quinta-feira, 5 de abril de 2007

QUINTA FEIRA SANTA

CONFIRA AS MANCHETES DOS JORNAIS DE 5 DE ABRIL

Folha de S.PauloPara Lula, crise aérea está resolvidaAgora São PauloINSS propõe desconto de 10% para pagar mais rápido revisão de ORTNO Estado de São PauloGoverno se adianta para controlar CPI do ApagãoO GloboFAB não deverá punir todos os militares insubordinadosJornal do BrasilSTF deve decidir contra greve de controladoresCorreio BrazilienseCâmara corta vagas e muda concursoGazeta MercantilMarca registrada no Brasil valerá em 130 paísesValor EconômicoDólar a R$ 2 põe em xeque estratégias das empresasEstado de MinasLula mantém ministro e apela a controladoresJornal do CommercioLula agora pede "PAC militar"
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GLOBO
Partidos aceitam abrir só parte da 'porteira'
Veto de Lula à 'porteira fechada' gerou confusão entre as legendas governistas.Consenso é o de tentar acomodar nomeados por uns nas pastas de outros.
Maria Angélica Oliveira Do G1, em São Paulo
Com o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao método de “porteira fechada” para nomeações no segundo escalão, os partidos da base do governo agora pretendem fazer permutas de cargos entre os ministérios controlados pelas diferentes legendas.
Saiba mais
» Infográfico mostra o ministério do 2º mandato de Lula
» Veja a foto do novo ministério de Lula
» 'Não há porteira fechada', diz Lula a ministros
» Líderes de PR e PV resistem à ordem de Lula
» PR quer agora 'abrir porteira' noutras pastas
» PT admite perder cargos nos 2º e 3º escalões
Concluída a reforma ministerial, nove partidos estão representados no ministério. A expectativa na base governista era que cada ministério teria “porteira fechada”, isto é, os partidos teriam total autonomia para fazer nomeações nas pastas que controlam.

Mas a decisão do presidente Lula, anunciada pelo ministro Franklin Martins (Comunicações) após a reunião ministerial da última segunda (2), deu margem a diversas interpretações.
O único consenso é sobre a necessidade de um meio-termo: as “porteiras” não ficariam totalmente fechadas, como pretendiam os partidos nem totalmente abertas, como sinalizou o presidente.
Em todo o governo, existem 19.802 cargos DAS (Direção e Assessoramento Superior), com remunerações que variam entre R$ 1.282,20 e R$ 7.575,00. Dominar esses postos significa acumular capital político e ter a possibilidade de acomodar filiados.
A “porteira fechada” prejudicaria principalmente o PT, que, desde o primeiro mandato, mantém militantes em cargos de segundo e terceiro escalão em várias pastas, inclusive nas que não estão sob controle direto do partido.
“Antigamente, o PT chegava nos ministérios e reivindicava isso e aquilo. Como é o partido do presidente, e como quem é ministro não é bobo e quer agradar, acabava cedendo. Só que não se tinha a mesma iniciativa de fazer isso nos ministérios de outros partidos”, afirma o líder do PSB na Câmara, deputado Márcio França (SP).
O líder do PTB na Câmara, deputado Jovair Arantes (GO), faz coro às críticas. “O ministro era de um partido, o secretário-geral era de outro partido, a pessoa que cuida das finanças era de outro. Aí criaram-se ‘cartoriozinhos’ que dificultaram muito as ações do ministro no ministério”, relatou.
Leia também: Líderes do PR e PV resistem à ordem de Lula PT admite perder cargos nos 2º e 3º escalões
PMDB
O PMDB, partido que detém o maior número de ministérios depois do PT, será o mais afetado pelo veto à porteira fechada.
O presidente da sigla, deputado Michel Temer (SP), disse ao G1 ainda não saber quais critérios serão utilizados para preencher os cargos de confiança, mas afirmou que o partido não está preocupado com o prejuízo.
“O PMDB vai ter posições em todos os ministérios, e os demais partidos vão ter posições nos ministérios do PMDB. A indicação de nomes, quem vai decidir é o Executivo: onde coloca A, onde coloca B”, resume.

Os peemedebistas controlam cinco ministérios: Comunicações, Minas e Energia, Saúde, Integração Nacional e Agricultura.
