina atingida por tiro no Banco Itaú passou por cirurgia e teve alta dia 13. Infecção no local por onde a bala passou exigiu volta ao hospital.
Do G1, em São Paulo
A adolescente Priscila Aprígio, de 13 anos, recupera-se bem neste domingo (18), segundo dia após ser submetida a um procedimento cirúrgico para limpeza do percurso da bala que a atingiu e deixou paraplégica.
Priscila foi atingida por um tiro durante a troca de tiros entre policiais e assaltantes do Banco Itaú, em Moema, na Zona Sul de São Paulo, em 28 de fevereiro.Após a cirurgia para retirada da bala, a garota teve alta, em 13 de março, mas voltou ao Hospital Alvorada na semana passada porque apresentou febre, provocada por uma infecção no local da coluna por onde a bala passou. Ela recebe tratamento à base de antibióticos e está no quarto, consciente, orientada e alimentando-se bem. O boletim é assinado pelo diretor clínico do Hospital Alvorada Moema, Guilherme Monteiro.
LEIA ARTIGOS DE EX-MINISTROS SOBRE O PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
SEGUNDO CRISTOVAM BUARQUE, AÇÕES SÃO INSUFICIENTES PARA AS MODIFICAÇÕES NECESSÁRIAS. PAULO RENATO DIZ QUE PLANO É BOM, MAS É PRECISO ACOMPANHAR A IMPLEMENTAÇÃO.


1.CRISTOVAM BUARQUE
Avanço e revolução
Cristovam Buarque diz que medidas são insuficientes. Ele defende a criação de um ministério para a educação básica.
Cristovam Buarque * Ex-ministro da Educação
O povo brasileiro vem oscilando entre a decepção e a gratidão. Decepção com a morosidade na solução de velhos problemas, e uma estranha gratidão pelas esmolas que sobram do orçamento público e são distribuídas aos pobres. Entramos divididos entre uma minoria rica – com escola, seguro-saúde e todas as vantagens do mundo moderno –, e uma multidão de pobres – sem escola, sem serviços de saúde e sem acesso às vantagens da modernidade. Vivemos uma situação de apartheid social, separados por um muro do atraso, como se tivéssemos um pé no século XIX e outro no século XXI. E nessa marcha desencontrada, deixamos de avançar.

Saiba mais
» Conheça as promessas do pacote da educação anunciadas pelo presidente Lula
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» Leia artigos de ex-ministros sobre o Plano de Desenvolvimento da Educação
Nosso presente está marcado pela vergonha da deseducação. Vamos, pouco a pouco, ficando para trás na corrida por um lugar de destaque na história. Em um tempo de economia baseada no conhecimento, o Brasil está na retaguarda do avanço científico, cuja base é a educação de base. Essa distância entre nós e os países desenvolvidos só será vencida se conseguirmos acumular conhecimento e reduzir desigualdades. E o único caminho para isso é uma revolução na educação.
O Presidente Lula anunciou um conjunto de medidas para o setor educacional, com o nome de Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Vemos o anúncio, com estardalhaço, de um pacote que chegará a R$ 8 bilhões adicionais para a educação. Ouvimos ainda uma declaração do próprio Presidente de que, em matéria de educação, “estamos no pior dos mundos”.
Quando se trata de educação, a simples evolução não é suficiente para realizar as modificações necessárias. O Brasil precisa, isto sim, de um salto revolucionário, em nível nacional.
O Plano contem propostas altamente louváveis, tais como o incentivo aos mil municípios que apresentem os piores indicadores educacionais, e a exigência de contrapartidas por parte do município. Há também um grande avanço, que é o estabelecimento de um piso salarial para professor. Mas um ponto central merece nossa reflexão.
Quando se trata de educação, a simples evolução não é suficiente para realizar as modificações necessárias. O Brasil não precisa de melhorias realizadas por alguns prefeitos bem-intencionados. Precisa, isto sim, de um salto revolucionário, em nível nacional. Esse salto na educação requer decisões drásticas, audaciosas, revolucionárias. Que signifiquem mais do que o aporte de R$ 8 bilhões adicionais, em um país que já aplica R$ 60 bilhões em educação todos os anos, e mesmo assim não consegue mudar. Não muda porque gasta mal, pulveriza recursos, desperdiça vontades. Esse quadro só mudará se o governo federal assumir para si a responsabilidade pela educação de base, assim como já fez com a educação superior. Se implementar o que venho chamando de “federalização” da educação de base, com medidas realmente capazes de transformar o triste quadro da educação brasileira, até que o Brasil consiga romper os muros que nos separam dos países desenvolvidos e que nos dividem internamente.
Em vez de estatizar capital, financeiro ou físico, disseminar o capital do conhecimento; usar lápis em vez de fuzis, professores, em vez de guerrilheiros; e no lugar de trincheiras e barricadas, escolas.
A municipalização da Educação Fundamental e a estadualização do Ensino Médio impedem a qualidade e mantêm a desigualdade na educação, pois ela passa a depender da riqueza da cidade e do estado, e da determinação de prefeitos e governadores. Com uma federalização da educação de base, o Governo Federal se transforma no executor do sistema educacional, tendo o Presidente da República como líder da mobilização pela educação. Para isso, precisa garantir um Ministério dedicado exclusivamente à educação de base, passando o ensino superior para as mãos da ciência e tecnologia. Precisa implantar horário integral em todas as escolas públicas, com atividades educacionais, esportivas, artísticas, culturais. Definir padrões nacionais para todas as escolas brasileiras, em termos de instalações, equipamento, desempenho de alunos e formação de professores. Precisa, acima de tudo, de uma legislação que garanta a implementação dessa federalização – uma Lei de Metas para a Educação, que defina os propósitos nacionais de longo prazo para a educação brasileira, e uma Lei de Responsabilidade Educacional, que obrigue os governantes a cumprir as metas educacionais definidas em lei.
Essas são apenas algumas das propostas que venho defendendo, propondo não um simples plano, mas uma revolução na educação. Essas medidas ajudariam a criar milhões de empregos, que permitiriam mudar o Brasil e fazer a única revolução possível e lógica no mundo de hoje: em vez de estatizar capital, financeiro ou físico, disseminar o capital do conhecimento; usar lápis em vez de fuzis, professores, em vez de guerrilheiros; e no lugar de trincheiras e barricadas, escolas.
* Cristovam Buarque é professor da Universidade de Brasília (UnB) e senador pelo PDT/DF; foi ministro da Educação de 2003 até janeiro de 2004 no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
2.PAULO RENATO SOUZA
O PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
Paulo Renato Souza diz que a iniciativa é positiva. Para ele, é preciso aplicar bem as medidas propostas.
Paulo Renato Souza * Ex-ministro da Educação

