domingo, 1 de abril de 2007

FIM DE SEMANA 30/04 A PRIMEIRO DE ABRIL

GLOBO

Sobel pede desculpas pelo transtorno que criou
Rabino pediu afastamento de congregação israelita após acusação de furto nos EUA. Novo boletim médico diz que rabino seguirá internado em tratamento clínico.
Roney Domingos Do G1

O rabino Henry Sobel, internado nesta sexta-feira (30) no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, concedeu uma rápida entrevista coletiva na tarde deste sábado(31) na sala de imprensa do hospital. Sem entrar em detalhes sobre a notícia de que foi detido na sexta-feira, dia 23, nos Estados Unidos, após ter sido acusado de furtar gravatas, Sobel pediu desculpas 'pelo transtorno' que criou para todos.
O rabino chegou à sala de imprensa do Hospital Albert Einsten por volta das 16h50. Com aparência calma, cumprimentou, um por um, todas as pessoas que o aguardavam no local. Foi a primeira aparição pública do rabino, que se afastou da presidência do rabinato da Congregação Israelita Paulista (CIP), desde a divulgação da notícia de sua detenção em Palm Beach, na Flórida. Sobel admitiu o uso dos medicamentos, sem permissão médica.
"Eu não sei como começar. Estou tomando medicamentos relativamente fortes. Quanto ao ocorrido, é muito difícil para mim explicar o inexplicável. Não possuo conhecimentos científicos e psicológicos para compreender, explicar e, menos ainda, justificar aquilo que aconteceu, mas uma coisa eu sei: o Henry Sobel que cometeu aquele ato não é o Henry Sobel que vocês conhecem" , disse o rabino.
"Eu quero terminar com um pedido de desculpas, e por extensão, quero assumir um compromisso. Quero pedir desculpas pelo transtorno que eu criei, principalmente por ter tomado medicamentos sem permissão médica. Quero pedir desculpas pelo transtorno que criei para todos, e quero assumir um compromisso solene: pretendo continuar a defender todos os valores morais e éticos que sempre defendi, como judeu, como homem e como rabino", concluiu.
Depois da declaração, encerrada com um 'sem mais', deixou o local, voltando para seu quarto, no 7º andar do hospital.
Sem previsão de alta
Sobel segue sem previsão de ter alta. O novo boletim médico, divulgado após a entrevista, diz que ele permanece internado em tratamento clínico fazendo uso de medicamentos estabilizadores de seu funcionamento psíquico. A evolução vem sendo favorável.
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O médico neurologista Flávio Huck, que atende Sobel, disse neste sábado que seu paciente sofre de uma doença chamada transtorno de humor. "São situações em que o indivíduo pode ter momentos de tristeza e momentos de excitação, ou ambas as coisas combinadamente", afirmou.
Huck afirmou que Sobel está sendo tratado com medicamentos que têm como finalidade "estabilizar o sistema psíquico, no sentido de evitar altos e baixos neste funcionamento".
Embora o boletim médico do informe que Sobel permanecerá internado, sem previsão de alta, Huck afirma que seu paciente deverá ter cura em breve. "A gente vai tê-lo de volta em boas condições em prazo muito curto", afirmou.

Internação
Sobel foi internado após um episódio de "transtorno de humor", com sinais de "descontrole emocional" e "alterações de comportamento", de acordo com boletim médico divulgado por volta das 13h45 desta sexta-feira. O boletim diz ainda que o Rabino utilizava remédios que são causadores potenciais de "confusão mental" e "amnésia".
"O paciente Henry I. Sobel foi internado nesta madrugada no Hospital Israelita Albert Einstein devido a episódio de transtorno de humor, representado por descontrole emocional e alterações de comportamento", diz o boletim.
"O paciente estava sob tratamento medicamentoso e, por insônia severa, vinha fazendo uso imoderado de hipnóticos diazepínicos, causadores potenciais de quadros de confusão mental e amnésia", afirma o documento, assinado pelos médicos José Henrique Germann e Flavio Huck.
Sobel está em um quarto privado no 7º andar do Albert Einstein, e pediu aos médicos que não permitissem visitas. Ele passou mal um dia após sua detenção nos Estados Unidos ter sido noticiada no Brasil. Na quinta-feira (29), após a informação chegar ao país, ele pediu afastamento da Congregação Israelita Paulista (CIP), da qual era presidente.
Ao G1, ele confirmou que esteve no país, mas negou que tenha sido preso durante sua passagem pela Flórida. De acordo com informações da polícia de Palm Beach, Sobel foi detido por ter furtado quatro gravatas em três lojas diferentes. As autoridades dizem ter até um filme no qual o rabino aparece colocando uma gravata no bolso da calça. O episódio aconteceu na última sexta-feira (23).
RABINATO SE DIZ "PREOCUPADO" COM SOBEL

Rabino foi hospitalizado por "confusão mental e amnésia".Internação se deu após divulgação de sua prisão por furto nos EUA.

RIO DE JANEIRO e SÃO PAULO - O presidente da Confederação Israelita do Brasil, Jack Terpins, divulgou comunicado na noite de sexta-feira (30) em que manifesta "solidariedade" e "preocupação" com o estado de saúde do rabino Henry Sobel.
O rabino foi hospitalizado nesta sexta-feira, um dia depois de divulgada a notícia de que ele havia sido preso na semana passada ao roubar gravatas de grife durante uma viagem à Flórida (EUA).
"Passado o primeiro momento de surpresa e perplexidade envolvendo a figura do rabino Henry Sobel, a Confederação Israelita do Brasil vem a público a ele manifestar sua solidariedade, bem como a preocupação com seu estado de saúde", disse Terpins no comunicado.
Sobel pediu na quinta-feira afastamento do cargo de presidente da Congregação Israelita Paulista (CIP), depois da divulgação da notícia de sua prisão nos EUA.
O Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, onde Sobel está internado, havia informado horas antes que Sobel foi hospitalizado por causa de um quadro de confusão mental e amnésia depois de ter tomado medicamentos contra insônia.
Sobel disse na quinta-feira, em nota, que jamais teve "a intenção de furtar qualquer objeto" em toda a sua vida.
"Pessoalmente estou habituado a enfrentar crises e acusações de que posso me defender. Só não posso admitir que tentem desqualificar os valores morais que sempre defendi", disse Sobel.
A informação da prisão de Sobel foi divulgada na quinta-feira pela polícia de Palm Beach, onde a ocorrência foi registrada depois que um funcionário numa loja da grife Louis Vouitton telefonou para a polícia para relatar a "atividade suspeita" de um cliente.
Depois de revistar o carro de Sobel, policiais encontraram outras quatro gravatas das marcas Louis Vouitton, Giorgio's, Gucci e Giorgio Armani. Juntas elas valiam 680 dólares.
Ele passou a noite na prisão e foi solto após pagar fiança de 3.000 dólares.

Sobel vai passar fim de semana internado, diz hospital
Rabino foi internado na manhã desta sexta-feira (30) em hospital da Zona Sul de SP. Sobel pode ter tido 'confusão mental' e 'amnésia' por uso de remédio, segundo boletim.
Do G1, em São Paulo
O rabino Henry Sobel, internado nesta sexta-feira (30) em São Paulo, deve permanecer durante todo o fim de semana no Hospital Albert Einstein, e não há previsão de alta. A informação é da assessoria de imprensa do hospital.
Sobel foi internado após um episódio de "transtorno de humor", com sinais de "descontrole emocional" e "alterações de comportamento", de acordo com boletim médico divulgado por volta das 13h45 desta sexta-feira. O boletim diz ainda que o Rabino utilizava remédios que são causadores potenciais de "confusão mental" e "amnésia".
"O paciente Henry I. Sobel foi internado nesta madrugada no Hospital Israelita Albert Einstein devido a episódio de transtorno de humor, representado por descontrole emocional e alterações de comportamento", diz o boletim.
"O paciente estava sob tratamento medicamentoso e, por insônia severa, vinha fazendo uso imoderado de hipnóticos diazepínicos, causadores potenciais de quadros de confusão mental e amnésia", afirma o documento, assinado pelos médicos José Henrique Germann e Flavio Huck.
Sobel está em um quarto privado no 7º andar do Albert Einstein, e pediu aos médicos que não permitissem visitas. Ele passou mal um dia após sua detenção nos Estados Unidos ter sido noticiada no Brasil. Na quinta-feira (29), após a informação chegar ao país, ele pediu afastamento da Congregação Israelita Paulista (CIP), da qual era presidente.
Ao G1, ele confirmou que esteve no país, mas negou que tenha sido preso durante sua passagem pela Flórida. De acordo com informações da polícia de Palm Beach, Sobel foi detido por ter furtado quatro gravatas em três lojas diferentes. As autoridades dizem ter até um filme no qual o rabino aparece colocando uma gravata no bolso da calça. O episódio aconteceu na última sexta-feira (23).

Rabino Henry Sobel pede afastamento

Líder da comunidade judaica paulista foi preso nos EUA sob a suspeita de furto. Solto após pagamento de fiança, Sobel nega a acusação.
O rabino Henry Sobel, presidente do rabinato da Congregação Israelita Paulista (CIP), pediu na noite desta quinta-feira (29) afastamento do cargo. Segundo a polícia dos Estados Unidos, Sobel foi detido em Palm Beach, na Flórida, sob a acusação de furto. Sobel, de 63 anos, nega a acusação.
"COMUNICADO À IMPRENSA E COMUNIDADE JUDAICA
A Congregação Israelita Paulista (CIP), consternada e preocupada com as notícias que vêm sendo veiculadas, envolvendo o Rabino Henry I. Sobel, acaba de receber o seu pedido de afastamento temporário das funções de presidente do Rabinato.
O Rabino Sobel está há mais de 35 anos na CIP, atuando como líder comunitário, tendo prestado ao longo desses anos serviços relevantes à sociedade como um todo.
A CIP, com todo respeito e consideração que tem pelo seu rabino, aceitou seu pedido colocando-se à disposição para ajudá-lo no que for necessário.
São Paulo, 29 de março de 2007
Congregação Israelita Paulista"

Entenda o caso
De acordo com a polícia dos EUA, Henry Sobel foi detido na última sexta-feira (23) em Palm Beach, na Flórida, sob a acusação de furto.
Segundo a polícia norte-americana, Sobel teria sido flagrado pela câmera da loja Louis Vuitton na sexta-feira (23/3). Detido, foi fichado por furto, passou a noite em uma cela e foi liberado no dia seguinte depois de pagar fiança de US$ 3 mil (R$ 6.200). A polícia local colocou no site uma foto de Sobel ao ser fichado. Veja ao lado. Na ficha, o endereço fornecido pelo acusado é o mesmo endereço de Sobel no Brasil.
Em entrevista por telefone ao G1 na tarde desta quinta-feira (29), o rabino negou a notícia de que ele teria sido preso por furto. "Claro que não é verdade. Estive nos Estados Unidos, mas não fui preso."
O rabino, que já está de volta ao Brasil, disse que esteve na Flórida apenas de passagem, antes de seguir para o Congresso Judaico Latinoamericano, em Caracas, na Venezuela.
Questionado sobre as notícias publicadas a respeito do caso e sobre as informações passadas pela polícia norte-americana, Sobel disse ao G1: "Nada disso é verdade. Essa notícia é sensacional[ista], fantasiosa. Não sou eu [na foto], garanto. Vou tomar providências".
À noite, Sobel divulgou uma nota na qual diz: "Jamais tive a intenção de furtar qualquer objeto em toda a minha vida. Pessoalmente, estou habituado a enfrentar crises e acusações de que posso me defender. Só não posso admitir que tentem desqualificar os valores morais que sempre defendi".
Notícia em jornal dos EUA
Segundo notícia publicada nesta quinta-feira (29) no site do jornal "Palm Beach Daily News" um funcionário da loja da marca Louis Vuitton ligou para a polícia, por volta das 12h30 (horário local), afirmando que teria visto um cliente deixar o local de forma suspeita. Ao verificar o vídeo, a polícia constatou que um homem teria pego uma gravata. Depois, teria dobrado a gravata e saído da loja de mãos vazias.
Mais tarde, a polícia diz que encontrou o homem andando na rua. O homem teria se identificado como Sobel.
Segundo reportagem do "Palm Beach Daily News", Sobel teria inicialmente negado o furto, mas se ofereceu para pagar a gravata. Mais tarde, diz a reportagem, ele teria autorizado a polícia a revistar seu carro.
Sobel teria, então, mostrado à polícia uma sacola com outras quatro gravatas - das marcas Louis Vuitton, Giorgio's, Gucci e Giorgio Armani - e teria, segundo a polícia, admitido ter levado os produtos de lojas sem pagar. O valor total das gravatas é US$ 680, o equivalente a R$ 1.400.
Procurada pelo G1, a polícia local confirmou as informações publicadas pelo "Palm Beach Daily News" e disse não saber que Henry Sobel é um rabino. Segundo a polícia, Sobel passou a noite em uma cela com outros detentos e foi liberado após pagar a fiança e se apresentar a um juiz. O rabino teria, inclusive, que se reapresentar à Justiça dos EUA no dia 13 de abril.
No site da polícia, consta que Sobel foi fichado às 18h15 (horário local) de sexta-feira e solto às 15h30 do dia seguinte.
A NOTÍCIA EM PALM BEACH

