sábado, 17 de março de 2007

13 E 14 DE MARÇO NOTÍCIAS

FOLHA DE SÃO PAULO
Tarso Genro assume Ministério da Justiça na sexta-feira

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) assume na próxima sexta-feira o Ministério da Justiça em substituição ao ministro Marcio Thomaz Bastos. A informação foi confirmada esta noite pela própria assessoria de Tarso. A cerimônia de transmissão do cargo está marcada para às 11 horas de sexta-feira, na primeira mudança efetiva no primeiro escalão do governo na esperada reforma ministerial.
O Palácio do Planalto ainda não confirmou oficialmente o nome do substituto de Tarso, mas a pasta deverá ser assumida pelo ministro Walfrido dos Mares Guia (Turismo). A saída de Walfrido abre caminho para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acomodar a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy no Ministério do Turismo.
O presidente vai nomear Tarso oficialmente para a Justiça até quinta-feira. Bastos já havia anunciado sua saída do governo desde o ano passado, logo após a reeleição do presidente Lula em outubro. Em meados de dezembro, o porta-voz da Presidência da República, André Singer, disse que Bastos permaneceria no cargo até o final de janeiro.
Com a demora de Lula para realizar a reforma ministerial, Bastos afirmou que ficaria até o início de fevereiro. O prazo foi prorrogado até Lula oficializar o convite para Tarso assumir a pasta. Bastos alega motivos pessoais para deixar o cargo.
Reforma em partes
O anúncio da posse de Tarso confirma a estratégia do presidente Lula de realizar a reforma ministerial a conta-gotas, ao invés de anunciar as mudanças no primeiro escalão de uma só vez.
Amanhã, Lula conversa com o PMDB para definir o espaço do partido no governo. Lula receberá o presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP), quando deve confirmar que o partido ficará com pelo menos quatro pastas: Comunicações, Minas e Energia, Saúde e Integração Nacional.O partido vai insistir em mais um ministério. O PMDB não considera que a pasta da Saúde pertença à cota da bancada do partido na Câmara, e sim, do Senado. Por isso, os deputados peemedebistas reivindicam um quinto ministério de Lula --Agricultura ou Previdência.
O PT também deve encaminhar ao presidente nesta quarta-feira a lista com os nomes do partido indicados para a reforma ministerial.Leia mais
· Josias de Souza: Tarso Genro sonda Carlos Lupi para a Previdência
· Lula diz que não tem pressa para trocar ministro e elogia PT
· Após encontro com Lula, PT recua e diz que aceita perder espaço no governo
· PMDB vai pedir a Lula Ministério da Agricultura
· Dilma diz que governo não está parado e que dinâmica ministerial é outra
*****************************PAPA REITERA CELIBATO PARA SACERDOTES E OPOSIÇÃO A UNIÃO GAY
da Folha Online
Em documento divulgado nesta terça-feira, intitulado "Sacramentum Caritatis", o papa Bento 16 reafirmou o celibato para sacerdotes, reiterou a proibição do casamento gay e condenou a união de divorciados, confirmando o conservadorismo que rege seu papado.
"Eu reafirmo a beleza e importância de uma vida sacerdotal vivida no celibato como sinal de devoção total e exclusiva a Cristo, à igreja e ao Reino de Deus", afirma o documento. "Além disso, eu confirmo que [o celibato] permanece obrigatório", escreveu o pontífice.
Este é o segundo documento doutrinal de Bento 16 depois da divulgação, em janeiro de 2006, de sua primeira encíclica, "Deus caritas est" (Deus é amor). O documento de 131 páginas, destinado a bispos e aos cerca de 1,1 bilhão de católicos em todo o mundo, faz parte da vigorosa campanha do pontífice para garantir o cumprimento dos ensinamentos da igreja.O papa condenou ainda práticas como o aborto e a eutanásia, e defendeu valores "familiares construídos por meio da união entre homens e mulheres" e da promoção do bem-estar geral.
Segundo o texto de Bento 16, tais valores "não são negociáveis", e caberia aos líderes políticos e católicos ter consciência de sua responsabilidade perante a sociedade, propondo e apoiando leis que sejam inspiradas "na natureza humana".
Bento 16 reiterou a oposição da igreja à união gay e falou a respeito da situação "dolorosa" de católicos divorciados, que não podem mais se casar na igreja. A Igreja Católica não permite o segundo casamento de divorciados, e vê as novas uniões como "viver no pecado".
Leia a íntegra do documento do papa no site do Vaticano.
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- Para tentar concluir as obras no Maracanã e no Maracanãzinho, no Rio, a tempo do início do Pan-Americano, o governo federal cortou até gastos de programas de saneamento. O Ministério das Cidades é o que mais perde na operação que destina R$ 100 milhões extras para o evento. O remanejamento de verbas foi objeto de medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro Paulo Bernardo (Planejamento) e publicada na quarta passada. Desde então, não houve liberação do dinheiro, segundo pesquisa feita no Siafi (sistema de acompanhamento de gastos federais) pela ONG Contas Abertas.
- O ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou ontem, para justificar a criação de um novo canal de TV estatal, que o governo precisa de mais espaço na mídia para discutir projetos de interesse público, como o biodiesel, do que os 30 segundos de que dispõe no noticiário das emissoras comerciais. ""Fomos observando as dificuldades que o governo tem de mostrar suas idéias, de discutir diversos assuntos (...) Levei a proposta ao presidente", enfatizou o ministro.
- Como parte do esforço para arrumar recursos para investimentos previstos no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o governo apresenta hoje um plano para apressar a cobrança de dívidas com a União, que somam R$ 600 bilhões, incluindo a possibilidade de bloquear bens de devedores sem autorização judicial. As empresas e pessoas físicas que têm dívidas acima de R$ 10 mil em discussão na Justiça também poderão negociar o pagamento diretamente com o governo federal, obtendo descontos de multas e juros, conforme proposta em discussão no Ministério da Fazenda.
- O MPF (Ministério Público Federal) entrou na Justiça para paralisar as obras da usina da EBX Siderurgia em Corumbá, cidade na região do Pantanal, e suspender as licenças ambientais concedidas pelo governo de Mato Grosso do Sul à empresa, que produzirá aço
- Lula diz ao PT que não tem pressa na reforma
- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou à cúpula do PT que iniciará a reforma ministerial na quinta, mas que continuará conversando com os partidos aliados para definir os últimos nomes na próxima semana. Lula reafirmou achar importante que Marta Suplicy participe do governo. Sinalizou que a ex-prefeita ocupará o Ministério do Turismo na vaga de Mares Guia.
- - O ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, atribuiu a falhas no orçamento do projeto de candidatura do Rio ao Pan-2007 o fato de o orçamento do evento ter estourado. "O projeto tinha o orçamento nitidamente subestimado. Foi uma limitação grave no planejamento. Se fala muito do crescimento do orçamento, mas é que o projeto [da candidatura] foi malfeito", disse Silva Júnior, na manhã de ontem em palestra na FMU, na capital paulista.
- Na primeira entrevista exclusiva desde que voltou ao Congresso como deputado eleito pelo PT-SP, Antonio Palocci Filho, 46, diz que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) deveria "buscar mais ousadia fiscal". Na sua opinião, o plano, com medidas em discussão no Congresso, seria "ainda melhor".
- O Tribunal Regional Federal (TRF) de Brasília suspendeu, por meio de liminar, uma portaria do Ministério da Saúde, do ano passado, que permitia a prática de atos tidos como privativos do médico -como diagnósticos e prescrição de medicamentos por outros profissionais da saúde.
Pesquisa mostra que população admira PT, mas associa partido com corrupção
da Folha Online
As denúncias de corrupção envolvendo integrantes do PT refletiu na pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo em todo o país sobre a imagem dos partidos. Segundo o levantamento, o PT é a legenda que mais tem políticos corruptos para 30% dos entrevistados, a frente do PMDB (10%), do PFL (7%) e do PSDB (4%).
O coordenador do Núcleo de Opinião Pública da Fundação, Gustavo Venturi, classificou o resultado como natural, pois o partido teve exposição negativa na imprensa por vários meses. "Não seria espantoso se o número fosse maior", disse Venturi.
Para o coordenador, embora a associação do PT à corrupção tenha crescido consideravelmente, o surpreendente é que o PT permanece como partido de maior preferência na população brasileira.
Segundo a pesquisa, o PT é a legenda preferida para 29% dos entrevistados. Em segundo lugar está o PSDB, com 7% da preferência, seguido pelo PMDB (6%) e pelo PFL (2%).
Venturi disse que isso se explica pelo predomínio de traços positivos de sua imagem perante à opinião pública nacional, "sobretudo no compromisso com os mais pobres e na defesa da justiça social, como apontam os dados", disse.Segundo a pesquisa, o PT é o partido que mais defende os pobres para 57% dos entrevistados e o que mais defende a justiça social para 42%.A Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, entrevistou 2.400 pessoas em 153 Municípios brasileiros.
Josias de Souza: Tarso Genro sonda Carlos Lupi para a Previdência
da Folha Online
A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) telefonou nesta terça-feira (13) para o presidente do PDT, Carlos Lupi. Sondou-o para ocupar o posto de ministro da Previdência. Obteve resposta positiva.
Com isso, desatou-se um dos nós que ainda emperram a conclusão da reforma ministerial. Nos últimos dias, Lula vinha insinuando que poderia não nomear Lupi, em retaliação ao apoio dado pelo PDT à CPI do Apagão, informa o blog do Josias.
RÚSSIA ANUNCIA MODERNIZAÇÃO DE SEUS MÍSSEIS
O comandante da Força Aérea russa, brigadeiro Vladimir Mikhailov, afirmou ontem que seu país modernizará seus mísseis de intercepção, em resposta ao plano americano de ampliar para o Leste Europeu seu sistema de interceptação de foguetes.
Segundo o militar, os russos estão aperfeiçoando os S-400, mísseis antiaéreos capazes de voar 400 km para interceptar aeronaves ou lançadores inimigos. "É uma arma defensiva", afirmou.
O programa americano desperta controvérsias. A Rússia se opõe à instalação dos mísseis americanos na Polônia e República Tcheca. A Otan não quer deixar descobertos países do sudeste do continente, em razão de planos de mísseis atribuídos ao Irã.

