quinta-feira, 29 de março de 2007

OPINIÕES ACERCA DOS FATOS EM 29 DE MARÇO

PIB DE LULA É 45% MAIOR QUE DE FHC

Paulo Henrique Amorim

Máximas e Mínimas 256


. Quando o IBGE fez a primeira divulgação do PIB de 2006, a mídia conservadora celebrou a fraqueza do número: 2,9%.

. Era o “pibinho” do Lula.

. A Folha de S. Paulo chegou ao opróbrio de comparar o pibinho de Lula ao de FHC – de fato, quase uma ofensa pessoal ao presidente Lula.

. Agora, o IBGE reviu os cálculos (*), inclusive do período FHC, e chegou à conclusão de que o crescimento do PIB em 2006 não foi de 2,9% mas de 3,7%.

. Não é uma “fragata inglesa”, mas dá uma goleada no período de ouro do neo-liberalismo brasileiro, o chamado FHnistão.

. O Pibinho do Lula é 45% maior do que o Pibão do FHnistão.

. Acompanhe esses números:

Média do crescimento do PIB de 1995-1998 (1º mandato de FHC): + 2,44%

Média do crescimento do PIB de 1999-2002 (2º mandato de FHC): +2,27%

Média do crescimento do PIB de 1995-2002 (os dois mandatos de FHC): + 2,29%

Média do crescimento do PIB de 2003-2006 (quatro primeiros anos do governo Lula): + 3,34%

(CÁLCULOS: PROFESSOR ALCIDES LEITE, DA TREVISAN ESCOLA DE NEGÓCIOS)
(*) Nem a Miriam Leitão, a Controladora Geral da República, viu defeito na revisão do IBGE...


Fidel Castro rompe o silêncio e ataca política de Bush para o álcool
da Efe, em Havana
Após oito meses de silêncio, o presidente afastado de Cuba, Fidel Castro, atacou a política energética do presidente americano George W. Bush, em artigo publicado no jornal oficial "Granma".
O artigo critica a estratégia dos Estados Unidos para promover o uso de combustíveis alternativos, como o álcool, e suas repercussões nos países pobres. Mesmo elogiando a tecnologia brasileira, Fidel descarta o seu uso em Cuba.
É o primeiro artigo de Fidel desde que se afastou do governo após uma cirurgia intestinal, em 31 de julho, sendo substituído por seu irmão Raul.
No texto, Fidel acusa Bush de condenar 3 bilhões de pessoas "à morte prematura" com o plano de converter "alimentos em combustível". "Não é um numero exagerado, mas bem cauteloso. Tenho meditado bastante depois da reunião do presidente Bush com os fabricantes norte-americanos de carros", afirma o texto.
O líder cubano se refere à reunião de 26 de março entre Bush e os principais fabricantes de automóveis do país, em que o presidente americano defendeu a idéia de incentivar a produção de álcool e combustíveis alternativos.

"Idéia sinistra"

Na reunião, segundo Fidel, foi definida a "idéia sinistra de converter alimentos em combustível", com o apoio de empresas como General Motors, Ford e Chrysler, presentes ao encontro.
"Reduzir e reciclar todos os motores que consomem eletricidade e combustível é uma necessidade elementar e urgente de toda a humanidade. A tragédia está na idéia de transformar os alimentos em combustível", afirma Castro.
Ele avalia que seria necessária uma colheita gigantesca de milho para produzir álcool e vários investimentos "ao alcance apenas das empresas mais poderosas".
"Aplicando esta receita aos países do Terceiro Mundo, muitas pessoas deixarão de consumir milho entre as massas famintas de nosso planeta. O financiamento aos países pobres para produzir álcool não deixará sobrar uma árvore sequer para defender a humanidade da mudança climática", insiste o cubano.
LâmpadasEm Cuba, o álcool é um subproduto da indústria açucareira, mas a mudança de clima "está afetando a produção".
"Por isso, independentemente da excelente tecnologia brasileira para produzir álcool, a sua utilização em Cuba não passa de um sonho, um desvario dos que se iludem com essa idéia", afirma.
"Em nosso país, as terras dedicadas à produção direta de álcool podem ser muito mais úteis na produção de alimentos para o povo e na proteção do meio ambiente", avalia Castro.
O cubano diz que todos os países do mundo, ricos e pobres, "poderiam poupar milhões e milhões de dólares em investimentos e combustível simplesmente trocando todas as lâmpadas incandescentes por fluorescentes, como Cuba fez em todas as casas do país".
"Isso ajudaria a resistir à mudança climática sem matar de fome as massas pobres do mundo", diz o texto.
DIRCEU FALA SOBRE PAC COMO SE FOSSE DO GOVERNO
KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Usando o pronome "nós" para se referir ao governo federal, o ex-ministro José Dirceu (PT), cassado na Câmara sob a acusação de chefiar o mensalão, fez ontem em Fortaleza uma palestra sobre o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) a um grupo de cerca de 300 agricultores.
Em sua fala, o ex-ministro explicou e defendeu o programa, principal estratégia de investimentos do governo federal neste novo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em diversos momentos, ele usou o pronome pessoal "nós" para falar das decisões do governo, como se ainda fizesse parte da construção do programa.
"Quando vencemos as eleições no ano passado e começamos a pensar o novo governo...", disse, ao introduzir as explicações para a implantação do PAC, logo no começo da palestra. "Com o PAC, não estamos só pintando a casa, mas a estamos reformando toda", complementou.
Dirceu chegou a afirmar, em seu discurso, que não poderia dar detalhes técnicos das obras contempladas pelo PAC no Nordeste por não ser mais ministro, mas, logo depois, abriu seu notebook e relacionou várias delas, não só no Ceará, mas em outros Estados, com seus respectivos valores.O ex-ministro está fora do governo Lula desde junho de 2005, quando saiu do ministério da Casa Civil para voltar à Câmara dos Deputados e se defender contra as denúncias de chefiar o mensalão. Em dezembro do mesmo ano, ele foi cassado.
Dirceu afirmou que tem viajado pelo país para fazer palestras e "se defender", mas negou que esteja fazendo uma "campanha" por sua anistia, para retomar sua elegibilidade.
"Não estou fazendo campanha, até porque não faria isso sozinho. Faço política, como sempre fiz. Tenho apoios em todo o país que, no momento certo, levantarão essa bandeira", disse, sob aplausos dos agricultores, que integram a Fetraece (Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado do Ceará).
"Independente do que acontecer, vocês vão sempre me ter como militante do PT."
Para o ex-ministro, os militantes deveriam estar na rua defendendo o governo, o PAC e uma reforma política. "A direita está fazendo campanha contra nós. Temos que agir", disse.
Depois da palestra, Dirceu disse à reportagem que falou sobre o PAC na condição de "cidadão brasileiro, como qualquer outro", e não em nome do governo federal.
MARCELO REHDER
ESTADÃO'PAÍS ESTÁ MAIS PARA ÍNDIA DO QUE PARA CHINA'
EntrevistaSamuel Pessôa, economista e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV
Para o economista, com o aumento do peso dos serviços no PIB, o País depende mais do trabalho que do investimento
A revisão do PIB revelou que o Brasil está se tornando um país mais especializado em serviços do que em indústria, diz o economista Samuel Pessôa, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV. Trata-se, segundo ele, de uma economia que, para crescer, depende mais do fator trabalho que do investimento, cujo padrão está mais para a Índia do que para a China.
Qual a cara do economia brasileira depois da revisão do PIB?Aprendemos com essa revisão que a economia brasileira está virando uma economia de serviços. A participação dos serviços no PIB cresceu quase 10%, enquanto a da indústria e da agricultura caíram na mesma proporção.O que isso significa na prática?
Uma economia baseada em serviços depende muito mais do fator de produção trabalho que do investimento para crescer. Isso explica o fato surpreendente de que investimos menos do que imaginávamos e crescemos mais do que também imaginávamos. O setor de serviços é de mão-de-obra intensiva e utiliza menos capital do que a indústria.Eu diria que o nosso crescimento se assemelha mais ao da Índia do que o da China.E quando vamos crescer os mesmos 7% que têm sido registrados pela Índia?A Índia cresce o dobro do que estamos crescendo. Mas eu acho que não é comparável. A renda per capita no Brasil é muito maior do que a da Índia e ainda maior do que a da China. Não me parece razoável que uma economia com a renda per capita que nós temos cresça à mesma velocidade da Índia ou da China. Acho que uma taxa de crescimento 5% ao ano, com inflação controlada e situação externa folgada é mais do que razoável para uma economia como a nossa.
Para crescer acima de 5%, o País precisa mesmo investir 25% do PIB?Isso mudou. A economia está crescendo mais com menos investimento. Essa é uma boa notícia. Mostra que o investimento é mais eficiente do que a gente imaginava.
O que é preciso para fazer o investimentos crescer mais?
Eu acho que desonerar, reduzir a carga tributária. O ato de investimento deveria ser totalmente desonerado, não deveria incidir nenhum imposto na aquisição de máquinas ou na construção civil de uma fábrica. O investimento deveria ser totalmente desonerado. E deveria se permitir um contrato de trabalho mais flexível, o que facilitaria muito a vida dos setores industriais intensivos em mão-de-obra.
O novo PIB de 2006 surpreendeu?
Para mim, sim, tudo está me surpreendendo. A gente tinha um cenário de uma economia que crescia 2,5% ao ano, desde os anos 80. Em quatro anos do governo Lula,. o crescimento foi de 2,7%. Agora, a gente soube que o crescimento foi de 3,3%. Isso muda toda a análise da economia brasileira.Qual sua previsão de crescimento para este ano?
Não vai ser muito diferente dos 3,7% do ano passado. Talvez um pouco menos, alguma coisa entre 3,5% e 4%, mais para 3,5%. Acho que a economia acelerou o ritmo nos últimos anos, mas agora está rodando em céu de brigadeiro. Já me parece uma excelente notícia, porque é quase um ponto porcentual acima do que vinha rodando desde os anos 80.
IRÃ, EM CRISE, RACIONA GASOLINA
ALBERTO TAMER
ESTADO DE SP
Confirmado. O Irã, que detém 10% das reservas mundiais de petróleo, já raciona gasolina. Mas não é só isso, está racionando e importando. Sim, no ano passado foram 25 mil barris por dia e neste, só não terá de importar mais porque enxugou o mercado. O abastecimento interno é precário e a frota de carros aumenta mais do que a oferta de gasolina. Isso confirma, mais uma vez, o que já demos nesta coluna,o Irã está vivendo uma crise petrolífera provocada, principalmente, pela sua insensata e imprudente política nuclear.
Quer enriquecer urânio ao nível que lhe permita produzir a bomba atômica, gerar energia elétrica, mas não alimenta motores. Mas, qual a relação entre os dois fatos?
INVESTIDORES SUMIRAM
Os investidores que vinham financiando o programa de ampliação e melhora do parque de refino, técnica e operacionalmente superado em pelo menos 30 anos, desde a tomada do poder por Khomeini, simplesmente sumiram. Mais grave, os mesmos investidores externos suspenderam ou estão retardando precavidamente as explorações das imensas reservas de gás situadas no Norte do país.Não há segurança. Ninguém sabe o que vai acontecer no país. Um gás hoje talvez tão importante para a matriz energética mundial do que o petróleo.Os iranianos têm a segunda maior reserva do mundo enterrada em áreas desertas. Compara-se apenas com as da Rússia, já em franca exploração, atendendo grande parte da demanda européia. Os russos foram comunistas, caminham tortuosamente para um capitalismo ainda distante, mas não são fanáticos. Não têm aiatolás por lá. São realistas, fornecem até para os Estados Unidos.
É chocante porque as reservas iranianas são de fácil acesso e baixo custo de exploração.
O IRÃ ESTÁ BLEFANDO
A afirmação é ousada? Mas eles não se dizem poderosos e auto-suficientes, não precisam de ninguém, desafiam o mundo ameçando-o com sua bomba? Pois vamos aos números oficiais divulgados agora e você, leitor, verá que estou sendo até cauteloso. (1) O Irã produziu 3,8 milhões de barris de petróleo por dia em 2006, quase 5% da oferta mundial, mas exportou apenas 2,5 milhões porque o consumo interno aumentou. A produção estagnou por causa da falta de investimentos na conservação dos campos e há anos não se abre outros. (2) Entre 2005 e 2006, com relação à produção, as exportações caíram de 80% para 6%. Consomem mais, exportam menos.São dados oficiais da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), fornecidos pelo governo iraniano. Não há aiatolá que possa negar.Mesmo assim, não há exagero em afirmar que o Irã está quebrando? Um número, também oficial, responde. As exportações de petróleo representam 85% de toda a receita nacional! Eles só têm petróleo e petróleo.E diante da insegurança no abastecimento e a aventura nuclear em que governo iraniano entrou agressivamente, posando como se tivesse força para chantagear o mundo. Ameaçando com uma maior redução das suas exportações, o bloqueio do Estreito de Hormuz, poucas centenas de quilômetros por onde passa mais de 60% do petróleo do Oriente Médio - inclusive o do Irã.
Com isso, jogaram o país num isolamento econômico e financeiro de tal ordem, que seus tradicionais clientes, no Leste Asiático, já estão fechando contratos com outros fornecedores, entre eles a vizinha Rússia que vem construindo, com a ajuda do capital externo, gasodutos e oleodutos.Resumindo, o Irã, com sua política desarticulada, criou para si mesmo uma situação em que irá se afundar ainda mais. Pouco lhe resta agora a fazer Para se livrar de um isolamento provocado pela sua retórica nuclear, está caminhando para um esvaziamento diante do aumento das sanções da ONU.A política caótica dos aiatolás - e sempre foi assim desde Khomieni - está levando o país a uma situação que poderá se tornar internamente insustentável a médio prazo, pois já se tornam públicas as manifestações de descontentamento.O único ponto que une ainda o povo iraniano ao governo, é o apego ao islamismo. Mas que islamismo? Certamente, não o do ódio que hoje se prega, não o do terror, que o governo patrocina no Iraque e na Palestina, mas um islamismo que permite à nova juventude ler Lolita e se rebelar. Um islamismo sem terror que possa conviver com o Ocidente, como Kuwait, Emirados, Catar e Bahrein, hoje fazem. E logo ali, a alguns quilômetros de Teerã. Eles estão dando um exemplo de que existe uma convivência possível entre o islamismo com toda a sua severidade pouco racional, com outras civilizações e religiões.
PERDENDO PESO
Concluindo, a manter o clima atual, o Irã estará sozinho no Oriente Médio. É um país islâmico, mas não árabe. Sem investidores, reduzindo sua receita de petróleo, pesando cada vez menos no abastecimento mundial, pode transformar-se de grande exportador em importador de combustíveis. Enquanto isso, vai continuar com sua revoluçãozinha sangrenta de seitas.Sabem, vou dizer um nonsense - e serei criticado por isso. Mas não fosse as questões humanitárias tão importantes, o Ocidente, se quisesse, poderia deixar que eles continuassem se matando entre si até cansarem. Afinal, não foi sempre assim? Quantas dezenas de milhares e xiitas Saddam Hussein não trucidou no seu longo reinado de terror?
BLOG DA CRISTIANA LÔBO

