quinta-feira, 22 de março de 2007

20 DE MARÇO - REFORMA MINISTERIAL

ÚLTIMO SEGUNDO
Marta confirma ser a nova ministra do Turismo

BRASÍLIA - A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy confirmou, na noite desta segunda-feira, que aceitou o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser a nova ministra do Turismo. "O presidente sabia o que eu poderia fazer e ele achou que eu poderia ser útil no Ministério do Turismo", afirmou após o convite formal, no Palácio do Planalto.
A ex-prefeita toma posse na próxima sexta-feira. Ela, que sempre figurou na lista de indicações do PT a um ministério, negou que tenha exigido assumir o Ministério das Cidades, destacando que "não houve nenhuma demanda". Marta afastou ainda a hipótese de deixar a pasta no próximo ano para concorrer às eleições municipais: "Estou entrando no Ministério, deixa eu entrar. Vocês estão colocando a carroça à frente dos bois".
Psicóloga e sexóloga, Marta Suplicy, de 62 anos, era a indicação mais forte do Partido dos Trabalhadores (PT) desde o início das negociações sobre reforma ministerial. O presidente da legenda, Ricardo Berzoini, não abria mão de emplacar seu nome e tentou que conseguisse assumir o Ministério das Cidades, já prometido para o Partido Progressista (PP).
O o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), e o presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), às 19 horas, no Palácio do Planalto. Eles querem definir ainda hoje o nome do deputado do PMDB que assumirá o cargo de ministro da Agricultura.
Cara nova na Saúde
O novo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, recebeu nesta segunda-feira o cargo de Agenor Álvares, que ocupava a pasta desde 31 de março de 2006. A cerimônia de transmissão de cargo começou em Brasília pouco depois das 16h desta segunda-feira. Temporão disse que quer mais transparência e eficiência
José Gomes Temporão formou-se em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1977, onde também se especializou em Doenças Tropicais. É mestre em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e doutor em Medicina Social pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
Temporão ocupava a Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) do Ministério da Saúde, desde julho de 2005. Antes, foi diretor do Instituto Nacional de Câncer no Rio de Janeiro (INCA) entre setembro de 2003 e julho de 2005.
Temer diz querer indicar ministeriáveis sem dificuldades judiciais
O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), admitiu, nesta segunda-feira, que pediu detalhes de eventuais processos envolvendo parlamentares cotados para o Ministério da Agricultura.
O dirigente, que se encontra com o presidente Lula na noite de hoje, vai apresentar nomes como os de Waldemir Moka (MS), Tadeu Filipelli (DF) e Eunício Oliveira (CE) para que Lula possa decidir quem nomear como futuro ministro. O primeiro indicado, Odílio Balbinotti (PMDB-PR), desistiu do posto após pressões por ser investigado por falsidade ideológica no Supremo Tribunal Federal (STF).
Cauteloso, Temer reconheceu que pediu detalhes sobre "ausência de dificuldades" para cada um dos indicados e disse que o episódio envolvendo a desistência de Balbinotti "está superado". "Ele teve a oportunidade de desistir no sábado. O critério foi exclusivamente dele", disse o dirigente após a transmissão de cargo ao novo ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Moka é acusado em 8 processos na Justiça
O deputado federal Waldemir Moka Miranda Britto (PMDB-MS), novo cotado para assumir o Ministério da Agricultura, figura como réu em oito processos, na pauta de julgamentos do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Todos são impetrados pela Vara de Execução Fiscal da Fazenda Pública Municipal de Campo Grande, principalmente cobranças de dívidas de Imposto Territorial e Urbano (IPTU) não pagas há pelos menos quatro anos.
Segundo a assessoria do parlamentar em Brasília, Moka desconhece totalmente a existência dos processos e nunca foi notificado em nenhum. Acreditam os assessores, que o caso pode ser totalmente esclarecido, assim que o deputado tomar conhecimento do assunto através de explicações oficiais. Adiantaram existir ainda outros dois processos, contra a Executiva Estadual do PMDB, que foram arquivados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Sobre a pendência com a Prefeitura Municipal de Campo Grande, a assessoria informou que o assunto deve ser relacionado à doação de dois terrenos situados no bairro Rita Vieira, periferia de Campo Grande, para a Associação de Murtinhens, entidade que congrega pessoas nascidas em Porto Murtinho, cidade natal do ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT. Conforme informações do assessor Antônio Carlos "as áreas foram repassadas à entidade, a qual passou a ser responsável pelo pagamento de impostos e taxas que incidem sobre o bem.
Os outros dois processos referem-se à privatização do porto de Murtinho pela família do ex-governador Zeca do PT. Um deles movido por Zeca do PT e outro pelo irmão do ex-governador Heitor Miranda, ambos beneficiados na operação. A Executiva Estadual do PMDB, à época, condenou a forma com que o porto passou às mãos da iniciativa privada, ainda mais por envolver a família do então governador.
Lula continua com dificuldade para substituir Furlan
O maior nó da reforma ministerial não foi acomodar o apetite do PMDB por cinco ministérios nem a relutância do PT em ceder pastas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva até agora não conseguiu arranjar um nome para substituir o ministro Luiz Fernando Furlan no Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Lula já sondou sem sucesso o acionista maior da siderúrgica Gerdau, Jorge Gerdau e o presidente da Embraer, Maurício Botelho. Na bolsa de apostas, agora, surgiu o nome de Antoninho Marmo Trevisan, amigo pessoal de Lula.
A dificuldade de se encontrar um empresário disposto a assumir o cargo não tem explicação apenas na questão salarial, como fez supor Lula, semana passada. Trata-se de um ministério sem poder político que vive como um satélite do ministério da Fazenda. Não tem autoridade, sequer, para indicar seu braço operador da política industrial, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Furlan tentou o comando do Banco e não conseguiu. Passou os quatro anos do primeiro mandato exercitando o jogo de cintura com o ministério da Fazenda para avançar nas medidas de interesse do setor privado, principalmente as relativas a desoneração de impostos.
Furlan não quer continuar ministro e promete ficar apenas por um mandato tampão. O figurino para o cargo sugere ainda uma dose suficiente de paciência com a burocracia estatal, uma questão que não é tão simples. Outros ocupantes do cargo, como o banqueiro Alcides Tápias, no governo Fernando Henrique, não escondiam o desconforto com a lentidão do processo de decisão no governo.
Lula sonda Rosseto para Desenvolvimento Agrário
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sondou, nesta segunda-feira, o ex-ministro Miguel Rosseto (PT) sobre a possibilidade de ele voltar à equipe de primeiro escalão na pasta do Desenvolvimento Agrário. Como resposta, ouviu a preferência do petista de se dedicar às articulações políticas locais.
Vice-governador do Rio Grande do Sul de 1999 a 2002, Miguel Rossetto informou ao Último Segundo que a conversa de hoje "não foi nenhum processo conclusivo", destacou que está inclinado a participar ativamente da realidade política gaúcha, mas admitiu que há uma "agenda em aberto" em relação à hipótese de voltar ao Ministério.
"Pode ser que o presidente formalize o convite [para o Ministério]. Conversamos sobre todos os temas. É uma agenda em aberto", declarou. De acordo com o ex-ministro, este foi "o primeiro encontro [entre ele e Lula] com mais tempo depois das eleições".
Dirigente de origem operária, trabalhou como torneiro mecânico em fábricas nas cidades de São Leopoldo, onde nasceu, e Canoas. Líder sindical, foi diretor da Central Única dos Trabalhares (CUT) no Rio Grande do Sul e secretário de Política Sindical da CUT Nacional. Filiado ao PT desde 1981, foi deputado federal na legislatura de 1995 a 1999 e ministro do Desenvolvimento Agrário no primeiro governo Lula