Police charge man with theft of ties
Thursday, March 29, 2007
A man from Sao Paulo, Brazil, was arrested Friday on charges of retail theft, police said.
An employee at Louis Vuitton called police at about 12:30 p.m. to report a customer behaving suspiciously. A review of the store's surveillance video indicated the man picked up a tie, folded it, then left the shop empty-handed, police said.
Police saw the man, later identified as Henry I. Sobel, 63, walking in the 200 block of Worth Avenue. Sobel denied taking anything or being in Louis Vuitton, but then offered to pay for the tie even as he continued to deny taking it, police said. He then admitted taking the tie and gave police permission to retrieve it from his car, police said.
Sobel produced a bag with four other ties from Louis Vuitton, Giorgio's, Gucci and Giorgio Armani, and said he had taken the ties without paying for them, police said.
He was arrested and charged with retail theft. The total value of the ties was $680.
Sobel was taken to the Palm Beach County Jail and released Saturday on $3,000 bond.
— MARGIE KACOHA
Saiba quem é o rabino internado em SP
Português criado nos EUA, Henry Sobel vive no Brasil desde 1970 e é figura pública. Ele teve participação importante na luta pela democracia durante a Ditadura Militar.
Até pedir afastamento e ser internado na tarde desta sexta-feira (30) com uma crise nervosa no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo, o rabino Henry Isaac Sobel esteve à frente da Congregação Israelita Paulista (CIP) por mais de três décadas e destacou-se como figura pública, seja por suas posições polêmicas, seja por defender a aproximação entre diferentes religiões.
Sobel, nascido em Lisboa em 9 de janeiro de 1944, cresceu nos Estados Unidos, país onde viveu até os 26 anos - o que explica o sotaque, uma de suas marcas registradas, além da quipá púrpura que cobre parte de sua cabeça. Passou a viver no Brasil em 1970, após formar-se como rabino na Hebrew Union College Jewish Institute of Religion, de Nova York, e receber convite da CIP.
Na sexta-feira, dia 23, Sobel teve problemas justamente nos Estados Unidos, ao ser detido por ter furtado quatro gravatas em três lojas diferentes de Palm Beach, na Flórida.
Sobel é influente e tem muitos contatos políticos.
Ditadura
Sobel é pai de uma filha, Alisha, nascida em 1983 e mantém uma vida pública bastante ativa. Mantém contato direto com políticos e costuma representar o judaísmo nos cultos intereligiosos no Brasil. Durante a Ditadura Militar, aproximou-se de figuras importantes como o arcebispo de São Paulo Dom Paulo Evaristo Arns na luta pela democracia.
O rabino, que era amigo do jornalista assassinado Vladimir Herzog, foi um dos primeiros a contestar a versão oficial de que ele teria se suicidado e lutou para ele não fosse enterrado como suicida. No judaísmo, quem toma própria vida é sepultado em uma região periférica do cemitério.
Até a internação, Sobel estava destacado para representar a religião judaíca durante evento na visita do Papa, Bento XVI, e chegou a participar do almoço de despedida de Dom Cláudio Hummes, quando o cardeal católico deixou de ser arcebispo em São Paulo para assumir o cargo de prefeito da Congregação para o Clero, no Vaticano.

Polêmicas
Nos últimos anos, envolveu-se em polêmicas, como quando defendeu a pena de morte após o assassinado de Liana Friedenbach e Felipe Caffé pelo menor R.A.A.C., conhecido como Champinha, em 2003. Depois, Sobel voltou atrás e disse que a defesa fora "uma reação emocional".
Em 2006, em entrevista ao G1, disse que bateria no deputado federal Clodovil Hernandes após ouvir que o estilista disse que os judeus haviam manipulado o holocausto.
Entenda o 'transtorno de humor' que levou Sobel ao hospital
'Confusãomental' pode levar pessoas a cometer pequenos furtos, segundo especialistas. Rabino está internado desde sexta-feira (30) no Hospital Albert Einsten, em SP.
Roney Domingos Do G1
Pacientes com sinais de "transtorno de humor", como o rabino Henry Sobel, internado no Hospital Albert Einsten, na Zona Sul de São Paulo, desde sexta-feira (30), tendem a apresentar comportamento social inesperado, como praticar pequenos furtos e até mesmo tirar a roupa em público. Segundo a neurologista Joci Ribeiro, especialista em medicina do sono do Hospital São Paulo e integrante da Academia Brasileira de Neurologia, quem sofre desse tipo de transtorno "pessoa perde a noção do certo e do errado".


PAPA TERÁ ENCONTRO INTER-RELIGIOSO EM SÃO PAULO EM 10 DE MAIO

Por Maurício Savarese
SÃO PAULO (Reuters) - No segundo dia de sua visita ao Brasil, o papa Bento 16 receberá um líder muçulmano e outro judaico, além de representantes de denominações cristãs do país, informou nesta quinta-feira a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O encontro será no dia 10 de maio, às 12h30, no Mosteiro de São Bento, na capital paulista.
"Será bastante simples, haverá no máximo dez convites. O papa deve dizer algumas palavras sobre diálogo inter-religioso, mas não teremos muitos discursos", disse à Reuters o bispo de Lages (SC), João Onéris Marchiori, presidente da comissão que discute ecumenismo e inter-religiosidade na CNBB.
O xeique Jihad Hassan, um dos dois porta-vozes da comunidade islâmica paulistana, afirma que ainda não recebeu o convite oficial para participar do encontro com o papa, mas se dispôs a comparecer.
"Com certeza iremos se o convite vier oficialmente. É importante que os muçulmanos tenham um relacionamento positivo com a Igreja Católica e que a Igreja Católica tenha um bom diálogo com a religião e com os líderes muçulmanos", disse.
O presidente do rabinato da Congregação Israelita Paulista, rabino Henry Sobel, também confirmou presença no encontro, mas não foi localizado pela Reuters para dar mais detalhes.
O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) disse que cinco outros líderes foram convidados: dom Mauricio Andrade (Igreja Anglicana), dom Leolino Gomes Neto (Igreja Católica Ortodoxa Siriana), reverendo Manuel de Souza Miranda (Igreja Presibiteriana Unida), pastor Walter Altmann (Igreja Luterana) e Antonio Bonzoi (Igreja Cristã Reformada).
SEM PENTECOSTAIS
A reunião do papa com líderes de outras religiões e com diferentes denominações cristãs não sinalizou qualquer convite à participação dos evangélicos neopentecostais. Para o professor da PUC Edin Abumanssur, esse afastamento é interessante para os dois lados.
"As igrejas neopentecostais não gozam de muita legitimidade nesse diálogo inter-religioso. De um lado, elas não têm interesse em um diálogo que enfraqueça a sua teologia da prosperidade. De outro lado, os católicos não querem chamá-los porque os tratam como problema", afirmou.
Procurados pela Reuters, representantes das igrejas Universal e Renascer, duas das principais igrejas neopentecostais, não estavam disponíveis para comentar o encontro.
A visita do papa ao Brasil é atribuída, em parte, à perda de fiéis para essas igrejas em todo o país. Segundo o IBGE, os católicos eram 83,8 por cento da população do país em 1991 e passaram para 73,9 por cento nove anos depois.
Os evangélicos, que tinham 9,05 por cento dos fiéis brasileiros no começo da década de 1990, dez anos depois já eram 15,45 por cento.
Outro possível problema para o encontro é o horário definido pela CNBB. O abade do Mosteiro de São Bento, dom Mathias Tolentino Braga, se surpreendeu com a notícia, apesar dos sinais anteriores de que o encontro aconteceria.
"Marcaram mesmo? E vai na hora do almoço? Rapaz, a gente vai ter de caprichar ainda mais por aqui", disse.
Bento 16 ficará em São Paulo de 9 a 11 de maio, onde se encontrará com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e realizará a canonização de frei Galvão, o primeiro santo nascido no país.
Nos dias 11 e 13, o pontífice visitará Guaratinguetá, cidade de frei Galvão, e Aparecida, onde presidirá a abertura da 5a Conferência Geral dos Bispos da América Latina e Caribe. Ele volta para São Paulo no final do dia para retornar ao Vaticano.
Bancada jovem busca espaço na Câmara
Vinte dos 513 deputados têm até 30 anos e tentam obter o respeito dos mais velhos. "Me chamam de menino", diz Fernando Coelho Filho (PSB-PE), 23 anos, o mais novo.
Leandro Colon Do G1,
"Pára de me marcar". A frase virou rotina para o deputado Fernando Coelho Filho (PSB-PE) na "pelada" semanal que joga com outros colegas de Câmara em Brasília.
Coelho já se acostumou com as brincadeiras e, embora não seja nenhum atleta em forma, sabe que a idade faz alguma diferença no futebol: aos 23 anos, é o deputado mais jovem entre os 513 da Câmara.
Se no futebol, idade é vantagem, na Câmara a conversa é um pouco diferente. Coelho e outros 19 deputados com 30 anos ou menos sabem que estão num território dominado por caciques da política brasileira e tantos outros parlamentares experientes e donos de vários mandatos consecutivos.
"Sempre há aquela coisa de me chamarem de menino. Mas não é a idade que vai dizer se terei um bom mandato ou não", avisa Coelho Filho, solteiro, sem filhos e formado em administração de empresas.
Disposição os novatos já demonstraram que têm. Ainda que seja a de partir para a briga. Quarenta dias depois do início da nova legislatura, dois deputados da "nova geração" protagonizaram a disputa mais acirrada da Câmara neste ano.
Agência Estado
Deputado Leonardo Picciani, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (foto: Celso Júnior/AE)
De um lado, Leonardo Picciani (PMDB -RJ), presidente da comissão mais importante da Casa, a de Constituição e Justiça (CCJ). De outro, o deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), um dos principais líderes da oposição. O primeiro, de 27 anos, e o segundo, de 28.
Na disputa pela instalação ou não da CPI do Apagão Aéreo, eles trocaram insultos, provocações e tomaram conta de uma comissão acostumada com políticos de pesada bagagem jurídica e parlamentar.
Olhado por desconfiança por alguns integrantes da CCJ, mas com o apoio da base do governo, Picciani tenta se firmar e evitar que o bate-boca com ACM Neto seja entendido como um sinal de imaturidade política dos dois.
"Aquilo ali era natural. A oposição estava no pleito dela e não venceria no voto", diz. ""Eu cometi alguns equívocos, mas as piores atitudes foram dos mais velhos", afirma ele, casado, pai de dois filhos e formado em direito pela Universidade Cândido Mendes.
E como ficou a relação com ACM Neto? "Não temos intimidade, mas temos um bom relacionamento".
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O G1 conversou com esses três deputados e com a deputada Manuela D'Ávila (PC do B-RS), 25 anos, que ocupa o lugar de terceiro parlamentar mais novo da Câmara, além de fazer um particular sucesso no plenário pela beleza.