Otoni Fernandes fica com a publicidade
O jornalista Otoni Fernandes será o responsável pela publicidade de governo, informou hoje o novo ministro da Comunicação social, Franklin Martins. Os recursos do governo para publicidade podem chegar a R$ 1,5 bilhão - envolvendo aí empresas da administração indireta, bancos oficiais. A maior parte é destinada a campanhas de bancos como o Banco do Brasil e Caixa Econômica e também a Petrobras. comentários

Superávit fica onde está, diz Mantega
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou ha pouco, após a posse dos 5 novos ministros no Palácio do Planalto, que o governo pretende manter a meta de superávit em valores absolutos, de R$91 bilhões. O mesmo valor que consta da LDO que está no Congresso.
A decisão foi tomada pelo presidente Lula após estudos do ministério da Fazenda indicando que se fosse cumprir o percentual de 4,25% do PIB, o governo precisaria fazer um esforço adicional de economizar mais R$9 bilhões. Isso por que foi feita a revisão do PIB brasileiro, que com nova base de cálculo subiu quase 11% em 2005. Cristiana Lôbo
Nelson Machado entrega o Ministério da Previdência a Luiz Marinho nesta manhã e segue para o Ministério da Fazenda, onde vai ocupar a secretaria-executiva de Guido Mantega. Ele ocupou o mesmo cargo quando Mantega foi ministro do Planejamento.
Bernard Appy, que é hoje o secretário-executivo da Fazenda, será deslocado para outro posto na área econômica do governo. Cristiana Lôbo

Fritada de caranguejo que sela a paz
Acabou há pouco uma reunião da cúpula do PMDB na casa da senadora, e agora líder do governo no Congresso, Roseana Sarney. Todos comemoravam a unidade do partido que, desta vez, dizem eles, é para valer. Pode atravessar este mandato do presidente Lula e ser reproduzida na disputa eleitoral de 2010. Regada a vinho e a uma elogiadíssima fritada de caranguejo, a reunião do comando do PMDB serviu para comemorar, também, a entrada de Roseana no partido.
- Você devia ter vindo antes para o PMDB... Teríamos enfrentado menos problemas - disse o ministro Geddel Vieira Lima, entre uma e outra garfada de fritada de caranguejo e bobó de camarão, elogiando o desempenho da senadora com articuladora política, mas, destacando, também, a qualidade dos pratos servidos.
O jantar oferecido por Roseana foi uma prévia de outra reunião que o PMDB terá daqui a duas semanas com o presidente Lula. Neste, Lula foi aconselhado a não comparecer - deixar para o próximo que será com as bancadas na Câmara e Senado, e também governadores e prefeitos do PMDB. Na casa da senadora estiveram os ministros do partido - Reinhold Stephanes, Silas Rondeau, Geddel Vieira Lima, Hélio Costa (só não José Gomes Temporão, incluído à última hora na cota partidária; os líderes na Câmara, Henrique Alves, e no Senado, Waldir Raupp, o líder no Congresso, Romero Jucá e os senadores Renan Calheiros e José Sarney. Todos à volta do presidente do partido, Michel Temer. Há que se lembrar que Renan Calheiros e Sarney boicotaram a convenção do partido que elegeu Temer presidente por 82% dos votos. Agora, todos estão unidos. E sorridentes.- Só a perspectiva de estarmos unidos deu ao partido cinco ministérios - comentou o senador José Sarney que, imediatamente, obteve a concordância de Michel Temer. Há poucos dias, era inimaginável ver os dois na mesma mesa.
Sarney falou do passado, lembrou passagens do seu mandato de presidente da República, os peemdedebistas falaram de Ulysses Guimarães e, no final todos celebraram o novo momento do partido. O apoio a Lula, eles dizem, não é mais oportunista, só esperando o dia do fim. Deve durar mais do que um mandato, acredita Temer.Cristiana Lôbo

Não dá para acreditar...
Em meio a uma nova crise nos aeroportos que afeta a vida de milhares de passageiros e de uma discussão sobre o apagão aéreo, a Comissão de Constituição e Justiça aprovou nesta quarta-feira, em caráter teminativo, proposta que institui uma nova taxa de aviação, no valor de até R$ 13,00.
Pela proposta, a taxa passará a ser cobrada a partir do ano que vem e tem o objetivo de subsidiar vôos para cidades de pequeno porte de todo o país. Por causa das mudanças em relação à proposta do Senado, que previa a cobrança apenas para algumas regiões, o texto terá ser apreciado novamente pelos senadores antes de ir à sanção.
Em lugar de resolver problemas dos milhares de passageiros que passam horas e horas em aeroportos, o Congresso acelera a votação de projeto sobre mais uma taxa de aviação...
É por essas e outras que se diz que o Congresso não está sintonizado com a opinião pública. Cristiana Lôbo

Câmara não pode fazer nada quanto à decisão do TSE

O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, vai convocar uma reunião na próxima terça-feira (3) para discutir com os líderes a inclusão imediata da discussão da Reforma Política na pauta da Casa. A pressa de Chinaglia tem um motivo: questionado pela oposição, o TSE disse ontem que, a partir de agora, perderá o mandato aquele que mudar de partido depois da eleição.
Tão logo foi divulgada a resposta do TSE, Chinaglia pediu um parecer à assessoria jurídica da Casa. A resposta não foi positiva - cabe à Justiça, e não à Câmara dos Deputados, julgar o mérito da questão. E mais: a Câmara não tem competência constitucional para decretar perda de mandato nessa hispótese (troca de partido), uma vez que o Artigo da Constituição que trata das possibilidades de processo por perda de mandato não faz qualquer referência á infidelidde partidária.
A assessoria disse ainda que o parecer do TSE foi dado em resposta a uma consulta, e não produz efeito imediato. Além disso, os partidos que perderam parlamentares, devido ao troca-troca, devem encaminhar reclamação ao órgão competente, no caso, a Justiça. Cristiana Lôbo

Líderes governistas avaliam se é possível mudar lei sobre fidelidade partidária
Líderes dos partidos da base aliada estão trocando telefonemas e marcando para hoje ou amanhã uma reunião para decidir o que podem fazer para que deputados que tenham mudado de partido (todas as trocas foram em benefício de legendas aliadas ao Palácio do Planalto) não percam o mandato. Conforme a avaliação do TSE, em resposta a consulta do antigo PFL, pela qual o mandato pertence ao partido e não ao parlamentar. Por essa decisão, os deputados que trocaram de partido a partir da eleição de outubro podem perder o mandato ou teriam de voltar às legendas pelas quais foram eleitos.
A informação foi dada pelo líder do governo, deputado José Múcio Monteiro (PTB-PE). Ele disse que uma alternativa pode ser a aprovação de uma lei no Congresso que seja suficiente para o TSE mudar sua interpretação. Este foi o caminho que o Congresso anunciou que vai trilhar para que o TSE mude a fórmula de distribuição de recursos do fundo partidário entre as diversas legendas. Mas a nova lei ainda não foi aprovada.- Tudo o que mexe com muita gente é alterado rapidamente - disse ele, referindo-se a um provável interesse do Congresso em mudar a lei sobre fidelidade partidária.
Para José Múcio, a interpretação do TSE é inexequível porque ela obriga a que o parlamentar que queira mudar de partido fique sem mandato por quatro anos. É que a interpretação impede a troca de partido sem a perda do mandato.
Alterar esta interpretação será uma tarefa muito difícil na avaliação do deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL). Ele aponta duas razões: três ministros do Supremo Tribunal Federal já se manifestaram a favor desta interpretação, faltam apenas mais três votos para perfazer a maioria. A tentativa de mudança da lei seria difícil porque exige quorum qualificado de três quintos (308 votos na Câmara e 49 no Senado) e contraria a opinião pública.- É possível que alguém proponha uma lei que permita a troca de partido? - questionou Calheiros.
O troca-troca partidária é sempre estimulado pelo governo pois com novas adesões é que eles formam suas maiorias no Congresso. Cristiana Lôbo

Um lugar, dois cenários
O Auditório Petrônio Portella do Senado abrigou nesta quarta-feira duas festas. Pela manhã, do Democratas, o novo partido que é o sucedâneo do PFL, em sua primeira convenção para eleição do novo comando. À tarde, do PC do B, que completa 85 anos.
Na festa do Democratas, o auditório era grande para tantos engravatados do antigo PFL. Na do PC do B, muitos jovens, da Juventude Socialista, em roupas esportes e sempre gritando palavras de ordem do partido. O mais aplaudido, disparado, pelos jovens foi Aldo Rebelo, ex-presidente da Câmara.


CARLOS SARDENBERG
globo
GOL-NOVA VARIG, OUTRA OPINIÃO
No Jornal da Globo de ontem, comentei que a compra da Nova Varig pela Gol parecia uma boa solução de mercado.
Argumentei que a Nova Varig continuava com sua marca e sua estrutura seria reforçada, com mais aviões e linhas operadas. Ao contrário do que ocorre em fusões tradicionais, que sempre geram desemprego e redução de departamentos nas empresas reunidas.
Em termos gerais, o mercado fica com duas grandes companhias - Gol e Tam - mais ou menos empatadas e fortes concorrentes. Com algumas empresas regionais nas franjas do mercado, podendo crescer e morder os calcanhares das grandes.
Mas quero aqui chamar a atenção para uma outra opinião, de Sérgio Lazzarini, do Ibmec-S.Paulo. Está em O Globo de hoje, editoria de economia. Diz que a melhor solução, para o consumidor, teria sido a entrada de uma terceira empresa no setor, como a chilena Lan.
Esta empresa tinha planos de entrar no Brasil, mas não pode por causa das restrições ao capital estrangeiro. O que sugere uma discussão sobre essas restrições.

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DÓLAR TEM MENOR VALOR EM SEIS ANOS
RISCO-PAÍS VOLTA A CAIR
Moeda americana chega perto de R$ 2,05 e pode cair mais, segundo analistas. Risco-país volta a renovar a mínima histórica, aos 170 pontos.

Do G1, em São Paulo

Dólar: analistas dizem que a moeda americana pode chegar em breve a valer R$ 2 (Foto: Divulgação)
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O dólar chegou à menor cotação em seis anos nesta quinta-feira (29), com tendência de queda reforçada por conta do fluxo positivo em um dia de alta nas principais bolsas de valores - a Bovespa e as bolsas americanas operam em alta, embaladas pela revisão do crescimento da economia americana no último trimestre de 2006, que ficou acima do esperado.
Como normalmente ocorre quando a perspectiva para a economia mundial (e brasileira) melhora, o dólar opera em queda. Pouco antes das 12h20, a moeda norte-americana caía 0,82% e era vendida a R$ 2,052, menor cotação durante os negócios desde março de 2001.
Segundo analistas, a queda do dólar no dia é reflexo do cenário positivo nas bolsas de valores - e a desvalorização da moeda americana perante o real pode continuar. Recentemente, em visita ao Brasil, Jim O'Neil, analista do banco Goldman Sachs, disse que o fortalecimento da economia brasileira levaria necessariamente à valorização do real sobre o dólar. Segundo ele, não é improvável de que a moeda americana chegue a valer R$ 2 no curto prazo.
Risco-país
O risco da economia brasileira, calculado pelo banco de investimentos JP Morgan e que serve de termômetro para os investidores internacionais, voltou a renovar sua mínima histórica nesta quinta-feira (29), chegando a 170 pontos.
De acordo com o secretário do Tesouro Nacional, Tarcísio Godoy, a redução da impressão de risco da economia brasileira no exterior pode levar à concessão do "grau de investimento" ao país por entidades internacionais - isso quer dizer que o investimento no Brasil passará a ser recomendado como "opção segura".
O risco-país atingiu sua máxima cotação há quatro anos, na crise de confiança da economia em 2002, quando o Brasil precisou ser resgatado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) com um empréstimo de US$ 30 bilhões antes da eleição do presidente Lula - na época, o risco Brasil, calculado pelo JP Morgan, chegou a ultrapassar os 2 mil pontos.
(Com informações da Reuters e do Valor Online)

REPÓRTER INGLÊS DIZ QUE BRASILEIRA ESTÁ MUDANDO HISTÓRIA
Ana Luíse Ferreira apareceu na capa do tablóide "The Sun" ao lado do príncipe William. Brasileira reconhece a foto, mas nega declarações publicadas pelo jornal.