Lula promete anunciar nesta terça novo ministro da Agricultura
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu ao presidente do PMDB, Michel Temer, que irá anunciar nesta terça-feira o nome do novo ministro da Agricultura. Em reunião de pouco mais de uma hora, no Palácio do Planalto, os peemedebistas apresentaram uma lista com sete nomes para a pasta (Tadeu Filipelli, Eunício Oliveira, Moacir Micheletto, Reinhold Stephanes, Waldemir Moka, Waldir Colatto e Fernando Diniz) e informaram ter verificado a existência de processos judiciais contra cada um dos ministeriáveis
Na última semana, Odílio Balbinotti (PMDB-PR) chegou a ser anunciado como o novo ministro, mas desistiu do posto no sábado depois de constante desgaste por responder a processo no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de falsidade ideológica e documental.
"O presidente compreendeu a desistência do deputado Balbinotti, lamentou a questão, mas reafirmou que o ministério é do PMDB", declarou Temer. "São nomes seguros e, pelas informações, claro que são de reputação ilibada".
Para o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves, é "possível" que Lula pretenda fazer algumas consultas antes de definir o titular da Agricultura. Uma das possibilidades, segundo o parlamentar, é que o presidente peça auxílio ao ex-ministro Roberto Rodrigues, que deixou o governo após ter creditado à equipe econômica os escassos recursos para pacotes agrícolas.
A posse do novo ministro deverá ser na sexta-feira, quando também serão empossados Marta Suplicy, no Turismo, e Walfrido dos Mares Guia, nas Relações Institucionais.
Reinhold Stephanes é o nome do PMDB para Agricultura