Os quatro repetem o mesmo discurso: respeito na Câmara se ganha com trabalho e competência. Admitem, no entanto, angústias do dia-a-dia, momentos de inexperiência parlamentar, dilemas, e sonhos de projeção política.
Sucesso nas urnas
Os quatro foram eleitos com votações expressivas: ACM Neto, com 400.275 votos, foi o deputado mais votado da história da Bahia; Manuela foi a campeã no Rio Grande do Sul, com 271.938 votos; Picciani teve a quinta melhor votação do Rio, com 173.211; e Coelho Filho, com 117.720, obteve, na primeira eleição que disputou, a décima colocação em Pernambuco, à frente de figuras conhecidas, como Raul Jungmann (PPS) e o ex-governador do estado Roberto Magalhães (DEM-PE).

Herança familiar
Deles, apenas Manuela não tem herança política de família. Picciani é filho do presidente da Assembléia Legislativa do Rio, Jorge Picciani (PMDB). O avô de ACM Neto é o senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA). O pai de Coelho Filho é o secretário de Desenvolvimento de Pernambuco e ex-prefeito de Petrolina, Fernando Bezerra Coelho.
Sobrenome político, aliás, faz parte de boa parte dos "meninos" da Câmara. Dos dez mais novos, sete têm parentesco político: ACM Neto, Picciani, Coelho Filho, Ratinho Júnior (PSC-PR), 25 anos, filho do apresentador Ratinho, que já foi deputado federal; Valadares Filho (PSB-PE), 26 anos, filho do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE); Brizola Neto (PDT-RJ), 28 anos, neto de Leonel Brizola; e Efraim Filho (PFL -PB), cujo pai é o senador Efraim Moraes (PFL-PB).

ACM Neto (DEM-BA)
O mais influente dos quatro, ACM Neto acredita que a atuação na CPI dos Correios e na reforma da Previdência foram fundamentais para ganhar o respeito de aliados e adversários.
"Quando cheguei (em 2003), queria ser visto como um parlamentar que exerce seu mandato com qualidade própria, com capacidade de trabalho. Para isso, tive muita disciplina, estudei bastante. Aproveitei algumas oportunidades. Sabia que, se soubesse aproveitá-las, seriam o instrumento para me firmar como parlamentar", conta.
Influência, porém, nem sempre é sinômimo de experiência. ACM Neto admite que a falta de bagagem da Câmara o levou a afirmar na tribuna da Câmara, durante a crise do mensalão, que poderia dar uma "surra" no presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Ali foi um erro. Fruto de quem não tinha experiência política completa. Aquilo ensinou e hoje não faria isso. Faz parte do processo", admite ele, formado em direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), casado e pai de Lívia, de apenas um mês.
Manuela D'Ávila (PC do B-RS)
Ex-vereadora de Porto Alegre, torcedora do Internacional e formada em jornalismo pela PUC-RS, Manuela assumiu neste ano seu primeiro mandato como deputada federal.
De cara, sentiu a frustração de saber que nem tudo são flores na Câmara, principalmente a demoroda tramitação de um projeto.
"Nem o jovem nem o adulto têm idéia de como funciona a Câmara. As regras não favorecem", diz. Desistir? "Por mais complexo que seja, não pode achar que isso dá direito de desestimular", afirma ela, solteira no papel, mas que mora com um namorado.
Manuela explica por que tem se mantido discreta dentro do plenário. "Não acho que tenho que falar no microfone para me consolidar. Quero conhecer a Casa. Cada um tem seu tempo", diz ela, integrante assídua da comissão de Educação da Câmara.
Fernando Coelho (PSB-PE)
Assim como Manuela, Coelho Filho, o mais novo da Câmara, está no primeiro mandato como deputado e estipulou um período para se adaptar e conhecer a Câmara.
"Não tenho nenhum constrangimento em dizer que é preciso um tempo para conhecer as coisas na Câmara. Acho que são necessários uns três, cinco meses para se ambientar", diz.
"A vantagem de ser jovem é a oportunidade de, com essa idade, fazer parte de uma escola que é a Câmara. A desvantagem é, muita vezes num debate, querer falar, mas faltar subsídios para isso", ressalta.

Leonardo Picciani (PMDB-RJ)
Politicamente distante de Picciani, Manuela D'Ávila se solidarizou com o colega no episódio em que o presidente da CCJ foi acusado pela oposição de inexperiente na condução da votação do recurso que suspendeu a CPI do Apagão Aéreo.
"A prova de que há preconceito com a idade foi o desrespeito com o Picciani", diz ela, que procurou o presidente da CCJ no plenário da Câmara para apoiá-lo.
Alvo de críticas nas últimas semanas, Picciani se defende. "Quando surgiu meu nome para a CCJ, disse que jamais aceitaria preconceito em função da idade. Não poderia admitir. O julgamento tem que ser feito ao longo do trabalho", afirma.
"O desafio é porque o jovem precisa provar em dobro. Quando, na minha opinião, quem tem mais experiência tem que ter maior responsabilidade em não errar". E admite: busca conselhos com os mais velhos e cita, como exemplo, os deputados José Genoino (PT -SP), Ciro Gomes (PSB-CE) e Roberto Magalhães (DEM-PE).
Para ministros, conselhos são parte da função
Ministros participam de até 6 conselhos de estatais, mas só podem receber por dois.Novo ministro da Agricultura diz que não pretende assumir cargo.
Amauri Arrais Do G1,
Os ministros que participam de conselhos de estatais afirmam que a atividade é parte das funções do cargo e dizem estar amparados pela legislação.
Por meio de sua assessoria, a ministra Dilma Roussef (Casa Civil) disse que sua participação nos conselhos da Petrobras, que ocupa desde que era do Ministério das Minas e Energia, foi questionada por uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin 1.485, de 1996) e julgada pelo Supremo Tribunal Federal, que considerou a atividade legal.
Segundo a assessoria, a participação dos ministros nos conselhos, assim como a remuneração, são regulamentados pelos decretos 1957, 12 de julho de 1996, e pelas leis 9.292, de 12 de julho de 1996, e 8.112, de 11 de dezembro de 1990.
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A mesma Adin é citada pela assessoria do Ministério das Minas e Energia para justificar a participação do ministro Silas Rondeau nos conselhos.
A assessoria do ministro Guido Mantega (Fazenda) confirmou sua representação nos conselhos da Petrobras e Petrobras Distribuidora, bem como a remuneração, mas não quis comentar sobre a participação.
A assessoria do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio informou que além e integrar os conselhos do BNDES e BNDESPAR, pelos quais é remunerado, o ex-ministro Luiz Fernando Furlan tem assento em outros quatro: Inmetro, Apex Brasil, Suframa e Conselho Nacional de Desestatização. A assessoria do BNDES informou que a vaga no conselho administrativo da empresa e sua subsidiária são automaticamente ocupadas pelo novo ministro. O novo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse por meio de sua assessoria desconhecer a vaga e a remuneração recebida pelo seu antecessor por participar do conselho do BNDES. E disse que pretende indicar alguém, caso seja convidado para a função.
A assessoria de Luiz Marinho (que trocou a pasta do Trabalho pela Previdência) disse não saber informar se o ministro continua no cargo e não comentou a remuneração.
De acordo com a assessoria do Ministério das Cidades, Márcio Fortes foi indicado por Furlan para os conselhos do BNDES e da Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame) na época em que ainda era secretário-executivo do Desenvolvimento.
Além das duas empresas, o ministro ainda integra, sem remuneração, os conselhos da Trensurb (Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegres S/A) e CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos). Todos, segundo a assessoria, fazem parte da estrutura do Ministério das Cidades.