Dani Blaschkauer Do G1,

O jornalista inglês que escreveu a reportagem sobre Ana Laíse Ferreira ao lado do príncipe William no tablóide “The Sun” disse que a brasileira está alterando a sua história.
A pernambucana vendeu ao jornal a foto em que o príncipe aparece apalpando seu seio. Mas seu advogado diz agora que estuda processar o "The Sun" por ter supostamente alterado o conteúdo de suas afirmações.
Em resposta ao G1, por e-mail, Jamie Pyatt deu a sua opinião.
“Eu acho que você estão botando muita pressão e ela está mudando a história dela”, afirmou o jornalista, que disse ainda que a história “já foi há quatro dias”.
Ao ser questionado sobre se havia gravado a conversa, Pyatt deu risada e contou a sua versão.
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“Deixa eu entender direito... Ela liga para nós, mostra a foto ao lado do príncipe, nos diz que foi abraçada por ele, nos conta toda a história, pergunta sobre dinheiro, e agora fala em nos processar”, afirmou ele. “Ela nunca reclamou com a gente. Você deve estar brincando. Se ainda tivéssemos pegado a foto com outra pessoa ou sem ela ser entrevistada”, completa ele.
Confira abaixo uma das respostas, em inglês, que o jornalista deu ao G1.
"Not correct! Me thinks u guys are putting her under so much pressure she is changing her story to please you guys...............it was only a bit of fun, can't see why it is biggest thing in Brazil since sliced bread! Story was four days ago for God's sake........... "
Mercado Aberto –
DELFIM NETO
FOÇHA DE SP
Novo PIB prova que BC errou, diz Delfim

A revisão do PIB promovida pelo IBGE desmonta uma das principais teses defendidas pelo Banco Central, a de que o país não poderia crescer mais de 3%, senão haveria o risco da volta da inflação. O país não só cresceu a um ritmo mais acelerado, de 3,4% nos últimos quatro anos, como a ameaça da inflação não se confirmou.
A análise é de Delfim Netto, um dos maiores críticos da política monetária do Banco Central e também da tese de que o país tinha um limite para o crescimento, o chamado PIB potencial. Delfim sempre achou que essa tese carecia de argumentos científicos.
"A coisa mais importante que essa revisão do IBGE fez foi mostrar que o Brasil tem condições de crescer a um ritmo maior do que 3% sem produzir inflação", afirmou. "Espero que isso sirva como lição de humildade para aqueles que pensam que dominam a ciência chamada economia."Delfim acha que esse fato deveria fazer com que os votos de cada um dos diretores do BC nas reuniões do Copom sejam publicados 60 dias após a decisão dos juros. Para ele, seria a melhor forma de a sociedade saber se os diretores do BC sabem realmente o que estão fazendo."Ao mesmo tempo que eles [os diretores do BC] decidem o meu destino e o meu emprego, eu também tenho o direito de saber o que eles pensam", diz Delfim. "O que eles mostraram é que o conhecimento científico deles estava muito longe da realidade."
Delfim acha, no entanto, que o governo não deve se entusiasmar demais com essa revisão do PIB e relaxar na política fiscal. O Estado continua devendo tanto quanto antes. O grande risco, na sua opinião, é o setor público achar que o fato de a relação carga tributária/PIB ter caído para 34% do PIB dá direito ao governo de elevá-la, de novo, para 39% do PIB."É natural que o governo use esses dados para injetar um pouco de entusiasmo na economia, mas deve-se ter a compreensão de que o Brasil continua o mesmo, com os mesmos problemas de antes."
CEO da Electrolux "reconhece" país em tour mundial
Depois de quatro meses a frente do cargo de CEO mundial da divisão de eletroportáteis da Electrolux, o executivo dinamarquês Morten Falkenberg veio ao Brasil para uma viagem de reconhecimento. A visita faz parte de sua primeira "turnê mundial" pelos principais mercados da marca e termina hoje.Segundo ele, o país lidera a divisão da empresa na América Latina. "O Brasil conseguiu manter uma economia estável, o que é muito importante para termos perspectiva de crescimento."
Em 2006, a divisão cresceu 52% em volume e 83% em faturamento. "Vemos muito potencial principalmente na divisão de aspiradores de pó e de equipamentos como torradeiras", diz.
PARCERIAA partir de abril, a Vale do Rio Doce e a CST concluem obra para implantação de 2,5 km de correia transportadora e de pátio de estocagem para atender à operação do terceiro alto-forno da siderúrgica, que entrará em operação. A CST é cliente da Vale há 30 anos. A correia terá capacidade para transportar até 5 milhões de toneladas de pelotas por ano.
TIJOLOAs reformas de início de ano e o mercado imobiliário aqueceram as vendas no setor de material de construção. O segmento teve em fevereiro alta de 14% em relação ao mesmo mês de 2006, segundo a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista que a Fecomercio SP divulga hoje. No acumulado do ano, a atividade cresceu 13,7% em relação ao ano anterior.
DESEMBARQUEO ex-ministro Roberto Rodrigues, presidente do conselho de agronegócio da Fiesp, viaja hoje para os Estados Unidos para encontros com autoridades do governo e congressistas. O objetivo é discutir temas como o etanol e a Rodada Doha. Também está previsto encontro com John Engler, presidente da NAM, a Fiesp americana. A viagem antecede a ida de Lula aos EUA, nesta semana.PÉ NO ACELERADOR
Na reunião de segunda para discutir a crise aérea, Lula informou Milton Zuanazzi (Anac) que a operação de compra da Varig pela Gol estava na reta final. Pediu pressa na aprovação.
REFORÇOA nova Varig, agora sob comando da Gol, tem quase garantida a aquisição de seis Boeing-777 para vôos internacionais. Os próximos destinos devem ser NY, Miami, Londres e Paris.
CONFIRMADOSHenrique Meirelles (BC) e Aloizio Mercadante (PT-SP) confirmaram presença na sexta edição do Fórum Empresarial, de 19 a 22 de abril, em Comandatuba (Bahia).

MIRIAM LEITÃO
GLOBO
Visão global
"O mundo é mais que os Estados Unidos", lembrou o suíço Klaus Wellershoff, membro do board mundial do UBS, que desfilou números convincentes: "Os EUA responderam por apenas 24% do crescimento mundial de 2006; atrás da Europa, com 28%; e da Ásia, com 31%. Foram os terceiros." O economista está no Brasil por uns dias e me concedeu ontem uma entrevista.
Com esse argumento, Wellershoff, responsável global de pesquisa para a gestão de fortunas, quis espantar o temor de uma recessão global devido à queda da economia americana. Ele acha que os Estados Unidos não estão entrando em recessão, mas apenas reduzindo o ritmo de crescimento, o que será mitigado com a queda dos juros, em breve, para 5%.
A retomada econômica da Europa fez com que, desde o segundo trimestre do ano passado, o ritmo de crescimento europeu fosse maior que o dos EUA.
- A Alemanha voltou a ser o maior exportador mundial - disse.
O economista acha que o mundo vai enfrentar problemas e que acumulou tensões e desequilíbrios; mas não há um choque global no horizonte. Por outro lado, admite, com base num relatório lançado pelo banco sobre mudança climática, que o clima cria desafios permanentes e vai mudar nossas vidas.
- A energia tem sérios limites. Haverá mudanças grandes nos preços da energia. E isso afetará todos os setores da economia.
Ele teme que o mundo não mude rápido o bastante:
- É difícil mudar por algo que não está nos afetando agora. Nós podemos reagir tarde ou tarde demais.
A energia que Wellershoff usa na casa dele é geotérmica; extraída do calor da terra. Ele contou que 70% das casas suíças usam essa fonte de energia. É a mesma dos vulcões e das fontes termais. Nas previsões do UBS, o uso das energias renováveis vai multiplicar por seis até 2030, mas o economista não parece entusiasmado com o etanol. Em relação à energia nuclear, acha que vai diminuir seu uso, e não aumentar. Isso porque leva muito tempo entre planejar, convencer a sociedade e construir novas usinas. E algumas em uso hoje terão que ser desativadas.
Perguntei a ele sobre o custo ambiental do crescimento da China, país que tem um governo ditatorial que toma decisões sem a pressão da sociedade.
- Quando comparo com a forte democracia americana, não acho que os EUA estejam sendo mais eficientes que a China em lidar com os limites do meio ambiente.
Argumentei que isso era verdade em relação ao governo central, mas os estados, as cidades estão mudando seu comportamento.
- Eu vejo os números nacionais. Os americanos consomem 12.000 watts por segundo; os europeus, de 5 mil a 6 mil; a China, 2.000; e a África, de 500 a 600 watts por segundo. A qualidade de vida na Europa e nos Estados Unidos é mais ou menos a mesma, e os americanos consomem o dobro.
Apesar disso, mostrou outro tipo de preocupação com os regimes de governo. Wellershoff tinha dito que o mundo passará por um período de governos mais à esquerda. Perguntei se o comportamento de um certo tipo de esquerda na América Latina, como a representada por Hugo Chávez, que rompe contratos, revoga leis, não afastaria os investidores da região. Ele deu uma resposta longa e em etapas que revela o quanto o conhecimento sobre a região se aprofundou na avaliação dos analistas internacionais.
- Primeiro, é uma injustiça com a esquerda democrática compará-la a Hugo Chávez. Segundo, há, sim, uma preocupação, na conjuntura atual, pelo fato de que governos autocráticos estão ficando mais fortes; é o caso de Venezuela, Rússia, Irã, China. Eles estão se fortalecendo pelo crescimento ou alta dos preços da energia. O terceiro ponto é que, para nós, não existe exatamente América Latina; existe Brasil, que é diferente da Argentina, que é diferente da Venezuela.
O economista tem uma visão positiva em relação ao Brasil. Ela vem da comparação feita com outros países que têm problemas piores - ele citou a Turquia - e da comparação com o próprio passado do Brasil. Acha que o país está bem, e brincou:
- Vocês conseguiram até aumentar o PIB em 10% da noite para o dia!
Fiz duas perguntas na área dele: Europa. Uma é como o continente vai lidar com a dificuldade de integração dos migrantes muçulmanos.
Wellershoff disse que os migrantes, em si, não são problema algum, "querem viver, trabalhar, se divertir". O que pode ser um foco de tensão são os líderes religiosos fundamentalistas se estabelecendo em países como Alemanha e financiados basicamente por muçulmanos fundamentalistas turcos. Quis saber sobre como os europeus vão lidar com o envelhecimento da população e o custo da aposentadoria.
- Não é um problema tão grande quanto parece. Na Alemanha, nos últimos anos, houve um aumento de horas trabalhadas sem aumento do salário. As pessoas vão trabalhar mais e ganhar menos quando se aposentarem.
Sobre o risco de redução da população européia, disse que já fez a parte dele:
- Tive quatro filhos.
Quando perguntei qual era seu maior medo, brincou:
- Não pergunte a um economista sobre riscos!
E passou a falar do déficit da conta corrente americana às armas nucleares do Irã, e a previsão de que, no futuro, as economias da China e da Índia vão superar, em tamanho, a americana:
- Isso nunca aconteceu no mundo sem conflito

CLÓVIS ROSSI
FOLHA DE S. PAULO
A PERGUNTA QUE FALTA A LULA
Pergunta de uma cidadã espanhola ao presidente do governo, José Luis Rodríguez Zapatero, em programa de TV na noite de anteontem: "Não entendo como um presidente de governo é capaz de sentar-se com assassinos para dialogar". É referência ao diálogo entre o governo Zapatero e o grupo terrorista basco ETA.
Quando é que, no Brasil, a cultura política de governantes e governados permitirá pergunta do gênero, em horário nobre, em um dos principais canais de TV, a grande fonte de informação do público?
Pergunta que cabe neste exato momento, ressalvadas as diferenças entre terror e corrupção.
Afinal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não só dialoga como acaricia freqüentemente um grupo que seu procurador-geral acusou de formar "quadrilha". Acusação reforçada, se necessário fosse, agora que a Polícia Federal emite laudo em que fica comprovado que o dinheiro do "valerioduto" saiu dos cofres públicos, ou, mais exatamente, de um banco público (Banco do Brasil). Todo mundo já sabia que só poderia ter sido essa a origem, posto que é inimaginável que Marcos Valério fosse um mecenas a bancar os trambiques de deputados do PT e da base aliada. Mas agora, ao elementar bom senso, soma-se uma perícia técnica.
Não adianta fingir que Marcos Valério é o único "quadrilheiro" nessa história. Toda a cúpula do PT de então (o presidente José Genoino, o secretário-geral Sílvio Pereira, o tesoureiro Delúbio Soares, para não mencionar José Dirceu, punido precisamente por essa história) participou do esquema.
Caberia, portanto, repetir a Lula a pergunta da espanhola a Zapatero, trocando poucas palavras: "Não entendo como um presidente de governo é capaz de sentar-se com trambiqueiros para dialogar (e, pior, governar)".
SÔNIA RACY –
ESTADO DE SP
SANTANDER BRIGA PELO DIREITO DE IR-E-VIR DE SEUS EX-CORRENTISTAS
A briga é de gigantes. Banco Santander contra o Estado de São Paulo e também contra o Conselho Monetário Nacional (CMN). Tudo por causa das contas do funcionalismo público estadual, transferidas para a Nossa Caixa em 1º de janeiro, cumprindo regras da privatização do Banespa, comprado pelo banco espanhol. O Santander já conseguiu parecer favorável de Carlos Ari Sunfeld e impetrou mandado de segurança no STJ contra a recente resolução do CMN que postergou, até 2011, a aplicação ao funcionalismo público do direito à conta salário, o que permitiria ao funcionário, sem a cobrança de tarifas, transferir o pagamento recebido para outro banco. Isto breca o movimento do Santander de trazer as contas de volta, coisa que já vinha acontecendo.
E mais. O advogado do Banco Santander, Manuel Alceu Affonso Ferreira, aguarda apenas os documentos oficiais sobre o agora noticiado contrato entre a Nossa Caixa e o Estado de São Paulo para adotar novas medidas judiciais. Novas medidas judiciais? Exatamente. Affonso Ferreira explica que, já na gestão Cláudio Lembo, o Estado havia editado um decreto dando à Nossa Caixa a exclusividade do pagamento do funcionalismo estadual, ativo e aposentado. "O Santander ingressou em juízo com ação ordinária para anular esse decreto e obrigar o Estado a promover concorrência para a gestão dessa folha de pagamento, alegando que aquela "exclusividade" não poderia ser conferida à Nossa Caixa, sociedade de economia mista, sem prévia licitação.
Nessa ação, explica o advogado, o Santander, que até o ano passado detinha, por acordo, as contas do funcionalismo público estadual, pediu uma "liminar" (tutela antecipada) para que, até a realização da concorrência, fosse permitido aos funcionários, como constava de anterior decreto do próprio governo paulista, optar pela instituição pagadora.
O juiz de primeira instância negou a liminar. "Aí o banco recorreu e o Tribunal de Justiça, por 2 votos a 1, manteve o indeferimento, do que o Santander também já recorreu. Ou seja, nessa ação, e por enquanto, ainda se está discutindo a questão liminar, sem decisão final de mérito.
IMPRESSÃO DIGITAL
Paulo Skaf, presidente da Fiesp, trocou, nas últimas duas semanas, vários telefonemas com o presidente do Peru, Alan Garcia, numa preparação para a ida de uma missão ao país vizinho, em junho. Também com esse objetivo, embarcam para lá, na próxima semana, os diretores do Departamento de Comércio Exterior e Relações Internacionais, Roberto Giannetti da Fonseca e Thomaz Zanotto.
O objetivo do que Skaf gosta de chamar de "Diplomacia Empresarial" da Fiesp é abrir mercado para alguns setores brasileiros, como mineração, metalurgia, agricultura, alimentos em geral, equipamentos agrícolas e construção civil.
NA FRENTE
NA BICA
O Grupo Pão de Açúcar está prestes a comprar a rede de hipermercados do grupo gaúcho Zaffari.
O negócio está quase acertado e o Pão de Açúcar já definiu que não pretende manter o Shopping Bourbon, que está sendo construído em São Paulo: deve ser transformado em hipermercado diferenciado.
UP
Ao concluir sua primeira fase de investimentos, em dezembro de 2006, o Programa BB Armazenagem contabilizou R$ 620 milhões em mais de 3.700 operações contratadas no País.
Um aumento de 6,5 milhões de toneladas no volume de capacidade estática de armazenagem brasileira de grãos.
SURPRESA
Que o PIB de 2006 seria revisado para cima ninguém duvidava.
A grande surpresa, segundo 11 entre 10 empresários, foi a revisão para baixo do PIB da indústria no ano passado.
SURPRESA 2
O INA, da Fiesp, deve trazer hoje pelo menos uma boa notícia.
O setor de máquinas e equipamentos melhorou, o que merece um estudo mais aprofundado.
TRIBUTAÇÃO
Carlos Ferreirinha e a GFK Indicator apresentam o resultado da primeira pesquisa brasileira sobre o mercado do luxo, segunda-feira, em evento fechadíssimo, no Hotel Renaissance, em São Paulo.
A idéia dos organizadores é criar no evento uma comissão que leve ao governo federal dados sobre o potencial do segmento, de forma a obter vantagens tarifárias.
TURBULÊNCIAS
Ontem, em discurso em que não faltaram cutucadas em seu antecessor, Ben Bernanke, do Fed, repôs o tema inflação na lista de preocupações dos mercados.
Foi a deixa para que uma onda de mau humor se espalhasse pelo mundo, agravada pelos dados de encomendas de bens duráveis de fevereiro que subiram menos que o esperado.
DOWN
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista, que a Fecomércio-SP divulga hoje, aponta: o mês de fevereiro não foi bom para o setor de autopeças e acessórios.
O segmento registrou no período queda de quase 32% das vendas, em comparação a fevereiro de 2006.
ONLINE
A BM&F promove hoje Assembléia-Geral para fazer mudanças estatutárias. Abr indo definitivamente caminho para a desmutualização.