OCDE PREVÊ "POUSO SUAVE" PARA OS EUA
Reuters A economia dos EUA está desacelerando, mas não de forma abrupta, a Europa continua se expandindo e o crescimento do Japão é sólido apesar de alguns desequilíbrios, afirmou a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) ontem.
Em uma revisão de suas previsões de curto prazo, a OCDE disse que tudo está dentro do esperado na economia mundial, com a Europa saindo de uma atividade fraca e a Ásia mantendo um bom desempenho, enquanto a economia norte-americana desacelera em direção a um "pouso suave"."A vida é cheia de surpresas, mas nesse estágio não vemos nenhuma razão imediata para tender para um cenário mais pessimista", disse o economista-chefe do órgão, Jean-Philippe Cotis.
A OCDE prevê um crescimento de 0,5% no primeiro trimestre deste ano ante os últimos três meses de 2006 para o G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo) e de 0,6% no segundo trimestre.
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O ESTADO DE SÃO PAULO
LULA PROMETE PAC PARA ´REVOLUCIONAR´ EDUCAÇÃO DO PAÍS
PARA PRESIDENTE, SÓ ASSIM O BRASIL SE TORNARÁ UM PAÍS ´DE PRIMEIRO MUNDO´
Elizabeth Lopes
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - Em sua primeira visita oficial ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso de improviso centrado basicamente na educação. Ao fazer uma referência ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o presidente informou que seu governo implantará projeto semelhante na área da educação. "Se não fizermos uma revolução na educação, jamais seremos um país de primeiro mundo", destacou.
Lula disse que o desafio de melhorar a educação no Brasil, sobretudo o ensino fundamental, não é uma meta apenas do seu governo, mas sim de toda a sociedade. "Não podemos permitir o descaso das últimas três décadas com os jovens", emendou. O presidente afirmou que o ministro da Educação, Fernando Haddad, deverá apresentar um elenco de 42 medidas para propiciar o retorno da qualidade ao ensino fundamental.
Segundo ele, os jovens marginalizados do País são resultados de um modelo econômico perverso. "Por isso, distribuir renda é questão fundamental hoje no País", complementou.
No início do discurso, Lula frisou que o Brasil poderia estar entre as grandes nações do mundo, se tivesse colocado em prática algumas medidas necessárias, tais como maiores investimentos em educação, a reforma agrária e uma melhor distribuição de renda.
Ao falar que está na hora da sociedade assumir este compromisso com o Brasil, Lula disse que no governo JK a economia brasileira chegou a crescer 7% ao ano, mas a inflação era em torno de 23% e o salário mínimo não cresceu. Ainda nesta explanação, Lula disse que na época do chamado "milagre econômico brasileiro" (1968 a 1973), o Brasil chegou a crescer 14% ao ano, mas o salário mínimo decresceu.
"O Brasil não aproveitou o seu crescimento para fazer uma distribuição de renda e dar oportunidade a todos", ressaltou ele, em uma crítica indireta aos analistas que criticam o baixo crescimento econômico promovido por sua administração.
No entender do presidente, é preciso criar condições para o jovem voltar à escola e permanecer estudando. E voltou a criticar as discussões sobre a redução da maioridade penal: "Acho um absurdo quando se discute reduzir a maioridade penal, daqui a pouco vão querer punir aqueles que pensam em ter filhos. Ninguém pensa em punir os responsáveis."
Satélite Cbers-2B
O INPE monta o satélite Cbers-2B, desenvolvido em parceria com a China e considerado pioneiro no atendimento a várias políticas públicas, sobretudo as da área da Segurança Pública e Saúde, e deverá lançá-lo no segundo semestre deste ano.
De acordo com informações da assessoria de imprensa do INPE, este satélite entrou em órbita em 1999 e por causa da vida útil (de cerca de 3 anos) vai entrar agora em sua terceira versão (2B).
Essa versão possui câmaras de resolução muito mais definidas do que a dos modelos anteriores, por isso, será mais eficiente na busca de soluções para as questões que desafiam os agentes públicos que lidam com as questões relacionadas à segurança, tais como a criminalidade.
Lula inaugurou a nova Câmara Blindada Anecóica, usada na medição do nível de interferência eletromagnética emitido por um componente ou sistema, realizado em poucos países, e é própria para testes de grande porte.
Reivindicação salarial
A visita do presidente Lula ao INPE é realizada também num momento de insatisfação da comunidade de Ciência e Tecnologia com relação às verbas para este setor. O setor reclama, por exemplo, do congelamento dos projetos após o acidente com o Veículo Lançador de Satélites (VLS), ocorrido em 2003, na base de Alcântara (MA) e o corte de verbas para o programa espacial.
Para refutar as críticas de redução de investimentos no setor, o ministério da Ciência e Tecnologia alega que os recursos para este setor tiveram incremento de R$ 140 milhões nos últimos cinco anos, passando de R$ 80 milhões para os atuais R$ 220 milhões. Entretanto, a comunidade de Ciência e Tecnologia duvida que todos os recursos previstos para este ano sejam efetivamente alocados em investimentos no setor.
O presidente aproveitou o discurso improvisado para dar uma resposta à comunidade científica e tecnológica, que está reivindicando melhores salários para a categoria, já que foi recebido no INPE por faixas de protestos do Sindicato dos Servidores Federais de Ciência e Tecnologia.
"Quando cheguei aqui vi a reivindicação salarial dos servidores dizendo ´presidente, não esqueça do nosso salário´. Este é um problema sério. No setor público, quem ganha R$ 7 mil por mês é considerado marajá, mas se no exterior ganhar R$ 70 mil, é considerado competente".
Ainda em um recado aos servidores de ciência e tecnologia que reivindicam melhores salários, Lula utilizou sua metáfora preferida, a futebolística, onde disse que gostaria que todo bom jogador fosse do Corinthians (o seu time), mas como clubes do exterior pagam melhor, os melhores jogadores acabam indo embora.
Brasil e EUA devem anunciar outro acordo
Brasil e EUA devem anunciar acordo de troca de informações tributárias entre os dois governos, antes da ida do presidente Lula a Camp David, no fim do mês. Esse pode ser o primeiro passo para um acordo sobre bitributação. O memorando de biocombustíveis assinado em São Paulo não será o único acordo entre os dois países, que guardam algo para anunciar em Camp David. Segundo um alto funcionário do governo americano, haverá “vários anúncios” nas próximas duas semanas. Ele disse que Brasil e EUA são “aliados estratégicos, que podem fazer muita coisa juntos além de suas fronteiras”.
EUA provocam nova onda de baixa nas bolsas
- As bolsas de valores tiveram ontem um dia de forte nervosismo no Ocidente, duas semanas depois de a China derrubar mercados financeiros no mundo todo. Desta vez, a principal causa foi o mercado de crédito imobiliário para clientes de alto risco nos Estados Unidos. A Associação de Bancos Hipotecários revelou que a execução de hipotecas bateu recorde no país no último trimestre de 2006. Além disso, a Accredited Home Lender, instituição que atua no setor, anunciou ter problemas para se financiar e as ações dela despencaram 65,18%. Anteontem, a segunda maior empresa de crédito imobiliário para clientes de alto risco, a New Century Financial, já havia informado que não estava obtendo recursos para cumprir suas obrigações. Um outro fator influiu ontem no mercado: as vendas no varejo dos EUA em fevereiro cresceram em ritmo inferior ao esperado. Em Nova York, o Índice Dow Jones recuou 1,92% e a Nasdaq, 2,15%. A Bolsa de Valores de São Paulo perdeu 3,39%, o dólar fechou na maior cotação do dia, a R$ 2,104, e o risco Brasil avançou 3,66%. A Bolsa de Buenos Aires caiu 3,75%, a de Londres, 1,16% e a de Frankfurt, 1,36%. Os problemas no mercado imobiliário podem empurrar a economia americana para uma recessão, arrastando a do mundo todo.
- Ele mete gols nos governadores e coloca no esquecimento os escandalosos gols contra o PT.
- O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que o Banco Central não deve ser conservador ao definir a taxa básica de juros (Selic) nos próximos meses. Para ele, é preciso se concentrar no centro da meta de inflação (de 4,5% em 2007) e não na sua banda inferior. Mantega afirmou que o cenário da Selic, cuja projeção é de 10,1% para 2010, seguiu as previsões de mercado. Mas destacou que, descontada a inflação, os juros reais deverão atingir 5% ao ano, "como em outros países emergentes", antes do final do segundo mandato do presidente Lula. "Cair 3 pontos porcentuais ao longo de 4 anos é sopa, é fácil", disse em audiência no plenário do Senado sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
- O pacote de educação que o governo federal deve lançar nas próximas semanas inclui um investimento de R$ 1 bilhão nos próximos quatro anos para construir mais 150 escolas técnicas. O Ministério da Educação também quer aproveitar a estrutura dessas instituições para ampliar a formação de professores de ciências no País. Haverá novas escolas em todos os Estados; em São Paulo serão 13.
- A Previdência Social vai convocar 2,2 milhões de aposentados por invalidez a partir de julho. Quem for considerado apto para o trabalho poderá perder o benefício. O processo de revisão das aposentadorias por incapacidade, o primeiro em 14 anos, deve demorar um ano e meio. Os alvos são os segurados que recebem o benefício concedido pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) há mais de dois anos.