JORNAL DO BRASIL
GOVERNO FEDERAL CEDE E FAZ ACORDO COM CONTROLADORES DE VÔOS
Agência JB
BRASÍLIA - O Palácio do Planalto anunciou na madrugada deste sábado ter chegado a um acordo com os controladores de vôo militares que estavam amotinados em Brasília e haviam suspendido todas as decolagens no país desde as 18 horas desta sexta-feira.
Pelo acordo, não haverá punições aos amotinados e serão abertas negociações para a desmilitarização, pelo menos parcial, do sistema de controle de vôo no Brasil.
O governo também se compromete a negociar um aumento na remuneração dos controladores militares e civis. O acordo com os controladores foi assinado pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e pela secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra.
O ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, informou que os controladores voltaram ao trabalho, mas disse que não tinha condições de prever quando o tráfego aéreo voltará à normalidade.
Segundo Martins, a negociação com os controladores foi determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por telefone, voando para os Estados Unidos.
- O presidente determinou que se restabelecesse a normalidade, pois se tratava de uma questão de segurança nacional. O essencial era voltar à normalidade e que se abrisse para isso uma negociação - disse o ministro a jornalistas.
Na negociação, os controladores aéreos ganharão uma gratificação emergencial, a desmilitarização do setor, contratação de mais controladores de vôos e melhores condições de trabalho, incluindo salários e plano de carreira.
A previsão de fim da greve é de aproximadamente 30 minutos. A expectativa do governo é que a situação comece a se regularizar a partir deste sábado.
- Motim de controladores fecha todos os aeroportos
- Os controladores de vôo militares se amotinaram ontem à noite e fecharam todos os 49 aeroportos brasileiros. O motim, iniciado durante o dia em alguns aeroportos, aumentou quando o comandante da Aeronáutica foi ao aeroporto de Brasília para dar voz de prisão aos controladores. Os comandantes da Aeronáutica, Marinha e Exército exigem a demissão do ministro da Defesa, Waldir Pires.
Nos aeroportos, a mais ultrajante madrugada
- Enquanto o ministro Waldir Pires, com o apoio do governo, aplicava os manuais do sindicalismo às negociações com militares amotinados, milhares de passageiros, aprisionados nas áreas de embarque ou no interior de aviões parados nas pistas, enfrentavam a mais ultrajante madrugada. Em Brasília, os rebelados ouviram promessas que poderão oficializar o triunfo da baderna. Ficou claro que o calvário nos aeroportos não tem prazo para terminar.
- Desde 1991, quando uma tropa das Farc matou soldados do Exército brasileiro, consolidou-se na Amazônia o fenômeno do narcoterrorismo, fruto da aliança entre a guerrilha, cartéis da droga e traficantes brasileiros.
- A empresa que administra a Rio-Teresópolis precisa, por contrato, duplicar um trecho da rodovia, mas a obra é vetada pelo Ibama. Para o departamento jurídico do órgão, a estrada nem sequer existe.
PIRES ADIA DIAGNÓSTICO PARA SOLUÇÃO DE CRISE AÉREA
BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Waldir Pires, quer que a solução para a questão que leva à crise aérea, como a greve de fome e aquartelamento dos controladores de vôo, "seja presente". No entanto, afirmou que "as medidas institucionais não são simples ou fáceis".
- O Código Civil brasileiro levou 20 anos - disse o ministro se referindo a uma possível demora para a solução do problema.
- Uma das coisas graves que não podemos repetir é uma impaciência com relação a problemas que são institucionais - disse o ministro.
Um dos planos do grupo que tem se reunido para estudar a crise do setor aéreo é ouvir em profundidade quem trabalha com o tráfego. Segundo ele, esse estudo deve levar mais uns 10 ou 15 dias para ficar pronto.
Ele disse que as medidas que precisam ser tomadas são materiais e humanas. - O presidente (Luiz Inácio Lula da Silva) quer dia e hora (para a solução da crise no setor aére). Estamos estudando profundamente isso.
- Enquanto o presidente Lula voava ao encontro de George Bush, o ministro da Justiça, Tarso Genro, criticava os juízes da Suprema Corte dos EUA por "aceitarem a tortura de prisioneiros".
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- STF proíbe governo de arquivar CPI do apagão
- Em liminar concedida ontem, o ministro Celso Mello, do STF, derrubou a decisão da bancada governista que tinha arquivado o pedido da instalação de uma CPI para investigar o apagão aéreo. Derrotado no STF, o governo obteve, no entanto, uma vantagem com a compra da Varig pela Gol. A empresa se compromete a não cobrar créditos da União.
- O PDT perdeu a pasta da Previdência porque o presidente Lula quer a reforma nessa área. Mas o partido ficou com o Trabalho, cuja modernização também é promessa de campanha do PT.
- A decisão do governo de cortar cerca de R$ 700 milhões do orçamento destinado ao Judiciário deflagrou uma rebelião. Os juízes dizem não aceitar a redução dos valores previstos.
INERNACIONAIS DO JB
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FOLHA DE SÃO PAULO
ACORDO COM AMOTINADOS PROVOCA TENSÃO NA CÚPULA DA AERONÁUTICA
- A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de atropelar o Ministério da Defesa e o Comando da Aeronáutica e ceder aos controladores de vôos amotinados irritou os militares, informam Eliane Cantanhêde e Leila Suwwan.
Na avaliação de altas patentes, Lula e o ministro Waldir Pires não só desmoralizaram o Comando da Aeronáutica como feriram os princípios básicos da hierarquia militar. O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, chegou a cogitar a entrega do cargo.
Os controladores vão exigir na terça-feira uma definição da gratificação salarial que receberão como "garantia" de que as demais reivindicações serão atendidas. Caso contrário, eles ameaçam parar na Páscoa.
Na reunião de negociação do ministro Paulo Bernardo (Planejamento), na sexta, os controladores recusaram a presença do ministro Waldir Pires (Defesa) e de oficiais militares.
Em Washington, onde se reuniu com o presidente George W. Bush, Lula disse que conversou com Pires e o brigadeiro Saito e que pretende encontrar "solução definitiva" para a crise até terça-feira.
- Os aeroportos brasileiros viveram uma madrugada e um dia de caos ontem, com dezenas de vôos domésticos e internacionais atrasados.
Em Curitiba, um passageiro de 54 anos que esperou pelo embarque por mais de 12 horas teve um infarto e morreu ao ser hospitalizado.
- O descaso do governo Lula com a crise aérea e a teoria sindicalista de relações de poder acabou de colocar o Brasil frente ao maior impasse na área militar desde a redemocratização, em 1985.
Anteontem a corda, esticada desde outubro do ano passado, estourou. Meia dúzia de sargentos podem parar o país.
- As 43,3 mil maiores empresas não-financeiras do país aumentaram em 4,7% o faturamento em 2006. O Produto Interno Bruto subiu 3,7% no ano passado.
Análise dos balanços dessas companhias revela uma forte e prolongada recuperação em seus ganhos ao longo do governo Lula.
- Um quarto de século após a Guerra das Malvinas e 174 anos após perder o domínio sobre as ilhas, a Argentina vive como se as Malvinas fossem ainda parte do país.
Para os britânicos, as ilhas Falkland, como o Reino Unido as conhece, se perdem entre tantos territórios em outros mares.
- Segundo enquete promovida pela "Folha", o "Maior Brasileiro de Todos os Tempos" é Getúlio Vargas. Duzentos intelectuais, políticos, religiosos, empresários, esportistas e outras personalidades participaram da escolha.
- Editoriais: "Motim", sobre a deterioração da crise aérea; e "Fôlego para competir", acerca da indústria.
Motim de controladores pára os aeroportos e governo cede
- O governo cedeu às exigências dos controladores de vôo para dar fim a uma greve que paralisou o tráfego aéreo brasileiro ontem à noite. O motim, iniciado no Cindacta-1, em Brasília, suspendeu praticamente todas as decolagens no país. Entre outras coisas, os controladores reivindicavam gratificação salarial e o fim das retaliações militares.
- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou, a caminho dos EUA, dentro do avião presidencial, que o governo negocie com os controladores de vôo, enviando o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) para tentar costurar um acordo e abortando uma tentativa de prisão dos amotinados. O presidente interino, José Alencar, retornou às pressas de Belo Horizonte, em Minas Gerais, para Brasília para comandar o gabinete de emergência montado devido à crise. Bernardo foi destacado para negociar pessoalmente com os sargentos amotinados em Brasília e já estava no Cindacta-1 às 22h30 de ontem. A presença de alta autoridade do governo federal, que falasse em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi exigida pelos controladores. Eles recusaram qualquer conversa com oficiais militares.
- Sem citar Fidel Castro, Lula discordou ontem, em artigo no "Washington Post", da tese de que a produção de álcool combustível em larga escala aumentaria a fome no mundo. "A cana-de-açúcar não ameaça a produção de comida. Menos de um quinto dos 340 milhões de hectares aráveis do Brasil são usados para cana. Só 1%, ou 3 milhões de hectares, é usado para plantar cana para álcool", escreveu.
- A fidelidade partidária imposta nesta semana pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já foi desrespeitada, em algum momento da vida parlamentar, por 221 (43%) dos atuais deputados federais. A Folha contabilizou o número de migrações quando esses parlamentares exerciam mandatos em alguma Casa legislativa -Câmara, Assembléias ou Câmaras municipais. O índice de infiéis é ainda maior se computados os deputados que já trocaram de partido exercendo cargo majoritário -senador, prefeito ou governador- ou quando estavam sem mandato (hipóteses não condenadas pelo TSE). São 298 parlamentares (58%) que já migraram de legenda.
- Em janeiro, primeiro mês da gestão Sérgio Cabral Filho (PMDB) no governo do Estado do Rio, as Polícias Militar e Civil mataram 117 pessoas em supostos confrontos. Isso representa 77,3% a mais do que os 56 mortos por policiais em janeiro do ano passado. O dado consta de estatísticas divulgadas ontem pelo ISP (Instituto de Segurança Pública), autarquia vinculada à Secretaria Estadual de Segurança Pública. Na entrevista em que apresentou os índices, porém, a presidente da entidade, Ana Paula Miranda, não se referiu ao crescimento dos chamados autos de resistência, nome dado às mortes em tiroteios entre policiais e criminosos.
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- TV pública não será chapa-branca, diz Lula
- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a rede pública de rádio e TV que pretende criar em seu segundo mandato será 'séria', longe do chamado jornalismo 'chapa-branca', isto é, favorável ao governo. 'Chapa-branca parece bom, mas enche o saco. Gente puxando o saco não dá certo', disse. Lula definiu o jornalismo que quer ver: 'A informação como ela é, sem pintar de cor-de-rosa, mas também sem pichá-la'.
- O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello divulgou no final da tarde de ontem uma decisão provisória que ressuscita a possibilidade de criação da CPI do Apagão Aéreo na Câmara. A definição sobre se a CPI irá ou não funcionar, entretanto, ficou para o fim de abril ou começo de maio. Mello concedeu liminar que obriga o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), a desarquivar o requerimento de criação da CPI. No dia 21, depois de dias de embate entre governo e oposição, o plenário da Casa arquivou o requerimento por 308 votos a 141.
- Discutiu-se na tribuna do Senado, na terça-feira, a polêmica ação da empresa Arkhos Biotech, identificada como "uma das maiores fabricantes do mundo de ativos vegetais para a indústria cosmética e farmacêutica". A empresa defende, na internet, (www.arkhosbiotech.com) a internacionalização da Amazônia. A postura institucional da Arkhos deixou o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) furioso. "Tem notícia da maior gravidade que devo trazer ao conhecimento da Casa. Ela está no site da Agência Amazônia, sob o título "Laboratório americano propõe privatizar a Amazônia'", alertou. "Estou convidando essa empresa a se fazer representar em uma reunião da Subcomissão da Amazônia, que funciona na Comissão de Relações Exteriores (...), porque a notícia pareceu-me extremamente grave", disse ele.
- Com o mercado internacional mais tranqüilo, o dólar não encontrou resistências e desceu a seu mais baixo valor desde março de 2001. Encerrados os negócios de ontem, o dólar era cotado a R$ 2,045 para venda, com queda de 1,16%. O risco-país brasileiro também quebrou marcas ontem, ao romper o piso dos 170 pontos pela primeira vez na história
- O ditador cubano, Fidel Castro, responsabilizou ontem o presidente George W. Bush por provocar futuramente "a morte prematura de 3 bilhões" de seres humanos, caso siga adiante com seu plano de converter alimentos em combustíveis.
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O ESTADO DE SÃO PAULO
CONTROLADORES SE AMOTINAM E FECHAM OS AEROPORTOS DO PAÍS
- Depois de meses de queda-de-braço com as autoridades aéreas, os controladores de vôo decidiram paralisar as operações aéreas em todo o País a partir das 18h45 de ontem. Nenhuma decolagem foi autorizada a partir desse horário. A decisão de parar foi tomada em reunião no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 1), em Brasília, depois que o grupo que havia entrado em greve de fome foi ameaçado de prisão. O ministro da Defesa, Waldir Pires, pediu paciência ao País. Irritados, os controladores partiram para a paralisação total dos vôos. Eles querem forçar a Aeronáutica a negociar mudanças na carreira. Em manifesto, reforçam a queixa de que são obrigados a controlar mais aviões do que as normas recomendam e alegam ser obrigados a trabalhar com equipamentos obsoletos. A confusão e o desencontro de informações começaram no aeroporto de Brasília e rapidamente se estenderam a todos os aeroportos do País. O presidente Lula foi informado da greve quando já em vôo para Washington. Segundo a Presidência, ele deu orientação para que a Aeronáutica converse com os controladores antes de tomar qualquer decisão.
ACORDO DESGASTA MILITARES E CAOS CONTINUA NOS AEROPORTOS
- Apesar do acordo que colocou fim à greve dos controladores, o movimento nos principais aeroportos do País continuou intenso ontem, com muitos vôos cancelados e atrasados. O presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), brigadeiro José Carlos Pereira, assumiu que o efeito dominó deverá durar até terça-feira. "A malha aérea foi totalmente destruída. Temos atrasos que variam de 28 horas a 20 minutos", disse. O governo promete começar a colocar em prática na terça-feira um plano gradual de desmilitarização do controle de tráfego aéreo, ponto crucial do acordo com a categoria. As autoridades iniciaram as negociações de forma dura, anunciando a possível prisão de 18 controladores e punições para os líderes da rebelião. A resposta foi o maior episódio de motim no setor, com quebra aberta de hierarquia. O Palácio do Planalto assegura estar "muito satisfeito" com a atuação do comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, embora ele tenha saído desgastado após ser desautorizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de mandar prender os amotinados. Um dos passageiros impedidos de viajar na noite de sexta, de Curitiba para Porto Alegre, teve um enfarte e morreu na manhã de ontem. Ele tinha passado a noite em claro numa sala de espera do aeroporto
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- O presidente Lula deu por concluída ontem a reforma ministerial. No Recife, disse que alguns ministros saíram porque queriam, enquanto outros ele remanejou "porque estava na hora". "Precisamos definir agora o que queremos ter daqui a 15 anos, é um tempo bom de planejamento", afirmou.
- A questão central do encontro entre o presidente Lula e o presidente americano, George W. Bush, hoje, é a estratégia para destravar a Rodada Doha. Bush conta com a liderança do Brasil para conseguir concessões de países em desenvolvimento em relação a abertura de mercado.
- O presidente Lula sancionou o projeto que torna mais difícil o acesso ao regime semi-aberto para os autores de crimes hediondos. Só depois de cumprir 40% da pena, se forem primários, os condenados por esse tipo de crime terão direito ao benefício de progressão de pena e liberdade provisória. Os reincidentes terão de cumprir pelos menos 60% da pena para conseguir o benefício. Também foi sancionada a lei que pune agentes e diretores que facilitarem a entrada de celulares nos presídios. As leis já estão em vigor.
- Artigo - Josef Barat: PAC aponta importância de parceria com o setor privado.
- Notas e Informações - O Brasil será o grande perdedor se houve um colapso das negociações globais de comércio, um perigo cada vez mais próximo, dado o impasse em torno da questão agrícola.
- Apesar da turbulência no início de março, a Bolsa de Valores de São Paulo liderou com folga o ranking dos investimentos no mês, com 4,36% de rentabilidade. Em segundo lugar ficaram os fundos de renda fixa, com 0,87%. O ouro, que vinha liderando o ranking, teve desvalorização de 1,54%.
- Petrobras vai ajudar escritores. A lista de premiados causará polêmica?
- Chamados de "heróis" pelo presidente Lula por receberem salários de R$ 8.362,80, boa parte dos ministros engorda seus vencimentos participando de conselhos fiscais ou de administração de estatais. Em geral, os conselhos se reúnem uma vez por mês e a remuneração é de até 10% do que recebem os diretores da empresa. A ministra Dilma Rousseff, por exemplo, mais que dobra seus ganhos integrando os conselhos da Petrobras e da BR Distribuidora.
- O governo vai cortar de 40% para 20% a proporção dos recursos direcionados às ONGs por meio do Brasil Alfabetizado, programa de alfabetização de jovens e adultos lançado pelo presidente Lula no início do 1º mandato, informa Fernando Dantas. Até 2006, o programa gastou R$ 750 milhões tentando alfabetizar 7,3 milhões de pessoas, com resultados decepcionantes. A partir de 2007, o papel das ONGs será reduzido e muito mais focalizado.
- O consumo das famílias brasileiras cresceu 13,3% nos últimos três anos, multiplicando por sete o aumento registrado de 2001 a 2003 (1,8%). Os dados, do IBGE, indicam novo ciclo de vendas desde o início do real, em 1994.
- Os nove Estados que compõem a Amazônia Legal deram passos tímidos para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, estabelecidos pela ONU para 2015 e aceitos pelo governo. Estudo mostra que os Estados estão distantes de mudar situações de pobreza, mortalidade infantil e materna, falta de acesso à educação, desigualdade entre sexos, doenças infecciosas e insustentabilidade ambiental.
- Movimentos mostram vitalidade nos mecanismos da democracia nos EUA.
- Valerioduto rastreado - É preciso que se dê seqüência ao trabalho da PF no caso do valerioduto, para que esta seja devidamente valorizada - e a conseqüência óbvia que se espera é a punição dos responsáveis.