29 DE MARÇO

AS MANCHETES DOS JORNAIS DE 29 DE MARÇO

Agora São PauloINSS confirma pagamento de precatórios a 39 mil em abrilO Estado de São PauloBase aliada tenta manter troca-troca entre os partidosO GloboCongresso quer subir a taxa de embarque em pleno caosJornal do BrasilO último ato para a destruição da VarigCorreio BrazilienseAtentado contra africanos na UnBGazeta MercantilNovo PIB mostra taxa menor de investimentoValor EconômicoCom a Varig, Gol fará vôos de baixo custo ao exteriorEstado de MinasGol compra a Varig por US$ 320 milhõesJornal do CommercioGaroto fica 30 horas refém e sem comida

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ÚLTIMO SEGUNDO


COM REVISÃO, PIB DE 2006 CRESCE 3,7%
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou hoje o novo resultado do PIB brasileiro para 2006. De acordo com a nova metodologia, a economia do País cresceu 3,7% em 2006, contra os 2,9% anunciados há um mês.
· Brasil ultrapassa três em ranking de crescimento latino
· Impostos puxam expansão do PIB de 2006, apura IBGE
· Projeções do Relatório de Inflação não consideram novo PIB, diz diretor do BC
· Conversa Afiada 1: "mega crédito" impulsionou alta
· Conversa Afiada 2: PIB de Lula é 45% maior que de FHC
O PIB ficou em 2,322 trilhões de reais. É a segunda vez que o PIB (Produto Interno Bruto, soma dos serviços e riquezas produzidos no País) brasileiro ultrapassa a casa dos 2 trilhões de reais. Mas, segundo economista da Austin Ratings, é a primeira vez que o PIB ultrapassa 1 trilhão de dólares.
Na semana passada, o IBGE havia divulgado a revisão do PIB do período de 1995 a 2005, e o resultado de 2005 ficou em R$ 2,148 trilhões, valor 10,9% acima do estimado na série anterior.
O crescimento real do PIB per capita (valor total dividido pela população) em 2006 atingiu 2,3%, segundo o IBGE. O PIB per capita ficou em R$ 12.436,75 no ano. Em 2006, a população residente do país foi estimada em 186.770.562 habitantes, o que representou um crescimento populacional de 1,4% em 2006.
O crescimento foi puxado principalmente pelo quarto trimestre do ano. Nesse período, o PIB avançou 4,8% em relação ao mesmo período de 2005.
Muitos economistas estavam esperando um incremento em torno de 3,5% e o resultado também superou as expectativas do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que estimava uma variação entre 3,3% e 3,5%. O ministro concede entrevista às 14h para comentar o resultado do novo PIB.
Agricultura se recupera
Entre os subsetores econômicos, a indústria extrativa mineral teve o melhor desempenho em 2006: 6% de expansão. Neste subsetor, destaca-se o crescimento anual de 5,1% na extração de petróleo e gás e de 10,9% na extração de minério de ferro. Em seguida, contribuindo para a alta do setor industrial, vieram a construção civil (4,6%) e a produção e distribuição de eletricidade, gás e água com 3,6%. A indústria da transformação apresentou elevação de 1,6%.
A agropecuária cresceu 4,1%, recuperando-se em relação ao ano anterior, quando atingiu um modesto crescimento de 1,0%, em virtude da quebra de safra de alguns produtos com grande representatividade na colheita, além da febre aftosa no quarto trimestre de 2005.
As maiores elevações nos serviços foram nos subsetores intermediação financeira, previdência complementar e serviçoes, com 6,1%, e comércio (atacadista e varejista) com 4,8%, seguidos por atividades imobiliárias e aluguel com 4,3%, transporte, armazenagem e correios com 3,2%.
Consumo das famílias
Na análise da demanda, o consumo das famílias apresentou alta de 4,3% -- é o terceiro ano consecutivo de crescimento deste componente. A elevação de 5,6% da massa salarial real contribuiu para o aumento deste indicador. Além disso houve um crescimento, em termos nominais, de 29,9% do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas.
O consumo do governo apresentou crescimento de 3,6%. A formação bruta de capital fixo (responsável pelos investimentos em equipamentos e capacidade instalada) também apresentou crescimento de 8,7% quando comparado ao ano de 2005, influenciada pelo aumento da construção civil e das máquinas e equipamentos, sobretudos importados.
A média da taxa de juros efetiva Selic para 2006 ficou em 15,3% ao ano, menor do que a registrada em 2005, 19,1% ao ano.
No setor externo, as exportações cresceram 4,6%, e as importações tiveram elevação de 18,1%, apresentando forte aceleração em comparação com as taxa registradas em 2005.
Leia também:
Banco Central prevê PIB maior e inflação menor em 2007
8 milhões de brasileiros deixam a baixa renda
Expansão do PIB do Reino Unido no quarto trimestre de 2006 é revista para baixo e fica em 0,7%


DEM, PSDB, PPS E PDT VÃO À JUSTIÇA PARA REAVER MANDATOS
BRASÍLIA - O partido Democratas (ex-PFL) pedirá, na Justiça Eleitoral, os mandatos dos sete deputados federais que deixaram o partido para a base aliada. A decisão foi anunciada, nesta quarta-feira, pelo novo presidente da legenda, deputado Rodrigo Maia (Dem-RJ), baseada no entendimento do TSE que obriga a fidelidade partidária de políticos eleitos
“Os deputados que saíram do partido não tiveram nenhum tipo de preocupação com a ética e a decisão do eleitor. Não há alternativa que não seja contundente e vamos estudar uma solução jurídica para fazer um pedido bem embasado à Justiça Eleitoral”, afirmou Rodrigo Maia. Na sua opinião a decisão do STF foi “revolucionária”. O partido elegeu 65 deputados e atualmente tem 58.
PSDB
O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse que o partido poderá tomar a mesma atitude do PFL. "Estamos avaliando com a nossa assessoria jurídica se a decisão do TSE tenha efeito para os que mudaram de partido nesta legislatura. Teremos uma reunião da executiva nacional do partido dentro de alguns minutos para avaliar e tomar uma decisão", afirmou Jereissati. Ele também elogiou a decisão do TSE classificando como "um grande passo na reforma política".
"Acho que é imoral esse troca-troca de partidos, esse mercantilismo de cargos que envergonha a classe política", criticou o presidente do PSDB. O partido elegeu 66 deputados e atualmente tem 58 parlamentares.
PDT
O presidente nacional do PDT e futuro ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse que o partido vai entrar na Justiça para reaver o mandato do deputado Maurício Quintella Lessa (AL). Nas eleições de outubro de 2006, Lessa foi eleito pelo PDT, mas em 15 de janeiro trocou de partido e ingressou no PR (ex-PL).
PPS
O presidente nacional do PPS, Roberto Freire (PE) confirmou em nota oficial do partido que irá à Justiça para reaver os mandatos. "É uma decisão que mostra a necessidade de reforma política e que restaura a moralidade no País. As mudanças partidárias desrespeitaram a cidadania, com a adesão ao governo por motivos não nobres," completou.
Repercussão no Senado
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que uma das vantagens do pronunciamento do TSE é forçar a aceleração da reforma política, como aconteceu quando o Tribunal modificou a distribuição de verbas partidárias e grandes partidos imediatamente aprovaram um projeto para mudar a lei sobre o rateio. Mas, ele ressaltou sua preocupação com o que chamou de "engessamento" dos partidos, já que parlamentares que desentenderem com as direções partidárias ficarão presos à legenda. "Sou favorável a que tenhamos um prazo mínimo (após a eleição) para desfiliações para desestimular a migração entre partidos", afirmou Renan Calheiros.
A decisão do TSE afeta somente a questão dos deputados porque o sistema eleitoral da Câmara é diferente do Senado. No caso da Câmara, vence o deputado que tiver mais votos, contabilizando a proporção da legenda. No Senado, é eleito o candidato majoritário, com o maior número de votos, independente da legenda.
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COMISSÃO DO SENADO APROVA MAIS RIGOR PARA CRIMES ENVOLVENDO MENORES
BRASÍLIA - O projeto de lei (PL 166/07), que prevê a duplicação da pena para adultos que utilizarem menores de 18 anos no crime, do deputado Onix Lorenzoni, foi aprovado pela Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta-feira.
O projeto, aprovado na Câmara dos Deputados em 15 de fevereiro, recebeu, na época, cinco emendas. Apenas a primeira, que amplia a abrangência da lei, foi acatada.
Originalmente, a proposta limitava a penalidade aos menores de idade envolvidos com quadrilhas. Com a aprovação da emenda, a penalidade é aplicada sem a obrigatoriedade de que o grupo constitua uma quadrilha, ou seja, formada por mais de três pessoas de forma estável.
Unificação das Polícias
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) pediu que a Comissão de Constituição e Justiça do Senado não vote projeto de sua autoria que prevê a unificação das Polícias Militar e Civil estaduais. Segundo ele, a proposta tem levantado muita polêmica, especialmernte dentro das corporações que são contra a proposta

EUA QUEREM INVESTIR US$ 59 MI EM ACORDO DE ETANOL COM BRASIL

Por Adriana Garcia WASHINGTON (Reuters) - Um senador dos Estados Unidos propôs nesta quarta-feira um projeto de lei que inclui um orçamento de 59 milhões de dólares para implementar o acordo de cooperação de etanol assinado este mês com o Brasil.
O projeto, chamado 'Pacto de Cooperação de Energia Estados Unidos-Brasil', é de autoria do republicano Richard Lugar, um defensor do livre mercado e da redução da tarifa de 0,54 dólar por galão imposta ao Brasil para as exportações de etanol.
Apesar disso, o projeto não propõe redução imediata da tarifa, apenas a realização de um estudo para analisar os 'custos e benefícios' de sua remoção. A tarifa foi renovada recentemente e vai vigorar pelo menos até 2009.
'Alterar a taxa de importação afetaria um número de indústrias e interesses. Por isso, o projeto de lei pede um amplo estudo sobre o atual impacto político e econômico da tarifa e os custos e benefícios potenciais de removê-la ou modificá-la', disse à Reuters um assessor do senador, republicano de Indiana e membro da Comissão de Relações Internacionais do Senado.
Brasil e Estados Unidos são os maiores produtores de etanol do mundo, respondendo por mais de 70% da produção. O etanol norte-americano é produzido a partir do milho e a um custo mais alto que o etanol brasileiro, feito a partir da cana-de-açúcar.
O estudo pede uma avaliação do possível impacto de ampliar a cota de etanol que pode entrar nos Estados Unidos sem pagar essa tarifa pelo Caribe, de 7 para 15% do consumo nos próximos anos, além do cenário de uma remoção total da tarifa ou de redução gradual entre os próximos 5 a 10 anos.
A lei também prevê a criação de um fórum hemisférico de cooperação em energia que incluiria Brasil, Canadá, México, Estados Unidos e Venezuela e a iniciativa conjunta para promover o uso de biocombustíveis em países interessados como China, Índia, África do Sul, Japão e a União Européia.
O projeto de lei, que ainda tem que ir à votação, deve encontrar críticas da bancada ruralista no Congresso norte-americano, que quer preservar os subsídios para a produção doméstica de etanol a partir do milho.
Alencar diz que não existe racismo no Brasil
BRASÍLIA - O vice-presidente da República, José Alencar, afirmou, nesta quarta-feira, que "não existe problema racial no Brasil". O assunto voltou ao debate depois que a ministra-chefe da Secretaria de Promoção e Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, declarou, em entrevista à BBC, ser "natural" que os negros se insurjam contra os brancos e que não queiram conviver com os seus exploradores históricos.
· É natural negro discriminar branco?