Depois de uma evolução errática durante o primeiro mandato, no qual sucessivos ministros definiram prioridades diversas ao longo do período, o Presidente Lula anunciou o Plano de Desenvolvimento da Educação. A iniciativa é positiva e deve ser celebrada como a primeira tentativa do atual governo de fixar rumos claros em sua política educacional. Mais importante, pela primeira vez o atual governo, assume que a educação básica será a sua prioridade. Isto deve ser comemorado.
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O Plano promete aumentar os recursos federais para a educação em 8 bilhões de Reais nos próximos quatro anos, elevando a participação do gasto federal em educação em relação ao PIB em cerca de 0,5%. Em 2002, último ano do governo FHC, os gastos do Ministério da Educação representavam 1,24% do PIB, percentual que se havia expandido nos três anos anteriores. Nos três anos seguintes caiu sistematicamente, atingindo em 2005 a marca de 1,03% do PIB, com uma redução de 0,21%. Agora, o PDE se dispõe a não só recuperar o patamar anterior, mas também a continuar a trajetória ascendente observada no governo anterior.
Mais importante do que fixar o volume de recursos é definir de que forma como eles serão gastos para melhorar a qualidade de nossa educação pública. Nesse sentido, quero destacar alguns aspectos que me chamaram a atenção positivamente e sublinhar algumas preocupações. Refiro-me a duas diretrizes que ganharam mais destaque nas entrevistas anteriores ao lançamento do Plano, mas que não tiveram a mesma ênfase no seu lançamento.
Mais importante do que fixar o volume de recursos é definir de que forma como eles serão gastos para melhorar a qualidade de nossa educação pública.
O novo programa se dispõe a vincular o apoio do Governo Federal a Estados e Municípios segundo indicadores de qualidade. Será criado um índice do desenvolvimento da qualidade da educação básica tendo como foco a aprendizagem dos alunos e os índices de repetência e de evasão escolares de cada sistema de ensino. O país hoje é dotado de um moderno sistema de avaliação da Educação – do qual o Enem e o Saeb são dois pilares – com metodologias idênticas às dos países desenvolvidos. Este foi um legado deixado pelo governo FHC, ao que o Governo atual acrescentou a Prova Brasil. O diagnóstico está feito. Falta agora incorporar os seus resultados à política educacional. Segundo entendi, esse é o propósito do governo ao vincular a destinação de recursos federais aos resultados desse Índice. Obviamente não se deve punir maus resultados iniciais, mas premiar a evolução positiva dos sistemas de ensino.
Um segundo aspecto é a vinculação de mais verbas para as universidades federais a metas de desempenho e eficiência de gestão. O novo programa pretende estimular a ampliação do número de estudantes nessas instituições, em especial nos cursos noturnos. Retomam-se assim os conceitos que adotamos no Governo anterior - quando a matrícula das universidades federais teve uma expansão de 43% e nos cursos noturnos de 103% - e que foram injustificadamente abandonados nos últimos quatro anos.
Esperamos que a gestão da educação tenha melhor sorte e que possamos ver resultados concretos, especialmente na melhoria dos indicadores de aprendizagem de nossos alunos.
O PDE propõe a ampliação da educação profissional tanto no nível técnico quanto no tecnológico (superior de dois anos). O governo Lula mostrou enorme descaso pelo ensino técnico durante quase todo o seu primeiro mandado, abandonando um programa importante de expansão levado adiante no governo FHC. Apenas às vésperas da eleição acordou para o tema, anunciando a instalação de pouco mais de 30 escolas, algumas das quais estavam já funcionando e foram federalizadas. Minha preocupação é que o novo programa se baseia apenas na criação de novas escolas técnicas federais. A experiência brasileira nesse aspecto é muito negativa. Até 1995, as escolas técnicas federais se destacavam pelo bom ensino de nível médio, preparando os filhos da classe média para os vestibulares, mas não formavam os trabalhadores para o mercado de trabalho. Precisamos exigir medidas do governo para evitar essa distorção se repita na nova rede de escolas técnicas federais.
Em qualquer Plano o problema não é a formulação, mas a implementação. Infelizmente, o Governo Lula tem se mostrado em geral muito deficiente nesse quesito. Esperamos que a gestão da educação tenha melhor sorte e que possamos ver resultados concretos, especialmente na melhoria dos indicadores de aprendizagem de nossos alunos.
* Paulo Renato Souza é deputado federal (PSDB/SP) e foi ministro da Educação de 1995 a 2002, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
MEIRELLES DIZ QUE BRASIL ESTÁ NO PONTO PARA CRESCER