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- STF libera CPI do Apagão
- O governo teve ontem uma derrota no Supremo Tribunal Federal (STF), com a decisão do ministro Celso de Mello de reconhecer razão para a CPI do Apagão ser criada. O pedido de CPI foi arquivado na semana passada pelo plenário da Câmara, o que, segundo Mello, ele não tem poder para determinar a instalação imediata da CPI pela Câmara; isso só poderá ser feito pelo plenário do STF, que deverá decidir a respeito no fim de abril ou começo de maio. A expectativa é de que o plenário confirmará o despacho de Mello; há jurisprudência recente do tribunal que reconhece os direitos de as minorias parlamentares promoverem investigações. A oposição alega que já não há motivo para a CPI não ser instalada e promete bloquear de novo as votações. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), porém, disse que vai aguardar a decisão do plenário do STF.
- Seis vôos de Manaus sofreram atrasos ontem por causa da operação-padrão dos controladores. Para a Aeronáutica, a causa do problema teria sido o "elevado número de aviões no tráfego monitorado". Há ameaça de greve no Rio 2ª-feira.
- A dar posse a cinco ministros, o presidente Lula definiu em discurso o modelo da TV pública de seus sonhos. Deve funcionar ininterruptamente, tratar de educação e dar informação "sem pintar de cor-de-rosa, mas também sem pichá-la". Ele diz que a proposta é "que não seja chapa-branca", que os espectadores possam fazer cursos e assistir a uma peça teatral, por exemplo. "Se vai ter meio ponto de audiência ou zero, não me interessa", disse.
- O presidente Lula disse que o novo ministro da Previdência, Luiz Marinho, é a pessoa ideal para negociar a redução do déficit com os sindicatos. O problema não será jogado no "colo dos pobres", afirmou.
- Notas e Informações - Dilma Rousseff decidiu negar a indisfarçável pretensão do governo de manter no cabresto as agências reguladoras. Perde tempo e menospreza o discernimento dos interlocutores.
- Ao tomar posse, o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, garantiu que nomeará o presidente do BNDES. Se conseguir, terá mais poder que o antecessor, Luiz Fernando Furlan, que nunca fez a indicação.
- O dólar comercial fechou ontem em R$ 2,044, o menor patamar desde março de 2001. A forte atuação do Banco Central não impediu a queda de 1,21% - no ano, o dólar já acumula perda de 4,31%. A revisão para cima do PIB americano no 4° trimestre de 2006 e dados sobre as contas do setor público federal brasileiro animaram o mercado. O risco país manteve a queda e bateu novo recorde, em 169 pontos. Empresários pedem medidas para compensar o real forte.
Fidel Castro, disse em artigo que mais de 3 bilhões de pessoas morrerão de fome e sede por causa do plano americano, em parceria com o Brasil, de substituir parte da gasolina por etanol. Segundo ele, não haverá terras para produzir alimentos, embora desde 2003 Cuba esteja negociando plano semelhante com o Brasil. Fidel acompanha a mudança de opinião do presidente venezuelano, Hugo Chávez.
- Após muito procurar por livro esgotado há 10 anos, Marcilene Leandro Moura seguiu recomendação do próprio autor e fez cópia de Movimento Estudantil - A UNE na Resistência ao Golpe de 64. Um policial a flagrou e "prendeu" o livro.
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O GLOBO
Motim aéreo pára o país
- Três dias após o presidente Lula exigir um prazo para o fim do caos no setor aéreo, uma rebelião de controladores de vôo, com aquartelamento e ameaças de greve de fome, paralisou o Cindacta 1, em Brasília, provocando, em efeito cascata, o inédito fechamento de 49 aeroportos do país e deixando milhares de pessoas sem viajar. Vôos internacionais tiveram que ser desviados para países vizinhos. A pedido da Aeronáutica, foram presos 50 controladores. A transferência de um diretor do Cindacta 1 para Santa Maria (RS), e as declarações do ministro da Defesa, Waldir Pires, foram apontados como a causa imediata do motim. Lula, que se encontra hoje com Bush nos EUA, deixou o Brasil ontem por Recife, poucas horas antes do fechamento dos aeroportos. Embora a crise já dure seis meses, a greve dos militares pegou o governo de surpresa. Poucas autoridades estavam em Brasília. Dilma Rousseff foi para o Sul; Mares Guia para Minas e Waldir Pires para o Rio. No gabinete de crise, restaram o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, Gilberto Carvalho e o responsável pela comunicação do governo, Franklin Martins. No clima de improvisação, coube ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, negociar no Cindacta 1.
- Com Lula nos EUA para reunião com Bush, crise surpreende e paralisa governo, quase seis meses após início do caos aéreo.
- "Não confiamos nos nossos equipamentos e não confiamos nos nossos comandos!", dizem os rebelados, em manifesto.
- Vôos nacionais são suspensos e os internacionais, desviados, após greve de militares, inédita desde 1964. 50 já estão presos.
Fim da greve não acaba com caos nos aeroportos
- Dos 553 vôos previstos, 82 foram cancelados e 101 se atrasaram.
- Políticos terão suas contas monitoradas - Medida atinge presidente, ministros, parlamentares e governadores. No total, contas bancárias de 14.500 autoridades serão monitoradas a partir de 2 de julho. Decisão do BC determina que movimentação suspeita será notificada às autoridades encarregadas do combate à corrupção.
- Ações por improbidade só punem baixo escalão.
- O Brasil já mapeou 12 áreas adequadas à expansão do plantio de cana-de-açúcar, matéria-prima para o etanol. São 79 milhões de hectares, inseridos em 346 municípios, que poderão elevar o PIB em US$ 300 bilhões até 2015.
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- O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que vai propor ao presidente Lula a criação de presídios especiais para jovens entre 18 e 23 anos, para retirá-los do convívio com presos mais experientes. "Por que não pensar em determinado sistema prisional para que o jovem não se contamine pela criminalidade constituída?", perguntou ele, em palestra, no Rio. Hoje, 26% dos presos têm entre 18 e 24 anos. Ao todo, são 105 mil, num universo de 401,2 mil. O ministro disse que não faltará dinheiro: "Se a idéia é boa, os recursos têm que aparecer".
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- Governo mudará Previdência só para futuros aposentados
- O presidente Lula afirmou, no discurso em que deu posse a cinco novos ministros, que será necessário mexer nas regras da Previdência para o setor privado, com o objetivo de garantir às futuras gerações um sistema de seguridade social adequado. "Quero avisar a todos aqueles que acham que a Previdência é insolúvel, que ela vai ser consertada sem que a gente jogue no colo dos pobres a responsabilidade pelo déficit", disse Lula, prometendo manter a aposentadoria rural, responsável por parte do déficit. As mudanças serão discutidas em um fórum com a participação do governo, dos trabalhadores, dos aposentados e dos patrões. O novo ministro da Previdência, Luiz Marinho, disse que as novas regras não afetarão os trabalhadores em atividade, especialmente os que estão perto de se aposentar. O ministro fez um apelo: "Aqueles que estão para se aposentar, não precisam sair correndo para fazer isso".
- O presidente disse querer criar uma rede de TV pública que não seja "puxa-saco", nem "chapa-branca", que dê informação "sem pintá-la de cor-de-rosa, mas também sem pichá-la". Boa parte da programação que ele pede já existe nas emissoras educativas.
- O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, avisou ontem que não abre mão do direito de escolher o presidente e a diretoria do BNDES. O banco vinha sendo controlado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que indicou o atual presidente, Demian Fiocca.
- O dia foi de recordes no mercado financeiro. O dólar fechou ontem a R$ 2,045, com uma queda de 1,16%, atingindo o menor patamar desde março de 2001. O risco-país também foi o menor da história: 168 pontos.
- O ministro Celso de Mello, do STF, deu liminar autorizando a Câmara a instalar a CPI do Apagão Aéreo, mas ressalvou que a decisão final será do plenário do Supremo. Líderes da oposição pediram a instalação imediata da CPI, mas o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), decidiu esperar.
- CVM ameaça punir a Gol por informações insuficientes.
GAZETA MERCANTIL
- Nafta passa de US$ 600 com alta no exterior
- A nafta, matéria-prima de toda a indústria petroquímica nacional (de sintéticos e plásticos), deverá ficar entre 8% e 9% mais cara no mercado brasileiro a partir de segunda-feira,ultrapassando US$ 600 por tonelada. Efetivado, será o maior reajuste do ano feito pela fornecedora exclusiva no País, a Petrobras. As previsões são da consultoria Maxiquim e deixam mais agitado o mercado, que temia um aumento.
O motivo para a elevação é a alta de preços da nafta, derivada direta do petróleo, nos principais mercados mundiais - Europa, Japão e Estados Unidos. A alta decorreu das paradas de manutenção de refinarias de petróleo na Ásia durante este mês, quando o produto chegou a custar US$ 650. Na Europa, as refinarias começam a realizar as paradas a partir de abril.
Com as últimas altas, as previsões do mercado de que o barril de petróleo feche o ano entre US$ 55 e US$ 60 e de que a nafta fique entre US$ 500 e US$ 550 poderão ser revistas já no próximo mês. O mercado quer avaliar se a alta persistirá ou se é algo pontual.
Segundo o presidente da União de Indústrias Petroquímicas (Unipar), Roberto Garcia, a partir de US$ 600 o custo da nafta começa a comprometer as margens das indústrias. E, diferente do início de 2007, quando havia a opção de nafta importada mais barata, a escalada dos preços nos mercados mundiais mudou o cenário. Embora os contratos de longo prazo na Europa estejam perto de US$ 600, no spot já encostam em US$ 630, dizem fontes do setor. "Apesar do reajuste, a nafta da Petrobras deve ainda ficar mais barata que no exterior em abril, e não deverá ser bom negócio importar", disse a sócia-diretora da Maxiquim, Solange Stumpf.
- Na posse de mais cinco ministros, o presidente Lula pediu ontem a Luiz Marinho, agora na pasta da Previdência, uma reforma "moderada e a longo prazo". Miguel Jorge, agora titular do Desenvolvimento, fala em trocar a presidência do BNDES.
- A operação de compra da Varig pela Gol não deve encontrar obstáculos na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). As conversas entre o governo e a empresa foram conduzidas por dois homens próximos ao presidente Lula: o compadre Roberto Teixeira e o ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia. A possibilidade de a Gol não ter reivindicado perdas financeiras com o apagão também a teria favorecido.
A CVM informou que o vice-presidente financeiro da Gol, Richard Lark, pode ser responsabilizado pela insuficiência de dados ao mercado. Constantino de Oliveira, o seu Nenê, que iniciou o negócio, disse a este jornal: "Vamos fazer da Varig uma grande companhia".
- Marco Maciel - Mandatos são dos partidos. Migrações dão descrédito ao Legislativo.
- Dalmo Dallari - O aperfeiçoamento da legislação eleitoral e a nulidade do mandato.
- O governo decidiu manter uma meta nominal de R$ 95,9 bilhões para o superávit primário deste ano, o que equivaleria a 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB), considerando sua expectativa de um crescimento econômico de 4,1% e o novo método de cálculo do PIB do País. A meta oficial de 4,25% foi então abandonada na prática, embora o Banco Central não tenha oficializado a mudança, segundo chefe do Departamento Econômico da instituição, Altamir Lopes. Na decisão de não aumentar o arrocho pesou a queda do endividamento líquido do setor público, cuja previsão é de fechar 2007 em torno de 44% do PIB - pela antiga fórmula ficaria em 50%.
- O acidente no maior alto-forno da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foi o principal responsável pela queda de 41% no lucro líquido da companhia, que ficou em R$ 1,17 bilhão em 2006. A receita líquida caiu para R$ 9,04 bilhões, ante R$ 10 bilhões em 2005.
- O ouro lidera os ganhos no trimestre, com alta de 4,14%, segundo prévia de rendimentos até ontem. O DI, referência para renda fixa, variou 3%. A Bolsa rendeu 1,98% no trimestre até ontem. O dólar fechou o dia de ontem a R$ 2,044, a menor cotação em seis anos.
- O desemprego subiu de 9,3% para 9,9% da População Economicamente Ativa (PEA) em fevereiro, informou ontem o IBGE. Os empregados são 50,8% da população em idade ativa, o que mostra que a economia não acompanha o crescimento da população, diz o IBGE.
- A Nossa Caixa planeja ampliar a concessão de crédito consignado, imobiliário e de veículos para recuperar o investimento de R$ 2,084 bilhões pela exclusividade de pagar os salários dos 1,1 milhão de servidores públicos paulistas, disse o presidente do banco, Milton Luiz Santos.
- A Eletrobrás registrou lucro de R$ 1,161 bilhão no ano passado, 19% acima dos R$ 974,6 milhões de 2005. Apesar do aumento dos ganhos, a empresa afirmou, em nota distribuída no início da noite de ontem, que o dólar baixo afetou o resultado.
- O governo paulista adiou para maio a recomposição de 12% para 18% da alíquota do ICMS que taxa os monitores produzidos em Manaus. A medida inverterá as condições que beneficiam a Samsung em detrimento da LG. A primeira produz em Manaus, a outra, em São Paulo.
- Os produtos agropecuárias em que o Brasil é mais competitivo foram justamente os que registraram maior crescimento no consumo na última década. Levantamento da Cogo Consultoria Agroeconômica publicado com exclusividade por este jornal mostra que, em dez anos, o frango liderou o aumento do consumo, com 54,6%. O brasileiro está comprando mais carne de aves - 36,8 quilos/habitante - que carne bovina - 36,5 quilos per capita.
Carlos Cogo, diretor da empresa, diz que a competitividade no campo traz o barateamento do preço do produto. Acrescenta ainda que o brasileiro consome mais produtos de origem animal - ovos, leite e suínos também tiveram crescimento significativo - porque teve aumento na renda. No consumo de proteína animal, o País segue a tendência mundial.
CORREIO BRAZILIENSE
LULA E BUSH DIZEM NÃO TER 'PLANO B' SE DOHA FRACASSAR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não existe uma alternativa à Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio. ''Neste caso, não existe plano B. É plano A ou então não tem acordo. E se não tiver acordo, não teremos vencedores e perdedores. Todos serão perdedores'', afirmou, durante entrevista coletiva concedida em Camp David, ao lado do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.
Após haver se reunido com Bush no retiro presidencial americano, Lula afirmou que nunca esteve tão otimista quanto a destravar as negociações com vistas à retomada das negociações de liberalização do comércio mundial.
''De todas as reuniões em que participei com o governo americano, essa foi a mais produtiva", comentou o presidente.