O nome é Reinhold Stephanes. O paranaense e ex-ministro da Previdência de FH já está com o pé no Ministério da Agricultura. Stephanes é o nome escolhido pela cúpula do PMDB da Câmara e que está sendo levado neste momento ao Planalto pelo presidente Michel Temer e pelo líder Henrique Eduardo Alves. Lula pode até não aceitar, mas neste momento ele é o ministro. À reunião que fechou a indicação compareceram praticamente todos os seus concorrentes nha listinha do PMDB, inclusive Waldemir Moka, Tadeu Filipelli e Eunício Oliveira. Todos concordaram com a escolha, que tem o apoio também dos governadores Roberto Requião e Blairo Maggi. PS (às 20:42)- Stephanes tem o apoio de boa parte da bancada e dos governadores, mas o pai da criança é, mais uma vez, Blairo Maggi.enviada por Helena Chagas

Temporão assume Saúde e propõe intersetorialidade entre os ministérios
O novo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, tomou posse nesta segunda-feira à tarde, em uma disputada cerimônia que reuniu lideranças médicas, pesquisadores da área, secretários de saúde, parlamentares, familiares e funcionários do ministério.
Em seu discurso, Temporão disse que hoje o Brasil vive uma era de “medicalização”. Fugindo à perspectiva de que as grandes questões de saúde não se resolvem “apenas com o aperfeiçoamento da assistência”, ele afirmou que o que mais produz saúde é saneamento, renda, habitação, emprego, lazer, cultura e educação. “Antes de a saúde ser uma questão biológica, é uma produção social”, disse.
Em busca de índices mais altos na Saúde, o ministro defendeu a intersetorialidade dos ministérios, partindo da discussão de estratégias conjuntas, entre os ministérios da Saúde, Meio Ambiente e de Cidades, principalmente. Além disso, para a construção de um novo modelo assistencial, Temporão apontou os programas de promoção de saúde e a atenção básica de qualidade (consultas e atendimentos simples, que são feitos em programas como o Saúde da Família, por exemplo) como pontos de partida.
De acordo com Temporão, “há uma tensão permanente entre o ideário reformista e o projeto real em construção”, em relação ao Sistema Único de Saúde (SUS). “Um dos possíveis caminhos de superação deste conflito certamente passa pelo reconhecimento da sociedade de pensar a saúde como um bem e um projeto social”, disse, ressaltando, contudo que “o SUS é uma política de Estado, logo, é suprapartidário”.
“Entretanto, cabe aos governos, na dependência de sua capacidade característica, desenvolver políticas que visam aperfeiçoá-lo, qualificá-lo, aproximando – ou não – do ideário reformista”, pontuou.
Temporão lembrou que, no primeiro governo do presidente Lula, algumas inovações no setor de saúde, como o SAMU, Brasil Sorridente e a Farmácia Popular foram implementadas. Agora, para este segundo mandato, o ministro assumiu o compromisso de zelar pelos recursos públicos; fortalecer e expandir os programas de atenção básica; lutar para que a saúde possa dispor de orçamento garantido constitucionalmente; desenvolver uma política de atenção à saúde dos homens; combater o tabagismo; fortalecer a imagem do Brasil no exterior; e promover a reforma psiquiátrica.
De acordo com Temporão, esses seriam alguns dos desafios que precisam de solução, pelas quais ele, como novo ministro da pasta, pretende “lutar” para alcançar.
Compromissos assumidos pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão:
1. Zelar pelo rigor no uso dos recursos públicos combatendo as fraudes e instituindo controles que permitam uma maior participação da sociedade no uso e destino dos recursos da Saúde;
2. Fortalecer, expandir e qualificar a Atenção Básica como a estratégia central de reordenamento do sistema, a partir dos princípios da integralidade, eqüidade e universalidade;
3. Fortalecer, aprofundar e aperfeiçoar os Pactos em defesa da Vida, do SUS e de Gestão, através do processo de descentralização pactuado e monitorado pela tripartite e pelas bipartites qualificando-os como espaços de gestão e formulação de políticas;
4. Lutar dentro governo, no Congresso nacional e na sociedade para que a saúde possa dispor dos recursos orçamentários necessários à plena realização dos ditames constitucionais;
5. Fortalecer o controle social com uma gestão democrática e participativa no SUS ampliando o grau de consciência sanitária como nos ensinou Giovanni Berlinguer, ampliando o grau de educação da população sobre saúde e seus determinantes, mas também o nível de ação coletiva voltada para a mudança de seus determinantes estruturais;