CIDADE DA GUATEMALA (Reuters) - A economia do Brasil poderá entrar em um período de crescimento no curto prazo, sem pressão inflacionária, disse o presidente do Banco Central brasileiro Henrique Meirelles, neste domingo.
"O Brasil talvez esteja a ponto de entrar em um período de crescimento mais alto, sem pressão inflacionária", disse Meirelles em uma conferência anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
IIF DIZ QUE CRESCIMENTO DO BRASIL EM 2006 DESAPONTOU
Um relatório divulgado hoje pelo Institute of International Finance (IIF) faz uma leitura negativa da dinâmica da economia brasileira, apesar de reconhecer alguns avanços conseguidos nos últimos anos. Além disso, projeta um crescimento do PIB de 3,8% neste ano, e uma desaceleração, em 2008, para 3,5%.
De acordo com o estudo, a performance da economia brasileira em 2006 foi "desapontadora" e reflete problemas estruturais, tais como deficiências regulatórias, um mercado de trabalho rígido, ineficiência judiciária e infra-estrutura inadequada.
A falta de reformas básicas, como a tributária e da previdência, também é apontada como uma das travas para o crescimento brasileiro.
"Será muito mais difícil e improvável atingir um crescimento maior, de 5% ao ano, sem realizar as reformas básicas, como a fiscal, da previdência e do trabalho", afirma o diretor-gerente do IIF, Charles Dallara, que também não vê um efeito duradouro sobre a economia advindo dos projetos contidos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
"No curto prazo (o impacto do PAC) pode ser significativo, mas, no longo prazo, deve ser mínimo. Hoje em dia, as economias não ganham altitude no longo prazo por causa do investimento estatal. Elas ganham isso por conta de produtividade, investimento e estabilidade financeira".
O relatório do IIF também aponta que o PAC não ataca pontos fundamentais, como a redução da carga tributária, e deixa de lado a realização das reformas.
"O plano reduz o superávit primário do setor público para aumentar o investimento, não reduz a carga tributária, uma restrição chave para aumentar o investimento privado, e falha ao não apontar caminhos para aumentar a flexibilidade orçamentária", escrevem os autores do estudo.
O Instituto, que reúne cerca de 350 bancos de 60 países, também analisou outras economias da América Latina e chegou à conclusão de que o crescimento da região continuará forte, apesar de apontar para uma desaceleração que levará a uma alta de 4,5% neste ano, em comparação com a expansão de 4,9% registrada em 2006.
Para os autores, é particularmente positiva a formação de reservas internacionais na região, que devem atingir US$ 300 bilhões me 2007, de US$ 278 bilhões observados no ano passados, o que trouxe maior segurança às economias dos países latino-americanos.
Esse fato, entretanto, não afasta a possibilidade de que ocorram sérios problemas na região, no caso de uma mudança negativa - ensaiada recentemente com a queda das bolsas na Ásia - no cenário global atual, bastante favorável aos países emergentes.
"Investidores não precisam de um grande choque, mas apenas de um médio para se moverem cada vez mais em direção aos Treasuries e saírem de títulos de países com o Brasil", adverte Dallara.
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TERRORISMO DA AL-QAEDA TEM RAÍZES IDEOLÓGICAS
William Waack
Só recentemente a CIA foi desautorizada a utilizar técnicas de interrogatório como a de enfiar a cabeça do interrogado na água até ele quase se afogar. Khalid Sheik Mohammed, auto-intitulado comandante militar de Osama bin Laden, queixou-se de ter sido torturado pela CIA nos quase três anos em que ficou nas mãos da agência, antes de ser engaiolado na base de Guantánamo. Mas ele admite que não foi constrangido a dizer o que está na confissão feita a interrogadores da justiça militar americana, divulgada pelo Pentágono.O que ele contou já estava no excelente relatório da Comissão 9/11, divulgado há dois anos –que fez extenso uso de material fornecido por serviços secretos. Está também em vários livros que lidaram com os ataques da al-Qaeda, chefiada por Bin Laden – com destaque para um dos últimos, “The Looming Tower”, de Lawrence Wright, que deverá ser publicado em breve no Brasil.
O que a confissão de Khalid permite é uma rara oportunidade de se “entrar” na cabeça de assassinos do seu porte. Começa pela megalomania: ele assume a direção ou planejamento de ações sobre as quais há anos sabe-se que a participação dele foi, no máximo, periférica (como uma tentativa de assassinato no ex-presidente americano Jimmy Carter). Mas já ao fechar um pacto de cooperação com Bin Laden, no final dos anos 90, Khalid tinha chamado a atenção exatamente para isso: a mania de parecer maior do que era.Bin Laden e Khalid tinham pouco em comum, a não ser o profundo ódio ao Ocidente. Khalid estudou engenharia mecânica nos Estados Unidos, era pouco versado em assuntos religiosos e tinha a fama, entre os companheiros, de ser mulherengo e beberrão. Uma de suas idéias mirabolantes, a de explodir em vôo 12 aviões americanos, sofreu várias adaptações até se transformar no plano do 11 de Setembro. A intenção inicial, disse Khalid, era atacar com 8 aviões, dos quais só um não seria suicida: o que ele mesmo pretendia pilotar. Depois de matar todos os homens a bordo, Khalid pensava em aterrissar, fazer um pronunciamento contra os Estados Unidos e libertar as mulheres e crianças.
É uma grosseira bobagem pensar que “miséria social” e “injustiça” sejam as razões básicas, num sentido mecânico de causa e efeito, que explicariam o surgimento de grupos terroristas do qual Khalid fazia parte. Nascido no Paquistão, mas criado no Kuwait, a biografia dele tem algo bem claro em comum com a dos egípcios e sauditas que formaram a primeira linha da tropa de bin Laden. Todos eram provenientes das classes que se chamaria “favorecidas” em seus países, tinham ótima educação e formação e, no caso do próprio Osama, eram empreendedores de sucesso.
A revolta de Khalid, bin Laden e o braço direito dele, o médico egípcio Ayman al-Zawahiri, com os regimes em seus respectivos países em particular e o Ocidente em geral tem o mesmo cimento ideológico. “The Looming Tower”, como outras publicações, traça as origens do pensamento radical islâmico até os escritos dos teóricos que fundaram movimentos como a Irmandade Muçulmana, e que tinham como vaga descrição de utopia política e religiosa (não há essa separação para eles) o “reino de Deus” em todo o planeta. Mas não há nada nos escritos desses teóricos, nem no Alcorão ou na jurisprudência islâmica, que justifique diretamente assassinatos em massa, suicídio, ataques indiscriminados contra inocentes e muçulmanos, as marcas registradas da al-Qaeda.
No depoimento de Khalid, divulgado pelo Pentágono, estão os elementos que já se lia nos discursos de Bin Laden e Al-Zawahiri: a idéia de que eles definem quem são os infiéis (qualquer um que se oponha a eles), quem pode ser morto (qualquer um que eles designem) e que tipo de ação é justificada do ponto de vista ético e moral (incluindo o suicídio e o assassinato de muçulmanos). “Os ataques foram numa sexta feira, hora em que muçulmanos verdadeiros deveriam estar rezando na mesquita”, disse Khalid a respeito das bombas que a al-Qaeda colocou nas embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia. Portanto, quem morreu (mais de 200 africanos inocentes) não eram “verdadeiros” muçulmanos.
Khalid se regozija por ter cortado a cabeça do jornalista americano Daniel Pearl, do “The Wall Street Journal”, atraído para uma cilada em Karachi, em 2002. Há nessa confissão os mesmos traços de psicopata que existem em Bin Laden e Al-Zawahiri – Khalid lamenta a “morte de crianças”, entre as mais de 3 mil vítimas (de 62 nacionalidades e dezenas de religiões) do 11 de setembro, “mas vocês que são militares”, diz ele, dirigindo-se aos interrogadores, “sabem que a linguagem da guerra é a de vítimas”.
Como todo bandido ambicioso, Khalid gosta de aparecer, e de parecer mais do que é – na minha carreira de repórter, fiquei mais de uma vez surpreendido com o fato de que certo tipo de criminoso, confrontado com a lente de uma câmera e um microfone, não esconde o fez. Ao contrário, sente-se importante e exagera seus atos. Mas é óbvio que o terrorismo, e os terroristas, precisam ser entendidos pelo seu componente político, e não apenas pela patologia de cada indivíduo.
Nesse sentido, foi fundamental o papel de personalidades como as de Bin Laden e Al-Zawahiri. A al-Qaeda dependia de uma única conjunção de indivíduos, que transformaram os objetivos paroquiais de vários movimentos radicais islâmicos numa agenda mundial – através de uma interpretação absolutamente espúria dos mandamentos de uma religião. Não percam tempo procurando as “causas do terrorismo” islâmico no lado “social”.O tipo de terrorismo da al-Qaeda tem origem em idéias, visões e interpretações. É muito mais profundo, abrangente, e perigoso.

JORNAL DO BRASIL
- Brasil teme virar lixão do mundo
- Mais do que abrir as portas para pneus reciclados, o Brasil pode se transformar na lixeira dos países desenvolvidos, prevê o Itamaraty. Caso seja derrotado na OMC, estará aberto precedente para que se obrigue países em desenvolvimento a importarem outros tipos de carcaças.
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- Na semana em que o Congresso decide se instala ou não a CPI do Apagão Aéreo, aeroportos voltaram a registrar atrasos. Um boato de greve dos controladores circulou, mas a informação oficial é de que houve pane no sistema.
- A Petrobras, a Braskem e o Grupo Ultra fecharam a compra da Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga. Com a aquisição, a estatal passará a ter o controle de 50% do mercado de combustíveis.
- O governador do Rio, Sérgio Cabral, surge como opção de Lula para sucedê-lo nas próximas eleições. Já Aécio Neves, possível candidato tucano, pensa em emplacar o colega do PMDB como vice da sua chapa.