PSB
Semelhante é a interpretação do líder do PSB na Câmara dos Deputados, Márcio França (SP), que defende a adoção de dois critérios: reciprocidade e proporcionalidade. Para o primeiro caso, ele cita o exemplo do Ministério das Cidades, comandado por Márcio Fortes (PP), mas que tem postos estratégicos em secretarias controlados por petistas.
“Naturalmente, haverá uma pressão dos deputados: ‘poxa, vai deixar esse secretário do PT?’. Se o ministro entender ‘vou deixar, é uma pessoa competente’, aí se criou um crédito para o PT abrir mão de algum lugar nos ministérios dele e para o PP indicar alguém”, explicou.
Pela proporcionalidade, segundo o líder, o PSB teria o controle de 14% dos cargos de confiança do governo – percentual igual ao espaço que a bancada ocupa dentro da base do governo na Câmara dos Deputados. “É o critério que dá menos chiadeira”, afirma França.
De acordo com o líder dos socialistas, os partidos que integram o chamado “bloco de esquerda” na Câmara (PC do B, PSB e PDT, todos da base governista) já entraram em acordo para acomodar indicações dos aliados e vice-versa. O PC do B tem o Ministério dos Esportes e o PDT recebeu o Ministério do Trabalho.
PTB
O líder do PTB na Câmara, deputado Jovair Arantes (GO) diz que, depois da decisão anunciada por Lula na reunião ministerial, não sabe explicar quais critérios serão utilizados para o preenchimento dos cargos de confiança. Mas ele também defende “um mix”.
Os petebistas participam da coalizão com a pasta das Relações Institucionais, responsável pela articulação política do governo e comandada pelo deputado Walfrido Mares Guia (PTB-MG).
“Não pode ser nem totalmente aberto, nem totalmente fechado”, afirma Arantes. Segundo ele, dentro da legenda, não é grande o apetite pelas nomeações. “De cada dez cargos que você arruma no governo, oito ou nove servem ao interesse pessoal. Apenas um ou dois servem ao interesse partidário”, opina.
PP
No PP, o deputado Mário Negromonte (BA), líder da bancada na Câmara, afirma que a legenda reivindica os postos de secretários das áreas de saneamento, habitação e transportes e dos presidentes da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), todos do Ministério das Cidades, já pertencente ao partido desde agosto de 2005, ainda no primeiro mandato de Lula.
“Se não for verticalizado, não podemos ser responsáveis totalmente pelo ministério. Queremos espaços no segundo escalão do tamanho do nosso partido, do nosso apoio: faz parte da coalizão, do conselho político, é um partido aliado, fiel, que tem aliança programática”, afirma, ressaltando que Lula havia prometido ao PP entregar o ministério integralmente. O atual ministro das Cidades, Márcio Fortes (PP), substituiu no comando da pasta Olívio Dutra (PT). Segundo Negromonte, o ministério, ocupado em grande parte por petistas, ficou como estava durante todo o primeiro mandato, à exceção da troca do ministro.
“Teve um esforço muito grande do Márcio Fortes porque os secretários e auxiliares têm que levar idéias e propostas ao ministro, e ele praticamente fez carreira solo. Sem ter afinidade, é difícil o bonde andar. Quando vem de outro partido, o sujeito se sente dono do cargo. Ele não obedece”, afirma.
PC do B
O PC do B, que comanda o Ministério dos Esportes desde o primeiro mandato, também quer mais espaço na Secretaria Especial da Juventude, órgão subordinado à Secretaria-Geral da Presidência, comandada pelo petista Luiz Dulci.
O senador Inácio Arruda (PC do B-CE) diz que valerá o bom-senso na montagem das pastas, mas defende que ao menos a cúpula seja escolhida pelo titular.
“O ministro precisa ter o chefe do gabinete, o secretário-executivo... São funções que ele tem que lidar todo o dia, é aquela pessoa que ele chama no gabinete toda hora. Essas funções são do máximo da confiança dele. Ele não pode entregar para outra força política”, defende.
PDT
O líder do PDT, Miro Teixeira (RJ), afirma que o caráter partidário é secundário na definição dos cargos de confiança. “Ninguém pode ser excluído porque é filiado a um partido político, mas ninguém pode ser escolhido apenas por ser filiado”.
Libertação de marinheiros britânicos é um "alívio profundo", diz Tony Blair
Os 15 marinheiros que estavam presos no Irã foram libertados nesta quarta.Ahmadinejad anunciou a libertação em discurso na TV.