- Nova rede pública de TV custará R$ 250 mi
- O presidente Lula fará uma reunião na semana que vem para detalhar o projeto da Rede Nacional de Televisão Pública, que vai divulgar ações do governo. "O presidente achou interessante o esboço que apresentei e pediu para fazer um projeto definitivo", disse o ministro das Comunicações, Hélio Costa. O projeto deve ser concluído em dois meses. Em seguida, começa a instalação dos equipamentos para que a tevê entre em operação no fim do ano.
- O ministro das Comunicações, Hélio Costa, apresentou ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o anteprojeto da Rede Nacional de Televisão Pública, uma espécie de emissora de tevê do Executivo para divulgar suas iniciativas. A idéia é de que a rede comece a funcionar em dezembro, junto com o início da operação comercial da TV digital. Pelo projeto, seriam gastos R$ 250 milhões em quatro anos. A intenção, segundo Costa, é levar as emissões a todas as cidades do País. O anteprojeto será discutido com a Casa Civil da Presidência. O ministro explicou que ainda não está definido se será aproveitada a estrutura da Radiobrás, que tem a TV Nacional e só alcança 30% dos municípios brasileiros. Costa disse ainda que o projeto deve envolver as câmaras municipais e as assembléias legislativas estaduais. Também está em estudo no governo a criação de uma rede pública de rádio. A idéia partiu de um pedido pessoal de Lula, que sonha em estabelecer um "canal de comunicação direta com o povo", uma espécie de Voz do Brasil 24 horas no ar. Emissoras particulares de rádio vêem aí uma oportunidade de se livrar da transmissão da Voz do Brasil.
- O presidente Lula iniciou ontem a reforma ministerial com a indicação de José Antonio Toffoli para a Advocacia-Geral. O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, deve ser transferido para a Justiça. Os outros nomes dependem de conversa com políticos.
- Os presidentes dos bancos centrais das maiores economias do mundo advertiram ontem os países emergentes a manterem vigilância em suas políticas fiscais e monetárias. Para eles, a volatilidade iniciada duas semanas atrás, no mercado acionário de Xangai, ainda não foi superada. Os riscos continuam presentes, avisaram ontem em reunião na Suíça, embora, para o porta-voz do grupo e presidente do Banco Central Europeu, Jean Claude Trichet, ainda seja cedo para saber qual o impacto da correção dos mercados no crescimento. Já o presidente do Banco Central brasileiro, Henrique Meirelles, acredita que o recado de Trichet não seja para o Brasil. "Cada país é diferente. Ele (Trichet) não está se referindo a uma situação específica. Não devemos entender isso como referência à política monetária no Brasil".
- Depois de dois anos de disputa, a União Européia (UE) derrotou ontem o Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) e deve forçar a abertura do mercado nacional para pneus usados. Antes da lei que barra o produto, a Europa era responsável por 95% das importações do País.
- O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem que o sistema político brasileiro passa por uma crise que justifica a adoção, já na eleição de 2008, do voto distrital puro - pelo qual o eleitorado, hoje dividido em Estados, seria fragmentado em porções menores.
- Livro - Palocci fala sobre seus dias no poder - Ex-ministro diz não saber quem teve acesso a dados de caseiro.
- O presidente George W. Bush chegou ontem ao México e hoje tratará de temas polêmicos com o presidente Felipe Calderón: imigração ilegal e tráfico de drogas. Calderón deve pressionar por um acordo migratório e pedir que a construção de um muro na fronteira dos dois países seja suspensa.
- A partir do dia 31, medicamentos com preços controlados pelo governo sofrerão reajustes de 1% a 3,02%. O aumento atinge 20 mil itens, entre eles antibióticos e medicamentos de uso contínuo. Os preços terão de ser mantidos até março de 2008. A inflação nos últimos 12 meses foi de 3,02%.
CONDIÇÕES DO BRASIL SÃO FAVORÁVEIS
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) avalia que as perspectivas para a economia brasileira neste ano 'continuam favoráveis'. O País reduziu a vulnerabilidade externa, ficando 'numa situação bastante confortável' para enfrentar as turbulências do mercado. A tendência das taxas de juros domésticas nos próximos meses é de queda e o consumo e os investimentos estão em alta, sinalizando um aumento no ritmo de atividade.A OCDE, contudo, prevê uma expansão econômica em torno de 3,8% este ano, abaixo dos 4,5% que têm sido aventados pela equipe econômica. Segundo a entidade, nos próximos anos, essa limitação no crescimento não deverá desaparecer.
O economista responsável pelo Brasil na OCDE, Luiz de Mello, disse que o governo fortaleceu, nos últimos meses, a estratégia de buscar o crescimento através da expansão dos gastos públicos. 'A exemplo da maioria dos analistas do mercado, achamos que esse não é o melhor mix para o Brasil poder crescer mais.'
ETANOL SEM TARIFA É INVIÁVEL JÁ
Marcelo Rehder
Custo de produção nos EUA é tão caro que, se o preço cair, o Brasil poderia ficar sem o produto para consumo
A retirada da tarifa de importação do etanol não interessa, nesse momento, nem ao Brasil nem aos Estados Unidos. A avaliação foi apresentada ontem por Roberto Giannetti da Fonseca, diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em reunião de empresários do setor realizada na entidade.Segundo ele,embora teoricamente desejável, a queda da tarifa de US$ 0,54 por galão (o equivalente a cerca de US$ 0,14 por litro) é hoje 'absolutamente inviável'. ' O custo de produção nos Estados Unidos está tão caro que, se a tarifa fosse derrubada, provavelmente nós exportaríamos todo o nosso etanol para lá, eles quebrariam as suas indústrias de milho e nós ficaríamos sem produto para consumo interno', afirmou Giannetti da Fonseca.Nessa situação 'surrealista', o preço do etanol se multiplicaria e o produto deixaria de ser competitivo em relação aos derivados de petróleo, explicou. A produção anual dos Estados Unidos já chega a 20 bilhões de litros de etanol a partir do milho, enquanto a brasileira é de 18 bilhões de litros.'Temos que manter a produção do etanol de milho, que é hoje um mal necessário', afirmou o executivo. 'Mas queremos exportar para os Estados Unidos aquilo que for excedente ao nosso consumo e, se possível, na melhor condição de não haver barreira tarifária'.
Nesse sentido, Giannetti da Fonseca lembrou que o Congresso americano discute a criação de uma cota livre de tributos de importação para cerca de 15% do consumo americano, o que representa 3 bilhões de litros por ano. Segundo ele, a proposta tem apoio de parlamentares das regiões produtoras de milho.
'O Brasil pode ser a solução para preencher os déficits da produção americana', disse. 'O crescimento da demanda lá tem sido maior que a oferta e falta etanol especialmente nos estados das costas Leste e Oeste, onde está boa parte da economia americana'.
O diretor da Fiesp explicou que o uso do milho para fabricação do etanol tem levado a um conflito entre o uso do produto como combustível e para alimentação nos Estados Unidos. O aumento da demanda fez o preço do milho dobrar em pouco tempo, passando de US$ 2 para US$ 4 por bushel (medida de volume), encarecendo o custo de produção tanto do etanol quanto de alimentos, como frango, suínos e derivados de milho.
Para a Fiesp, a tarifa deve ser retirada de forma gradual. 'Isso vai acontecer, necessariamente, dentro de quatro a cinco anos, porque novas tecnologia vão estar sendo implementadas , mudando o quadro competitivo no mundo', disse Giannetti da Fonseca.
Ele contou que conversou com a representante comercial dos Estados Unidos, Susan Schwab, que esteve duas vezes na Fiesp na semana passada, sobre a proposta de cota livre que está em debate no Congresso. 'Simplesmente informamos a ela que o Brasil vê com bons olhos a abertura de uma cota tarifária nos Estados Unidos, já que a matéria não está na alçada dela, mas do Congresso'.
EQUADOR: DEPUTADOS DESAFIAM POLÍCIA
AFPParlamentares destituídos forçam entrada no Congresso; policiais, opositores e partidários do governo se chocam
Depois de entrar em confronto com a polícia e manifestantes pró-governo na porta do Congresso equatoriano, 20 dos 57 deputados oposicionistas que foram destituídos pela Justiça eleitoral do país na semana passada conseguiram forçar a sua entrada no edifício. Os choques deixaram ao menos três manifestantes e dois parlamentares feridos - entre eles o deputado Hugo Romero, que fraturou a coluna vertebral numa queda.'Estamos numa ditadura', gritava a deputada Gloria Gallardo enquanto tentava romper a barreira policial e atravessar uma nuvem de gás lacrimogêneo para entrar no prédio do Legislativo. Horas mais tarde, homens em motocicletas atiraram contra um grupo de deputados opositores, que se reuniam no Hotel Marriot, deixando mais dois feridos. O ex-presidente Lucio Gutiérrez culpou o governo esquerdista do presidente Rafael Correa pelo ataque, mas a polícia afirmou que os disparos foram feitos por criminosos que fugiam após uma tentativa de assalto.Por causa do baixo quórum (o Congresso equatoriano conta com 100 deputados), o presidente da Casa, Jorge Cevallos, suspendeu a sessão de ontem, convocando uma audiência extraordinária para a próxima terça-feira. Do lado de fora, grupos aliados a Correa trocaram tapas, pontapés e pedradas com simpatizantes dos partidos opositores. Em um comunicado, Correa culpou seus adversários pela violência.
O tumulto é mais um episódio da crise de governabilidade provocada pela disputa entre a oposição - que domina todas as 100 cadeiras no Congresso - e o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), acusado de colaborar com Correa. Os 57 deputados foram afastados pelo TSE sob a acusação de tentar obstruir o plebiscito sobre a Assembléia Constituinte, convocado para 15 de abril. O temor de que tal órgão ganhe poderes para dissolver o Congresso foi o que levou a oposição a tentar anular, na semana passada, a convocação da consulta popular, processando quatro dos sete juízes do TSE.
Pela Constituição equatoriana, quando um processo eleitoral está em curso, o TSE se torna a máxima instância judicial do país, podendo destituir funcionários públicos que, no seu entender, estejam dificultando o processo de votação.Tais poderes foram evocados pela corte eleitoral para destituir os deputados.Na sexta-feira, Cevallos pediu que o Tribunal Constitucional (TC) anulasse a cassação dos parlamentares. O TC, porém, rejeitou o pedido ontem, alegando que o caso não é de sua alçada.
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O GLOBO
BOLHA IMOBILIÁRIA NOS EUA DERRUBA BOLSAS NO MUNDO