"Nós, do Brasil, somos uma raça miscigenada. Eu tenho a minha bisavó negra, que foi escrava. A minha avó era mulata. Se você olha para mim, eu sou branco, mas eu não sou branco de fato. Então, não existe problema racial no Brasil", declarou Alencar, em entrevista no Palácio do Planalto.
"O que existe é a necessidade de inclusão dos desfavorecidos por meio do desenvolvimento, da melhor distribuição da renda e, obviamente, o trabalho da ministra Matilde é importante porque há realmente alguns preconceitos ainda no País, mas o racismo realmente não existe".
Ao defender a ministra, Alencar ponderou que "o que ela quis dizer não tem nada contra os brancos". "Há uma certa preocupação porque os negros que vieram, vieram muitos, nos navios negreiros. Ancestrais meus e dela vieram assim. Mas nós temos que compreender que o Brasil, hoje, é uma raça miscigenada", afirmou.

MARINHEIRA ADMITE TER INVADIDO ÁGUAS IRAQUIANAS, DIZ TV
SÃO PAULO - A TV iraniana em língua árabe divulgou hoje imagens dos 15 militares britânicos capturados no Golfo Pérsico, além de uma entrevista com Faye Turney, a única mulher entre os membros da Marinha Real detidos na República Islâmica.
A marinheira, uma jovem de 26 anos, é vista vestindo uma túnica branca com um véu negro solto sobre a cabeça. "Obviamente nós ultrapassamos para as águas deles", diz Turney no vídeo transmitido pela Al-Alam, uma tevê iraniana em língua árabe transmitida por satélite para todo o Oriente Médio. "Eles foram muito amigáveis e muito hospitaleiros, muito cuidadosos, boa gente. Eles nos explicaram porquê fomos presos, não houve agressão", continuou.
O governo britânico reagiu imediatamente, afirmando que a divulgação das imagens era "completamente inaceitável". Pouco antes, a Embaixada do Irã em Londres havia divulgado uma carta supostamente escrita hoje por Faye Turner aos pais dela. Na carta ela diz os 15 marinheiros britânicos "aparentemente" entraram em águas territoriais iranianas. "Estávamos nos botes quando fomos presos por forças iranianas quando aparentemente entramos em águas iranianas", afirma-se na carta. "Desejava que não tivéssemos entrado porque eu estaria agora em casa com vocês".
Na carta, Turner disse que estava sendo bem tratada e que seus captores eram amigáveis. "Por favor, não se preocupem comigo", escreveu. "Espero que não demorará muito até que eu esteja em casa para me preparar para a festa de aniversário de Molly com um presente do povo iraniano".
O Irã prometeu libertar a marinheira que foi capturada com os militares britânicos na semana passada, informou a agência de notícias ISNA nesta quarta-feira. Segundo a ISNA, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Ali Hosseini, confirmou que a mulher será libertada ainda nesta quarta-feira ou na quinta.
Enquanto a detenção dos outros militares prossegue, a Grã-Bretanha anunciou que vai suspender todas as viagens oficiais entre o país e o Irã e cortará a emissão de vistos a autoridades iranianas até que a crise detonada pela captura dos 15 militares britânicos seja resolvida, disse nesta quarta-feira uma autoridade do Ministério das Relações Exteriores.
'Nenhum negócio de governo a governo será realizado em nenhum outro assunto', disse a autoridade, acrescentando que o apoio do governo britânico a outros eventos bilaterais como missões comerciais ao Irã também devem ser suspensos.
A suspensão dos contatos entre britânicos e iranianos é só mais um passo no recrudescimento da crise da detenção dos marines no Golfo Pérsico.
Nesta quarta-feira o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, defendeu "aumentar a pressão internacional" sobre o Irã para mostrar seu "isolamento total" no caso dos militares britânicos que estão sob poder de Teerã.
Em seu comparecimento semanal na Câmara dos Comuns, Blair ressaltou que a detenção dos militares da Marinha britânica é "completamente inaceitável, errônea e ilegal".
O primeiro-ministro fez esses comentários pouco depois de o Ministério da Defesa do Reino Unido divulgar fotos de satélite e mapas para provar que os quinze militares estavam dentro de águas iraquianas, e não em território iraniano, como afirma Teerã.

O GLOBO
Ministro pretende trocar comando do BNDES
Presidente do banco, Demian Fiocca, é indicação de Guido Mantega. Ex-ministro Furlan tinha uma relação difícil com a instituição.
Tiago Pariz Do G1, em Brasília entre em contato


MINISTRO MIGUEL JORGE DURANTE A POSSE NESTA QUINTA-FEIRA

ROOSEVELT PINHEIRO
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse que tem carta branca do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para promover alterações no comando do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), inclusive o presidente da instituição Demian Fiocca.
Para este ano, o banco tem um orçamento de R$ 61,2 bilhões.“O BNDES está sob o Ministério de Desenvolvimento”, disse Miguel Jorge. O ministro relutou em revelar seus planos para a instituição de fomento, mas ao ser pressionado pelos jornalistas sobre se vai alterar a presidência do banco disse “sim”.
O ex-ministro Luiz Fernando Furlan reclamava que não conseguia impor o seu ritmo ao BNDES, o que significava que ele não tinha o comando da instituição apesar de ela estar abaixo da hierarquia da pasta. O distanciamento entre o BNDES e o Ministério da Fazenda prevaleceu durante a maior parte do governo Lula. Neste período, comandaram o banco Carlos Lessa, Guido Mantega e Demian Fiocca.
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O desentendimento mais evidente foi com Lessa. O ex-presidente do BNDES chegou a publicar uma carta na qual afirmava que o banco era vinculado, não subordinado ao Ministério e que ele respondia diretamente ao presidente da República.
A relação de Furlan com Lessa foi alvo de comentário no discurso de Lula. “Quando eu coloquei o Furlan na frente do Lessa pela primeira vez percebi que os dois tinham uma visão tão antagônica que eu comecei a pensar como resolveria o problema que eu criei”, disse.
Jorge afirmou que ainda não escolheu qual será o substituto de Fiocca. Disse que pensará no ministério a partir da próxima semana. “Não pensei no ministério até ontem. Começo a pensar no Ministério a partir de hoje”, disse o ministro.
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- Congresso quer subir a taxa de embarque em pleno caos
- Um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter cobrado "prazo, dia e hora" para anunciar o fim do apagão aéreo à população, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, mais uma medida que prejudica o consumidor. A proposta é criar uma contribuição entre R$ 3 e R$ 14 nas taxas de embarque de vôos domésticos para financiar a aviação regional. O Senado já havia aprovado o texto que deveria seguir então para sanção presidencial, mas o PPS reclamou. "Estamos em pleno apagão aéreo, o que não justifica aumentar o custo desses serviços", queixou-se o líder do partido, Fernando Coruja (SC). O PPS vai recorrer e, por isso, o texto volta ao Senado. O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, também reclamou: "Sou contra criar qualquer tipo de tarifa." Ontem, conforme noticiara Ancelmo Gois, os donos da Gol foram a Brasília anunciar ao presidente Lula a compra da Nova Varig por US$ 320 milhões. Segundo o presidente e fundador da Gol, Nenê Constantino, a aquisição foi um pedido de Lula: "Ele pediu para ajudar a dar um jeito na Varig." A operação foi montada pelo advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, que atua na área de aviação.
- O ministro Carlos Lupi se diz satisfeito com a pasta do Trabalho, por dispor de mais espaço para nomear pedetistas do que teria na Previdência, onde o "perfil é técnico". Ele descarta mudanças na CLT.
- O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e o secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, anunciaram ontem que até maio o Rio terá o primeiro de dez superpostos de saúde, que vão abrir 24 horas.
- Auditoria do TCU encontrou irregularidades em 27,8% das notas fiscais apresentadas para justificar despesas pagas com cartão de crédito corporativo de funcionários da Presidência da República.
- Uma guerra de ações após a decisão do TSE que considerou o partido dono do mandato levou a questão ao STF. A Câmara pode antecipar a reforma política, que tem entre seus itens a fidelidade partidária.
- O ex-chefe da Casa Civil José Dirceu e o ex-governador Zeca do PT, de Mato Grosso do Sul, estão juntos em novo negócio: atrair para o estado empresas do setor de álcool.
- Com o novo cálculo do PIB, o Brasil entrou no clube das economias de mais de US$ 1 trilhão. Em 2006, o crescimento foi de 2,9% para 3,7% junto com Nicarágua e superando El Salvador e Paraguai.
GAZETA MERCANTIL
- NOVO PIB MOSTRA TAXA MENOR DE INVESTIMENTO
- A nova metodologia de cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) revelou que, no ano passado, a economia brasileira cresceu mais do que os 2,9% divulgados anteriormente, mas ainda num ritmo muito lento, de 3,7%.
O novo cálculo trouxe a má notícia de que a taxa de investimento foi menor ainda do que havia sido anunciado. A revisão do IBGE revelou que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), cuja expansão de 2% entre o quarto e o terceiro trimestre do ano passado foi largamente comemorada, teve na verdade um recuo de 1%.
"Na média entre 2006 e 2005 houve crescimento. No entanto, o recuo no quarto trimestre faz diferença quando se projeta a expansão econômica para frente", ressalta o economista-chefe do banco WestLB, Roberto Padovani, que espera um PIB de 3,7% para este ano.
- A saída de Luiz Marinho do Ministério do Trabalho revoltou sindicalistas ligados à CUT, origem do ministro. Dirigentes da central estiveram ontem em Brasília para demonstrar resistência à troca do petista por Carlos Lupi, do PDT, partido ligado à rival Força Sindical.
- Everardo Maciel - É totalmente descabido o veto presidencial à Emenda n° 3.
- Os estrangeiros estão no topo do ranking dos fornecedores de capital para as companhias brasileiras, com um volume inédito de investimento indireto. No final de fevereiro deste ano, o estoque de recursos estrangeiros no mercado de capitais bateu mais um recorde histórico, atingindo US$ 28,46 bilhões (R$ 60,3 bilhões), segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Em relação a dezembro de 2006, o recorde anterior, houve um aumento de 8%, para US$ 2,1 bilhões (R$ 5 bilhões).
Incluindo os ganhos com a aplicação desses recursos no mercado, o estoque sobe para R$ 227,58 bilhões, 10% do Produto Interno Bruto (PIB).
- Oito meses e 14 dias após comprar a Nova Varig em leilão judicial por US$ 24 milhões, a Varig Log vendeu a companhia aérea para a concorrente Gol por US$ 320 milhões. O presidente da Gol, Constantino Jr., justificou o ágio como uma valorização da Varig nos últimos meses. "Houve investimentos de grande monta para manter a operação. A Varig saiu de dois aviões, na época do leilão, para os 16 atuais."
A operação deverá ser analisada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que vai apurar se houve ganhos nas ações da Gol com uso de informações privilegiadas. As ações da empresa subiram 4,17% ontem na Bolsa de Valores de São Paulo com o prenúncio do negócio. A operação ainda está sujeita também a aprovações das autoridades regulatórias, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Com a aquisição, a Gol encosta mais na TAM e busca tirar dela a liderança do mercado nacional e o domínio das rotas internacionais a partir do fim deste ano. Varig e Gol vão operar com bandeiras distintas, mas com sinergia em administração, compras e manutenção. A Varig se concentrará nas rotas internacionais, abandonadas por falta de avião.
- O presidente do Grupo Ultra, Pedro Wongtschowski, disse que os acionistas minoritários do Grupo Ipiranga serão beneficiados pela compra da empresa pelo consórcio formado pela Petrobras, Ultra e Braskem. "Eles passarão a ter papéis de uma empresa mais bem estruturada do que era o grupo antes da venda", disse. Os minoritários alegam ter sido lesados com a venda.
- Antonio C. de Lacerda - Uma indústria menos competitiva significa menos investimento e renda.
- O jurista Antonio Sérgio Moraes Pitombo é categórico: a legislação penal precisa de mudanças. Ele culpa o Executivo por não fazer a "lição de casa" deixada pelo Judiciário. Para o especialista, a questão do crime financeiro jamais deverá ficar calcada na prisão das pessoas. Pode-se até chegar à prisão, mas não é o caminho ideal.
AGNALDO RAYOL CANTA ‘AVE MARIA’ PARA O PAPA

Cerimônia marca canonização do Frei Galvão. Rayol diz que oportunidade "é um presente de bodas de ouro".
O cantor Agnaldo Rayol foi o escolhido para se apresentar para o Papa Bento XVI durante a Santa Missa que será celebrada no dia 11 de maio, no Campo de Marte, em São Paulo. Agnaldo interpretará “Ave Maria” de Bach e Gounod acompanhado por um coral regido pelo Maestro Ricardo Rosseto Mielli. A cerimônia também marca a canonização do Frei Galvão.
“Vai ser muito especial”, diz Rayol. “Serei o único cantor a se apresentar diretamente para o Papa. Após a comunhão, vou cantar ‘Ave Maria’ de Bach e Gounod acompanhado por um grande coral. Ainda há alguns detalhes a serem acertados, porque é preciso seguir o protocolo do Vaticano.” Rayol completa 50 anos de carreira no dia 12 de outubro. “Vai ser o coroamento dos meus 50 anos de carreira. Não tem nada de comercial nessa história, nem cachê. Poder cantar para o Papa é, para mim, um presente. Estou comemorando minhas bodas de ouro.”
O cantor reforça o apoio à postura de Bento XVI. “Como católico, respeito as coisas que ele tem dito, afinal, ele é o nosso líder, o representante de Cristo na Terra”, diz. “Ele merece todo o nosso carinho, torço para que ele faça um postulado melhor possível. A missão de substituir João Paulo II, que ficou [como pontífice] por tanto tempo, não é fácil. Acredito que a liderança de Bento XVI será cada vez mais forte.”
NASCIMENTO DIZ QUE 'NÃO VAI BRIGAR' POR PORTOS
Novo ministro dos Transportes diz ser favorável à divisão da pasta.Alfredo Nascimento tomou posse nesta quinta-feira (29).
O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, disse que "é favorável à separação da área de portos do Ministério", que acaba de assumir e que não vai brigar por isso.
Na cerimônia de posse, líderes do PR, partido de Nascimento, criticaram a criação da Secretaria dos Portos, que deverá acomodar o PSB. Nos dias que antecederam a confirmação de Nascimento como ministro dos Transportes, o PR ameaçou desistir do ministério se a administração dos portos fosse retirada da atribuição do ministério.
Lula quer que Marinho 'conserte' Previdência
"Conversei com o presidente Lula e nós concordamos em conversar sobre isso após minha posse.
Segundo ele, a decisão sobre o que será feito com a administração portuária cabe apenas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nascimento afirmou que agora fala como homem do governo e que, se não concorda com o governo, não pode participar dele.
PortosNascimento, que já ocupou a pasta no primeiro mandato do presidente Lula, admitiu que o funcionamento dos portos não é bom. Segundo ele, o que há é um problema de gestão. Além disso, ele afirmou que a demanda cresceu muito e os grandes portos do país não se modernizaram nem cresceram na mesma proporção.
"O Ministério dos Transportes traça a política dos portos, mas a gestão é feita pelas Companhias Docas. No funcionamento desses portos existe uma série de órgãos federais que interferem diretamente no trabalho", disse, referindo-se à Receita Federal, Polícia Federal e postos dos ministérios da Agricultura e da Saúde.
PartidoNascimento disse ainda que está se afastando do cargo de presidente de honra do Partido da República (PR). O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, assumirá o comando da legenda.
Em seu discurso, durante a cerimônia de transmissão de cargo pelo ex-ministro Paulo Sérgio Passos, ele rebateu as críticas sobre o crescimento do PR e disse que a legenda recebeu recentemente "honrados pares" e, por ter se tornado o terceiro maior partido da base aliada, está incomodando muita gente.
OS MINISTROS DE LULA

Conheça o perfil dos ministros do segundo mandato do presidente Lula. Ministério tem 35 pastas, mas nem todas têm o titular definido.