Do G1, com agências
O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, saudou nesta quarta-feira (4) o anúncio da libertação dos 15 marinheiros britânicos capturados pelo Irã afirmando que não houve negociação para este "presente" inesperado do presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad.
À véspera de um fim de semana prolongado de Páscoa na Grã-Bretanha, Blair disse que estava satisfeito com a libertação dos 14 homens e uma mulher anunciada em entrevista de imprensa pouco antes em Teerã.
"Desde o início, adotamos uma aproximação moderada -firme mas calma, não de negociação, nem de confrontação", acrescentou o primeiro-ministro britânico, em breve declaração em frente ao Downing Street.
As notícias da libertação dos marinheiros, 13 dias após sua captura, é um "alívio profundo", insistiu.
Ele agradeceu todos os que trabalharam pela libertação, a Europa, o Conselho de Segurança da ONU e também "os aliados na região". Não disse mais nada, no entanto o canal de televisão Sky News afirmou nesta quarta-feira que a Síria e o Qatar haviam desempenhado um papel-chave na resolução da crise.
"Desejamos resolver de modo pacífico todos os desacordos que temos com seu governo, por diálogo", disse Blair, dirigindo-se ao povo iraniano.

Libertação
Os 15 marinheiros britânicos foram libertados pelo governo iraniano nesta quarta-feira (4). Eles estavam presos desde o último dia 23, quando patrulhavam o Golfo Pérsico. Antes de serem soltos, Ahmadinejad conversou com cada um deles publicamente e em frente às câmeras de emissoras de televisão.
Ahmadinejad sorriu quando se encontrou com um dos presos. E disse brincando: "Como você está?... Então você veio em férias obrigatórias". Ele deu ainda "boa sorte" aos britânicos.
Os homens vestiam ternos em vez dos uniformes que haviam usado e Faye Turney, a única mulher do grupo, usava um véu azul com camisa rosa escuro.
Os marinheiros irão para a embaixada britânica e embarcam para suas casas até a sexta-feira.
A crise
O Irã acusou a Grã-Bretanha de ter invadido suas águas no último dia 23. O governo britânico, porém, disse que os militares estavam em águas iraquianas.
Neste período de prisão, a Grã-Bretanha sempre manteve a sua posição. Já alguns dos militares presos apareceram na TV iraniana pedindo desculpas por ter invadido o espaço iraniano sem autorização. Este fato foi repudiado pelo governo britânico, que declarou que seus marinheiros foram obrigados.
Nesta quarta, durante a entrevista coletiva, Ahmadinejad fez um pedido ao primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.
"Peço ao senhor Blair que não puna os soldados com a acusação de aceitarem falar a verdade", disse ele em referência às "confissões" gravadas dos 15 marinheiros e fuzileiros-navais dizendo que haviam entrado em águas iranianas.
O perdão do Irã, porém, aconteceu só depois de Ahmadinejad premiar três de seus militares exatamente por terem prendido os 15 britânicos.
O presidente do Irã disse ainda que está "triste" pelo que chamou de violação da fronteira iraniana pelos britânicos e disse lamentar que Londres não teve "coragem suficiente" para admitir seus atos.
"O governo iraniano lamenta que o governo britânico não é corajoso suficiente para confessar seu erro de entrar em águas iranianas", disse Mahmoud Ahmadinejad em uma entrevista coletiva, acrescentando que a nação iraniana estava "triste" pela ação britânica.
Recepção
O chamado Comitê Cobra - comissão de crise integrada por membros do Governo, da Polícia e dos serviços secretos do Reino Unido - se reunirá nesta quarta para organizar o retorno dos 15 militares britânicos detidos no Irã. Segundo a rede pública "BBC", o comitê se reunirá a partir das 13h (de Brasília) para estudar a "logística" necessária para repatriar os militares. Em Londres, o Governo britânico comemorou o anúncio feito por Ahmadinejad. "Cumprimentamos o que o presidente (Ahmadinejad) disse sobre a libertação dos 15 militares", disse uma porta-voz de Downing Street, residência e escritório oficial do primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.
Saiba mais
» Presidente do Irã premia militares do país e dá anistia a marinheiros britânicos
» Petróleo recua após libertação de marinheiros no Irã
» Iraque confirma libertação de diplomata iraniano seqüestrado
» EUA respondem ao Irã e negam participação na crise do Golfo
"Estamos estabelecendo agora exatamente o que isto significa quanto ao método e ao momento da libertação", acrescentou a porta-voz.