6. Adotar uma visão integrada interinstitucional, múltipla e interativa que aproxime os espaços da saúde, educação, esportes, cultura, saneamento, segurança, habitação com as políticas de inclusão social. Aqui teremos possivelmente um de nossos maiores desafios;
7. Fortalecer e disseminar nacionalmente a Política de Humanização estendendo-a ao conjunto de práticas no processo de produção dos cuidados em saúde, assegurando acolhimento, conforto, respeito, e qualificação técnica na Atenção ao cidadão usuário do SUS;
8. Fortalecer a Política Nacional de Direitos Sexuais e Reprodutivos, com ênfase na melhoria da atenção obstétrica, no combate ao câncer ginecológico (a situação do câncer de colo de útero é vergonhosa, 20 mil novos casos em 2007), no planejamento familiar, na atenção ao abortamento inseguro e no combate a violência doméstica e sexual; agregando também a prevenção e tratamento de mulheres vivendo com DST/AIDS;
9. Melhorar o atendimento prestado às populações em situações de risco como a população indígena, quilombolas, assentamentos entre outras;
10. Instituir a Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem;
11. Desenvolver abordagens inovadoras em relação a grupos mais vulneráveis da população como os idosos e o binômio mãe-bebê no 1º ano de vida, período reconhecidamente fundamental à construção de padrões de relacionamento sociais compartilhados e de desenvolvimento da personalidade;
12. Priorizar a promoção da saúde e políticas de prevenção voltadas para as doenças prevalentes como as cardiovasculares, câncer, as que resultam das violências, acidentes de trabalho e de trânsito, do uso de drogas psicoativas e álcool, de hábitos alimentares, do tabagismo entre outras;
13. Convocar a Fiocruz e a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca para junto com a UNB e a ENAP implantarem imediatamente uma 'Escola de Governo em Saúde' - cuja proposta tem se firmado como espaço essencial para a capacitação dos gestores da saúde - na Capital Federal;
14. Fortalecer a presença do Brasil no cenário internacional (atendendo ao desafio lançado pelo presidente Lula durante o congresso da Abrasco) estreitando as relações com o Ministério das Relações Exteriores, amplificando nossa presença nos órgãos setoriais e em programas de saúde das Nações Unidas - como a OMS, a OPS, a UNITAIDS, o FIAM e tantos outros - assim como cooperando com o desenvolvimento dos sistemas de saúde dos países da América do Sul - em especial com o Mercosul - e com os países de língua portuguesa da África e a CPLP;
15. Dar continuidade e aperfeiçoar a reforma psiquiátrica brasileira;
16. Buscar uma maior integração entre as atividades e políticas desenvolvidas pela ANS e o SUS;
17. Estabelecer com os profissionais de saúde um diálogo que permita avançar na discussão da política salarial, das condições de exercício profissional, do combate à precarização do trabalho, de sua qualificação permanente e adotando nesta perspectiva a máxima "cuidar de quem cuida";
18. Fortalecer o papel do MS em relação à pesquisa, à inovação e ao desenvolvimento científico e tecnológico, fortalecendo a recém concluída política de gestão de tecnologias em saúde;
19. Estabelecer uma estratégia nacional de desenvolvimento e inovação para o Complexo Produtivo de Bens e Serviços de Saúde no país, pensando a saúde como um espaço de produção, desenvolvimento, criação de empregos e de riqueza para a nação e como fator imprescindível ao desenvolvimento;
20. Garantir o acesso da população aos medicamentos necessários através de uma política de assistência farmacêutica que integre e articule a dispensa gratuita com as novas estratégias estabelecidas pelo programa de Farmácia Popular;
21. Estabelecer novos modelos de gestão que garantam os princípios do SUS, mas que permitam que as instituições de saúde operem em base de maior eficiência e qualidade. A recente regulamentação da Lei dos Consórcios e a proposta de adoção de um novo modelo jurídico-institucional para a rede pública de hospitais abrem novas perspectivas;
22. Contribuir para decifrar a esfinge do Rio de Janeiro buscando estabelecer uma repactuação entre os gestores federal, estadual e dos municípios, na compreensão da saúde como parte de um projeto civilizatório tão fundamental para o povo carioca e fluminense;