FOLHA DE SÃO PAULO
- Ipiranga é vendida à Petrobras por US$ 4 bi
- Estatal participa de consórcio com a Braskem e o grupo Ultra para a aquisição, em negócio estimado em US$ 4 bilhões. Analistas apontam para concentração no setor de distribuição de combustível; empresa quer reforçar sua presença em petroquímica.
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- Cresce disputa dentro do PMDB pela Agricultura. Decisão de nome do ministro pode ser tomada hoje em encontro de Temer com Lula. Tadeu Filippelli, Waldemir Moka e Reinhold Stephanes são os mais cotados; outros dois deputados indicados já foram investigados no STF.
Por quê? Porque Lula quis

Eliane Cantanhêde

Os cidadãos, mesmo os leigos em economia, sempre se perguntam quem, como, onde e por que os governantes tomaram tal ou qual decisão que afeta milhões de vidas. Com base em que regra científica? Com que parâmetros? As respostas demoram anos e costumam ser surpreendentes -- ou assustadoras.
Quando Fernando Collor de Melo assumiu a Presidência, em 1990, com aquele caminhão de votos e aquela ousadia desabalada, escolheu a economista Zélia Cardoso de Melo (que não é sua parente) para o Ministério da Economia e, juntos, decretaram o confisco da poupança do brasileiro.Na época, o teto para manter o suado e não necessariamente rico dinheirinho era de 50 mil cruzados novos, que viraram 50 mil cruzeiros (ou seria o contrário? Nem importa mais). E por que não 40 mil, ou 60 mil, ou 100 mil?
A resposta, aflita, nervosa, só veio muito tempo depois: porque, numa reunião dos poderosos da época, quando se fechou o pacote do confisco, ninguém tinha idéia de um valor razoável e Zélia simplesmente chutou 50 mil. Chutou e emplacou. Regra científica zero. Parâmetro zero.
Já no governo Luiz Inácio Lula da Silva, as perguntas que martelam corações, mentes e bolsos é por que a meta de inflação foi fixada em 4,5%, por que o superávit primário pulou para massacrantes 4,25% e por que, como resultado disso tudo, os juros são os maiores do planeta?
São perguntas de leigos, como nós, meros assalariados, de experts, como economistas, empresários, banqueiros, e de "gente do ramo" -- oportunistas e apostadores em geral.
Só agora as respostas chegam, pelo livro "Sobre Formigas e Cigarras" (Editora Objetiva), do ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci Filho, agora de volta à Câmara dos Deputados. Por que a meta de inflação foi de 4,5% e não de 5% ou de 5,5%, que daria mais flexibilidade à política econômica? Porque... Lula quis.
Conforme registro da imprensa sobre o livro, estavam todos lá reunidos na piscina do Alvorada com Lula: Palocci, Dirceu e Gushiken (o "núcleo duro", lembra?) e mais Luiz Dulci e o vice José Alencar. Palocci queria 5%, Dirceu tentou 5,5%. Mas Lula é quem manda e não foi nada "Paz e Amor". Bateu o martelo e pronto.
A alegação do presidente para sua equipe foi a de que ele fora líder sindical durante anos, tinha combatido a inflação alta metade da vida e que 4,5% como meta estava bom demais. Regra científica zero. Parâmetros zero.
E assim vai caminhando a Humanidade, ou melhor, o Brasil. O presidente não precisa entender nada de economia, nem dar explicações. Usa o faro, a intuição, o poder. E manda bala.
Depois, quando os juros na estratosfera empurram o Brasil para o penúltimo lugar das Américas em índice de crescimento (só melhor do que o Haiti), basta jogar a culpa na "herança maldita" e dizer que, em compensação, as reservas internacionais bateram em US$ 100 bilhões.
E, quando a pressão aumenta, o presidente não se aflige. Chama Dilma Rousseff e lança o PAC. Com que regra e critério científico? Com que parâmetros? Bem, isso a gente deixa prá lá. Um dia desses, alguém escreve um livro e "explica tudo". Se é que há de fato algo para explicar, ou para entender.

CHÁVEZ SOBE TOM CONTRA ALIADOS HISTÓRICOS
Fabiano Maisonnave
Venezuelano pede para que partidos que não querem formar agremiação única "sigam seu caminho"
Hugo Chávez praticamente rompeu ontem com os três partidos historicamente aliados que vêm resistindo em se dissolver para aderir ao Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), proposto em dezembro pelo presidente venezuelano. A crise na sua base de sustentação política tem sido considerada a mais grave dentro do chavismo desde o início do seu governo, há oito anos.
"Concluí que o Podemos, o PPT (Pátria Para Todos) e o PCV (Partido Comunista Venezuelano) não querem se incorporar ao esforço de construir o PSUV. Está bem, têm seu direito; então nos deixem construí-lo, sigam seu caminho", disse Chávez ontem no seu programa "Alô Presidente", que voltou a ser dominical, após ter sido gravado às quintas-feiras durante um mês.Juntos, os três partidos considerados dissidentes têm 20% das 167 cadeiras da Assembléia Nacional. O maior partido é o Movimento Quinta República (MVR), fundado por Chávez, com 199 deputados (71%). Todo o Parlamento é governista porque a oposição boicotou as últimas eleições.
Dos partidos rebeldes, o mais resistente tem sido o Podemos, que possui a segunda maior bancada (19) e administra três Estados, entre os quais Aragua, um dos mais importantes do país. A agremiação foi fundada por chavistas que abandonaram o MAS (Movimento ao Socialismo) em 2003, quando este rompeu com o governo.
Ontem, Chávez disse que considera o Podemos "quase na oposição" e pediu aos seus principais líderes, o secretário-geral, Ismael Garcia, e o governador Didalco Bolivar (Aragua) que vão embora "sem agarrar e atirar pedras".A crise na base chavista desatou há cerca de 15 dias, quando Garcia anunciou que o Podemos era contra a adesão automática ao PSUV, como queria Chávez. No lugar, propôs a criação de uma espécie de Constituinte, formada por delegados chavistas eleitos diretamente.
Na sexta-feira, o governador Bolivar acusou o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) de "retaliação" por se opor ao PSUV. Bolivar é o único dos 24 governadores do país que tem um processo de revogação do mandato aprovado pelo máximo órgão eleitoral.