Estados Unidos
O presidente dos EUA George W. Bush saudou o anúncio feito pelo Irã quanto à libertação dos marinheiros britânicos, informou a Casa Branca. "Como o primeiro-ministro Blair, o presidente Bush saúda a notícia", declarou a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino
Mesmo com controle civil, aviação Argentina enfrentará caos na Páscoa
Pilotos recusaram plano de decolagens a cada cinco minutos.Eles dizem que manterão o intervalo de dez minutos por falta de radar.
Do G1, com agências
Os argentinos devem enfrentar neste fim de semana prolongado de Páscoa caos parecido com o que os brasileiros vêm encarando nos aeroportos, apesar de o governo de Néstor Kirchner já ter transferido o controle da aviação a civis.
Nesta quarta-feira (4), os pilotos argentinos recusaram um plano oficial que prevê decolagens de cinco em cinco minutos em pleno feriado, dizendo que manterão o intervalo de dez minutos por falta de radar.
"É uma loucura o que está acontecendo: o radar continua fora de serviço e decidiram reduzir o tempo de dez para cinco minutos", queixou-se o presidente da Associação de Pilotos de Linhas Aéreas (APLA), Jorge Pérez Tamayo.
Segundo Pérez Tamayo, a decisão dos pilotos de não acatar a ordem foi tomada para "preservar a vida dos passageiros e dos pilotos". Para ele, aceitar a medida oficial "significa piorar ainda mais a segurança" na aviação.
"Decidimos instruir nossos pilotos para que os intervalos não sejam inferiores a dez minutos", explicou Pérez Tamayo.
O ministério da Defesa anunciou na sexta-feira passada que o tempo entre decolagens e aterrissagens será reduzido à metade para evitar congestionamento de tráfego aéreo e atrasos para os passageiros no feriado da Semana Santa (entre quinta-feira e domingo), quando o fluxo de turistas aumenta consideravelmente.
Diego Serra, titular da União dos Aviadores de Linhas Aéreas (UALA) exigiu que "os estatutos da Organização Internacional da Aviação Civil (OACI) sejam cumpridos". Neste caso, quando o controle é manual o intervalo mínimo deve ser de sete ou oito minutos.
Segundo o ministério da Defesa, a decisão de reduzir o tempo entre os vôos foi apoiada pelo Órgão Regulador do Sistema Nacional de Aeroportos (ORSNA), a subsecretária de Transporte Aerocomercial, representantes de Aeroportos Argentina 2000, as companhias aéreas, a Torre de Controle de Vôos do aeroporto internacional de Ezeiza e a Associação dos Profissionais de Serviços Aeronáuticos (APSA).
Já a Associação de Controladores do Tráfego Aéreo (ACTA), que representa 480 dos 720 controladores do país, se manifestou contra.
A Força aérea disse nesta quarta-feira que a "segurança está garantida" e que o tempo entre as decolagens e os pousos "será flexível" no fim de semana.
Controladores civis
O governo argentino oficializou há mais de 15 dias a transferência do controle da aviação comercial da Força Aérea para as mãos de civis, após uma série de problemas causados por falhas e irregularidades.
Mas os vôos domésticos do aeroporto metropolitano Jorge Newbery e alguns internacionais continuam enfrentando dificuldades por causa de um radar com defeito que foi atingido por um raio. A operação de controle por enquanto está sendo feita manualmente.
No entanto, os trabalhadores do setor iniciarão uma greve quinta-feira porque estão se sentindo vítimas do nervosismo dos passageiros pelos atrasos dos vôos.
Segundo comunicado da Associação Pessoal Aeronáutico (APA, terra), a greve afetará todos os vôos nacionais do aeroporto metropolitano e protestarão contra os "ataques e xingamentos dos passageiros prejudicados pelo caos".
Collor prepara projeto de parlamentarismo
Ele pretende apresentar proposta de emenda à Constituição em duas semanas. Será o primeiro projeto do mandato do ex-presidente, eleito senador pelo PTB-AL.
Da Reuters
O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) vai apresentar ao Congresso Nacional uma proposta de emenda à Constituição pela qual o Brasil passaria a adotar o regime parlamentarista.