Discurso afinado
Bush, por sua vez, foi na mesma linha.

''Todas as nossas conversas que tivemos sobre comércio se concentraram na retomada de Doha. Já me perguntaram muito sobre 'planos B' em muitos assuntos, mas eu sou, como o presidente Lula, um sujeito do tipo plano A'', afirmou o líder americano.
O presidente dos Estados Unidos disse que seu país está ''disposto a reduzir subsídios agrícolas de forma substancial'', mas acrescentou que é preciso que os produtos industrais e serviços americanos tenham acesso a outros mercados. A Rodada de Doha chegou a um impasse no ano passado, após divergências entre Brasil, União Européia e Estados Unidos. Os brasileiros queriam que americanos e europeus reduzissem os subsídios agrícolas que oferecem, ao passo que estes visavam a ter maior acesso a mercados de países em desenvolvimento. De acordo com Bush, ''o Brasil é um grande exportador, então é do interesse do Brasil que os seus produtos e serviços tenham acesso aos mercados mundiais também''.
O líder americano acrescentou que ''essas negociações são difícieis, porque há muitos interesses em jogo. Para ter êxito, é preciso ter a vontade decisiva. Eu garanto ao presidente Lula que nós, nos Estados Unidos, queremos ter êxito''.
Risos e divergências
Lula afirmou que a questão da reforma da Conselho de Segurança da ONU é o tema em que ele e Bush têm mais divergências.
E em seguida acrescentou: ''Mas também, se não tivermos divergência, não tem graça fazer política'', despertando risos de Bush.
Bush voltou a rir quando Lula acrescentou: ''Tenho 61 anos de idade e mais quatro anos de mandato. Então, estou convencido de que iremos ver esse Conselho da ONU mudado e a ONU reformada''.
O Brasil pleiteia um acento como membro permanente no Conselho de Segurança da ONU. Os Estados Unidos defendem que a vaga seja concedida ao Japão.
CONTROLADORES DESAFIAM LULA E PARAM O PAÍS
- CAOS, MORTE... E MILITARES À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS
- Acordo acaba greve, mas não a confusão nos aeroportos. A decisão de Lula de desmilitarizar o controle do tráfego aéreo causou insatisfação na Aeronáutica e deixou o governo refém dos controladores de vôo. No Paraná, aconteceu o pior: um passageiro passou mal e morreu
- Faz seis meses que os brasileiros são atormentados pelo caos aéreo nos aeroportos. Ontem, os transtornos atingiram a escala máxima. Em reação à intransigência do governo diante de suas reivindicações salariais, os controladores de vôo radicalizaram. Aquartelaram-se e entraram em greve de fome. O protesto começou por volta das 19h em Manaus, Salvador, Brasília, Curitiba e Rio de Janeiro. Três horas depois, o efeito cascata da iniciativa resultou na paralisação de todos os 49 aeroportos comerciais. Desde então, nenhum avião levantou vôo no país. Apenas os que já estavam no ar receberam autorização para pousar. Em resposta ao movimento, a Aeronáutica deu ordem de prisão a 18 aquartelados no Distrito Federal. Mas teve de voltar atrás por determinação de Lula, que foi informado do agravamento da situação enquanto viajava para encontro que terá hoje com o presidente dos EUA, George W. Bush. Ele também ordenou ao ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, que negociasse com os governistas. Pouco antes da meia-noite, o advogado dos controladores anunciou que havia sido fechado um acordo para a volta ao trabalho.
- Novo conjunto de provas indica a participação de mais 60 pessoas no esquema de pagamento de mesada a parlamentares. A investigação será encaminhada ao STF, onde já há uma denúncia contra 40 acusados.
Primeiros depoimentos à Polícia Federal indicam que o atentado aos estudantes africanos foi premeditado. Pelo menos duas pessoas participaram do incêndio criminoso, segundo os investigadores.
- Pesos pesados do PMDB se divertem em casamento da filha de dirigente do setor aéreo em Salvador. Enquanto passageiros sofriam sem vôos, eles decidiam quem vai dirigir a Infraero, a estatal que administra os aeroportos

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- CPI do Apagão volta a decolar
- Liminar do Supremo anula votação da Câmara que arquivou pedido de investigação do caos aéreo. Plenário do STF tomará decisão final.
- Investidores estão cada vez mais confiantes na política econômica. Em conseqüência, risco Brasil sofreu nova queda e chegou a 168 pontos. A Bovespa se recuperou de dois dias de perdas e subiu 1,96%. A cotação do dólar também despencou e ficou em R$ 2,04. No ano, a moeda norte-americana registra queda de 4,26%.
- Ministério Público determina à Polícia Civil que investigue indícios de discriminação racial no atentado a estudantes africanos. Reunidos em gramado da universidade, alunos estrangeiros preparam manifestação para a próxima semana.
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VALORECONÔMICO
- EUA sugerem que Petrobras contenha sua atuação no Irã
- Os Estados Unidos estão preocupados com o interesse da Petrobras em fazer negócios com o Irã. Numa iniciativa que faz parte da agressiva campanha do governo americano contra investimentos de empresas estrangeiras no país, com o objetivo de isolar o Irã e conter suas atividades nucleares, o embaixador dos EUA no Brasil, Clifford Sobel, discutiu o assunto recentemente com o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli. Sobel avisou que a presença da estatal no Irã pode criar complicações para os negócios de sua subsidiária americana, que explora áreas no Golfo do México.
Desde 2004, a estatal, em parceria com a Repsol, tem contrato com o governo do Irã para pesquisar jazidas de petróleo e gás num bloco chamado Tusan, no Goldo Pérsico. Atualmente, a Petrobras perfura um poço no local e o projeto prevê investimentos de US$ 35 milhões. A empresa também avalia a exploração de dois blocos no Mar Cáspio. No início do mês, um diretor da NIOC, estatal iraniana, disse que a Petrobras deverá assinar em breve um contrato de US$ 470 milhões para explorar dois blocos oferecidos na licitação. A notícia não foi confirmada pelo diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. "Estamos apenas negociando com a NIOC", disse ao Valor.
A Petrobras, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que não se manifestaria sobre questões políticas que cercam seus negócios no Irã e que sua presença naquele país é "estratégica". Segundo funcionários do governo brasileiro, Gabrielli disse a Sobel que no curto prazo os investimentos da Petrobras no país se restringirão ao bloco de Tusan. Procurado pelo Valor, o Departamento de Estado dos EUA informou que tem monitorado os investimentos da Petrobras no Irã, mas não divulgou detalhes das iniciativas diplomáticas tomadas.
Empresas estrangeiras anunciaram nos últimos anos US$ 126 bilhões em investimentos no setor de petróleo no Irã. Companhias como a holandesa Royal Dutch Shell e a Repsol, assim como os governos da China e da Malásia, também sofreram recentemente pressões dos EUA para se afastar do Irã.
- Claudia Safatle: governo monta superestrutura para desenferrujar a máquina pública e elevar investimentos.
- Sintonizado com o plano de governo do segundo mandato do presidente Lula, o novo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse ao Valor que o foco de sua gestão estará cada vez mais voltado à classe média rural, que inclui produtores com renda anual de R$ 80 mil a R$ 240 mil.
Segundo ele, é preciso reforçar as ações de capacitação do médio produtor, que não conta com políticas específicas. Stephanes pondera que tanto os grandes quanto os pequenos agricultores do país já dispõem de ferramentas próprias de apoio, e que por isso não serão prejudicados pela linha que pretende adotar.
Em harmonia com o Ministério do Meio Ambiente, Stephanes disse que as fronteiras agrícolas do país estão próximas do limite de expansão. Nesse contexto, criticou o desmatamento e defendeu a ocupação de áreas já degradadas e investimentos em tecnologia.
- A participação dos produtos importados alcançou níveis recordes no consumo doméstico e na produção industrial em 2006. No ano passado, 5,5 de cada 100 produtos consumidos no país eram importados. Essa participação se iguala àquela do auge do Plano Real, em 1997, segundo estudo divulgado ontem pelo BNDES. Na indústria de transformação, a participação dos importados tem sido mais intensa e alcançou 19% no ano passado, percentual bem superior aos 16,9% de 2005, até então o maior dos últimos 11 anos.
Para Fernando Puga, autor do trabalho, este fenômeno foi estimulado pela apreciação cambial. Mas ele não considera que esteja em curso um processo de desindustrialização no país.
- Desemprego nas principais metrópoles do país fica em 9,9% no mês passado. Belo Horizonte e Rio tiveram as maiores elevações.
- Nossa Caixa fechou acordo com CDHU para financiar imóveis para servidores paulistas de baixa renda. Desde o início do governo Serra, ações do banco caíram cerca de 35%.
- Após seis trimestres consecutivos de reduções, Conselho Monetário Nacional (CMN) mantém inalterada a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) em 6,5% ano.
- Na fria estatística das contas nacionais, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, é uma cidade rica. Tem um PIB de quase R$ 18 bilhões, o 10° maior entre os municípios brasileiros. Dividido pela população, seu valor per capita vai a R$ 21,6 mil, o dobro da média brasileira, em valores de 2004. Mas Caxias é, na verdade, muito pobre, embora apresente sinais de um ciclo de transformação. Começa a emergir na cidade uma classe média antes quase inexistente e, com ela, surgem as grandes redes de varejo. Até agora essas mudanças não foram suficientes para melhorar a posição do município quanto ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) - Caxias é apenas o 52° entre os 92 municípios do Rio.
- Armando Castelar: para crescer 5% de forma sustentada, investimentos teriam de avançar 11,5% ao ano.
ESTADO DE MINAS
- Supremo desarquiva a CPI
- O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello expediu liminar ontem, determinando que sejam desarquivados pela Câmara dos Deputados o requerimento e o ato de instalação da CPI do Apagão Aéreo. A decisão abre caminho para a investigação parlamentar da crise nos aeroportos, que havia sido derrubada por recurso do PT, aprovado pelo plenário. O desarquivamento foi pedido ao STF em mandado de segurança impetrado pela oposição e ainda será julgado pela corte, a quem caberá a decisão final. Em seu despacho, o ministro Celso de Mello explica que a liminar limita-se a paralisar os efeitos da deliberação plenária da Câmara que arquivou a CPI e que sua instalação depende do julgamento do mandato de segurança pelo Supremo. Para líderes oposicionistas, porém, a decisão abre caminho para a instalação imediata da CPI. Já os governistas dizem que será preciso esperar a manifestação do plenário do STF. O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), não se manifestou.
- Na cerimônia de posse de mais cinco ministros, ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a intenção de promover outra reforma na Previdência. Segundo Lula, o novo ministro da área, Luiz Marinho, tem capacidade de trabalho necessária para consertar o sistema, sem jogar a responsabilidade no colo dos pobres.
- Assembléia - Projeto alonga prazos de pagamento do IPVA.
- O dólar fechou ontem em R$ 2,04, a menor cotação desde março de 2001. O Banco Central interveio no mercado, comprando, mas não conseguiu evitar a queda de 1,16% da moeda norte-americana, que já acumula desvalorização de 4,26% frente ao real, este ano. Segundo os analistas, os sinais da economia indicam baixa ainda maior.
- Trabalho - Demitidos da Varig vão ter prioridade na Gol.