- O aumento da inadimplência nos financiamentos da casa própria nos Estados Unidos - que poderia afetar o desempenho de grandes bancos - derrubou as bolsas de valores mundo afora. Nos EUA, o índice Dow Jones fechou em queda de 1,97% e o Nasdaq recuou 2,15%. Em São Paulo, a Bolsa caiu 3,39%, num dia em que todas as 57 ações do índice caíram. As principais bolsas européias e asiáticas também fecharam em baixa. Os investidores ficaram mais preocupados porque, depois de a empresa de hipoteca New Century ter anunciado risco de falência, sua principal concorrente, a Accredit, também admitiu problemas de caixa. As duas atuam em empréstimos de maior risco. O presidente Lula disse em São Paulo que o país vive um "momento mágico" na economia.
- O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, desengavetará projeto que dá foro privilegiado a ex-autoridades. O PT se opunha a isso no governo FH.
- Com estímulo do Planalto, oferta de cargos e liberação de emendas, o PR, substituto do PL do mensalão, vem atraindo deputados de outros partidos e já engordou sua bancada de 23 para 38 na Câmara.
- Os partidos de oposição obstruíram todas as votações na Câmara, em reação à manobra do governo para impedir a instalação da CPI do Apagão Aéreo. Com isso, deixaram de ser votados projetos da área de segurança, como o que institui o regime disciplinar diferenciado máximo (RDDMax) nas penitenciárias do país.
- O trânsito do Rio, já tumultuado, ganha novo obstáculo: as filas de táxi que abastecem em postos com GNV (gás natural veicular). A pouca oferta desse serviço na Zona Sul é uma das causas do problema. Onde são oferecidos, as filas ultrapassam os limites dos postos, invadem pistas e causam congestionamentos.
- Lula dá ultimato a PT para fechar a reforma
- Irritado com as cobranças do PT por mais espaço no Ministério, o presidente Lula disse ontem a dirigentes petistas que não aceita mais a pressão e deu um ultimato: até amanhã, o presidente do partido, Ricardo Berzoini, deve lhe apresentar três nomes para as pastas do Turismo, da Previdência e do Desenvolvimento Agrário. E não deu garantias de que aceitará as sugestões. A decisão de Lula praticamente acaba com a esperança dos que defendem a escolha da ex-prefeita Marta Suplicy para o Ministério das Cidades. "O PT deixou o presidente à vontade para fazer a reforma que achar conveniente, com Marta ou sem Marta", afirmou o líder do PT na Câmara, Luiz Sérgio (RJ), após a reunião. Ontem, o presidente deu posse ao novo advogado-geral da União, José Antônio Toffoli, que participou das três últimas campanhas de Lula.
- O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci conta, em livro que chega hoje às lojas, que em 2005, antes do escândalo do caseiro, foi sondado pelo presidente Lula, por meio de seu chefe de Gabinete, Gilberto Carvalho, para concorrer à sucessão.
GAZETA MERCANTIL
- ASIÁTICOS APELAM À PETROBRAS POR PETRÓLEO
- Pressionados por um consumo de petróleo que cresce em ritmo cada vez mais desproporcional à produção, países asiáticos, em especial a China e a Índia, estão apelando para acordos com petrolíferas estrangeiras, entre elas a Petrobras, para aumentar a produção própria e reduzir a dependência externa. A estatal brasileira tem sido mais assediada por dominar a tecnologia de exploração em águas profundas, o que lhe dá condição vantajosa nas negociações com os asiáticos, incluindo o Paquistão.
Samir Awad, gerente-executivo da área internacional da Petrobras para Américas, África e Eurásia, disse a este jornal que os entendimentos estão mais avançados com a Índia. Um acordo de cooperação para explorar áreas com potencial de óleo e gás já foi assinado entre a estatal brasileira e a estatal indiana ONGC. "Começamos com força total no final do mês, mas ainda faltam alguns acertos", revela. Com a China, está sendo preparada a retomada dos entendimentos para que um acordo assinado há cerca de dois anos comece a avançar.
A Petrobras também já assinou com a estatal paquistanesa OGDCL um contrato para avaliação técnica de um bloco exploratório de 2,5 mil metros de profundidade no Sul daquele país. China, Índia e Paquistão consomem juntos mais de 10 milhões de barris de petróleo ao dia, mas produzem menos da metade desse total. No caso do Paquistão, a produção é praticamente nula.
A Petrobras busca ainda parcerias em países com potencial inexplorado como Senegal, Moçambique, Tanzânia e Turquia, informou ontem o presidente da empresa em encontro com correspondentes estrangeiros.
- A visita do presidente Lula ao Inpe, em São José dos Campos, ontem, teve um adicional extra de expectativa. O diretor-presidente da Embraer, Maurício Botelho, cotado para assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, não compareceu.
- José Antonio Marques - Por que não ocorrerá um novo racionamento energético no País.
- Antonio P. Mendonça - A sensatez de um desembargador e o poder monocrático de um juiz.
- A SR Rating, agência brasileira de classificação de risco, colocou o rating soberano do Brasil em perspectiva positiva para um provável up-grade. Segundo Paulo Rabello de Castro, sócio da SR, a mudança reflete a redução significativa da vulnerabilidade externa do País.
- O Brasil é o único país em condições de responder à demanda de etanol apresentada pelos EUA, mas hoje uma das dificuldades para exportar ao mercado norte-americano seria o transporte. Para especialistas, a construção de dutos seria a melhor alternativa logística, porém antes é preciso que haja demanda garantida.
- A CVM manteve sua decisão que obriga a Mittal Steel a pagar R$ 51 por ação aos acionistas da Arcelor Brasil. A proposta da Mittal era de R$ 34 por ação. A Mittal ainda poderá recorrer da decisão ao colegiado da CVM e à Justiça.
- Bancos já dão crédito para a safra 2007/2008
- Numa decisão inédita, os bancos já estão antecipando recursos para que os agricultores antecipem suas compras de insumos agrícolas para o cultivo de grãos da safra 2007/2008. Até então, os recursos só eram liberados no segundo semestre, provocando atraso no plantio. O Banco do Brasil liberou R$ 1 bilhão. No real, a medida agradou aos produtores, mas causou forte impacto no mercado. Os preços dos insumos subiram após a liberação do dinheiro. Segundo Carlos Sperotto, presidente da Comissão de Crédito Rural da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), alguns subiram até 50%.
A antecipação, segundo Sperotto, deve-se à sobra de recursos para o custeio da safra em curso. Isso porque, com o elevado endividamento do campo, os agricultores não tinham garantias para o financiamento da safra 2006/2007.
O diretor de agronegócios do Banco do Brasil, José Carlos Vaz, calcula que, ao solicitar crédito antecipado, o agricultor poderá economizar até 35% nos custos de produção. "Quanto mais cedo o produtor comprar os insumos, mais barato ficará o produto", afirmou o executivo. Isso também acontece porque o agricultor pode reduzir gastos aproveitando o frete de retorno da comercialização da safra atual e evitar os gargalos logísticos. O banco deve liberar mais recursos, dependendo da demanda dos produtores que quiseram antecipar as compras.
- Augusto Nunes - O Brasil que a nada reage tem o presidente que merece.
- O presidente Lula confirmou ontem a proposta do governo brasileiro para destravar a Rodada de Doha. Como publicou este jornal na sexta-feira, o presidente disse que os cortes de subsídios agrícolas deveriam ocorrer de acordo com a condição econômica de cada país.
- O presidente Lula tem até sexta-feira para sancionar a lei da Super-Receita e entidades já se mobilizam para evitar que um dos principais pontos, a emenda que limita o poder de atuação dos fiscais, seja vetado. Vinte instituições assinaram manifesto contra o veto.
- A criação da Secretaria Especial de Portos e Aeroportos, até semana passada dada como certa pelo presidente Lula, se tornou o mais novo nó da reforma ministerial. Ao formato da pasta, está condicionado o futuro político de Marta Suplicy (PT) e o novo espaço do PSB na Esplanada dos Ministérios.
- Analistas e economistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central na sexta-feira mantiveram suas projeções de crescimento do PIB para este ano e 2008 em 3,5%, taxa inferior às expectativas do governo, que são de 4,5% e 5%, respectivamente.
- O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 0,19% na primeira prévia de março, ante variação positiva de 0,11% no mesmo período de fevereiro. Com o resultado, o índice acumula alta de 0,96% no ano e de 4,10% em 12 meses, informou ontem a Fundação Getúlio Vargas.
- Prejudicadas pela péssima infra-estrutura que as envolve, empresas instaladas no pólo petroquímico de Duque de Caxias (RJ) vão colocar recursos próprios em obras públicas. Em parceria com os governos municipal e estadual, a Petrobras, Suzano Petroquímica, Petroflex e Rio Polímeros bancarão 50% dos R$ 125 milhões previstos para implantação do anel viário de Campos Elísios.
O empreendimento permitirá a melhoria de estradas, pontes e acessos ao município que mais exportou no Estado do Rio, no ano passado. A expectativa é de que o anel permita a retirada de cerca de 2,5 mil caminhões por dia do entorno da refinaria da Petrobras, que gera matéria-prima para várias empresas no pólo. As obras começam até abril, quando deverá estar assinado o convênio que permitirá o desembolso dos recursos.
- César Souza - Para ser um líder eficaz é preciso oferecer causas, em vez de empregos.
- Luiz Guilherme Piva - Temos de evitar um novo ciclo sucroalcooleiro com perfil colonial.
CORREIO BRAZILIENSE
LULA DIZ QUE DINHEIRO DO PAC NÃO VAI ENGORDAR SUPERÁVIT PRIMÁRIO
-O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que os dinheiro do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) não vai ser usado para "engordar o superávit primário" do governo. Segundo ele, os investimentos do PAC que não forem utilizados por prefeituras e governos estaduais não retornarão para os cofres públicos. "Não ficaremos com o dinheiro em caixa para não engordar o superávit primário no final do ano", disse ele na abertura da Feicon (Feira Internacional da Construção), no Anhembi, em São Paulo (SP).
Lula afirmou que o PAC prevê R$ 170,8 bilhões em investimentos na área de infra-estrutura urbana e habitação para os próximos quatro anos. Desse total, R$ 106 bilhões serão destinados somente para a habitação.
O presidente disse que não vai admitir que prefeitos e governadores não apresentem projetos para utilização dos recursos previstos pelo PAC. "Nós queremos gastar cada centavo [do PAC]. Estamos cansados de ver nos últimos 30 anos anunciar dinheiro e no fim do ano o dinheiro anunciado voltar para o Tesouro porque a prefeitura não apresentou projeto ou não estava preparada para construir a obra." Segundo ele, o governo vai chamar prefeitos e governadores para elaborar um calendário de apresentação de projetos do PAC. O governo vai transferir para outras localidades os recursos previstos para prefeituras e governos que não apresentarem seus projetos. "Agora é a lei do pão pão, queijo queijo. Se uma parte não cumprir sua obrigação, o projeto vai para outra parte", disse ele.