JORNAL DO BRASIL

Convidado pelo presidente Lula a reassumir a pasta do Desenvolvimento Agrário, o ex-ministro Miguel Rossetto recusou. Prefere disputar a eleição, em 2008, para a prefeitura de Porto Alegre, que o PT dominou por 16 anos

FOLHA DE SÃO PAULO

Convidada finalmente por Lula, Marta aceita Turismo
José Cruz/ABr

A pasta é a do Turismo. Mas bem poderia chamar-se ministério do Passeio. Depois de levar um passeio do presidente da República, que ameaçou inclusive mandá-la passear, Marta Suplicy foi, finalmente, convidada por Lula a compor a Esplanada dos Ministérios. Apesar de bem passada, ela, como previsto, aceitou o “desafio”.

"O presidente me convidou para ser ministra do Turismo e eu aceitei, muito feliz da vida. Da minha parte nunca houve nenhuma demanda. A única coisa que eu disse é que o presidente sabia o que eu poderia fazer. E ele achou que eu poderia estar no Turismo. Para mim é grande desafio. Há muita coisa para ser feita", disse Marta depois de encontrar-se com o novo chefe.

Marta evitou adicionar mais conversa fiada à parolagem de que nunca demandou coisa nenhuma –ela queria o ministério das Cidades ou o da Educação. Questionada a respeito da possibilidade de vir a trocar o novo “desafio” por uma candidatura às eleições municipais de 2008, ela desconversou. E a desconversa, como se sabe, é preferível à conversa fiada.

"Eu estou entrando no Ministério agora, deixa eu entrar e fazer o que eu tenho que fazer. Eu sou uma fazedora. Estou querendo entender da área, escutar muito e poder propor ações", limitou-se a dizer a ex-prefeita, que parece não ter vindo a Brasília a passeio. Disse que a eleição para a prefeitura de São Paulo nem foi tratada na Audiência que acabara de ter com Lula: "Nem foi tocado esse assunto."

Está de olha na disputa presidencial de 2010? Mais desconversa: "Não, estou de olho em fazer um bom serviço no Ministério do Turismo. Isso eu tenho condição de poder fazer e vou me dedicar a fazer."

De resto, conforme fora antecipado aqui no blog, Lula informou a Marta que ela a Infraero, hoje abrigada no ministério da Defesa, não será transferida para o Turismo. Uma informação que, depois de vivenciar a rotina caótica do Aeroporto de Congonhas, nesta segunda-feira, a ex-prefeita deve ter recebido com uma dose de alívio. Infraero é hoje, sinônimo de encrenca, não de poder. Marta assume o novo emprego na próxima sexta-feira.