JORNAL DO COMMERCIO (PE)
- Salário de R$ 850 para professores
- Ministério da Educação envia hoje ao Congresso proposta para piso nacional dos professores estaduais e municipais. Salário inicial será de R$ 850 para 40 horas-aula semanais. Mais da metade da categoria será beneficiada, mas sindicatos questionam o valor.
- Lula se emociona em Nova Jerusalém - Acompanhado pelo governador Eduardo Campos, o presidente assistiu à Paixão de Cristo e deslumbrou-se com o espetáculo
ÚLTIMO SEGUNDO
Governo aceita negociação e controladores voltam ao trabalho
O governo federal fechou acordo com os controladores de vôo na madrugada deste sábado, abrindo caminho para que se atendam as principais reivindicações da categoria, que dizem respeito a transferências e afastamentos de profissionais e à desmilitarização do setor. Após a liberação dos pousos e decolagens, os principais aeroportos do País têm atrasos.
Os principais pleitos dos controladores foram tornados públicos desde novembro do ano passado, quando se iniciaram protestos contra as 'más condições' de trabalho. Dos Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o vice-presidente José Alencar e com os ministros Waldir Pires (Defesa) e Paulo Bernardo (Planejamento).
De acordo com o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, o presidente afirmou que "nós estamos com um gravíssimo problema que afeta a segurança nacional". "O importante é voltar à normalidade e se abrir a negociação", disse Lula segundo Martins.
Segundo Martins, a negociação com os controladores foi determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"O presidente determinou que se restabelecesse a normalidade, pois se tratava de uma questão de segurança nacional. O essencial era voltar à normalidade e que se abrisse para isso uma negociação", disse o ministro aos jornalistas.
A minuta de negociação foi assinada por Paulo Bernardo, designado negociador do governo, e pela secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra.
De acordo com o documento, "o governo federal abrirá um canal permanente de negociação com representantes, inclusive de controladores militares, para o aprimoramento do tráfego aéreo brasileiro, tendo como referência de início dos trabalhos a implantação gradual de uma solução civil, a partir de terça-feira, 3 de abril".
O governo assegurou também que não serão praticadas punições em decorrência da manifestação ocorrida na sexta-feira.
Caos nos aeroportos continua neste sábado
Apesar do Palácio do Planalto ter informado que os controladores já estão voltando ao trabalho, o governo reconhece que a situação não deverá ser normalizada neste sábado, já que diversos vôos foram adiados e cancelados.
Os passageiros com vôos marcados para a noite de sexta-feira sofreram com grandes filas, falta de informação e uma longa espera para embarcar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
No início desta manhã, os passageiros começaram a ser chamados para o embarque. O movimento foi intenso durante toda a madrugada. Depois das cinco horas da manhã, as filas nos guichês de check-in e venda de bilhetes aumentaram bastante e chegaram até a calçada.
Em Guarulhos, a situação no Aeroporto Internacional de São Paulo é de aparente tranqüilidade. Os painéis da Infraero mostram os horários previstos, mas ainda não há vôos confirmados.
No Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, Belo Horizonte, a situação está sendo normalizada. No momento, os atrasos são de aproximadamente duas horas.
As companhias aéreas orientam os passageiros a remarcarem seus vôos. No Aeroporto de Cumbica, em São Paulo, no início da madrugada deste sábado, muitos passageiros procuram vagas em hotéis próximos do local.
O saguão do aeroporto segue cheio e o clima é tenso no local. Há filas em todos os balcões das companhias, principalmente na Gol e na TAM. A direção do aeroporto solicitou reforço no policiamento.
A TAM e a Gol informaram que não irão cobrar as taxas de remarcação das passagens.
Por volta das 23h, houve um princípio de tumulto no aeroporto de Brasília, quando as principais companhias aéreas do Brasil começaram a remarcar os vôos que foram cancelados. No momento, todas as decolagens estão suspensas.
No Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, zona norte da cidade, um passageiro revoltado se descontrolou, tentou quebrar o balcão, destruiu um computador e agrediu uma supervisora da BRA. Ele chegou a ser agredido por outros passageiros e embarcou num táxi deixando rapidamente o local.
Segundo a Infraero, 107 vôos para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além de Curitiba e Vitória, foram cancelados ao todo no aeroporto paulista desde as 18h44, quando a paralisação começou, até perto da meia-noite.
Como reflexo disso, formou-se um cenário caótico no saguão do aeroporto de Congonhas. Muitos passageiros não conseguiram embarcar, e as companhias aéreas já estavam providenciando hotéis para seus clientes. Outros tinham dificuldade para remarcar as passagens.
A contadora Jarlete Carvalho, de 27 anos, grávida de quatro meses, esperava desde as 18 horas por informações sobre seu vôo a Salvador, onde mora.
"O problema maior é de informação, de informação desencontrada, não sabemos o que fazer", disse ela.
Em frente aos guichês das companhias aéreas, as pessoas transitavam com dificuldade, batendo nas malas uns dos outros, e queixando-se da situação.
"Isso está virando um circo", disse o servidor público Gilvanio da Silva, 35 anos, que aguardava por mais de três horas o embarque de seu vôo para Brasília.
"Eu e minhas colegas estamos muito indignados ... Para remarcar (a passagem) para amanhã tem um fila quilométrica", afirmou. "A gente não sabe se volta de ônibus, são 16, 18 horas de viagem. A gente está na dúvida."
Greve geral
Na sexta-feira, os controladores de vôo militares entraram em 'aquartelamento voluntário', em 'protesto contra perseguições pelo Comando da Aeronáutica', segundo o advogado Normando Cavalcanti Jr, que representa os controladores.
Depois de meses de queda-de-braço com as autoridades aéreas, os controladores de vôo radicalizaram e decidiram paralisar as operações aéreas em todo o País a partir das 18h44. Foi o segundo passo de uma mobilização que começou ao meio-dia, quando os sargentos controladores iniciaram uma greve de fome.
A decisão foi tomada em reunião dos controladores na própria sede do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta 1), depois que os sargentos foram advertidos pelo próprio comandante da unidade, coronel Carlos Aquino, para que refletissem sobre a decisão de se aquartelarem e fazerem greve de fome. O coronel avisou que não hesitaria em "usar o regulamento" e lembrou que os subordinados poderiam ser enquadrados por promoverem um motim.
(Com redação e agência Reuters)
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BBC
Bruno Garcez De Washington
Lula, nos EUA, não fala sobre crise aérea
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou na sexta-feira à noite a Washington, e foi direto para Blair House, a casa de hóspedes presidencial americana.
Seu avião aterrissou na base de Andrews, em Maryland, nas cercanias da capital americana.
Em Blair House, o presidente era aguardado por diversos fotógrafos e repórteres brasileiros que fizeram uma série de perguntas sobre a greve dos controladores de vôo. Ao lado do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, Lula acenou e limitou-se a responder: "Deixa eu chegar."
O compromisso oficial do presidente começa no sábado, por volta do meio-dia, quando ele se dirige a uma base naval em Virgínia, onde embarca em um helicóptero com destino a Camp David.
Ele deverá se reunir com Bush por entre uma hora e uma hora e meia.
Em seguida, os presidentes se revezarão em pronunciamentos de dez minutos e responderão a perguntas de jornalistas americanos e brasileiros.
Lula jantará com Bush antes de retornar a Washington, de onde partirá de volta para o Brasil.
O presidente brasileiro será o primeiro líder latino-americano a ser recebido por George W. Bush em Camp David, e o primeiro líder latino-americano a participar de uma reunião de trabalho no retiro dos presidentes americanos desde 1991. O último foi o mexicano Carlos Salinas de Gortari.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi recebido em Camp David pelo ex-líder americano Bill Clinton, em 1998, mas aquela reunião foi descrita pelo governo americano como sendo uma ''reunião pessoal'' e não uma ''reunião de trabalho''.
Doha
A agenda do encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e George W. Bush deverá ser abrangente, com temas que vão desde maneiras de destravar a Rodada de Doha, até a presença das tropas brasileiras no Haiti.
A retomada das negociações de Doha deverá, no entanto, dominar a agenda dos dois líderes, segundo informou nesta sexta-feira Dan Fisk, o diretor-sênior do departamento responsável pelas Américas do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, durante uma entrevista coletiva, em Washington.
A intensificação da cooperação na área de biocombustíveis também será um dos assuntos discutidos pelos líderes do Brasil e dos Estados Unidos. É possível que os dois presidentes divulguem quais deverão ser os três países da América Centra e do Caribe, além do Haiti, que irão sediar a parceria americano-brasileira para produzir etanol.
Além destes tópicos, Bush e Lula deverão ainda tratar do recém-assinado acordo de trocas de informações tributárias entre Brasil e Estados Unidos.