MAIS DA FOLHA
18/03/2007
21h32 Desapropriação de terras em MT será investigada pela PF
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19h53 Gabeira diz que lutará contra extradição de ex-terrorista italiano
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18h35 Cinco nomes do PMDB disputam indicação para o Ministério da Agricultura
10h37 Lula e PMDB discutem novo nome para Ministério da Agricultura na 2ª
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17/03/2007
16h09 Balbinotti desiste de indicação para o Ministério da Agricultura
14h47 Acusado de matar Dorothy Stang entra com pedido de habeas corpus
12h08 Parlamentar enfrenta ações por dívida fiscal
11h47 Assessor do PR dá nova versão sobre os R$ 80 mil
11h30 Walfrido será o novo articulador político; Marta quer a Copa
11h23 Respaldo a Collor constrange senadores
09h35 Pataxó fazem reféns dois funcionários da Funasa em Minas
08h49 Josias de Souza: No STF, Balbinotti é acusado de fraude contra o BB
02h30 Leia íntegra do discurso de Lula na posse de três ministros
16/03/2007
20h57 PSOL entra com pedido no Supremo para garantir direito de ter líder na Câmara
19h17 Clodovil é investigado no Supremo por crime ambiental
18h05 Lula deve oficializar convite para Marta ocupar Turismo na 2ª feira
INTERNACIONAIS DA FOLHA
19/03/2007
06h11 Prodi e Angela Merkel fazem reunião hoje em Roma
06h02 Cidadão americano e menino afegão ficam feridos em atentado em Cabul
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05h12 Pesquisa revela que maioria israelense é favorável ao diálogo com governo palestino
05h04 Índia pretende ter submarino nuclear até 2012
04h53 Vereador é assassinado na própria casa nas Filipinas
04h44 Apenas um em cada 4 cidadãos da UE diz que vive melhor depois de ingressar no bloco
03h16 Três mulheres morrem em atentado no sul da Tailândia
02h10 EUA retomam diálogo com Coréia do Norte sobre desarmamento nuclear
00h55 BID assina memorando de entendimento para admissão da China como membro
18/03/2007
23h59 EUA desbloqueiam contas norte-coreanas e abrem caminho para acordo nuclear
21h01 Manifestantes fazem passeata contra a guerra do Iraque em Nova York
19h53 Gabeira diz que lutará contra extradição de ex-terrorista italiano
18h23 Neve faz 100 mil passageiros aguardarem lugares em vôos nos EUA
17h50 Diferença cai entre os principais candidatos à presidência francesa
17h29 Ponte Harbour Bridge, de Sydney, completa 75 anos
16h38 Explosão em mercado mata ao menos seis pessoas em Bagdá
15h33 Quase nove em cada dez iraquianos vivem com medo, diz pesquisa
15h27 Prodi comemora detenção de Cesare Battisti no Brasil
15h19 Chávez pede a aliados que o deixem formar um novo partido
O ESTADO DE SÃO PAULO
- Petrobrás anuncia hoje compra da Ipiranga
- A compra das Empresas Petróleo Ipiranga será oficializada hoje, em São Paulo, pela Petrobras, Braskem e Grupo Ultra. Os detalhes do negócio, um dos maiores do setor químico e petroquímico dos últimos tempos, serão revelados a partir das 9 horas, em entrevista convocada pelas três companhias. A aquisição, antecipada pelo "Estado", foi selada na sexta-feira, numa reunião do Conselho de Administração da Petrobras, no Rio de Janeiro. Ainda não se sabe o montante envolvido no negócio, mas o mercado estima em US$ 1,5 bilhão o valor da Ipiranga.
A antecipação da informação da venda causou agitação ontem. Petrobras, Braskem e Ipiranga se esquivaram de comentar o assunto. Já uma porta-voz do Grupo Ultra, em São Paulo, informou, por meio de nota, que a empresa "tem demonstrado, ao longo de seus 70 anos, opção estratégica por crescer, seja por via orgânica ou por aquisições".
O grupo Ipiranga, fundado em 1937 no Rio Grande do Sul, hoje atua nacionalmente na distribuição de combustíveis e produtos químicos, petroquímica, refino de petróleo, produção de asfaltos e lubrificantes. Antes mesmo de ser anunciada oficialmente, a venda do grupo já entrou na mira da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O presidente da autarquia, Marcelo Trindade, revelou que a área técnica do órgão solicitou explicações à Ipiranga sobre a alta acima do padrão das ações da companhia na sexta.
- A cúpula do PMDB se reúne hoje com o presidente Lula para levar o nome do deputado Waldemir Moka (MS) como opção para a pasta da Agricultura. Com a desistência de Odílio Balbinotti (PR), tido como escolha definida, Moka se tornou o favorito de uma lista quíntupla do partido.
Mas passa a enfrentar a resistência de uma ala do PMDB que quer o ex-ministro Reinhold Stephanes.
- O governador José Serra pretende mudar a forma de reajustar os salários dos servidores públicos paulistas. O cálculo, com base no resultado, vai mensurar o desempenho das unidades de serviço. "Quem tiver mais competência ganhará mais", afirma o secretário de Gestão Pública, Sidney Beraldo. A nova proposta de reajuste, que está sendo finalizada pelo tucano para enviar à Assembléia Legislativa, promete causar polêmica

MAIS DO ESTADÃO
19/03
15h36 - Atacante Adriano é acusado por jornal de brigar em boate15h35 - Ações na Bolsa refletem reação positiva com aquisições15h34 - Em crise com Executivo, juízes renunciam no Paquistão15h30 - Artistas de NY alegam que NBC plagiou Heroes15h28 - Infraero diz que aeroportos voltam ao normal na terça à noite15h27 - Súmulas vinculantes tratarão de previdência, diz Ellen Gracie15h24 - Presidente da Sanyo renuncia após descoberta de fraude15h20 - Lula é convidado ao jogo em que Romário pode fazer gol mil15h11 - Cientistas estudam tratamento genético de fibrose cística15h09 - Angelina Jolie está em Hanói para concluir adoção15h03 - Terapia genética poderá ser usada em fetos, diz estudo15h03 - Vida em Bagdá nunca foi tão difícil, diz brasileiro14h53 - BC pode elevar previsão para crescimento do PIB no ano14h48 - Asteróides ganham nomes de astronautas chineses14h45 - Franceses lançam campanha contra ´jogo de asfixia´14h41 - EUA precisam diminuir emissão de poluentes, diz ex-chefe da CIA14h40 - Sean Connery se despede interpretando o pai de James Bond14h32 - China aprova 352 projetos de créditos de carbono14h28 - Jornalista italiano seqüestrado no Afeganistão é libertado14h25 - São Paulo tem 24 quilômetros de congestionamento14h20 - STF apresenta censo da população carcerária de 3 Estados14h02 - Pesquisadores alertam para a matança de botos na Amazônia13h57 - País precisa mudar impostos para crescer, diz Palocci13h53 - Ex-terrorista italiano preso no Rio é transferido para Brasília13h52 - Trabalhadores protestam contra venda da Ipiranga13h49 - No 4º aniversário da guerra, Bush pede paciência com Iraque13h45 - Pacifistas protestam no 4º aniversário da invasão do Iraque13h44 - Alternativa à Emenda 3 pode seguir nesta 2ª para Congresso13h35 - Infraero: atrasos chegam a 29,2% dos vôos em todo o País13h34 - País não cresce mais de 3,8%, diz instituto internacional13h28 - Pedro Brito comandará nova Secretaria de Portos13h25 - Obra de Warhol comprada por US$ 250 pode valer US$ 15 mi06h01 - Filipinas: Vereador é assassinado e mulher e filho são feridos06h00 - 56% dos israelenses defendem diálogo com ANP, diz pesquisa05h52 - Índia pretende ter seu primeiro submarino nuclear até 201205h50 - Rio: policial morre e cabo da PM fica ferido em dois assaltos05h05 - Nove corpos decapitados são encontrados no Iraque04h46 - Congonhas encerra operações com apagão nos painéis04h17 - Rebeldes de minoria étnica matam 2 e ferem 12 no Sri Lanka04h02 - China formaliza documento para ingresso no BID03h59 - Cinco das doze baleias encalhadas em Galápagos são salvas03h27 - Taiwan nomeia 1º representante independentista nos EUA03h13 - Chile anuncia que vai promover inovação na América Central03h09 - Japão apóia decisão de transferir fundos norte-coreanos02h42 - Centro de remédios contra gripe aviária será em Cingapura02h25 - Japoneses e chineses querem unificar história do século XX02h11 - Rebeldes assassinam três mulheres no sul da Tailândia01h57 - Discussão sobre programa nuclear coreano é retomada01h37 - Battisti ficará preso em Brasília até decisão sobre extradição01h30 - China: Choque entre navios deixa 8 mortos e 9 desaparecidos01h14 - Partido governante na Finlândia perde cadeiras nas eleições01h03 - EUA: Senado planeja convocar altos funcionários para depor00h43 - Analy e Alberto disputam o próximo paredão do BBB
18 / 03 / 200722h01 - Retrospectiva comemorará centenário da pintora Frida Kahlo20h58 - CET interdita Marginal do Tietê após acidente com carreta20h07 - Petrobras, Braskem e Ultra compram Grupo Ipiranga20h03 - Pane no Cindacta causou paralisação total de vôos no País19h39 - Aquecimento global impulsiona transporte marítimo no Ártico