Saiba mais
» Alfredo Nascimento (Transportes)
» Carlos Lupi (Trabalho)
» Celso Amorim (Relações Exteriores)
» Dilma Rousseff (Casa Civil)
» Fernando Haddad (Educação)
» Franklin Martins (Comunicação Social)
» Geddel Vieira Lima (Integração Nacional)
» Gilberto Gil (Cultura)
» Guido Mantega (Fazenda)
» Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário
» Hélio Costa (Comunicações)
» Henrique Meirelles (Banco Central)
» Jorge Armando Félix (Segurança Institucional)
» Jorge Hage Sobrinho (Controladoria-Geral)
» José Antonio Dias Toffoli (Advocacia-Geral da União)
» José Gomes Temporão (Saúde)
» Luiz Dulci (Secretaria-Geral)
» Márcio Fortes (Cidades)
» Luiz Marinho (Previdência)
» Marina Silva (Meio Ambiente)
» Marta Suplicy (Turismo)
» Matilde Ribeiro (Igualdade Racial)
» Miguel Jorge (Desenvolvimento)
» Nilcéia Freire (Políticas para as Mulheres)
» Orlando Silva (Esportes)
» Patrus Ananias (Combate à Fome)
» Paulo Bernardo (Planejamento)
» Paulo de Tarso Vannuchi (Direitos Humanos)
» Reinhold Stephanes (Agricultura)
» Sérgio Machado Rezende (Ciência e Tecnologia)
» Silas Rondeau (Minas e Energia)
» Tarso Genro (Justiça)
» Waldir Pires (Defesa)
» Walfrido Mares Guia (Relações Institucionais)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deflagrou o processo de reforma do ministério para o segundo mandato. Parte dos ministros do primeiro mandato continuará, mas nem todos têm a permanência confirmada.
Confira abaixo os ministérios onde haverá troca do titular, os que não devem sofrer mudança e os que ainda têm situação indefinida (clique no nome da pasta para ler um perfil do respectivo ministro).

ONDE NÃO DEVE MUDAR
Banco Central
Casa Civil
Cidades
Ciência e Tecnologia
Combate à Fome
Comunicações
Controladoria-Geral da União
Cultura
Direitos Humanos
Educação
Fazenda
Igualdade Racial
Meio Ambiente
Minas e Energia
Planejamento
Políticas para as Mulheres
Relações Exteriores
Secretaria-Geral da Presidência
Segurança Institucional
SITUAÇÃO INDEFINIDA
Defesa (ministro atual: Waldir Pires)
Desenvolvimento Agrário (ministro atual: Guilherme Cassel)
Esporte (ministro atual: Orlando Silva)
Pesca (ministro atual: Altemir Gregolin)

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CORREIO BRAZILIENSE
- ATENTADO CONTRA AFRICANOS NA UNB
- Vândalos usaram toalhas encharcadas com gasolina para atear fogo na porta de três apartamentos na Casa do Estudante, no campus da UnB. O incêndio se alastrou e atingiu mais uma residência. Era madrugada, por volta das 4h, quando os 14 bolsistas de origem africana acordaram sufocados pela fumaça e conseguiram escapar ilesos. Perplexos, estudantes, professores e servidores protestaram exigindo providências. Não é a primeira vez que os africanos são alvo de ameaças. Em fevereiro, as portas de seus apartamentos amanheceram marcadas com cruzes, e paredes da Casa foram pichadas com a frase "Morte aos estrangeiros". A Polícia Federal colheu impressões digitais e já tem o nome de suspeitos, mas mantém a investigação em sigilo. A questão do racismo no Brasil também pôs no centro de uma polêmica a ministra de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro. A OAB exigiu ontem que ela se retrate publicamente sobre a declaração de que considera natural negros não gostarem de brancos.
- A ministra do Turismo, Marta Suplicy, chamou a atenção em Brasília pelo figurino econômico. PMDB começa a negociar o segundo escalão na Esplanada.
- O resultado superou expectativas do mercado e do próprio governo, que esperavam no máximo 3,5%. O acréscimo de 0,8 ponto percentual, apontado pela nova fórmula do IBGE, adiciona R$ 175 milhões ao PIB de 2006 - soma das riquezas produzidas ano passado no país -, elevando-o a R$ 2,323 trilhões. E, pela primeira vez, coloca o Brasil no seleto grupo de países com PIB em dólar acima de um trilhão.
- Os partidos oposicionistas vão recorrer à Justiça para recuperar mandatos perdidos devido a parlamentares que mudaram de legenda. Para a bancada do governo, a decisão do TSE que restringe o troca-troca partidário não vale para quem já mudou de sigla.
- O anúncio da operação, que deve provocar profundas mudanças no mercado aéreo brasileiro, pegou de surpresa boa parte do setor. A intenção da Gol é manter a marca Varig e o programa de milhagens. Mas está decretado o fim da primeira classe nos vôos internacionais. O estilo será "baixo custo, baixa tarifa".

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VALOR ECONÔMICO
- Com a Varig, Gol fará vôos de baixo custo ao exterior
- A ousadia da Gol, que ontem anunciou a compra da "nova" Varig por US$ 320 milhões, teve duas razões estratégicas. A empresa vai assumir todos os horários de pousos e decolagens ("slots") que a Varig detém em Congonhas, o principal aeroporto do país. No ano passado, a TAM registrou 3.012 milhões de embarques em Congonhas, 48% do total. Somando a posição da Varig e da Gol em 2006, chega-se a 2,93 milhões de embarques - 2,16 milhões da Gol e 763 mil da Varig.
A segunda razão é que a Gol vai usar a estrutura da Varig para lançar uma companhia aérea de baixo custo especializada em vôos internacionais de longo curso, notadamente para Europa e América do Norte.
Ela segue a tendência de outras "low cost", como Ryanair e Virgin Blue. Depois de abocanhar o mercado de vôos domésticos ou continentais, as áreas de baixo custo, com volumosos recursos em caixa, começaram a perceber que podem aplicar seu modelo para conquistar também o mercado internacional. Para isso, usam subsidiárias específicas que reduzam o risco de contaminação do modelo de negócios da empresa-mãe.
A Gol precisava da Varig para implantar esse modelo. Embora mantenha vôos apenas para Frankfurt, a Varig ainda tem autorizações válidas para aterrissar em Paris, Londres, Madri, Milão, Nova York e Miami. Essas autorizações são difíceis de obter e não se transmitem de uma empresa para outra. Quando uma companhia perde o direito usar determinado horário de pouso e decolagem em um aeroporto internacional, esse direito migra para a primeira empresa que esteja na fila à espera, independentemente do país de origem.
A "nova" Varig opera atualmente 17 aeronaves. A Gol já anunciou que dobrará sua frota para 34 jatos, sendo 20 Boeing 737 e 14 Boeing 767.
O negócio, no entanto, pode esbarrar em obstáculos jurídicos. Para especialistas, são grandes os riscos de o comprador herdar dívidas da ordem de R$ 7 bilhões, principalmente se a "velha" Varig falir. A Lei de Falências estabelece que não haverá sucessão tributária e trabalhista se o plano de recuperação judicial envolver a venda de filiais ou de unidades produtivas isoladas do devedor. No caso da Varig, porém, o que está em questão é avaliar se o leilão representou a venda de uma unidade isolada da principal.
- As apostas em um crescimento da economia entre 4% e 4,5% neste ano ganharam força ontem, com a divulgação dos números de 2006 recalculados com a nova metodologia do IBGE. O Produto Interno Bruto cresceu 3,7% no ano passado - 0,8 ponto percentual mais do que no cálculo anterior.
Também contribui para elevar as estimativas o fato de que o avanço da atividade econômica no segundo semestre do ano passado foi mais forte do que se imaginava. Nos dois últimos trimestres, o crescimento foi 4,5% e 4,8%, respectivamente, sobre igual período de 2005.
O crescimento mais robusto registrado na nova metodologia foi impulsionado pelo setor de serviços, enquanto a indústria foi o único setor a encolher, passando de um crescimento de 3% para 2,8%. Ao comentar os resultados, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mostrou preocupação com a indústria de transformação - queda de 1,9% peara 1,6%. "As commodities vão bem, mas temos de nos preocupar com a indústria da transformação. É um setor crucial para o crescimento da economia".
- A Petrobras negocia parcerias e aquisições de usinas de etanol e biodiesel para garantir autonomia no mercado de biocombustíveis no longo prazo.
Na área de biodiesel, em que a estatal deve inaugurar três fábricas no Brasil neste ano e negocia a construção de unidades na Argentina e Bolívia, a primeira aquisição pode ocorrer ainda em 2007.
Segundo Mozart Schmitt Queiroz, gerente de desenvolvimento energético da Petrobras, estão na mira sociedades anônimas e sociedades de propósito específico (SPE). Ele não revela possíveis alvos, mas grupos como Brasil Ecodiesel, Barálcool, Biocapital, Biodiesel Sul, BSBios e Oleoplan, além de Agropalma e Granol, têm esse perfil e contam com usinas prontas ou projetos em andamento.
No etanol, onde investe em logística e fechou contrato com a japonesa Mitsui para a construção de 40 usinas, a empresa também quer reproduzir o acordo que fez com a cooperativa gaúcha Cooperbio, no qual dez microdestilarias serão erguidas para incorporar agricultores familiares à atividade.
- Acionistas minoritários da Copesul também vão à CVM queixar-se sobre fechamento de capital, parte da operação de venda da Ipiranga.
- Com sete altas consecutivas, petróleo atinge os preços mais altos em seis meses. Em N. York, o barril para maio foi negociado a US$ 64,08. Em Londeres, o Brent fechou em US$ 65,78.
- Gerdau entra no México com a compra da Siderúrgica Tultitlán por US$ 259 milhões.
- Aumento da produção de milho nos EUA levanta dúvidas sobre sustentabilidade dos preços, puxados pela demanda pelo etanol.
- Embora seja o país latino-americano que mais investe em P&D, relatório do Fórum Econômico Mundial mostra que Brasil continua a perder posições no ranking de competitividade em TI.
ESTADO DE MINAS
- Gol compra a Varig por US$ 320 milhões
- A Gol anunciou ontem a aquisição da VRG Linhas Aéreas (operadora da Nova Varig) por US$ 275 milhões e informou que serão mantidos a marca e o serviço de fidelidade por acúmulo de milhagem da Varig, o Smiles. A Gol vai pagar US$ 98 milhões em recursos próprios e o restante com a entrega de 6,1 milhões de suas ações PN à Variglog e à Volo, controladoras da Varig, que não poderão vender os papéis no mercado durante 30 meses. A compradora vai também assumir a emissão de R$ 100 milhões de debêntures de 10 anos emitidas pela VRG, elevando o valor total da operação para US$ 320 milhões. A incorporação ainda está sujeita à aprovação das autoridades regulatórias, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Associação Nacional de Aviação Civil (Anac). A Gol, que opera com 67 aviões Boeing, pretende expandir de 17 para 34 aeronaves a frota da Varig, que voará para 12 novos destinos internacionais.
- Fidelidade - DEM (ex-PFL), PPS, PDT e PSDB tentarão reaver na Justiça os mandatos de 24 parlamentares que trocaram de partido, com base no parecer do TSE.
- Pagamento - Por causa da semana santa, o governo de Minas antecipou para 5 de abril o pagamento do funcionalismo, que ficaria para o dia 9.
- Invasão da Câmara - Cerca de 400 estudantes invadiram a Câmara Municipal de BH, ontem, em manifestação pela aprovação do meio passe nos ônibus. Só desocuparam o local depois de reunião com o presidente da Casa, Henrique Braga (PSDB). O prefeito Fernando Pimentel (PT) disse que enviará projeto que isenta do pagamento de passagem alunos do ensino médio da rede municipal beneficiados pelo Bolsa-Escola e pelo Bolsa-Família.
- Com a nova metodologia de cálculo adotada pelo IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve seu crescimento no ano passado aumentado de 2,9% para 3,7% e ultrapassou pela primeira vez a barreira de US$ 1 trilhão, atingindo US$ 1,07 trilhão (cerca de R$ 2,3 trilhões). Apesar do aumento, o Brasil continua em 10° lugar entre as maiores economias do mundo.
- O Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), analisando entre 2001 e 2005 pelo instituto de pesquisas Ibope, mostra que Minas tem 9% de analfabetos com idade entre 15 e 64 anos. Outros 33% têm nível de alfabetização rudimentar. No nível básico, o índice é de 22%. Enquanto 26% são considerados plenamente alfabetizados.
JORNAL DO COMMERCIO (PE)
- Garoto fica 30 horas refém e sem comida
- Seqüestro de menino de 12 anos foi tramado, segundo a polícia, pelo motorista que trabalhava para a família. Ele e mais três acusados foram presos ontem, depois que receberam o resgate e libertaram o garoto. Grupo suspeito de praticar assaltos no Tancredo Neves também foi capturado.
- Partidos tentam reaver mandatos de 24 deputados.
- Gol compra Nova Varig por R$ 662 milhões.
JORNAL DO BRASIL