Briga por CPI causa apagão na Câmara
- A batalha é política. A oposição quer criar comissão para investigar a crise no setor aéreo. Aliados do Planalto são contra. Numa demonstração de força, PSDB, PFL e PPS paralisaram ontem todos os trabalhos na Casa, impedindo até a votação de medidas importantes como projetos do pacote contra a violência. "Vamos fazer o governo sangrar", ameaça o líder pefelista, Onyx Lorenzoni.
- Mais um privilégio - Chinaglia pretende colocar na pauta de votação da Câmara proposta que estende a ex-autoridades, incluindo ex-colegas, o benefício de só serem julgados pelo STF.
- Tarso assume na sexta - Ministro substituirá Bastos na Justiça. Um dia depois de enquadrar o PT, Lula elogia o partido. Mesmo contrariados, petistas fazem de conta que estão contentes.
- Medicamentos terão reajuste de até 3,02%.


CHEFE DAS FORÇAS ARMADAS DOS EUA CHAMA HOMOSSEXUAIS DE "IMORAIS"
-WASHINGTON (EUA) - O chefe das Forças Armadas dos EUA, general Peter Pace, considerou "imoral" a homossexualidade, em entrevista divulgada nesta terça-feira pelo jornal Chicago Tribune. A declaração provocou forte reação entre os defensores dos direitos dos homossexuais, que exigiram uma retratação. Em entrevista ao Chicago Tribune, Pace defendeu a manutenção da atual política do Exército, que obriga os homossexuais a ocultar sua opção sexual, comparando as relações homossexuais ao adultério. Ouvido sobre a lei chamada "Nada se pergunta, nada se sabe", aprovada durante o mandato de Bill Clinton (1993-2001) - que autoriza os homossexuais a integrar as Forças Armadas com a condição de não revelar publicamente sua situação -, Peter Pace considerou que o Pentágono não deveria "desculpar" esses comportamentos imorais. "Creio que as relações homossexuais entre duas pessoas são imorais e que não devemos aprová-las", disse Pace. "Não creio que uma política imoral sirva para os Estados Unidos", afirmou em entrevista divulgada no site do jornal na internet. A lei "Nada se pergunta, nada se sabe", aprovada após ásperos debates no início do mandato de Clinton, também proíbe que a hierarquia militar interrogue um recruta acerca de sua vida sexual.
Para Joe Solomonese, presidente do Human Rights Campaign, um grupo que defende os direitos dos homossexuais, "os comentários do general Pace foram irresponsáveis, ofensivos e uma bofetada nos homens e mulheres gays que atualmente servem ao seu país com honra e coragem". Outro grupo, o Servicemembers Legal Defense Network (SLDN), que representa soldados desligados do Exército devido a sua orientação sexual, exigiu uma retratação.
"Os comentários do general Pace são vergonhosos, insensíveis e desrespeitosos para com os 65.000 militares homossexuais que atualmente servem em nossas Forças Armadas", disse C. Dixon Osburn, diretor executivo do grupo. "Nossos homens e mulheres de farda fazem enormes sacrifícios por nosso país, e merecem o elogio do general Pace, não sua condenação". O porta-voz do SLDN, Steve Ralls, afirmou que seu grupo quer que o secretário de Defesa, Robert Gates, condene os comentários de Pace e rejeitou as declarações do Pentágono de que o general expressava seu ponto de vista pessoal. "O general Pace sabe muito bem que não pode dar uma entrevista desse tipo e que esses comentários não sejam vistos como a opinião da hierarquia militar", disse Ralls. O parlamentar Marty Meehan, que apresentou um projeto para mudar a política de "Nada se pergunta, nada se sabe", considerou que as declarações de Pace não refletem a visão do público em geral ou da maioria dos militares.

Bovespa tem forte queda de 3,39% e dólar sobe para R$ 2,104
-São Paulo,SP - A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) voltou a ter fortes solavancos, em uma nova onda de pessimismo nos pregões internacionais. O Ibovespa encerrou a terça-feira em queda de 3,39%, aos 42.749 pontos. O volume de negócios mostrou a correria dos investidores: R$ 3,978 bilhões, muito acima da média dos últimos dias. Nem um dos 58 papéis do indicador encerrou o dia com valorização.
Nem o mercado de câmbio nem o de juros futuros escaparam do estresse da terça-feira. A cotação da moeda americana subiu 0,76% nos últimos negócios, para R$ 2,104 para venda, enquanto os contratos da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) encerram o dia mais altos.
Duas notícias de impacto contribuíram para estragar o tom ameno visto nos últimos dias nos pregões: o primeiro, mostrou fraqueza do consumo americano, o segundo, jogou sombras no setor imobiliário, justamente o que mais preocupava investidores e economistas há meses.
O Departamento de Comércio dos EUA informou que as vendas no varejo subiram somente 0,1% em fevereiro, ante projeção de 0,3%. No setor imobiliário, as taxas de execução das hipotecas americanas pioraram, tanto para os empréstimos de maior risco ("subprime") quanto para as operações de menor risco ("prime").
Nos EUA, o Dow Jones (Bolsa de Nova York) caiu 1,97%, aos 12.075 pontos, enquanto o S&P 500 cedeu 2,04%, aos 1.377 pontos. O Nasdaq Composite, indicador da bolsa eletrônica, recuou 2,15%, aos 2.350 pontos.
"Por mais específica que seja a carteira [de maior risco], são mutuários, são algumas famílias que deixaram de pagar uma financeira. Essa financeira pode ter que deixar de pagar outro elo da cadeia, que não necessariamente está envolvido com o setor. Pode ser o início do mecanismo clássico de contaminação [da economia], que começa com um fato isolado", avalia o economista-chefe do banco Fator, José Francisco Gonçalves.
Para o economista, aumentou o nível de incerteza dos investidores sobre os rumos da maior economia do planeta. Com a perspectiva de desdobramentos negativos, há uma correria natural dos investidores para sair das Bolsas. O mercado também já antecipa parte da tensão com um indicador previsto para sexta-feira, que será chave para a definição de expectativas: o CPI (índice de preços ao consumidor dos EUA). "A inflação continua em um nível incômodo, enquanto os indicadores da economia ainda mostram sinais confusos. Um setor está com muita demanda por trabalhadores, enquanto outro despede. Esses números deixam uma série de interrogações", acrescenta.
Mesmo com indicadores razoáveis, ou mesmo positivos, na macroeconomia e nos balanços de empresas, a Bolsa brasileira não consegue descolar do cenário externo. Analistas afirmam que as ações brasileiras valorizaram com força no ano passado e que o investidor prefere liquidar papéis que já subiram para não ficar exposto ao risco do mercado acionário.