CORREIO BRAZILIENSE
- A VOLTA DO PESADELO
Falha nos radares do Cindacta 1 provoca atrasos nos aeroportos do país
Diego AbreuDo CorreioWeb
-Um problema nos radares do 1º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta 1), em Brasília, provocou uma série de atrasos nos principais aeroportos brasileiros, neste domingo. No aeroporto da capital federal, diversos vôos saíram atrasados pela manhã e a previsão é da Infraero é de que os atrasos continuem até a madrugada. O motivo alegado pelo Comando da Aeronáutica para os problemas que voltaram a ocorrer após um período de “apagão aéreo” no país foi uma falha no software do Cindacta 1, aliada às fortes chuvas que atingiram São Paulo. Depois das 10h, quase todos os vôos que partiram de Brasília registraram atraso. Uma das maiores demoras foi registrada no vôo 3875 da TAM, com destino a Florianópolis. O avião deveria sair do DF às 13h05, mas só deixou a cidade às 17h10. A Infraero não revelou a quantidade de vôos que tiveram atrasos em Brasília ao longo do dia. Entretanto, as salas de embarque do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek ficaram superlotadas durante o dia.
O vôo 3703 da TAM, por exemplo, que deixaria Brasília às 11h14 com destino ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, decolou com mais de três horas de atraso, às 14h22. Alguns passageiros deste vôo reclamaram, quando ainda estavam em Brasília, que iriam perder uma conexão que pegariam no Aeroporto de Guarulhos para a cidade de Milão, na Itália.
O problema detectado no Cindacta 1 ocorreu entre as 10h e 11h. Os atrasos são atribuídos a uma medida de segurança adotada pelos controladores de vôo, que mantiveram até às 16h espaçamento de 30 minutos para cada decolagem. Segundo a Infraero, depois desse horário, o espaçamento passou a ser de dez minutos.
Além da falha no sistema de radares - ocorrida após um colapso no sistema do Cindacta 1, que ficou fora do ar por sete minutos e precisou ser reiniciado -, a forte chuva que castigou São Paulo na manhã deste domingo foi responsável por uma série de atrasos. O Aeroporto de Congonhas chegou a ficar fechado para pousos e decolagens por mais de uma hora e meia (entre 7h12 e 8h49). Só em São Paulo, cerca de 30 vôos registraram atraso. Os guichês de check-in das companhias aéreas Gol e TAM em Brasília registraram filas imensas. Das 11h até o começo da tarde, houve muita reclamação por parte dos passageiros. As empresas aéreas tiveram de pagar almoço para diversos clientes, que aguardavam a partida para seus destinos. A Infraero informa que aos poucos o tráfego aéreo volta a se regularizar, mas os atrasos continuam devido ao chamado “efeito cascata”. No final do ano passado, os aeroportos brasileiros viveram um caos, que ficou conhecido como “apagão aéreo”. Os constantes atrasos ocasionados pela operação padrão dos controladores de tráfego aéreo começaram a ocorrer após a queda do vôo 1907 da Gol, que seguia de Manaus para Brasília e deixou 154 vítimas fatais.
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EM DOIS MANDATOS, LULA VIVE TRANSFIGURAÇÃO POLÍTICA
Gustavo Krieger e Luís Costa Pinto
Do Correio Braziliense

Na foto de cima, o parlamento do segundo mandato. Na segunda ilustração, membros do primeiro governo Lula



Quatro anos separam as duas fotos ao lado, mas o escasso intervalo cronológico não faz jus à transfiguração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e guarda a passagem de uma era política no Brasil. No primeiro registro (1) no qual é marcante a ausência da imagem sempre solícita e sorridente do mineiro Walfrido Mares Guia (PTB), sagrado na sexta-feira ministro das Relações Institucionais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresenta a linha de frente de seus operadores políticos no Congresso. Os três líderes do governo do petista Lula no Senado, no Congresso e na Câmara, Romero Jucá (PMDB-RR), Roseana Sarney (PMDB-MA) e José Múcio (PTB-PE), notabilizaram-se em seus estados por fazer forte oposição ao PT e têm origem comum no extinto Partido Democrático Social (PDS). O PDS sucedeu a Arena (Aliança Renovadora Nacional), braço institucional que legitimava no Congresso a ditadura militar instalada em 1964. O PT de Lula nasceu a partir dos mais fortes e coordenados movimentos de resistência ao militares. Eram outros tempos.
A outra fotografia (2) é um registro histórico da gloriosa ascensão do Partido dos Trabalhadores da forma como Lula chegou ao poder em 2003. À direita do presidente, José Dirceu de Oliveira e Silva, emblemático líder estudantil dos anos 1960 e rígido controlador da máquina partidária petista. Dirceu foi o chefe da Casa Civil da primeira encarnação de Lula no poder, mas renunciou depois de ser fustigado por dois escândalos e teve o mandato cassado no Congresso. Reunia poderes para promover a articulação política e gerenciar as demais pastas ministeriais. Foi sucedido nessas funções por Tarso Genro e Dilma Rousseff, presentes na foto de cima. À esquerda do presidente, nesse retrato do PT como o PT já foi, Luiz Gushiken, sindicalista alçado à condição de intelectual orgânico dos primeiros tempos de mandato de Lula. Ao lado dele, Antonio Palocci, ministro da Fazenda que sonhou ter vida longa no Ministério da Fazenda e dali ser alçado à condição de candidato imbatível à cadeira do chefe. A tróica retratada abaixo queria suplantar o poder de influência do quarto elemento ali contido, Luiz Dulci, único a seguir com cargo no governo e sala no Palácio do Planalto. É possível contar a história política de determinados períodos por meio de manipulação de imagens e os seguidores de Josef Stálin ensinaram isso nos tempos de poder imperial do partido. Dirigentes caídos em desgraça eram apagados dos registros fotográficos, enquanto estrelas ascendentes galgavam artificialmente posições mais próximas a Vladimir Lênin ou a Stálin. O contraste dessas duas fotos, que revelam de maneira palpável e sem retoques a metamorfose política de Lula e de seu governo no breve intervalo de quatro anos, convida a refletir sobre os rumos que o presidente da República quer dar à própria sucessão.
“Não houve nenhuma mudança radical. Houve avanço. O governo é de coalizão, tem integrantes de todas as legendas e possui um comando político colegiado”, analisa o deputado José Múcio, o líder de Lula na Câmara. “Somos uma equipe e estamos à vontade para ajudar o presidente”, diz. Múcio está de fato muito à vontade dentro da atual configuração da equipe de governo, sobretudo depois da chancela do amigo e correligionário Walfrido Mares Guia para tocar a articulação política. Os dois formam uma dupla afinada.
Dentro do PT, contudo, há acordes dissonantes. “O presidente formou uma bela equipe, ampla, arrojada e capaz de conferir eficiência ao governo, mas fez isso marcando um evidente afastamento do PT”, pondera um deputado petista de São Paulo que não deseja se identificar menos por temer perseguições e mais por temer arranhar a amizade que guarda com os novos cardeais não-petistas do time de Lula. “É claro que essa conta terminará sendo cobrada pelo partido em algum momento até o início da disputa de 2010”, expõe.