ECONOMIA CRESCEU 3,7% EM 2006

RIO, 28 de março de 2007 - A economia brasileira no ano passado cresceu 3,7% e não 2,9% como se pensava. O novo Produto Interno Bruto (PIB) acaba de ser divulgado e mostra que o conjunto de riquezas geradas no País passou de R$ 2,1 trilhões para R$ 2,3 trilhões. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está divulgando, neste momento, a reformulação das contas nacionais que vão culminar em mudanças também nas metas do governo, como o superávit primário.
Como o PIB ficou maior a partir da mudança de metodologia do IBGE, o endividamento em relação ao produto ficou menor e, por outro lado, o esforço fiscal que o País já fez será maior se a meta não for alterada dos atuais 4,25% para cerca de 3,7%, como dizem os analistas.
As mudanças do PIB, com a atualização da base de dados, fizeram com que os serviços passassem a ter um aumento de peso de 55% para 67%, os investimentos perdessem peso e o consumo das famílias aumentasse ainda mais essa importância.
Viu-se também que as exportações não têm tanto peso como se estimava.
(Sabrina Lorenzi -)
- O ÚLTIMO ATO PARA A DESTRUIÇÃO DA VARIG
- O anúncio da compra da Nova Varig pela Gol foi o último ato para a destruição da maior empresa de aviação brasileira. O negócio foi fechado por US$ 275 milhões, mas pode chegar a US$ 320 milhões. O anúncio foi feito ao presidente Lula no Palácio do Planalto. Com a aquisição, a Gol não passa a líder de mercado, mas se credencia a brigar pela posição que hoje é da TAM. Como a venda da Ipiranga, a transação com a Varig já nasce sob o manto da desconfiança. A CVM oficiou a Gol pedindo explicações sobre o vazamento da negociação pela imprensa.
- Acionistas minoritários da Ipiranga arrancaram da Petrobras a garantia de que receberão valor igual nos lotes ao que foi pago pelas ações com direito a voto e cujo rendimento foi três vezes maior.
- Agentes federais que não participavam da greve da categoria fizeram a maior apreensão de ecstasy este ano em São Paulo. Foram seis quilos de comprimidos, no Aeroporto de Cumbica.
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GOL COMPRA VARIG POR US$ 320 MILHÕES

SÃO PAULO, 28 de março de 2007 - A GOL Linhas Aéreas Inteligentes anunciou que finalizou o acordo com a VarigLog e Volo, acionistas da VRG Linhas Aéreas SA (VRG, companhia aérea que opera a marca VARIG), para a aquisição do capital total da VRG.
O valor da aquisição é de aproximadamente US$ 275 milhões em dinheiro e ações. Do total, US$ 98 milhões serão pagos em dinheiro, cifra que representa menos de 10% do caixa da GOL. E o restante será pago na forma 6,1 milhões de ações preferenciais, com restrições e alienação por até 30 meses. Assumindo R$ 100 milhões de debêntures emitidas pela Varig, o valor da compra sobe para US$ 320 milhões.
"A GOL pretende levar a VARIG à necessária ousadia, excelência em gestão, capacidade financeira e uma base de custos para competir com companhias aéreas sul-americanas e globais. Com a aquisição, o Brasil manterá uma importante bandeira na aviação global, haverá expansão na oferta de postos de trabalho no setor e a demanda será ainda melhor atendida", afirmou Constantino de Oliveira Junior, presidente da GOL, por meio de comunicado.
De acordo com comunicado, a aquisição da VRG será realizada pela GTI S.A, uma subsidiaria da GOL Linhas Aéreas Inteligentes. As empresas manterão demonstrações financeiras separadas e serão administradas de acordo com as melhores práticas de governança corporativa e controles internos.
A VRG operará com marca própria (VARIG), incorporando o modelo de gestão de baixo custo da GOL Transportes Aéreos S.A. "A GOL e a VRG serão mantidas como empresas independentes e seus modelos de negócios terão focos bem definidos", destaca o comunicado.
A GOL permanecerá fiel ao seu modelo de negócios (baixo custo, baixa tarifa), com classe única de serviço no mercado doméstico brasileiro e sul-americano.
A VARIG (marca operada pela VRG) oferecerá serviços diferenciados, com vôos diretos e o programa de milhagem (Smiles), que atualmente possui uma base de mais de 5 milhões de clientes. De acordo com a GOL, em rotas internacionais de longa distância e em mercados de alto tráfego na América do Sul, a VARIG oferecerá duas classes, econômica e executiva. No mercado doméstico operará com classe única de serviços.
O comunicado ainda destaca que a força combinada da GOL com a VARIG estabelecerá um grupo aéreo brasileiro com mais de 20 milhões de passageiros por ano, capaz de competir na América do Sul e em âmbito mundial com outros grandes grupos aéreos internacionais.
A operação está sujeita à obtenção de todas as aprovações das autoridades regulatórias, incluindo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
(EC - InvestNews)
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FOLHA DE SÃO PAULO
GOL COMPRA CONTROLE DA NOVA VARIG POR US$ 275 MILHÕES

PATRICIA ZIMMERMANN
CLARICE SPITZ
da Folha Online, em Brasília e no Rio
A Gol Linhas Aéreas, segunda maior companhia aérea brasileira, anunciou a compra do controle da Varig, empresa mais tradicional do setor aéreo, por US$ 275 milhões. Trata-se do maior negócio da aviação civil brasileira. A operação está sujeita à obtenção das aprovações das autoridades regulatórias, incluindo o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
A chilena LAN, que já havia aportado US$ 17,1 milhões na nova Varig, também estava na disputa, mas, se fosse a compradora, esbarraria na limitação de 20% de participação de empresas estrangeiras em companhias de aviação.
Segundo a Gol, o pagamento será feito com 10% de seu caixa (US$ 98 milhões) e com a entrega de cerca de 6,1 milhões de ações preferenciais emitidas, que representam aproximadamente 3% do total de papéis da companhia. O valor chegará a US$ 320 milhões com o compromisso da Gol de honrar R$ 100 milhões de debêntures (títulos de empresas) já emitidos pela VRG (nova Varig).
A compra da nova Varig (que continuará a atuar como marca independente) foi feita por meio de uma empresa chamada GTI S.A, uma subsidiária da Gol, o que evita riscos de contaminação dos passivos bilionários da antiga Varig, que tem dívidas trabalhistas, tributárias e previdenciárias. Desde que arrematou a Varig em leilão, em julho do ano passado, a VarigLog sinaliza o objetivo de vender a companhia, tanto que demitiu funcionários e passou a operar com 17 aeronaves --só em dezembro a Nova Varig conseguiu autorização de vôo da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
A Gol pretende introduzir na Varig sua experiência de baixo custo e eficiência operacional, o que poderá inclusive reduzir tarifas aos consumidores, segundo o presidente da Gol, Constantino Júnior.
Constantino Júnior se reuniu hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília. Também participaram do encontro a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), o ministro Luiz Marinho (Trabalho), a ministra Marta Suplicy (Turismo), o presidente da Infraero (estatal que administra os aeroportos do país), brigadeiro José Carlos Pereira, o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, e o ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia.
"A previsão da Gol para a Varig é de manter essa empresa como uma empresa independente, reforçando as suas vocações, agregando à Varig a eficiência operacional e administrativa já comprovada pela Gol, permitindo com que essa empresa, a Varig, atinja custos menores, e isso permita a essa empresa também repassá-los aos seus passageiros, incentivando e estimulando assim a demanda por passagens aéreas no Brasil e em vôos internacionais", disse ele.
Segundo Constantino Júnior, as linhas internacionais da Varig serão mantidas, mas o número de destinos serão ampliados, mantendo a empresa com uma operação independente da Gol. "Cada uma com a sua vocação irá tentar atrair os seus clientes através da sua vocação", disse.LiderançaAo comprar a Varig, a Gol ainda não tem liderança do mercado, que é da TAM, mas chega mais perto da concorrente e, no futuro, pode brigar pela liderança.Em fevereiro, a Gol apareceu em segundo lugar na participação de mercado nos vôos internacionais em fevereiro, com 18,94%, atrás apenas da TAM, que tem 61,01%. A Nova Varig estava em terceiro, com 11,82% dos passageiros transportados por companhias aéreas. A BRA tinha 7,89% de participação.
No mercado doméstico, TAM e Gol abocanham juntas 87,59% do segmento. A TAM fica com 47,33% e a Gol, 40,26%. A Nova Varig detém 4,57% das linhas domésticas, à frente da BRA (2,98%) e da OceanAir (2,04%).Nova e velha Varig
A chamada Nova Varig é a fatia da empresa que foi arrematada em leilão em julho passado e que ficou com as marcas Varig e Rio Sul, além das operações das empresas. Ela tem hoje 17 aviões e voa para 18 destinos domésticos e internacionais.
Já a velha Varig herdou as dívidas estimadas em R$ 7,9 bilhões, cuja previsão de pagamento dos credores é de 20 anos. A empresa ficou com a marca Nordeste, com o direito de operar vôos entre São Paulo e Porto Seguro, mas ainda não tem nenhum avião. Ela é a única que permanece em recuperação judicial.
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BUSH DIZ QUE DISCUTIRÁ "PREOCUPAÇÃO" DO BRASIL COM AGRICULTURA

BRUNO GARCEZ
da BBC Brasil, em Washington

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse em discurso nesta quarta-feira, que irá tratar das "preocupações" do Brasil "sobre temas agrícolas", durante o encontro que manterá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste sábado, em Camp David.
"O líder do Brasil vem me encontrar nesta semana e nós vamos falar sobre maneiras de trabalharmos juntos para abrir mercados e, ao mesmo tempo, tratar das preocupações deles sobre temas agrícolas", afirmou Bush.O discurso do líder americano foi realizado em um evento em Washington ligado à Associação Nacional de Produtores de Gado. O Brasil vem pedindo a redução dos subsídios que os Estados Unidos destinam a seu setor agrícola.
O impasse em relação ao tema foi um dos motivos do colapso da Rodada Doha de liberalização do comércio mundial. As negociações da Rodada chegaram a um impasse em julho de 2006.
O Brasil queria a redução de subsídios agrícolas por parte de europeus e americanos. Estes, em contrapartida, queriam a abertura dos setores industrial e de serviços dos países em desenvolvimento.

DohaBush afirmou em seu discurso que os Estados Unidos "estão trabalhando duro para que Doha chegue a uma conclusão bem-sucedida", mas acrescentou que esta é "uma dura tarefa".
O líder americano afirmou que a única maneira de concluir as negociações da Rodada Doha e outros acordos comercias é através da extensão da chamada TPA (Trade Promotion Authority) pelo Congresso americano.O recurso, também conhecido como "fast track" permite ao Executivo americano aprovar acordos comerciais sem a possibilidade de emendas pelo Congresso. O TPA expira no próximo dia 1º de julho.
"Esta autorização permite ao presidente negociar acordos comerciais complicados e então enviá-los ao Congresso para que eles os aprovem ou não. Presidentes de ambos os partidos consideram essa uma ferramenta incrivelmente importante", disse Bush.
O líder americano acrescentou: "Nossos parceiros comerciais têm de dizer: 'Se esse é o acordo que nós negociamos, esse é o acordo que será ou não aprovado'. Não se pode negociar um acordo de forma justa com os Estados Unidos, se ele poderá ser modificado no Congresso. Por isso, aprovar ou não um acordo é importante, e isso que você tem, com a Trade Promotion Authority".


Democratas

A Associação Nacional de Produtores de Gado defende a renovação do fast track. O presidente Bush agradeceu o apoio durante seu pronunciamento e acrescentou que isolar os Estados Unidos seria prejudicial à economia americana e aos produtores de gado do país.
"A estrada do protecionismo pode parecer ampla e convidativa, mas ela termina em perigo e em declínio. Por isso, eu peço ao Congresso que rejeite o protecionismo e que mantenha nossa economia aberta para as grandes oportunidades que o mundo tem a oferecer para nossos fazendeiros e empreendedores."
Na terça-feira, os democratas apresentaram o seu plano de política comercial para os Estados Unidos.
O projeto pede que os Estados Unidos exijam salvaguardas nas áreas trabalhista e ambiental para levar adiante acordos comerciais.
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- Os três partidos de oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso, PSDB, PPS e DEM (Democratas, ex-PFL), anunciaram ontem que usarão a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para tentar retomar, por meio da Justiça, as vagas dos deputados que elegeram e depois migraram para a base aliada. O TSE impôs, em decisão de anteontem à noite, a fidelidade de filiação partidária para os políticos eleitos para os Legislativos em todos os seus níveis.
- Em meio à crise do setor aéreo, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados aprovou ontem projeto de lei que estabelece a cobrança por 12 anos de tarifa, entre R$ 3 e R$ 14, na venda de passagens para vôos nacionais. O objetivo seria financiar a manutenção de rotas "economicamente inviáveis" no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste. Pelo texto, a lei entraria em vigor um ano após sanção presidencial. As tarifas -que iriam variar de acordo com o trecho percorrido- seriam cobradas pelas empresas no momento da emissão do bilhete.
- Mais uma vez, a revisão dos dados do PIB (Produto Interno Bruto) trouxe uma boa notícia ao governo: a economia cresceu 3,7% em 2006 na nova série do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em vez dos 2,9% divulgados em fevereiro com a metodologia antiga. Na média anual do governo Lula (2003-2006), o crescimento ficou em 3,4%, mais do que os 2,7% antes da revisão metodológica.
Com suspeita de dengue, Clodovil se interna em clínica de SP