PS.: Também nesta segunda-feira (19), Lula recebeu uma nova lista de ministeriáveis do PMDB para a pasta da Agricultura. Depois de a escolha de Odílio Balbinotti ter-se convertido num autêntico "pepinotti", Lula move-se com cautela. Adiou a definição para esta terça (20). De resto, o presidente convidou o petista Miguel Rossetto (RS) para retornar à pasta do Desenvolvimento Agrário. Mas ele refugou a oferta.
Escrito por Josias de Souza
ESTADO DE SÃO PAULO
Marta tomará posse no Ministério do Turismo na sexta-feira
´Sou uma fazedora´, disse a ex-prefeita sobre seus planos para o ministério
AE e Reuters
SÃO PAULO - Chegou ao fim a novela sobre a ida da ex-prefeita Marta Suplicy ao Planalto. Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira, 19, em Brasília, Marta afirmou que tomará posse no cargo nesta sexta-feira.
A ex-prefeita sucederá o ministro Walfrido Mares Guia, que assumirá no mesmo dia que ela a pasta das Relações Institucionais, antes ocupada por Tarso Genro, agora ministro da Justiça.
"Sou uma fazedora", disse a ex-prefeita ao ser questionada sobre seus planos para o ministério. Na sua opinião, o Ministério do Turismo é uma pasta uma pasta "a ser turbinada".
Ela contou que no encontro o presidente Lula disse que não é o momento de mudar a Infraero do Ministério da Defesa para o do Turismo. "O presidente Lula me disse que não era o momento de mudar a Infraero de lugar", disse.
Por conta dos atrasos nos vôos, Marta ficou duas horas esperando um avião em São Paulo, o que acabou atrasando seu encontro com Lula. "Esse é um problema sério que desgasta a imagem do Brasil e a paciência do brasileiro", disse Marta, comentando que é "desagradável" ficar retida em um aeroporto à espera de uma decolagem.
Sobre a possibilidade de ela deixar o Ministério para concorrer a um cargo eletivo, Marta Suplicy disse:"é muito cedo para falar disso".
Marta é apontada como uma das potenciais candidatas do PT à sucessão de Lula, em 2010, e também como nome do partido para voltar à prefeitura de São Paulo, em 2008. "Estou entrando no ministério. Deixa eu entrar, gente", afirmou, recusando qualquer previsão sobre seu futuro político.
Banho-maria
Depois de meses submetida a um constrangedor "banho-maria", no qual Lula insinuava convidá-la e depois desconversava, Marta optou pelo silêncio e pela cautela.
A ex-prefeita aceitou o convite, mesmo depois de ser descartada para pastas mais poderosas, como Cidades e Educação. Mas agora pode se sentir liberada para concorrer à Prefeitura de São Paulo no ano que vem, desobrigando-se de continuar no ministério até o fim do segundo mandato de Lula.
Quando ainda era cotada para Cidades ou Educação, Marta deixou claro que aceitava as condições impostas pelo presidente, que não queria tê-la como uma ministra-candidata.
Naquele momento, em fevereiro, ela se considerava um nome da "cota de Lula" no Ministério. Agora, segundo colaboradores, a ex-prefeita se considera como um nome da "cota do partido".
Isso não quer dizer que a ex-prefeita não ligue mais para Lula. Ao contrário, dizem seus colaboradores, ela vê a possibilidade de construir uma nova relação com o presidente ao longo dos próximos meses, apostando todas as fichas numa boa gestão no Ministério do Turismo.
Por isso, em seu círculo mais próximo a ordem é trabalhar duro em Brasília. O ministério pode ser uma boa vitrine para uma eventual campanha em 2008 ou mesmo 2010.
Pressão e superexposição
O fato de ser hoje um dos nomes mais fortes do PT para a campanha presidencial de 2010 pesou contra a ex-prefeita nesta arrastada reforma ministerial.
Lula demonstrou desconforto com a idéia de Marta ganhar muito poder em seu governo e se impor como candidata à sua sucessão. A pressão do PT ajudou a incomodar ainda mais o presidente.
Parte da "pressão" se deve ao pesado jogo político dentro do próprio partido. Colaboradores reclamam que a superexposição do nome da ex-prefeita, prejudicial à sua imagem, foi orquestrada pelos adversários no PT.
Queriam justamente que ela aparecesse na mídia como a líder ambiciosa que lutava por um cargo poderoso.
(Colaboraram Tânia Monteiro, Vera Rosa e David Moisés)
Pedro Brito comandará nova Secretaria de Portos
Ex-ministro foi convidado na sexta-feira, mas anúncio ainda não foi oficializado
Reuters
BRASÍLIA - O ex-ministro da Integração Nacional Pedro Brito vai assumir a Secretaria de Portos, criada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para contemplar o PSB, segundo uma fonte do partido.
Brito é ligado ao deputado Ciro Gomes e foi convidado na sexta-feira, 16, por Lula, mas o anúncio oficial ainda não foi feito pelo Planalto. O PSB desejava administrar na nova secretaria portos e aeroportos, mas o presidente não aceitou a proposta.
A nova secretaria também não ficará vinculada ao Ministério do Turismo, que será comandado pela ex-prefeita Marta Suplicy, como queriam os petistas. A idéia é mantê-la sob a alçada da própria Presidência da República.
A criação da secretaria foi uma forma de compensar o PSB pela perda do Ministério da Integração Nacional, que foi para Geddel Vieira Lima (PMDB). O PSB controla também a pasta de Ciência e Tecnologia.
Divisão
Na sexta-feira, o líder do PR na Câmara, deputado Luciano Castro, afirmou que o partido poderá abdicar de participar do governo Lula caso o Ministério dos Transportes seja desmembrado com a eventual criação de uma Secretaria dos Portos.
"Fica claro que, se (o governo) mantiver esse tipo de entendimento (criar a Secretaria), realmente, para nós é melhor não participar da administração", declarou Castro.
Castro comentou que, quando o presidente Lula ofereceu o Ministério dos Transportes ao PR, ninguém jamais mencionou que uma parte do ministério seria retirada. Ele afirmou que a idéia de divisão é equivocada, "tecnicamente e politicamente", porque o sistema de transportes no País é interligado. "As ferrovias terminam nos portos. Não entendemos como a questão dos portos poderia ser tratada separadamente do Ministério dos Transportes", argumentou.
(Com Denise Madueño
CORREIO BRAZILIENSE