- Medo leva Brasília a ter polícia paralela
- O exército de seguranças particulares no Distrito Federal é quase três vezes maior do que o número de policiais militares. Chega a 43,5 mil integrantes contra 16 mil PMs. Especialistas dizem que os moradores da cidade recorrem à contratação de vigias, muitos deles não habilitados a exercer o ofício, porque se sentem desprotegidos pelo Estado.
- Na crise, Lula sondou Palocci para o Planalto.
- Conversa de Dilma Rousseff (Casa Civil), Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) com senadores faz parte do esforço do governo para fazer o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) andar mais rapidamente no Congresso. Pela lentidão na votação, os efeitos do pacote só serão sentidos em 2008.
- Um contrato de R$ 71 milhões para a implantação de um canal corporativo de TV pôs o presidente da Fundação Nacional de Saúde, Paulo Lustosa, na mira de auditoria interna. Técnicos da Funasa dizem que custo do projeto é um acinte se comparado ao investido em atividades-fim, como a proteção à saúde indígena.
- Ministério Público recomenda ao Detran que suspenda a cobrança de taxa para veículos referente a 2007. Pagamentos entre janeiro e março podem ser considerados ilegais.
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VALOR ECONÔMICO
TEMOR DE "FREADA" NOS EUA ATINGE MERCADOS MUNDIAIS
- Sinais cada vez mais inequívocos de estouro da bolha no mercado imobiliário americano fizeram crescer as preocupações acerca de uma freada brusca na economia dos EUA, com reflexos sobre a economia mundial. O anúncio de vendas no varejo inferiores ao esperado e de maior inadimplência no crédito imobiliário, que alcançou o maior índice desde o segundo trimestre de 2003, repercutiram, ontem, no mercado internacional. A Bolsa de Nova York fechou em baixa de 1,97% e arrastou a Bolsa de Valores de São Paulo, que caiu 3,39%. O dólar fechou em alta de 0,76%, a R$ 2,1040, e o risco-Brasil saltou 4,21%, para 198 pontos.
O impacto do ajuste do setor imobiliário sobre a economia americana, no entanto, tem sido relativizado por diferentes economistas, entre os quais o ex-presidente do Fed, Alan Greenspan. O ex-diretor de pesquisa do Fundo Monetário Internacional, Michael Mussa, disse ao Valor que as perdas com os empréstimos imobiliários de alto risco reduzirão o crescimento americano em 1 ponto do PIB. "Em vez de crescer 3% ou 3,5%, acredito que os Estados Unidos cresçam 2% este ano. Mas não será suficiente para entrarem em recessão, como em 2000".
Ainda não houve redução nominal de vendas. Segundo o Departamento de Comércio dos EUA, as vendas no varejo cresceram apenas 0,1% em fevereiro, abaixo da expectativa do mercado de 0,3%, mas estão 3,2% acima de fevereiro de 2006. Mussa estima a chance de uma recessão nos EUA entre 20% e 25%. Ele acha que pelo menos metade do ajuste de preços no setor imobiliário já ocorreu.
Mas o número de empresas de crédito imobiliário com problema está aumentando. A Bolsa de Nova York suspendeu os negócios com as ações da New Century Financial, a segunda maior do segmento "subprime", cujas ações já perderam 97% do valor neste ano. As ações da 15ª maior, a Accredited Home Lenders Holding Co., que reconheceu estar buscando fundos no mercado, caíram 65%. Ações de bancos como o Lehman Brothers e Bear Stearns também foram afetadas por seu envolvimento no refinanciamento das hipotecas. Os "hedge funds" trataram de se desfazer de ativos mundo afora e sanear carteiras, inclusive no Brasil. O clima negativo atrasa a elevação do rating do Brasil.
- Rosângela Bittar: presidente usa a reforma ministerial para enfraquecer possíveis sucessores aliados.
- O poderoso United Steel Workers (USW) reúne trabalhadores da Vale de quarto continentes para discutir atuação sindical comum.
- Após três anos consecutivos de mau desempenho, a renda do campo voltou a reagir e deve encerrar o ano em R$ 107,4 bilhões.
- Brasil e EUA discutem um acordo para a troca de dados tributários.
- Para enfrentar a crescente concorrência das empresas brasileiras, em especial da Totvs, hoje a líder do mercado doméstico no setor de sistemas de gestão empresarial, a SAP vai investir US$ 40 milhões em três anos na ampliação de seu centro de pesquisas e desenvolvimento instalado na cidade gaúcha de São Leopoldo.
Para levar adiante o investimento, Erwin Rezelman, diretor-geral dos centros globais de serviços da SAP, diz que o centro de P&D já está trabalhando para entregar, ainda neste ano, pacotes de sistemas preparados para pequenas e médias empresas, principal filão da Totvs. "Estamos fazendo um investimento forte, de porte similar ao que fizemos na China", diz o executivo. "Nossa iniciativa trará outros parceiros para a região".
A meta é concluir a instalação do centro de P&D até meados do ano que vem. Com sua nova unidade de desenvolvimento - a nona em todo o mundo -, a SAP também quer ficar mais próxima dos clientes locais.
- Carlos Lessa: sem subsídios, o Brasil dominará em grande parte o mercado mundial de bioenergia.
- O cenário otimista traçado pela Agência Nacional de Emergia Elétrica (Aneel) para o aumento da oferta de energia no Brasil aponta expansão de apenas 12% para os próximos quatro anos. Essa conta considera oito usinas em construção e mais 13 cujas obras começaram, especialmente pela falta de licenciamento ambiental. A projeção também inclui quase todas as térmicas, inclusive aquelas cujo combustível - o gás natural - não está assegurado. Na previsão conservadora, a oferta aumenta apenas 5,6% até 2010.
Esse quadro indica que a energia está ficando mais cara e poluente e mesmo assim o risco de racionamento a partir de 2009 não diminui. Pelo contrário, novas previsões do setor privado apontam aumento do risco. O diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, diz que há uma "persistente falta de oferta de energia porque o cadastro de novos empreendimentos estava escasso". Segundo ele, esse problema já está sendo resolvido e há pequenas centrais hidrelétricas e fontes alternativas para atender a demanda.
- Caso da Rodada Doha seja concluída com sucesso até dezembro, a China pretende iniciar o corte de suas tarifas de importação de produtos agrícolas em 2027. A proposta foi feita à Organização Mundial do Comércio em conjunto com outros 14 países que representam o grupo de nações recentemente aceitas como membros da OMC.
Os chineses sempre insistiram em ter mais flexibilidade para poupar sua agricultura da concorrência externa. Em junho, haviam pedido para praticamente não pagar pela liberalização na área industrial que pode ocorrer na rodada, e que beneficiará seus exportadores. Pequim alega ter feito concessões demais com abertura de seu mercado, quando entrou na OMC em 2001, e que suas tarifas são mais baixas que as de outros países emergentes.
Na proposta formalizada ontem, a China e sua coalizão sustentam que sua média tarifária no setor agrícola é de 17%, enquanto a dos emergentes atinge 60,95%. A alíquota agrícola média da China é de 15%.
- Após abertura de capital em outubro, a Profarma acelera planos de expansão, com distribuição de produtos hospitalares e aquisições.
- Área técnica da CVM confirma necessidade de oferta melhorada a minoritários da Arcelor. Mittal ainda pode recorrer ao colegiado.
- Governo reduz exigências para licitar rodovias
- O governo quer estimular a participação de empresas estrangeiras, bancos e fundos de pensão nas licitações de rodovias federais, que estão suspensas desde janeiro. Por isso, deverá reduzir as exigências contidas nos editais para derrubar o que a equipe econômica tem chamado de "barreiras ocultas" à entrada desses grupos nos leilões. Na forma como foi elaborado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), segundo técnicos, o edital abre espaço para conluio entre empreiteiras e para a concentração da gestão das estradas nas mãos de poucas empresas.
Pelo formato em estudo, em vez de licitar os sete lotes de estradas separadamente, o leilão tende a ocorrer de forma simultânea. Na forma atual, cada lote seria licitado separadamente, embora no mesmo dia. O temor da equipe econômica, é que, ao assegurar vitória nos primeiros lotes, alguns grupos abandonem as disputas seguintes, reduzindo a concorrência. Cada consórcio poderá entrar na licitação de quantos lotes achar conveniente, mas seus integrantes ficarão proibidos de ter participações "cruzadas". Ou seja, não poderão fazer parte de mais de um consórcio. Isso deve reduzir a possibilidade de formação de cartel, impedindo a troca de informações e a combinação de preços. Se a mesma empresa pudesse participar de consórcios diferentes ao mesmo tempo, como prevêem as regras atuais, haveria risco de vazamento de informações confidenciais.
Para estimular a participação de bancos e fundos nacionais ou estrangeiros na licitação, o edital deverá excluir a exigência de atestado técnico-operacional do participante e pedir que apresente apenas um pré-contrato com consultorias na área de engenharia. Essa regra está sendo adotada na preparação do edital da primeira PPP federal, da BR-116 e BR-324, na Bahia, modelo a ser imitado nos sete lotes de concessão de estradas federais, que incluem a Fernão Dias e a Régis Bittencourt.
Também poderão ser eliminados critérios de habilitação econômica-financeira que inviabilizam a participação estrangeira. Pretende-se, ainda, refazer estudos de fluxo de tráfego nos trechos. O presidente da Abdib, Paulo Godoy, teme que isso possa atrasar mais as licitações.
- Em livro, ex-ministro Palocci dá sua versão da crise que o colocou fora do governo Lula.
- A expressão "sete irmãs" foi cunhada pelo italiano Enrico Mattei para descrever as companhias anglo-saxãs que controlavam o petróleo mundial depois da Segunda Guerra. Meio século depois, outras "sete irmãs" emergiram como detentoras e caçadoras de recursos e deixaram em posição secundária as velhas irmãs originais, hoje consolidadas em quatro ExxonMobil e Chevron, nos Estados Unidos, BP e Royal Dutch Shell, na Europa.
As novas sete companhias de energia mais influentes do mundo foram identificadas pelo "Financial Times" em consulta a numerosos executivos do setor: Saudi Aramco, da Arábia Saudita; Gazprom, da Rússia; CNP, da China; NIOC, do Irã; PDVSA, da Venezuela; Petrobras, do Brasil; Petronas, da Malásia. Na maioria estatais, elas controlam um terço da produção mundial e das reservas de petróleo e gás. As velhas irmãs têm hoje só 10% da produção e 3% das reservas. Estão em crise existencial.
- A onda dos investimentos pesados na produção de álcool e açúcar chega agora ao Paraná, que deve receber cerca de US$ 2 bilhões a serem aplicados em cinco novas usinas nos próximos dois anos. Um dos investidores é uma empresa de capital aberto na Bolsa de Londres, a CEB (Clean Energy Brazil), que assinou um contrato de intenção de compra da usina Usaciga, de Cidade Gaúcha (PR). Nos planos da Usaciga - empresa criada na década de 80 e controlada pela família Barêa - está o investimento em três novas unidades. A expectativa é de que a produção de cana-de-açúcar do Estado atinja 35 milhões de toneladas, 10% mais que na safra anterior.
- OMC condena proibição brasileira à importação de pneus remodelados da União Européia. Recurso deve centrar foco em razões ambientais.
- Produção da indústria paulista em janeiro cresceu 3,1% em relação ao mesmo mês de 2006. Ceará teve o pior resultado, com queda de 5,4%.
- Enquanto discute na Justiça a cobrança de R$ 103 milhões em impostos e com passivo a descoberto de R$ 27,6 milhões, a Cobra negocia aporte de R$ 30 milhões do Banco do Brasil.
ESTADO DE MINAS
- PF desmonta conexão mineira para a Europa
- A Polícia Federal desmantelou uma quadrilha de tráfico internacional de cocaína, que tinha uma importante base operacional e de lavagem de dinheiro em Minas. Foram presos ontem, em Contagem, na região metropolitana de BH, Rafael Viana Rabello e Ricardo de Souza Machado, apontados como responsáveis pela movimentação financeira do bando. Um sítio, quatro carros e uma moto estão entre os bens seqüestrados e apreendidos.
Outras 12 pessoas ligadas ao grupo, que tinha ramificações no Amazonas, Roraima e Santa Catarina, foram presas ontem em todo o país. Ainda há foragidos. Desde 2005, quando foi desencadeada a Operação Naciente, que investiga a quadrilha, já foram apreendidos mais de 500 quilos de cocaína, procedente da Colômbia. A droga passava pelo Amazonas e era exportada para a Europa.
- Depois de voltar a afirmar que não tem pressa com a reforma ministerial, o presidente Lula elogiou o comportamento do PT nas negociações. Dirigentes do partido recuaram nas exigências e admitem perder cargos na acomodação dos partidos da coalizão. O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, deve assumir a Justiça sexta-feira, no lugar de Márcio Thomaz Bastos.
- O governo estuda mudança na medida provisória que criou a Super-Receita para elevar a carga tributária de empresa constituída por uma só pessoa.
- O Ministério da Integração Nacional publicou ontem no Diário Oficial da União o aviso de licitação da primeira etapa do projeto de transposição do Rio São Francisco. Cerca de 200 integrantes de movimentos sociais, contrários à obra, fizeram protesto, à tarde, em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília.
- O MP investigará aumento de 143% nas verbas indenizatórias e de 60% no salário dos deputados estaduais de Minas desde 2001. A inflação no período foi de 49,21%
- Remédio vai ficar mais caro
- O reajuste de cerca de 20 mil remédios com preços controlados será anunciado hoje pelo Ministério da Saúde, para vigorar em abril, primeiro na indústria, chegando ao consumidor a partir do dia 10. O aumento máximo deve chegar a 3,02%. A alta será dividida em três categorias, de acordo com a participação dos genéricos em cada segmento. E levará em conta a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, o fator de produtividade das indústrias e a concorrência. Os percentuais serão definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Caso sejam usados os mesmos critérios dos dois anos anteriores, serão de 3,02%, 2,01% e 1%, segundo Márcio Nakane, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Ele acredita que o reajuste somente será maior, se for aplicado algum fator diferente, que leve em conta, por exemplo, a queda do dólar.
- Ministérios - PT cede espaço a outros partidos. PMDB quer mais uma pasta.
- Investimentos - Dilma Rousseff anuncia construção de dois alcooldutos em MG.
- Opinião - O desafio de evitar as sangrias na Previdência.
- Dos 68 funcionários demitidos pela Assembléia Legislativa em 1° de março, por terem sido nomeados por deputados licenciados para assumir como secretários de Estado, pelo menos 16 já conseguiram novos cargos. Sete foram contratados pelas secretarias e continuam com o mesmo chefe. E nove mudaram de gabinete no Legislativo.
- Apagão aéreo - Oposição vai ao STF para tentar abrir CPI.
ZERO HORA (RS)
- Lula convence PT a ceder mais espaço no governo
- Tendo como alvo principal o PT paulista, o presidente Lula pediu que seu partido parte de se engalfinhar por espaço no ministério, pois precisa aninhar os aliados - a coalizão em torno do Planalto tem 11 partidos. O PT, que comanda 16 das 34 pastas, quer colocar Marta Suplicy no Ministério das Cidades, hoje a cargo do PP.
A reunião dos petistas com o presidente durou mais de duas horas. Ontem, foi empossado o primeiro nome do novo ministério. José Antonio Toffoli, ligado ao ex-ministro José Dirceu, será o advogado-geral da União. O gaúcho Tarso Genro deve mesmo ser confirmado na Justiça.
JORNAL DO COMMERCIO (PE)
- Tarso Genro vai assumir a pasta da Justiça sexta-feira - Petista histórico, o atual ministro das Relações Institucionais foi confirmado como novo titular da Justiça, no lugar de Márcio Thomaz Bastos.
- Governo federal prevê R$ 3,3 bilhões para o São Francisco - Foi publicado, ontem, no Diário Oficial, edital para a contratação das obras da transposição.
- Ex-internos da Fundac comandaram rebelião
- Motim que destruiu pavilhão do Cotel, domingo, foi chefiado pelo mesmo grupo que organizou ato semelhante na Fundac, há um mês. Ontem, 34 detentos foram transferidos de Abreu e Lima, entre eles 18 ex-internos da fundação. Houve apreensão de armas brancas e celulares.
- Estado vai contratar professor concursado
- Governo chamará 957 docentes dos 4.554 aprovados na seleção de 2006. Carência da rede pesa mais que classificação. Licenças sem vencimento serão suspensas na Educação. Estado ainda chamará professores à disposição de outros órgãos e renovará 2.227 contratos temporários.
- Remédios sobem entre 1% e 3,02% a partir do dia 31