Israel manterá boicote contra governo palestino

O governo israelense se pronunciou a favor da manutenção do boicote contra o governo palestino de união integrado pelo Fatah e do Hamas. Ao inaugurar o conselho semanal de ministros, o primeiro-ministro Ehud Olmert pediu à comunidade internacional que mantenha este boicote.

Fidel Castro retoma condução de Cuba dia 28 de abril, diz Evo Morales
Da France Presse


-LA PAZ - O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou que o líder cubano Fidel Castro retomará suas funções no comando do país no dia 28 de abril próximo, depois de se recuperar da cirurgia à que foi submetido em julho do ano passado, segundo a imprensa local.
Morales afirmou que Castro reaparecerá como chefe de Estado durante os atos comemorativos do terceiro aniversário da Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA) e do primeiro ano do Tratado de Comércio dos Povos (TCP). A comemoração "será a oportunidade de ver o retorno do irmão Fidel à presidência de Cuba e, a esse ato comparecerão presidentes de seis países", destacou Morales durante uma cerimônia indígena realizada neste final de semana em remota comarca do subtrópico boliviano.
Durante a semana, o o presidente do Parlamento de Cuba, Ricardo Alarcón, havia assegurado que Fidel Castro, estará "em perfeitas condições" para ser reeleito como presidente do Conselho de Estado -Chefe de Estado e de Governo-, nas eleições de março de 2008.
"Estou seguro de que estará em perfeitas condições para continuar assumindo essa responsabilidade", afirmou o presidente da Assembléia Nacional do Poder Popular (ANPP), ao responder uma pergunta da imprensa sobre se Fidel Castro disputaria as eleições de 2008.

MAIS DO CORREIO

18/03/2007 Política12h20 - Atual diretoria da Infraero está na mira da justiça
Política10h44 - Em dois mandatos, Lula vive transfiguração política
17/03/2007 Política17h38 - Balbinotti desiste de indicação ao Ministério da Agricultura
Política08h05 - Lula diz que salário de ministros no valor de R$ 8.362,80 é muito baixo
INTERNACIONAIS DO CORREIO
Mundo13h27 - Prodi se congratula com a detenção de Cesare Battisti no Brasil
Mundo12h29 - Governo palestino realiza primeira reunião
Mundo11h19 - Ex-ativista italiano de extrema-esquerda, Cesare Battisti, é preso no Brasil
Mundo10h12 - Talibãs afirmam ter entregue jornalista italiano a chefes tribais
Mundo10h08 - Governo de Israel manterá boicote contra governo palestino
17/03/2007 Mundo20h19 - Pacifistas protestam em Washington e no mundo contra a guerra no Iraque
Mundo19h15 - Israel nega-se a negociar com o novo governo palestino
Mundo14h56 - Governo de unidade palestino presta juramento
Mundo14h38 - Manifestações na Grécia contra "a ocupação" do Iraque
Mundo14h08 - Com Fatah e Hamas, novo governo palestino toma
Mundo12h55 - EUA negam responsabilidade histórica de países industrializados
Mundo12h28 - Avião A380 aterrissa em Frankfurt, primeira etapa antes dos EUA
Mundo12h26 - China proíbe venda de terrenos na Lua
Mundo12h18 - Sargento dos EUA é considerado culpado de homicídio involuntário no Iraque
Mundo12h15 - Uma mulher lidera pela primeira vez os social-democratas na Suécia
Mundo11h58 - Bush ameaça vetar parlamentares que querem acabar com a guerra no Iraque
Mundo11h48 - Atentados com bomba de cloro próximo em Bagdá

VALOR ECONÔMICO
Risco Brasil marca 191 pontos, em queda; Global 40 e A-Bond registram estabilidade
SÃO PAULO - Considerado um dos principais termometros da confiança dos investidores na economia, o EMBI + Brasil, calculado pelo Banco JP Morgan Chase, encerrou a sexta-feira com queda de 1,03%, aos 191 pontos.
- Investimento direto retoma nível da era da privatização
- O ingresso de investimentos estrangeiros diretos no Brasil cresceu significativamente nos últimos meses e já atinge níveis próximos aos registrados entre 1998 e 2001, quando o país recebeu volumes recordes de capital externo para atividades produtivas. Nos 12 meses encerrados em janeiro, o volume bruto de investimentos diretos - o líquido exclui repatriações de capital feitas pelas empresas multinacionais - foi de US$ 33,4 bilhões, pouco abaixo da média de US$ 34,6 bilhões do período 1998-2001. A grande diferença é que esse foi o auge das privatizações no Brasil, enquanto atualmente não há um programa de venda de estatais em curso.
- Mais de US$ 3 bi pela Ipiranga
- Deve ser anunciada hoje a compra do segundo maior grupo privado nacional, o Ipiranga, por um trio formado pela Petrobras, Braskem e Ultra. A operação aumenta expressivamente a participação da Petrobras na indústria petroquímica e distribuição de derivados de petróleo. O negócio é controlado pelas famílias Tellechea, Ormazabal, Gouvêa Vieira, Bastos e Mello, que detêm um sexto do capital. O valor da operação, incluindo minoritários, vai superar US$ 3 bilhões.
Lula sanciona Super Receita e veta emenda que diminuía poder de auditores fiscais
Agência Brasil
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio lula da Silva sancionou hoje o projeto de lei que cria a Secretaria da Receita Federal do Brasil, conhecida como Super-Receita. O único veto foi da Emenda 3, acrescentada e aprovada pelo Congresso Nacional. A proposta diminuía o poder dos auditores fiscais ao transferir para a Justiça do Trabalho a decisão sobre a fiscalização e multa de empresas.
Na avaliação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, a emenda poderia causar "constrangimentos jurídicos". A emenda 3 impedia que os auditores fiscais multassem empresas por contratarem para prestação de serviço pessoas jurídicas de caráter "personalíssimo" - neste tipo de prestação de serviço apenas uma pessoa atua para a empresa, mas a relação não se configura como trabalhista porque há um contrato entre duas empresas."A emenda interfere no lado trabalhista. Veda a fiscalização trabalhista. Além disso, ela não tem uma redação clara e dá margem a controvérsias jurídicas", disse o ministro da Fazenda, ao justificar o veto à emenda. Em uma reunião com lideres da base aliada, o presidente Lula decidiu que o governo encaminhará ao Congresso um projeto de lei que atenda os objetivos da emenda, sem, no entanto, ferir a legislação trabalhista."É uma relação de trabalho nova no Brasil e por isso a legislação anterior não consegue dar conta dessas mudanças. Queremos construir uma legislação nova que assegure os direitos e que impeça que haja desentendimentos ou abusos por parte das empresas", afirmou Mantega.O ministro informou que a formatação do novo projeto será discutida com representantes das centrais sindicais e também com as associações que representam o setor de serviços para construir juntos uma legislação que atenda às exigências das novas relações de trabalho. (Agência Brasil)
ESTADO DE MINAS
Governo Bush enfrenta baixa geral de confiança
WASHINGTON - Confrontado aos parlamentares democratas - maioria - que querem impor um calendário de retirada militar do Iraque, questionado pela demissão de procuradores federais, por motivos políticos, o governo Bush enfrenta uma baixa de confiança geral, que chegou ao auge com as manifestações contra a guerra deste final de semana, para marcar os quatro anos de invasão do Iraque.
Uma pesquisa publicada sábado no site internet da revista Newsweek diz que 47% dos americanos estimam que o governo republicano politizou em excesso setores como a Justiça.
Assim, segundo a sondagem, 58% dos americanos, entre eles 45% que votaram nos republicanos, afirmam que a demissão de oito procuradores federais foi motivada por considerações políticas - uma questão que poderá mesmo custar o cargo ao ministro da Justiça, Alberto Gonzales.
Documentos oficiais revelam que funcionários de alto escalão da Casa Branca estavam envolvidos no processo de decisão que levou à demissão deles; desta forma, Karl Rove, a eminência parda do presidente George W. Bush, teria podido desempenhar um papel maior na decisão de afastar os procuradores. O nome de Harriet Miers ex-chefe dos serviços jurídicos da Casa Branca foi também mencionado.O nome de Karl Rove já havia sido citado nos últimos meses como parte de um outro assunto, o da vazamento para a imprensa da identidade de uma agente secreta da CIA, Valerie Plame.
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- MP investiga fraudes na Ademg
- Direção da autarquia é suspeita de desvio de dinheiro e realização de licitações dirigidas.