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Este será o primeiro projeto elaborado pelo ex-presidente da República desde que assumiu sua cadeira no Senado. O petebista ainda está concluindo o texto da PEC, mas quer apresentá-lo formalmente ao plenário da Casa no prazo máximo de duas semanas.
"O presidencialismo é uma carroça do sistema político brasileiro, que também está defasado. O parlamentarismo é um regime muito mais moderno. Nele, as crises institucionais não atingem o Estado, como acontece no presidencialismo", afirmou.
O ex-presidente é um defensor do parlamentarismo e só não fez campanha pelo sistema de governo no plebiscito de 1993 porque estava com os direitos políticos cassados. Na ocasião, os brasileiros votaram pela manutenção do presidencialismo.
O objetivo de Fernando Collor é não só retomar uma agenda do passado, mas trabalhar no sentido de uma reforma política capaz de diluir os "vícios" das atuais regras eleitorais e partidárias.
No parlamentarismo, o presidente da República detém o papel de chefe de Estado e um primeiro-ministro, escolhido com aval da Câmara dos Deputados, tem a prerrogativa de chefe de governo. A lógica desse sistema é a formação de uma maioria partidária no comando do país e de um Legislativo forte.
Conforme o texto inicial da PEC de Collor, o Poder Executivo será exercido pelo presidente da República e por um Conselho de Ministros, cabendo a este a direção da política de governo e da administração federal.
O conselho responde coletivamente à Câmara dos Deputados, que tem poder de destituí-lo mediante aprovação da maioria absoluta da Casa. O presidente deste conselho, com designação de primeiro-ministro, tem poderes de indicar ministros, propor os nomes dos comandantes das Forças Armadas e vetar leis aprovadas no Congresso. Além disso, é ele que propõe a edição de medidas provisórias ao Congresso.
A emenda constitucional, elaborada para entrar em vigor no mandato presidencial seguinte à aprovação da lei, tem um longo caminho a percorrer. Deve ser apreciada em dois turnos pela maioria absoluta dos votos na Câmara e no Senado. Por ser polêmica, deverá encontrar inúmeras barreiras políticas. O Brasil viveu duas experiências distintas de parlamentarismo. Uma bastante breve, entre setembro de 1961 e janeiro de 1963, para solucionar a resistência de militares e políticos que não queriam que a presidência da República passasse às mãos do vice-presidente João Goulart, após a renúncia de Jânio Quadros.
A outra foi ainda no Segundo Reinado, entre 1847 e 1889, com a peculiaridade de o primeiro-ministro ser indicado pelo imperador e não pelo parlamento.
RESUMO MUNDO REUTERS
Britânicos deixam Teerã e partem para Londres
TEERÃ (Reuters) - Os 15 marinheiros britânicos que foram capturados pelo Irã deixaram Teerã na quinta-feira com destino a Londres, encerrando um impasse de duas semanas que aumentou a tensão nas relações entre o Irã e o Ocidente.
Bush reconhece que americanos estão cansados da guerra no Iraque
FORT IRWIN, EUA (Reuters) - O presidente dos EUA, George W. Bush, admitiu na quarta-feira, em um discurso proferido diante de soldados prestes a serem enviados ao Iraque, que os norte-americanos estão cansados da guerra no país árabe e defendeu sua decisão de enviar mais militares para o território iraquiano.
Atlântico deve enfrentar vários furacões neste ano, dizem EUA
NOVA ORLEANS, EUA (Reuters) - O chefe do Centro Nacional de Furacões dos EUA, Bill Proenza, disse na quarta-feira que a temporada de furacões deste ano deve contar com várias ocorrências do tipo.
Gelo do mar do Ártico fica perto de recorde negativo no inverno
NOVA YORK, EUA (Reuters) - Em um sinal do aquecimento provocado pelos gases do efeito estufa, a superfície de gelo no mar do Ártico neste inverno foi a segunda menor já registrada, afirmaram na quarta-feira meteorologistas norte-americanos.
Em liberdade, marinheiros britânicos encontram presidente do Irã
TEERÃ (Reuters) - O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, surpreendeu o mundo na quarta-feira ao anunciar um 'presente' ao povo britânico -- a libertação de 15 marinheiros presos por seu país há 13 dias.
Irã entregará marinheiros britânicos à embaixada na 5a--agência
TEERÃ (Reuters) - Um conselheiro do presidente iraniano disse que os 15 marinheiros britânicos que foram detidos pelo Irã serão entregues à embaixada britânica na quinta-feira e então irão embora, noticiou a agência de notícias Mehr.