Lula com Bush em busca de 'novo paradigma'
BBC
Denize Bacoccina *
De Brasília
No encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente americano George W. Bush em Camp David, neste sábado, o Brasil vai se apresentar “com um novo paradigma de cooperação em terceiros países”, de acordo com o subsecretário de Assuntos Políticos do Itamaraty, Everton Vieira Vargas.
Em vez de demandas na relação bilateral – como a redução dos subsídios agrícolas, por exemplo – o Brasil quer se colocar com um parceiro em pé de igualdade com os Estados Unidos, disposto a utilizar seu conhecimento tecnológico ou solidez institucional em países mais atrasados.
“Não temos uma lista de pedidos para os Estados Unidos. O presidente não vai lá para fazer pedidos”, afirmou Vargas, em entrevista antes de seguir para Washington para acompanhar a visita do presidente Lula.
Entre os projetos, estão a cooperação para o combate à malária em países da África, o desenvolvimento econômico do Haiti e a assistência brasileira para o fortalecimento do poder legislativo em Guiné-Bissau.
Sofisticação
Ele diz que “o Brasil é um país que se sofisticou muito” e que tem muito a oferecer.
“Queremos explorar um novo caminho nas nossas relações com os Estados Unidos. Um caminho pelo qual nós possamos atuar conjuntamente e ter benefícios mútuos”, afirmou.
O embaixador diz que esta nova postura do governo brasileiro reflete “uma consciência da maior maturidade do Brasil para atuar no plano internacional”. “Inclusive para atuar como parceiro da maior potência do mundo”, destaca.
Cooperação no Haiti
No caso do Haiti, o governo brasileiro espera a cooperação financeira dos Estados Unidos para desenvolver a economia do país e com isso ajudar na solução da violência.
“Só vamos ter êxito no Haiti no momento em que a população haitiana perceber que a presença da Minustah (forças de paz da ONU comandadas pelo Brasil) está trazendo estabilidade para dentro da sua casa. Ninguém tem estabilidade se esta pessoa não tem renda, não tem emprego, não tem escola, não tem saúde”, afirmou.
A Venezuela, país que trata um duelo verbal com os Estados Unidos, não deve ser tema de discussão entre os dois países, na avaliação do embaixador.
“O Chávez tem a sua política. Ele faz a política que considerar mais consentânea com os interesses da Venezuela. O Brasil tem excelentes relações com a Venezuela. O presidente Lula tem boas relações com o presidente Chavez. É isso. Não há porque emocionalizar as relações”, afirmou.
Nos EUA
De acordo com o embaixador brasileiro em Washington, Antônio Patriota, não é possível singularizar um tema específico como sendo o tópico principal da reunião entre Lula e Bush.
De acordo com o embaixador, ''os dois líderes participam de um exercício multilateral muito maior''. Em relação à Rodada de Doha, Patriota afirmou que ''o que há é uma tentativa de de organizar os próximos passos para chegar a um ponto de inflexão''.
Em discurso realizado nesta quarta-feira, o presidente George W. Bush disse que a única maneira de concluir as negociações da Rodada Doha e outros acordos comercias é através da extensão da chamada TPA (Trade Promotion Authority) pelo Congresso americano.
O recurso, também conhecido como ''fast track'' permite ao Executivo americano aprovar acordos comerciais sem a possibilidade de emendas pelo Congresso. O TPA expira no próximo dia 1º de julho.
* Colaborou Bruno Garcez, de Washington.

Etanol do Brasil pode substituir 5% da gasolina até 2025, diz governo

Daniel Gallas da BBCDe São Paulo
Estudos divulgados pelo governo brasileiro nesta quinta-feira afirmam que o Brasil tem condições de substituir 5% da gasolina consumida mundialmente com o etanol produzido no país até 2025, se houver melhor aproveitamento da estrutura nacional e crescimento da demanda mundial por biocombustíveis.
"Isso sem utilizar irrigação de áreas ou grandes tecnologias", afirma Oswaldo Oliva Neto, chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE) da Presidência. "Se o Brasil fizer um esforço com técnicas mais avançadas, é possível substituir até 10% da gasolina no mercado mundial."
Segundo a pesquisa divulgada pelo NAE – dividida em três estudos produzidos por especialistas do setor privado, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – esse cenário dependeria de duas condições: o crescimento da demanda por etanol no mercado mundial e o aumento da indústria da cana-de-açúcar no Brasil.
O estudo prevê que, em 18 anos, o consumo mundial de gasolina vai subir dos atuais 1,15 trilhão de litros por ano para 1,7 trilhão. Parte desta demanda poderia ser atendida com etanol misturado à gasolina comum, como acontece hoje no mercado brasileiro.
Segundo a pesquisa, o etanol se torna atraente como componente para mistura com a gasolina quando o preço do barril do petróleo oscila entre US$ 40 e US$ 80. Fora dessa margem, o etanol se tornaria uma opção cara demais para ser misturada na gasolina.
Produção maior
Caso a demanda mundial pelo etanol cresça o projetado, a indústria da cana-de-açúcar brasileira também teria de aumentar sua produção para atingir o potencial projetado pelo NAE.
"O modelo brasileiro de produção de etanol precisa ser mudado. Hoje, ele existe para atender a demanda interna. Se quisermos aproveitar oportunidades no exterior, precisamos ter um modelo de produção para exportação", afirma Oliva Neto.
Na avaliação do NAE, a área plantada de cana de açúcar também teria de aumentar – dos atuais 1,5 milhão de hectares para 4,5 milhões.
A pesquisa do governo brasileiro mapeou 12 regiões brasileiras onde a cana poderia ser plantada com eficiência e sem ameaçar áreas de proteção ambiental, florestas ou outras culturas agrícolas.
Meio ambiente
"Os ambientalistas (que reclamam do impacto de uma provável monocultura da cana) estão certos. É inadequado plantar cana em áreas ecológicas ou empurrando outras culturas para fora", diz o chefe do NAE.
As terras mapeadas pelo NAE – que são utilizadas hoje por pequenos agricultores – estão em 11 Estados: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte.
Oliva Neto ressalta que o desenvolvimento projetado no estudo prevê uma expansão do setor privado de cana-de-açúcar, sem incentivos do governo brasileiro.
"O que o governo precisa fazer é criar marcos regulatórios e cuidar da infra-estrutura, melhorando as estradas e portos", diz.
A pesquisa sobre biocombustíveis faz parte do projeto "Brasil Três Tempos", do NAE, que identifica áreas nas quais o Brasil teria de melhorar para se tornar uma nação plenamente desenvolvida até 2022, quando o país completa 200 do aniversário da Independência.
Denize BacoccinaDe Brasília
Lula e Bush querem 'destravar relação', diz embaixador dos EUA
O embaixador americano no Brasil, Clifford Sobel, diz que com o encontro deste sábado, em Camp David, o segundo em três semanas, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e George W. Bush vão "destravar a relação e torná-la ainda melhor".
Sobel destaca que Lula será o primeiro presidente latino-americano a ser recebido por Bush na casa de campo oficial do governo americano nos seis anos de governo do republicano.
Nesta entrevista à BBC Brasil, o embaixador diz que a conversa dos dois presidentes deve se concentrar em assuntos como a Rodada de Doha e a cooperação em outros países e nega que o líder venezuelano Hugo Chávez seja um dos temas do encontro.
BBC Brasil - Quais são os principais pontos do encontro entre os presidentes Bush e Lula?
Clifford Sobel – Eu acho que é um diálogo contínuo. Uma oportunidade histórica para construir sobre o que foi discutido no dia 9 de março em São Paulo. Os dois presidentes estarão se encontrando duas vezes e o presidente será o primeiro presidente latino-americano a ser recebido pelo presidente Bush em Camp David. É um lugar muito casual, o que se presta à informalidade dos dois presidentes.
BBC Brasil - Etanol foi o assunto principal em termos de cooperação prática quando o presidente Bush esteve em São Paulo. É possível vislumbrar um cronograma para a realização de projetos nesta área?
Sobel – Os biocombustíveis foram uma parte importante da agenda, mas discutimos também outros assuntos. Discutimos a Rodada de Doha, a cooperação não só na região, mas também na África. Não só em biocombustíveis, mas em educação, saúde. Discutimos malária, educação, o apoio a instituições democráticas. Outro ponto da cooperação é o Fórum de CEOs, um fórum de líderes empresariais para discutir formas de cooperação bilateral no setor privado. Só temos este tipo de relação hoje em dia com a Índia.
BBC Brasil - O senhor avalia que haverá um avanço nas discussões sobre a Rodada de Doha neste encontro?
Sobel - Estados Unidos e Brasil compartilham um desejo comum por uma conclusão bem-sucedida de Doha. Eles vão vão analisar, tenho certeza, maneiras de avançar neste assunto crucial. O presidente Bush disse que este é o momento de avançar, e os dois presidentes estão comprometidos com isso.
BBC Brasil - O Brasil quer se colocar como um país parceiro dos Estados Unidos para atuar em terceiros países. Como vocês vêem o Brasil nesta situação. O Brasil está no mesmo nível dos Estados Unidos para oferecer ajuda a outros países?
Sobel - É uma verdadeira parceria. Somos parceiros de muitas maneiras. Tenho certeza que veremos resultados do encontro dos presidentes no sábado. Haverá, em julho, um encontro sobre inovação em Brasília, com representantes de empresas e de acadêmicos dos dois países.
BBC Brasil - Podemos dizer que Brasil e Estados Unidos estão tentando recuperar o tempo, depois de um longo período de relações meio mornas?
Sobel - Nós temos um bom relacionamento. As pessoas gostam umas das outras. O fluxo de turistas aumentou. O número de turistas americanos no Brasil aumentou. Nossos povos são próximos. Nossas culturas são próximas. Nossos líderes estão vendo como destravar esta relação e torná-la ainda melhor.
BBC Brasil - O governo americano tentou não responder às críticas do presidente venezuelano, Hugo Chávez, mas, na semana passada, o subsecretário Nicholas Burns criticou o governo argentino por permitir uma manifestação contra Bush na Argentina. É uma nova fase no relacionamento dos Estados Unidos no hemisfério. Vamos ver a partir de agora maior interferência dos Estados Unidos?
Sobel - Primeiro, não vejo nenhuma interferência. A visita do presidente Bush à América Latina foi focada em uma agenda positiva, trabalhando com países que estão interessados em trabalhar com os Estados Unidos. Não foi focada, como disse o presidente, só em comércio e terrorismo, mas também em justiça social. Estamos vemos como aprofundar este diálogo e a prova são todas as coisas boas que resultaram das conversas bilaterais entre os dois presidentes.
BBC Brasil - Como a Venezuela será tratada no encontro?
Sobel - Venezuela não é parte da agenda. A agenda dos dois presidentes é ver como podemos aprofundar nossa cooperação e fazer uma boa relação ainda melhor
30 de março, 2007 - 11h14 GMT (08h14 Brasília)
Bruno GarcezDe Washington
Agenda de Lula e Bush - de Doha ao Haiti
A agenda do encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e George W. Bush é abrangente, com temas que vão desde maneiras de destravar a Rodada de Doha, até a presença das tropas brasileiras no Haiti.
A intensificação da cooperação na área de biocombustíveis também deverá estar entre os assuntos discutidos pelos líderes do Brasil e dos Estados Unidos.
Além destes tópicos, Bush e Lula deverão ainda tratar do recém-assinado acordo de trocas de informações tributárias entre Brasil e Estados Unidos.
Por volta de 20h do horário local nesta sexta-feira, Lula deve desembarcar na base de Andrews, situada nas cercanias de Washington, no Estado de Maryland.
Uma hora mais tarde ele deve chegar à capital americana. O presidente pernoitará em Blair House, a casa de hóspedes presidencial situada a poucos metros à Casa Branca.
Camp David
No sábado, o presidente seguirá de helicóptero para Camp David, a casa de campo presidencial americana, onde deverá chegar por volta das 14h locais. Ele deverá se reunir com Bush por entre uma hora e uma hora e meia.
Em seguida, os presidentes se revezarão em pronunciamentos de dez minutos e responderão a perguntas de jornalistas americanos e brasileiros.
Na seqüência, ele volta a se reunir com Bush e, pouco depois, retorna a Washington, de onde partirá de volta para o Brasil.
Lula será o primeiro líder latino-americano a ser recebido por George W. Bush em Camp David.
Amorim
Lula será precedido pelo chanceler Celso Amorim, que chega a Washington nesta sexta-feira pela manhã.
O ministro das Relações Exteriores deverá se encontrar com a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, com quem irá almoçar.
Durante a recente visita do presidente Bush ao Brasil, Rice e Amorim assinaram o memorando de entendimento para a produção, pesquisa e desenvolvimento de etanol entre Brasil e Estados Unidos.
Em Camp David, Amorim deverá também se reunir com a representante do Comércio dos Estados Unidos, Susan Schwab. Na agenda da dupla, estão formas de superar o impasse relativo à Rodada de Doha, de liberalização do comércio mundial.
DA AGÊNCIA BRASIL


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