BBC


BRUNO GARCEZDE WASHINGTON
Nos EUA, visita de Bush ao Brasil é vista como vitória parcial
A visita do presidente George W. Bush ao Brasil e o acordo entre brasileiros e americanos para produzir etanol foram elogiados por analistas, políticos e imprensa americanos.
Mas a opinião geral é de que as ações do líder americano em relação ao Brasil e aos vizinhos latino-americanos chegam tarde e têm efeito limitado.
Johanna Mendelson Forman, uma especialista em políticas energéticas latino-americanas do instituto Center for Strategic and International Studies, de Washington, diz que o acordo entre os dois para a produção de etanol ''é uma grande conquista''.
Mas ela acrescenta que a parceria só poderá ser plenamente implementada se os Estados Unidos alcançarem um acordo bipartidário, o que depende também de uma política comum para se chegar a um pacote agrícola mais aberto e menos protecionista. ''Isso vai determinar a mensagem que queremos passar aos outros países. Se buscamos um mercado de energia renovável ou se queremos permanecer isolados do mundo.''
''Ao longo da minha vida, já vi várias visitas que visavam demonstrar boa vontade para com a América Latina. Essa é apenas mais uma. É preciso criar uma política externa capaz de interagir e de responder à região, mas essa chance nós deixamos passar nos últimos sete anos.''
Apoio da oposição
Até mesmo políticos da oposição saudaram o acordo firmado entre Brasil e Estados Unidos. Deputados democratas e republicanos do subcomitê do Congresso responsável pela América Latina assinaram um carta enviada ao líder americano na véspera de sua viagem louvando a cooperação entre os dois países na área de biocombustíveis e pedindo que o líder americano se concentrasse na América Latina no período que resta de seu mandato.
OS CONGRESSISTAS AMERICANOS AFIRMARAM AINDA QUE OS ESTADOS UNIDOS TINHAM MUITO A APRENDER COM O BRASIL NA ÁREA DE BIOCOMBUSTÍVEIS.
Mas muitos democratas apontaram a suposta negligência da atual administração em relação à América Latina. Dias antes da viagem, durante uma audiência no Congresso sobre a política americana para a região, o deputado por Massachusetts William Delahunt criticou o fato de que somente o Egito, que segundo ele, tem credenciais democráticas discutíveis, recebe US$ 2 bilhões por ano do governo americano, enquanto a América Latina recebe US$ 1,6 bilhão.
Efeito Chávez
Desde que foi anunciada, a viagem de Bush foi apontada como uma forma de conter o papel do líder da Venezuela, Hugo Chávez, na região.
O pacote de ajuda econômica aos países latino-americanos anunciado por George W. Bush na semana em que ele viajou para a América Latina foi taxado pela imprensa americana de ''pacote antiChávez'', numa referência à ajuda econômica propiciada a países da região pelos petrodólares do líder venezuelano, e a própria viagem foi classificada como ''turnê antiChávez''.
Para muitos, a viagem de Bush acabou ofuscada pelo líder venezuelano, que fez uma turnê por países latino-americanos excluídos do roteiro de Bush. De acordo com Peter Hakim, presidente do instituto de pesquisas Inter American Dialogue, ''a viagem é uma vitória para o presidente Bush, mas não uma vitória completa'', graças ao que chama de ''o efeito Hugo Chávez''.
No entender de Hakim, a retórica do líder da Venezuela teria inspirado os diversos protestos de rua registrados nos diferentes países visitados pelo presidente americano e isso minimizou os efeitos positivos da viagem. ''Para tentar reforçar os efeitos da visita, os Estados Unidos terão de buscar políticas eficazes. Caso contrário, os resultados benéficos da viagem terão vida curta.''
De acordo com Hakim, Bush precisa fazer o possível para que o Congresso aprove acordos de livre comércio com países latino-americanos, atualmente sendo discutidos. ''Seria um erro negar a concessão de preferências comerciais a Bolívia e Equador, que são países pobres e instáveis. Isso só fará aproximá-los de Chávez.''
Choque ideológico
O jornal New York Times identificou até mesmo um conflito ideológico propiciado pela passagem do presidente. De acordo com o diário, esse choque se manifestou através dos protestos de rua contra a visita. Em reportagem sobre a viagem do líder americano ao Brasil, o diário afirmou que as manifestações representaram "um choque entre o capitalismo aberto defendido pelo sr. Bush e a aproximação com o socialismo impulsionado por líderes de esquerda que cresceram em poder e popularidade".
Em sua coluna semanal, o editor da revista Newsweek, Fareed Zakaria, afirmou que as políticas do presidente Bush para a região mudaram para melhor. ''Bush fez algum esforço para tratar dos temas considerados os mais importantes pelos governos da região - biocombustíveis no Brasil, imigração no México e comércio em todas as partes.''
Mas, em seguida, o editor da Newsweek fez a ressalva de que ''sem reduzir as tarifas americanas para o etanol, qualquer noção de parceria com o Brasil em biocombustíveis não passa de retórica. Da mesma forma, sem promover uma ampla reforma em imigração, a relação com o México permance incerta''.

MARCIA CARMODE BUENOS AIRES
CHÁVEZ DIZ QUE FALARÁ COM LULA SOBRE PERIGOS DO ETANOL( O BOLIVARIANO ESTÁ PREOCUPADO E VEM “ENSINAR” AO PAÍS QUE MAIS CONHECE O ASUNTO QUE ELE, O “SABIO” CONECE MAIS DO QUE A EMBRAPA E A SABEDORIA E EXPERIÊNCIA BRASILEIRA, EXITOSA. ESTÁ DOENDO...)
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse nesta segunda-feira na Jamaica que vai conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre os “perigos” do etanol.
“Temos um problema ético e ecológico”, afirmou em um discurso. “Nesse momento há um boom do etanol, mas acho que poucos conhecemos todos os detalhes deste projeto.”
“O etanol é a salvação, segundo o presidente dos Estados Unidos, mas isso não é verdade. Peço ao Brasil e à Colômbia que utilizemos nossas terras para produzir alimentos para os 300 milhões de famintos da América Latina e Caribe.”
Chávez afirmou também que a região já conta com petróleo e gás para abastecer carros e botijões de cozinha e que estas duas fontes de energia devem ser mantidas em vez de se apelar ao etanol.
"O etanol seria alimento dos carros dos ricos", completou.
Acordos
Chávez já assinou acordos nas áreas de petróleo e gás com quatro países de América Latina e Caribe – Argentina, Bolívia, Nicarágua e Jamaica – durante a viagem que faz pela região.
Os acordos foram firmados em um momento em que o presidente da Venezuela vem intensificando suas críticas ao álcool combustível.
Na semana passada, durante a visita do presidente americano George W. Bush ao Brasil, os governos americano e brasileiro assinaram um acordo de cooperação justamente na área de biocombustíveis.
“Cana-de-açúcar e milho, ou qualquer outro produto deste gênero, foram feitos para matar a fome do povo e não para alimentar carros dos americanos”, disse Chávez em Buenos Aires na sexta-feira à noite.
“Combustível assim (biocombustível) vai poluir o mundo e exigir muito de um dos itens vitais para o planeta: a água.”
Opep do gás
Chávez, que faz um giro paralelo ao de Bush na região, ainda irá visitar o Haiti, depois da Jamaica.
Com o presidente nicaragüense Daniel Ortega, o venezuelano assinou neste domingo acordo para construir uma refinaria de petróleo que deverá custar US$ 2,5 bilhões e produzirá 150 mil barris do produto diariamente.
Na escala anterior de sua viagem pela região, na Bolívia, Chávez assinou entendimento com o presidente boliviano Evo Morales para que seu país integre a chamada Organização dos Países Produtores e Exportadores de Gás do Sul (Opegasur, na sigla em espanhol).
Essa frente foi criada pelos presidentes da Venezuela e da Argentina, Néstor Kirchner, durante a visita que o líder venezuelano fez a Buenos Aires, na última sexta-feira. Naquele momento, Bush era recebido pelo presidente Lula em São Paulo


BRUNO GARCEZDE WASHINGTON
PARA EUA, CHÁVEZ TENTA COMPRAR APOIO DE VIZINHOS
Os Estados Unidos avaliam que os programas de assistência oferecidos pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a outros países latino-americanos têm como principal objetivo criar uma relação de dependência.
Segundo Thomas Shannon, subsecretário de Estado americano para o Hemisfério Ocidental, o anúncio de uma série de investimentos feito pelo presidente George W. Bush não é uma resposta aos projetos de Chávez.
"Isso não é uma competição. Não estamos tentando comprar favores ou criar uma relação de dependência, que é o que Chávez quer fazer", afirmou.
De acordo com Shannon, os investimentos americanos na região, por outro lado, têm por objetivo primordial "criar oportunidades de comércio e construir uma infra-estrutura que permita investir nesses países".
O representante americano diz que os Estados Unidos e os países latino-americanos podem "trabalhar juntos para construir mercados abertos e governos transparentes".
Comitiva
O representante americano integra a comitiva do presidente George W. Bush, que parte para o Brasil nesta quinta-feira. Em seguida, Bush vai para Uruguai, Colômbia, Guatemala e México.
Segundo Shannon, o propósito da viagem é o de passar uma "mensagem positiva, de cooperação'', segundo a qual os Estados Unidos procuram "entender as necessidades de cada país, de modo a preservar suas democracias e combater a pobreza e a exclusão social".
Shannon afirmou que os americanos contam com uma agenda positiva e estão preparados para discutir quaisquer temas, inclusive a redução de tarifas ao etanol importado pelos Estados Unidos, tema que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem levantado constantemenet
"Não haverá assuntos que não poderão ser apresentados na mesa de discussão. Sabemos que os brasileiros falarão a respeito disso. Mas esse é um tema que é determinado pelo Congresso. E não cabe a nós uma resolução a esse respeito neste momento", disse.
Países membros do Mercosul temem que se ameicanos e uruguaios levarem adiante o projeto de discutir um acordo de livre comércio, isso poderá prejudicar o bloco sul-americano, mas Shannon diz não haver motivo para temores.
"Compreendemos os desafios regionais enfrentados pelo Uruguai. Mas também compreendemos que o Uruguai precisa, dentro do contexto do Mercosul, aprofundar seus compromissos com a economia global. Mas não vamos tentar impor nada. Nós estamos indo lá para ouvir", concluiu.