Irã anuncia libertação de marinheiros britânicos como "presente"
TEERÃ (Reuters) - O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse na quarta-feira que vai libertar os 15 marinheiros britânicos, como 'presente' à Grã-Bretanha.
Presidente do Irã sorri e brinca com britânicos
TEERÃ (Reuters) - O presidente do Irã desejou 'boa sorte' aos britânicos que estavam detidos no Irã na quarta-feira e brincou com eles em uma cerimônia para comemorar sua libertação, mostraram as imagens de televisão.
Cientistas britânicos tentam barrar veto a embriões híbridos
LONDRES (Reuters) - Cientistas e parlamentares da Grã-Bretanha pediram na quarta-feira que seja rejeitada a proposta de veto às pesquisas envolvendo a criação de embriões híbridos de animais e seres humanos para o tratamento de doenças como o mal de Parkinson, derrames e o mal de Alzheimer.
República Centro-Africana está à beira de um desastre, diz ONU
GENEBRA (Reuters) - A República Centro-Africana enfrenta um crescente desastre humanitário, com as vidas de um quarto da população sendo afetadas por conflitos civis e regionais, disse nesta quarta-feira a agência de apoio infantil da Organização da Nações Unidas, a Unicef.
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MAIS DESTAQUES DE O GLOBO
FAB não deverá punir todos os militares insubordinados
- O Comando da Aeronáutica deverá concentrar em um pequeno grupo de controladores de vôo as punições mais severas, entre todos os que participaram do movimento grevista da última sexta-feira que parou os aeroportos do país. Só no Cindacta 1, em Brasília, foram 18 controladores que se recusaram a assumir seus postos. Também serão investigadas as ações dos profissionais em Manaus e Curitiba. Ao todo, são três inquéritos abertos. A crise aérea já provocou a redução de 30% nas vendas de pacotes de viagens neste feriado.
- Embora estude a substituição de Waldir Pires, Lula disse que a reforma ministerial acabou e o feriado nos aeroportos será tranqüilo: "Se queden tranquiles (sic)".
- Historiadores e cientistas políticos afirmam que a crise do setor aéreo revela os erros de gerenciamento e a demora em tomar decisões do presidente Lula.
- BNDES chinês vai financiar termelétrica no RS de US$ 430 milhões.
- O prefeito César Maia viajou, o vice renunciou para assumir mandato de deputado e o presidente da Câmara de Vereadores licenciou-se. O cargo de prefeito do Rio deveria ter sido assumido ontem pelo vice-presidente da Câmara, Aloísio Freitas, mas a assessoria de imprensa da prefeitura desconhece seu paradeiro.
DIPLOMATA É NOVO PORTA-VOZ DA PRESIDÊNCIA
Marcelo Baumbach estava na representação do Brasil na ONU. Decisão repete modelo adotado pelo ex-presidente Fernando Henrique.
Do G1, em Brasília
O ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, apresentou nesta quarta-feira (4) o novo porta-voz da Presidência da República: o diplomata Marcelo Baumbach.
A nomeação faz parte das mudanças promovidas na Secretaria de Imprensa, que desde o começo de 2005 havia aglutinado, sob o comando de André Singer, as funções de assessoria e de porta-voz.
Baumbach, 40, é gaúcho de Porto Alegre e ingressou no Itamaraty em 1990. Já passou por diversas representações da Organização das Nações Unidas. Desde 2004, ele estava na Missão Permanente do Brasil na ONU, em Nova York.

FRANKLIN MARTINS APRESENTOU O DIPLOMATA MARCELO BAUMBACH COMO PORTA-VOZ
O diplomata é o segundo porta-voz do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O primeiro foi o jornalista André Singer, que desempenhou só esta função de 1 de janeiro de 2003 até 10 de março de 2005, quando foi convocado a assumir a Secretaria de Imprensa e decidiu fundir as duas atribuições. Com a decisão de separar novamente as funções e entregar o cargo de porta-voz a um diplomata, Franklin Martins repete um modelo implementado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). No segundo mandato, FHC teve o embaixador Sérgio Amaral como porta-voz.