DA AGÊNCIA BRASIL/RADIOBRAS

LEIA A ÍNTEGRA DO PROGRAMA CAFÉ COM O PRESIDENTE

Brasília - Apresentador: Olá, você, em todo o Brasil. Eu sou Luiz Fara Monteiro e começa o Café com o Presidente, o programa de rádio do presidente Lula. Bom dia, presidente.
Presidente: Bom dia, Luiz.
Apresentador: Presidente, o plano do governo para melhorar a qualidade da educação, apresentado na semana passada, foi bem recebido pela maioria dos educadores que vieram a Brasília discutir as propostas com o MEC. O que é que tem de novo nesse Plano de Desenvolvimento da Educação?
Presidente: Luiz, primeiro, o plano foi muito bem recebido. Acho que foi um acerto extraordinário convocar educadores de todo o Brasil para que o ministro Fernando Haddad apresentasse o programa. O mesmo nós vamos fazer com o Conselho Político, chamar todos os líderes e fazer uma apresentação, porque nós não queremos que o programa seja do Ministério da Educação, seja do governo. Nós queremos que o programa seja um programa da sociedade brasileira, mais ou menos como nós fizemos na reforma universitária. Mas, para falar sobre o programa de educação que nós pretendemos implantar, nada melhor do que o próprio ministro Fernando Haddad, que hoje é nosso convidado especial. Essa pergunta, Luiz, seria importante que o Fernando Haddad respondesse. Então, você pode fazer a pergunta para o Fernando Haddad.
Apresentador: Ministro, bom dia. O que é que tem de novo nesse Plano de Desenvolvimento da Educação Brasileira?
Ministro: Bom dia, presidente. Bom dia, Luiz. Bom, trata-se de 20 ações que vão desde a construção de creches, onde não há oferta de educação infantil, até bolsas para pós-doutorado, ou seja, para que os doutores formados nas nossas universidades não deixem o país. Mas a grande ênfase desse plano é a qualidade da educação básica. Nós, em 2005, realizamos uma prova chamada Prova Brasil, que foi aplicada a 3,3 milhões de estudantes da quarta e da oitava séries do ensino fundamental. Com base nisso, nós temos hoje uma grande radiografia das escolas que vão bem, das escolas que não vão tão bem, dos sistemas municipais que estão em patamares de desenvolvimento equivalentes aos de países desenvolvidos, sistemas municipais que estão muito aquém do desejado. Agora, trata-se do Ministério da Educação apoiar aqueles sistemas que estão com os piores indicadores e promover a qualidade em todo o país.
Lula: Luiz, eu tenho demonstrado ao ministro Fernando Haddad uma preocupação - nós temos que ajudar os professores brasileiros a se reciclarem. Com o piso dos professores, a gente, certamente, vai melhorar o nível e a vontade deles de participar. Eu penso que a proposta foi bem aceita pelo conjunto da sociedade, porque todo mundo sabe que nós precisamos melhorar a educação no Brasil.
Ministro: O presidente colocou uma questão essencial. Nessa prova da quarta e da oitava séries, o que ficou demonstrado é que se você não fizer um acompanhamento dos alunos desde os seis anos, quando você constata que esse aluno não está com conhecimento condizente com a sua idade na quarta série, há muito pouco que se pode fazer para recuperar. Então, uma das propostas deste Plano de Desenvolvimento da Educação é fazer um acompanhamento individualizado a partir dos seis anos. É uma provinha, chamada Provinha Brasil, que vai ser aplicada pelo próprio professor, mas para garantir alfabetização no máximo até os oito anos de idade para todos os brasileiros. Uma segunda questão que o presidente fez referência é a questão da valorização e formação dos professores. Valorização mediante fixação do piso nacional do magistério. Nós temos hoje 50% dos nossos professores ganhando menos de R$ 800 por mês, por uma jornada de 40 horas.
Apresentador: Esse quadro vai mudar, ministro?
Ministro: Esse quadro muda com a fixação do piso que vai ser encaminhado ao Congresso Nacional até o final de março.
Apresentador: Você está ouvindo o Café com o Presidente. Hoje falamos sobre as propostas para melhorar a educação no Brasil e com a participação especial do ministro Fernando Haddad. Ministro, aqueles municípios com situação mais preocupante na educação, o que eles vão receber do governo?
Ministro: Depende muito da capacidade financeira do município, porque há municípios que estão com baixo indicador de qualidade, mas têm recursos. Esse município precisa de apoio técnico do governo federal. Mas há municípios que, além de um baixo indicador de qualidade, não têm capacidade financeira. Esse município tem que receber tanto apoio técnico quanto apoio financeiro.
Presidente: Eu penso que nós estamos dando um passo acertado, Luiz, é um passo gigantesco. Nós estamos convencidos no governo de que sem esse passo, a gente não vai resolver o problema da educação no Brasil e, muito menos, o problema da juventude. Veja que são dois problemas: melhorar a qualidade dos meninos que entram na escola agora e trazer de volta os meninos que já saíram da escola por falta de esperança, por falta de interesse, ou seja, as mães quando seus filhos vão para escola, o que a mãe fica sonhando e esperando é que o filho esteja aprendendo. Agora, se a escola não ensina direito, se o menino não está motivado, nós temos que descobrir como fazer para resolver esse problema. Então, aquilo que eu disse no discurso da posse - sabe, nós vamos terminar o nosso mandato com internet banda larga em cada escola municipal brasileira, na escola pública. Nós vamos permitir que os brasileiros sejam tratados em igualdade de condições. Uma dessas condições que garante cidadania é você permitir que eles tenham acesso à internet no mais longínqüo município brasileiro.
Apresentador: OK, presidente. Obrigado e até a próxima semana com mais um Café com o Presidente.
Presidente: Obrigado a você, Luiz.
Apresentador: Obrigado, ministro Fernando Haddad pela sua participação aqui no programa.
Ministro: Obrigado, Luiz. Obrigado, presidente.

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