DA AGÊNCIA BRASIL

BRASIL É RESPONSÁVEL POR 74% DO DESMATAMENTO SUL-AMERICANO, APONTA FAO

Juliane Sacerdote Da Agência Brasil

Brasília - Um estudo apresentado nesta terça-feira (13) pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) revela que o Brasil é um dos países da América do Sul que apresentou a maior perda real da área de florestas, nos últimos anos.
Segundo o relatório, o Brasil teria desmatado, no período de 2000 a 2005, cerca de 74% da área desmatada na América do Sul. Isso significa que, dos 42 mil quilômetros quadrados devastados por ano em toda a região sul-americana, pelo menos 31 mil estão localizados em terras brasileiras.O país registrou aumento no índice de desmatamento de 0,5% (período de 1990 a 2000) para 0,6% (período de 2000 a 2005). Ou seja, no segundo período o Brasil perdeu mais de três milhões de hectares de florestas. Também apresentaram altos índices de desmatamento: a África, que concentrava 16% das florestas mundiais e perdeu 9%; e a América Latina e Caribe, perdeu 22 milhões de hectares, sendo que concentrava 47% de todas as florestas existentes no planeta.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em entrevista à imprensa no início da noite de hoje afirmou desconhecer o relatório. No entanto, a ministra destacou que o Brasil é “talvez um dos únicos países do mundo que apresentem um plano nacional de combate ao desmatamento”.Marina reiterou que os cuidados com o meio ambiente conseguiram reduzir, nos últimos dois anos, o desmatamento em 52%, evitando a emissão de 430 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2). A ministra afirmou também que a expectativa para esse ano de 2007 seja de continuidade de redução nos índices de desmatamento

GOVERNO QUER REDE PÚBLICA PARA TEMAS QUE ESTÃO FORA DE TVS COMERCIAIS, DIZ DULCI

Mylena Fiori Repórter da Agência Brasil

Brasília - O governo federal analisa a possibilidade de criação de uma rede nacional de TVs públicas, afirmou nesta terça-feira (13), ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Dulci. A secretaria comandada por Dulci é responsável pela Secretaria de Comunicação (Secom), que perdeu status de ministério após a saída de Luiz Gushiken.
A rede não teria como objetivo divulgar ações de governo. Segundo Dulci, o objetivo seria levar a todo o país temas de interesse da sociedade. "As ações do governo falam por si. O objetivo da TV pública é mesmo prestar um serviço público. Tratar daqueles temas que são importantes para a sociedade, que interessam a milhões de pessoas e que nem sempre são tratados pelas TVs privadas", afirmou após reunião com movimentos sociais no Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores.
"Quase todas as grandes democracias têm TVs públicas fortes, com peso, cumprindo um papel específico que as redes privadas não cumprem", destacou o ministro. "É assim que acontece na França, que a TV pública tem uma ênfase cultural e educacional maior. Na Itália, com a RAI, na Espanha, com a TVE, na Inglaterra", exemplificou.
O tema, segundo ele, foi tratado em reunião no Palácio do Planalto segunda-feira com o ministro Hélio Costa. E voltará a ser discutido em nova reunião, semana que vem, com a presença de diversos ministros.
A idéia, segundo Dulci, é que a TV pública alcance todo o território nacional. Uma possibilidade defendida pelo ministro é dar dimensão nacional a um sistema já existente, hoje integrado pela Radiobrás, que cobre 30% do território nacional. "O que o ministro Hélio Costa disse é que existem condições técnicas para que essa rede pública chegue a todo o país", relatou. "Na minha opinião pessoal, devem ser aproveitadas as estruturas de governo já existentes. Que não são de governo, são do Estado brasileiro. Têm funcionários, têm estrutura, têm um acúmulo de experiências que eu considero positivo", destacou.

GOVERNO CONFIRMA TARSO COMO NOVO MINISTRO DA JUSTIÇA
Ana Paula Marra
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A assessoria de imprensa da Secretaria de Relações Institucionais confirmou, há pouco, que o ministro Tarso Genro será o novo ministro da Justiça. O atual ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, transmitirá o cargo a ele em cerimônia na sexta-feira (16).
Com formação em direito pela Universidade Federal de Santa Maria, no interior gaúcho, Tarso começou atuando como advogado trabalhista em favor de sindicatos. Começou a carreira política no antigo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que viria a dar origem ao PMDB.
Já no PT, Tarso foi prefeito de Porto Alegre por duas vezes: de 1993 a 1996 e de 2001 a 2002 - quando saiu para concorrer ao governo estadual e foi derrotado por Germano Rigotto (PMDB). Para contar a experiência na gestão da cidade, escreveu o livro Orçamento Participativo, em co-autoria com o economista Ubiratan de Souza.
Quando Luiz Inácio Lula da Silva ganhou a presidência pela primeira vez, Tarso assumiu o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. No ano seguinte, em 2004, assumiu o Ministério da Educação.
Deixou o cargo para assumir a presidência do PT, em lugar de José Genoino. Tentou a reeleição para o cargo, mas retirou sua candidatura ainda antes da convenção partidária. Ano passado, assumiu a Secretaria de Relações Institucionais.É a segunda nomeação para um cargo com status de ministro anunciada no segundo governo de Lula. A primeira foi a escolha do novo advogado-geral da União, José Antônio Dias Toffoli.
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19h48 - Congresso Nacional cria comissão para debater aquecimento global

19h34 - Videoconferência com presos será rediscutida por conselho de política penitenciária

19h17 - Empresas querem construir mais de 140 usinas de fontes alternativas, informa EPE

18h58 - PAC da Educação será "grande proposta" com 42 pontos de mudanças, diz Lula

18h47 - Procons das pequenas cidades ainda sofrem com influência política, critica consultor

18h36 - Consumidores estão cada vez mais conscientes, afirmam gestores e consultores

18h19 - Oposicionistas vão ao Supremo pela instalação imediata da CPI do Apagão Aéreo



ÚLTIMO SEGUNDO

FURLAN DIZ QUE PAÍS NÃO DEPENDE DOS EUA PARA AVANÇAR EM ÁLCOOL
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Por Nathália Ferreira SÃO PAULO (Reuters) - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou nesta segunda-feira que a visita do presidente George W. Bush ao Brasil para assinatura de acordo de cooperação em etanol abre caminho para a aceleração do uso do combustível mundo afora, mas que o país não depende dos EUA nesse processo.
'Nós não dependemos dos Estados Unidos, é o inverso. Os americanos, para encurtar o caminho, dependem do Brasil, e o Brasil tem um grande mercado interno e tem os mercados mundiais à disposição', disse ele, antes de participar de evento na Câmara Americana de Comércio (Amcham).
Segundo ele, com a visita de Bush, 'o Brasil teve uma mídia mundial muito positiva pelo reconhecimento do governo americano de que nós somos líderes na energia renovável'.
'Isso vai gerar o interesse de investidores em todo o mundo e provavelmente vai acelerar o processo de utilização do etanol e biodiesel por muitos países', acrescentou.
Apesar do acordo de cooperação, Bush não sinalizou positivamente em São Paulo sobre a possibilidade de os EUA reduzirem a tarifa de 0,54 dólar por galão para importação de álcool.
A redução da tarifa era vista como um dos principais itens da visita. Bush afirmou na capital paulista que a taxa foi renovada recentemente pelo Congresso e deverá vigorar até 2009.
O ministro espera um estreitamento de relações com os EUA, diante da visita do presidente brasileiro a Bush, prevista para o final do mês.
'Nas conversas privadas com o presidente (Lula) se abriram alternativas, e ficou aqui uma lição de casa para nós e para os americanos que poderá se desdobrar agora na visita no final do mês do presidente aos Estados Unidos.'


COSTA ENTREGA AO PLANALTO PROJETO PARA REDE DE TV DO EXECUTIVO
SÃO PAULO - O ministro das Comunicações, Hélio Costa, apresentou na segunda-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um anteprojeto de criação da Rede Nacional de Televisão Pública, que consiste em uma espécie de emissora de TV do Executivo para divulgar as ações do governo federal. Ao todo, em quatro anos, R$ 250 milhões seriam gastos pelo projeto. A idéia é de que a rede comece a funcionar ainda este ano, junto com o início da operação comercial da TV digital, que está previsto para dezembro. As informações são do jornal “O Estado de S.Paulo”.
Pelo projeto, R$ 100 milhões seriam gastos no primeiro ano, na compra de equipamentos como transmissores de sinal de televisão, e os outros R$ 150 milhões seriam aplicados ao longo dos três anos seguintes, na expansão da rede. Segundo o ministro, a intenção é fazer com que as transmissões desse canal cheguem às pequenas cidades do País.
A proposta apresentada na segunda, no entanto, ainda é preliminar e será discutida com a Casa Civil antes de ser finalizada de acordo com Costa. O ministro explicou que ainda não está definido se será aproveitada a estrutura da Radiobrás - que tem a TV Nacional - ou se será criada uma nova estrutura. A Radiobrás alcança apenas 30% dos municípios brasileiros.
Os recursos a serem aplicados pelo governo federal viriam do Orçamento Geral da União, mas o projeto deve envolver as Câmaras municipais de vereadores e as Assembléias Legislativas estaduais para o compartilhamento dos benefícios e dos custos.
Segundo o ministro, caberiam ao Ministério das Comunicações tornar disponíveis os canais, mas o conteúdo a ser divulgado seria da competência de outras áreas do governo, como a Secretaria-Geral da Presidência da República, por exemplo.
“Estamos, na verdade, preparando o ambiente digital”, disse Costa, que admitiu começar o projeto com equipamentos analógicos, acrescentando que a transição para o sistema digital vai levar, ao todo, dez anos. “Nós não podemos é ficar esperando dois, três, quatro anos para termos uma rede pública de televisão digital. Nós começamos analogicamente e depois fazemos a conversão.”
Também está em estudo no governo a criação de uma rede pública de rádio. A idéia partiu de um pedido pessoal de Lula, que sonha em estabelecer um “canal de comunicação direto com o povo”, numa espécie de Voz do Brasil 24 horas no ar. Essa proposta agrada também aos radiodifusores, que vêm aí oportunidade de acabar com a obrigatoriedade de veicular a Voz do Brasil em cadeia nacional