MARTA GARANTE QUE SE DEDICARÁ E FARÁ UM BOM TRABALHO

-Brasília - Ao anunciar que será a nova ministra do Turismo, a ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, disse que vai se dedicar para realizar um bom trabalho. "Quero trabalhar a junção da área de turismo com a área de educação", afirmou, em entrevista à imprensa, após encontro com o presidente Lula, no Palácio do Planalto.
Marta Suplicy assume o ministério na próxima sexta-feira no lugar de Walfrido Mares Guia, que vai para a Secretaria de Relações Institucionais. Segundo ela, Walfrido dos Mares Guia "fez um trabalho estupendo e eu quero dar continuidade".
Ao ser questionada sobre a possibilidade de disputar a prefeitura de São Paulo em 2008 ou até mesmo a sucessão presidencial em 2010 pelo Partido dos Trabalhadores, Marta desconversou: "Eu e o presidente não tocamos neste assunto durante encontro. Agora é que estou entrando no ministério”, afirmou. Na vinda para Brasília, Marta Suplicy foi vítima de atraso em seu vôo. Em entrevista aos jornalistas, ela admitiu que a crise é um “problema sério, desgasta a imagem do país e é desagradável para a população”. Pergunta pela imprensa, ela negou que a Infraero seja incorporada ao Ministério do Turismo. "O presidente Lula acha que ainda não é hora para a mudança". Sobre a possibilidade de se instalar no Congresso Nacional a CPI do Apagão Aéreo, como desejam partidos de oposição, a ex-prefeita respondeu: “Creio que situações desse tipo têm de ser apuradas”.


GLOBO

LULA ADIA ESCOLHA DE NOME PARA AGRICULTURA

LISTA OFERECIDA CONTÉM SETE NOMES DE DEPUTADOS. PRESIDENTE QUER CONSULTAR ALIADOS SOBRE OS INDICADOS.

Tiago Pariz Do G1,
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na noite desta segunda-feira (19) uma lista com os nomes de sete peemedebistas para integrar o Ministério da Agricultura, após a desistência de Odílio Balbinotti, envolvido em denúncias de falsidade e uso de "laranjas" em transações financeiras. Lula recebeu o presidente do PMDB, Michel Temer, e o líder na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), para discutir os nomes. Para evitar ser surpreendido por denúncias do escolhido, o presidente pediu um mais tempo para definir o nome do indicado à Agricultura.
A lista é composta pelos deputados Eunício Oliveira (CE), Fernando Diniz (MG), Moacir Micheletto (PR), Reinhold Stephanes (PR), Tadeu Filipelli (DF), Valdir Colatto (SC) e Waldemir Moka (MS).
Temer defendeu a idéia de Lula fazer consultas internas no governo. “Seria bom que o presidente fizesse, porque até amanhã ele teria certeza absoluta de que não tem problema nenhum”, disse o presidente peemedebista. Segundo o deputado Henrique Alves, Lula quer consultar, sobretudo, o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues sobre o indicado. Dos sete, dois são engenheiros agrônomos (Micheletto e Colatto), dois são da bancada ruralista (Diniz e Moka), um tem bom trânsito entre os colegas (Filipelli) e Eunício Oliveira é ex-ministro de Lula, ocupou as Comunicações.
Stephanes, economista, foi ministro de Ernesto Geisel (1974-1979), Fernando Collor (1990-1992) e Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Tanto Temer quanto Alves evitaram demonstrar preferência por algum dos nomes aos jornalistas, mas, ao presidente, colocaram Stephanes no topo da lista. Temer afirmou que Lula decidiria até terça-feira (20). O presidente passa o dia inteiro em viagem por Goiás, com chegada em Brasília prevista para às 19h30.
MARTA ACEITA CONVITE E ASSUME TURISMO NA 6ª