da Folha Online
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão (PMDB), telefonou hoje para o deputado Clodovil Hernandes (PTC-SP), que se internou numa clínica de São Paulo porque está com suspeita de ter dengue. A ligação foi um retorno à chamada de Clodovil, que ligou para Temporão para reclamar do problema de dengue em Ubatuba (224 km a leste de SP).
Na ligação, Temporão fez três perguntas clínicas a Clodovil. O ministro disse ainda que já havia contatado a Secretaria de Saúde de Ubatuba para discutir o eventual surto de dengue da cidade.
Por conta da suspeita de dengue, Clodovil deixou Brasília (DF) nesta quarta-feira para fazer exames na clínica Santé, em São Paulo. Ele ficará internado lá até confirmar o diagnóstico. Antes de embarcar, ele foi atendido por médicos da Câmara e orientado a procurar um hospital.
Segundo a assessoria do parlamentar, Clodovil está com os sintomas de gripe, mas não tem febre. Mas como sente dores no corpo, há a suspeita de dengue --principalmente porque o parlamentar passa os fins de semana na casa de Ubatuba, onde vários casos da doença são registrados.A assessoria do parlamentar ressaltou que foi opção do próprio Clodovil se internar.
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O ESTADO DE SÃO PAULO
- A GOL ANUNCIOU ONTEM A COMPRA DA NOVA VARIG POR US$ 320 MILHÕES.
A marca Varig será mantida no mercado doméstico e internacional. Em comunicado, a Gol informou, sem estabelecer prazos, que pretende ampliar a frota da Varig de 17 para 34 aviões. As empresas terão focos definidos. A Gol permanecerá com o modelo de baixo custo. A Varig terá serviços diferenciados; o programa de milhagem Smiles será mantido. Juntas, Gol e Varig terão 44,83% do mercado doméstico, 2,5 ponto porcentual a menos que a líder TAM. A aquisição, feita oito meses depois de a companhia ter sido vendida em leilão judicial, foi realizada por meio de uma subsidiária da Gol, a GTI S.A
COM VARIG, GOL VAI A 44,8% DO MERCADO E ENCOSTA NA TAM
A PARTICIPAÇÃO DE GOL E VARIG SOMADAS ALCANÇA 44,83%, UMA DIFERENÇA DE APENAS 2,5 PONTOS PORCENTUAIS EM RELAÇÃO À LÍDER TAM, QUE TEM 47,33% DO MERCADO
Téo Takar
SÃO PAULO - A compra da nova Varig pela Gol representa um passo importante da empresa de baixo custo e baixas tarifas rumo à liderança do mercado doméstico de aviação. Tomando como base os dados de tráfego aéreo da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em fevereiro, a participação de Gol e Varig somadas alcança 44,83%, uma diferença de apenas 2,5 pontos porcentuais em relação à líder TAM, que tem 47,33% do mercado.
Considerando-se o fato de que os aviões da Varig operam hoje com ocupação de 53%, inferior à média da indústria de aviação - de 68% -, e também os planos da Gol de dobrar a frota da Varig dos atuais 17 jatos para 34 aeronaves, a nova companhia tem grandes chances de superar a rival TAM em pouco tempo.
Tal perspectiva baseia-se também no forte crescimento da demanda de passageiros, que avançou 16,1% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2006.
Internacional
No mercado internacional, a TAM tem hoje 61% de participação entre as companhias brasileiras, contra 18,94% da Gol. Com a nova Varig, a fatia da Gol subiria para 30,76%, apenas levando em conta as estatísticas de fevereiro divulgadas pela Anac.
Mas algumas das rotas internacionais que a Varig tem direito de operar não estavam sendo cobertas pela companhia e deverão ser retomadas agora, após a compra da empresa pela Gol. Entre elas estão Nova York, Miami, Milão, Londres, Paris e Santiago do Chile. A Gol tem até meados de julho para retomar esses vôos, caso contrário a Varig perderá as concessões.
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- Base aliada tenta manter troca-troca entre os partidos
- A base do governo na Câmara se prepara para aprovar uma lei que proteja deputados que troquem de partido. É uma reação ao parecer emitido anteontem pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo o qual os partidos têm direito a ficar com a vaga de deputados que mudem de sigla; com isso, tais parlamentares estariam sujeitos a perder o mandato. Nos últimos meses, 36 deputados trocaram de partido, transferindo-se principalmente para legendas governistas. O líder do PR, deputado Luciano Castro (RR), é o principal defensor da aprovação de uma lei que permita explicitamente o troca-troca, o que tornaria inócuo o parecer do TSE. Para Castro, na hora de votar o eleitor não leva em conta o partido do candidato. "Vota porque conhece a trajetória do político", diz. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), também defende essa solução. Já PPS, PSDB, PFL e PDT anunciaram ontem que recorrerão à Justiça para tentar reaver os mandatos dos deputados federais que trocaram de partido. Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que se o caso chegar a essa corte, o parecer do TSE será mantido.
- Após reunião, ontem, no Palácio do Planalto, o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, disse que é impossível marcar dia e hora para o fim da crise aérea, como o presidente Lula havia exigido. Ontem também, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou novo imposto para os passageiros, para financiar a aviação regional.
- Notas e Informações - O TSE inaugurou a reforma política que o Congresso se recusava a enfrentar. Da noite para o dia, literalmente, o jogo político mudou de figura - e os governistas estão em polvorosa.
- O produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 3,7% no ano passado, com base no novo cálculo adotado pelo IBGE. Pela metodologia anterior, o crescimento havia sido de 2,9%. Mesmo assim, entre os países emergentes que compõem o G-20, o Brasil encerrou o período 2003-2006 com o 17° menor crescimento econômico, à frente apenas de México, Guatemala e Zimbábue. Com a nova metodologia, as previsões para 2007, que estavam na média de 3,5%, têm sendo recalibradas para até 4,8%.
SENADOR DOS EUA PROPÕE FIM DA TARIFA DO ETANOL, MAS APROVAÇÃO SERÁ DIFÍCIL
O senador republicano Richard Lugar apresentou ontem o projeto de lei que prevê a eliminação da tarifa de importação de etanol e a expansão das cotas livres de imposto - hoje restritas a países do Caribe - para várias nações. A proposta prevê US$ 59 milhões do Orçamento de 2008 para projetos de etanol, dos quais US$ 15 milhões para a cooperação Brasil-EUA e US$ 20 milhões para estudos de viabilidade em países do Caribe e América Central, para criação de usinas de etanol.
'O presidente Bush deu um passo importante ao criar uma parceria estratégica com Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo, no início do mês; agora, eu gostaria muito que os dois líderes considerassem minha abordagem mais ampla quando eles se encontrarem em Camp David, no sábado', disse Lugar.
Na lei, o senador propõe estudos para avaliar o impacto sobre a indústria doméstica de etanol da eliminação das tarifas de importação (hoje de US$ 0,54 por galão) em janeiro de 2009 ou gradualmente ao longo de 5 a 10 anos. Lugar também propõe que as cotas de exportação de etanol livre de impostos, hoje restritas a países da Iniciativa da Bacia do Caribe, sejam estendidas para outros países com os quais os EUA mantêm relações comerciais. As cotas também seriam elevadas dos atuais 7% da produção americana para 15%.
O projeto prevê ainda um tratado de eliminação de bitributação entre Brasil e Estados Unidos. Segundo Lugar, os esforços do governo americano para promover combustíveis alternativos e reduzir a dependência do petróleo vão ter sucesso se forem baseados em 'vigorosa parceria com outros países'.Apesar disso, a proposta vai encontrar muita resistência no Congresso - enfrenta oposição do lobby do etanol de milho e tem opositores mesmo entre os republicanos, como o senador Charles Grassley. Grassley já criticou a redução das tarifas e mesmo a cooperação com o Brasil em várias ocasiões.Mesmo com a dificuldade de a proposta ser aprovada, a iniciativa foi comemorada pelo embaixador brasileiro em Washington, Antonio Patriota. 'A iniciativa de Lugar é positiva e mostra um interesse crescente do Congresso americano pelo Brasil', disse ele. 'Até recentemente, não havia entusiasmo do Legislativo sobre essa relação bilateral.'
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- O desempenho dos estudantes do Acre e de Tocantins no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e no Sistema Nacional de Avaliação Básica (Saeb) melhorou significativamente nos últimos anos. Os dois Estados têm em comum a profissionalização da gestão da educação, com cobrança de resultados de escolas e professores. Minas Gerais e Pernambuco caminham na mesma direção.
- O Grupo Gerdau comprou por US$ 259 milhões a mexicana Feld, que controla a Siderúrgica Tultitlán. A unidade tem capacidade para produzir 350 mil toneladas de aço bruto por ano.
- A AmBev, maior fabricante de cervejas do Brasil, anunciou ontem a compra da Cervejaria Cintra e investimentos de R$ 5 bilhões em 6 anos na modernização e ampliação de suas fábricas. O negócio com a Cintra, de US$ 150 milhões, ainda terá de ser aprovado pelo Cade e enfrenta disputa na Justiça com a Cervejaria Petrópolis.
BERNANKE DESCARTA RECESSÃO, MAS ALERTA PARA INFLAÇÃO
Agências Internacionais
No Congresso, presidente do Fed volta a dizer que alta dos preços nos EUA preocupa e 'esfria' o mercado
O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, disse ontem que a 'locomotiva econômica' dos Estados Unidos ainda tem vapor, mas alertou para o aumento dos riscos. Ele depôs no Comitê Econômico Conjunto do Congresso.
Bernanke descartou a possibilidade de que os EUA entrem em recessão. 'Parece existir a idéia de que as expansões morrem de velhas, mas não há provas que apóiem isso' disse. Em compensação, reiterou as preocupações com a inflação. 'Nossa política ainda é orientada em direção ao controle de inflação.'Segundo ele, a alta dos preços continua sendo um risco maior que o crescimento fraco. 'Quero enfatizar que não nos afastamos do viés de inflação', disse. Essa ênfase deve-se ao fato de que o comunicado divulgado após a reunião do Fed da semana passada pareceu suavizar o viés de elevação dos juros.
Ao final dos encontros anteriores, o comunicado trazia a expressão 'qualquer firmeza adicional que possa ser necessária'. Na semana passada, no entanto, a nota se referiu simplesmente 'futuros ajustes da política', o que poderia significar mudanças em qualquer direção.
Os mercados financeiros inicialmente interpretaram a alteração como uma abertura do caminho para a redução da taxa básica de juros já no segundo trimestre. Mas, de lá para cá, os investidores reduziram o otimismo. Ontem não foi diferente. A fala de Bernanke no Congresso foi o principal fator que fez as bolsas americanas terem um dia no vermelho. O Índice Dow Jones recuou 0,78% e a Nasdaq, 0,83%.
O presidente do Fed dedicou especial atenção ao turbulento setor imobiliário, em declínio há mais de um ano. Ele afirmou que os crescentes problemas no setor das hipotecas de risco (conhecido como subprime) não parecem ter afetado, por enquanto, o resto da economia.
'Neste momento, os impactos sobre o conjunto da economia e os mercados financeiros dos problemas nas hipotecas de risco parecem estar contidos', disse Bernanke. 'Embora a agitação no setor de hipotecas de risco tenha causado problemas financeiros a muitos indivíduos e famílias, as repercussões desses eventos para o conjunto do setor imobiliário são menos claras.'
O presidente do Fed observou, porém, que a situação do setor imobiliário poderia piorar mais que o previsto e a fragilidade no investimento empresarial pode persistir. Em conjunto, esses dois riscos poderiam representar um golpe maior na economia.
Do lado positivo, ele citou a despesa dos consumidores, que poderia resistir ao efeito negativo do setor imobiliário e fazer com que o crescimento da economia supere as expectativas.
Apesar do cenário vulnerável, Bernanke acredita que o mais provável é que a economia cresça a ritmo moderado nos próximos trimestres e as pressões inflacionárias diminuam ao longo do período.
FRASESBen Bernanke
Presidente do Fed
'Parece existir a idéia de que as expansões morrem de velhas, mas não há provas disso'
'Nossa política ainda é orientada para o controle de inflação ''Neste momento, o impacto sobre o conjunto da economia e dos mercados financeiros dos problemas nas hipotecas de risco parece, provavelmente, estar contido'

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28 / 03 / 2007
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AGÊNCIA BRASIL/RADIOBRAS

LULA DEFENDE REDE DE TVS PÚBLICAS "NÃO CHAPA-BRANCA" E PARA INFORMAR

Marcela Rebelo Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou hoje (29), pela primeira vez, a proposta de criação de uma rede de TVs públicas, em discussão com a equipe ministerial. Segundo o presidente, a idéia integra uma série de medidas para reformular a comunicação do governo.
"Estou depositando uma expectativa muito grande, porque vamos criar coisas diferentes. Além das publicidades, dos patrocínios, além de cuidar da imagem do governo, além da Radiobrás, que estará subordinada a todo o esquema, estamos pensando em ter uma TV pública educativa. Que possa fazer o que muitas vezes a TV privada não faz", disse Lula durante a posse de cinco ministros no Palácio do Planalto.
Segundo ele, a rede de TVs públicas pode surgir a partir de parcerias com outras emissoras públicas, como TV Câmara, TV Senado e televisões educativas estaduais. "Não vamos inventar a roda. O que nós queremos é dar oportunidade para um jovem que queira aprender português ter aula de português às 9h da manhã. às 11h da manhã. Que as pessoas possam assistir a uma peça de teatro pela televisão a uma hora da tarde, ao meio-dia. Que a gente possa ensinar espanhol, ler inglês, que a gente possa ensinar matemática. Que a gente possa ter uma imensa atividade cultural", explicou.O presidente Lula enfatizou que o projeto de uma rede de TVs públicas não pode perseguir a audiência. "Se vai ter meio ponto de audiência ou zero, não me interessa. O que interessa é que tenha a opção para quem quiser ter acesso a uma coisa de muita profundidade", disse. "Não queremos competir, só queremos somar, criar oportunidades para que do Oiapoque ao Chuí as pessoas possam ver coisas. E também um programa jornalístico."
"Eu sonho grande, eu sonho com uma coisa quase 24 horas por dia. Não sei se a gente vai conseguir construir. E que não seja uma coisa chapa-branca. Porque chapa-branca parece bom, mas enche o saco. Gente puxando o saco não dá certo. Temos que fazer uma coisa séria. Não uma coisa para falar bem do governo ou para falar mal do governo. Uma coisa para informar", defendeu ao enfatizar que essa será uma tarefa grande do novo ministro da Secretaria de Comunicação Social, o jornalista Franklin Martins.
A proposta deve ser discutida em reunião do presidente Lula na segunda-feira (2), segundo o ministro das Comunicações, Hélio Costa. Ele esteve ontem (28) em uma audiência pública na Câmara dos Deputados, quando comentou a proposta.

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