Petista não descartou disputar Prefeitura de São Paulo em 2008. E disse, após reunião com Lula, que não terá o controle da Infraero.

Tiago Pariz Do G1, em Brasília

Agência Brasil

A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) aceitou o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, formalizado nesta segunda (19), para comandar o Ministério do Turismo. Ela toma posse no cargo na próxima sexta-feira (23).
Com ela, assume também o antecessor, Walfrido Mares Guia, como ministro das Relações Institucionais, pasta responsável pela coordenação política do governo. Marta afirmou estar ansiosa para assumir as novas atribuições, mas não descartou disputar a prefeitura de São Paulo, em 2008.
“Estou entrando no ministério. Deixa eu entrar, fazer o que eu tenho que fazer. Estou querendo fazer, eu sou uma ‘fazedora’. Eu quero entender da área, escutar muito e poder propor ações”, afirmou, ao ser questionada sobre seu projeto futuro.
Segundo a ex-prefeita, o presidente afirmou que não pretende, por enquanto, transferir a Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) do Ministério da Defesa para o do Turismo.
Apesar de não receber uma pasta fortalecida pelas atribuições da Infraero, ela rechaçou a tese de que o Turismo foi um prêmio de consolação, já que chegou a ser cotada para ocupar os ministérios da Educação e das Cidades.
“Da minha parte, nunca houve nenhuma demanda. O que eu disse é que o presidente sabia o que eu poderia fazer e, se ele achasse que eu poderia ajudar, ele me chamaria. E ele achou que eu seria útil no Turismo”, respondeu.
O encontro de Marta com o presidente estava marcado para as 12h, mas, devido aos atrasos provocados pelos problemas nos aeroportos brasileiros, teve de ser adiado para a noite.
AGÊNCIA BRASIL

MARTA PROMETE FAZER "JUNÇÃO DE TURISMO COM EDUCAÇÃO"

Brasília - Ao anunciar que será a nova ministra do Turismo, a ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, disse que à frente da pasta vai se dedicar para realizar um bom trabalho. "Quero trabalhar a junção da área de turismo com a área de educação", afirmou, em entrevista à imprensa, após encontro com o presidente Lula, no Palácio do Planalto.
Marta Suplicy assume o ministério na próxima sexta-feira no lugar de Walfrido Mares Guia, que vai para a Secretaria de Relações Institucionais. Segundo ela, Walfrido dos Mares Guia "fez um trabalho estupendo e eu quero dar continuidade".
Ao ser questionada sobre a possibilidade de disputar a prefeitura de São Paulo em 2008 ou até mesmo a sucessão presidencial em 2010 pelo Partido dos Trabalhadores, Marta desconversou: "Eu e o presidente não tocamos neste assunto durante encontro. Agora é que estou entrando no ministério”, afirmou.Na vinda para Brasília, Marta Suplicy foi vítima de atraso em seu vôo. Em entrevista aos jornalistas, ela admitiu que a crise é um “problema sério, desgasta a imagem do país e é desagradável para a população”. Pergunta pela imprensa, ela negou que a Infraero seja incorporada ao Ministério do Turismo. "O presidente Lula acha que ainda não é hora para a mudança". Sobre a possibilidade de se instalar no Congresso Nacional a CPI do Apagão Aéreo, como desejam partidos de oposição, a ex-prefeita respondeu: “Creio que situações desse tipo têm de ser apuradas”.

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