Marinheiros britânicos são libertados e presidente do Irã faz ‘pedido’ a Blair
Ahmadinejad conversou com os presos na frente das emissoras e fez brincadeira.Presidente disse estar 'triste' com 'falta de coragem' da Grã-Bretanha.
Do G1, com agências
Os 15 marinheiros britânicos foram libertados pelo governo iraniano nesta quarta-feira (4). Eles estavam presos desde o último dia 23, quando patrulhavam o Golfo Pérsico. Antes de serem soltos, o presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad conversou com cada um deles publicamente e em frente às câmeras de emissoras de televisão.
Ahmadinejad sorriu quando se encontrou com um dos presos. E disse brincando: "Como você está?... Então você veio em férias obrigatórias". Ele deu ainda "boa sorte" aos britânicos.
Os homens vestiam ternos em vez dos uniformes que haviam usado e Faye Turney, a única mulher do grupo, usava um véu azul com camisa rosa escuro.
Os marinheiros irão para a embaixada britânica e embarcam para suas casas na quinta-feira.
A crise
O Irã acusou a Grã-Bretanha de ter invadido suas águas no último dia 23. O governo britânico, porém, disse que os militares estavam em águas iraquianas.
Reuters
O presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad (terno cinza claro) conversa com um dos 15 marinheiros britânicos libertados (Foto: TV iraniana/Reuters)
Neste período de prisão, a Grã-Bretanha sempre manteve a sua posição. Já alguns dos militares presos apareceram na TV iraniana pedindo desculpas por ter invadido o espaço iraniano sem autorização. Este fato foi repudiado pelo governo britânico, que declarou que seus marinheiros foram obrigados.
Nesta quarta, durante a entrevista coletiva, Ahmadinejad fez um pedido ao primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.
"Peço ao senhor Blair que não puna os soldados com a acusação de aceitarem falar a verdade", disse ele em referência às "confissões" gravadas dos 15 marinheiros e fuzileiros-navais dizendo que haviam entrado em águas iranianas.
O perdão do Irã, porém, aconteceu só depois de Ahmadinejad premiar três de seus militares exatamente por terem prendido os 15 britânicos.
Reuters
O presidente do Irã disse ainda que está "triste" pelo que chamou de violação da fronteira iraniana pelos britânicos e disse lamentar que Londres não teve "coragem suficiente" para admitir seus atos.
"O governo iraniano lamenta que o governo britânico não é corajoso suficiente para confessar seu erro de entrar em águas iranianas", disse Mahmoud Ahmadinejad em uma entrevista coletiva, acrescentando que a nação iraniana estava "triste" pela ação britânica.
Recepção
O chamado Comitê Cobra - comissão de crise integrada por membros do Governo, da Polícia e dos serviços secretos do Reino Unido - se reunirá nesta quarta para organizar o retorno dos 15 militares britânicos detidos no Irã. Segundo a rede pública "BBC", o comitê se reunirá a partir das 13h (de Brasília) para estudar a "logística" necessária para repatriar os militares. Em Londres, o Governo britânico comemorou o anúncio feito por Ahmadinejad. "Cumprimentamos o que o presidente (Ahmadinejad) disse sobre a libertação dos 15 militares", disse uma porta-voz de Downing Street, residência e escritório oficial do primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.
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"Estamos estabelecendo agora exatamente o que isto significa quanto ao método e ao momento da libertação", acrescentou a porta-voz.
Estados Unidos
O presidente dos EUA George W. Bush saudou o anúncio feito pelo Irã quanto à libertação dos marinheiros britânicos, informou a Casa Branca. "Como o primeiro-ministro Blair, o presidente Bush saúda a notícia", declarou a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino.
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- O ex-deputado José Janene foi eleito tesoureiro do PP. Acusado de receber R$ 4,1 milhões do valerioduto, ele administrará os R$ 8,2 milhões que o partido receberá do Fundo Partidário. O PP reabilitou ainda o deputado cassado Pedro Corrêa e os deputados Paulo Maluf e Pedro Henry.
- Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostrou que o maior motivo para o jovem de 15 a 17 anos abandonar os estudos é o desinteresse pelas escolas, consideradas pouco atraentes. Os desmotivados representam 45% dos que deixaram as escolas; só 23% tiveram de trabalhar.
Nancy Pelosi diz que a Síria quer a paz com Israel
A presidente democrata da Câmara de Representantes americana esteve em Damasco.A visita muito criticada pela Casa Branca.
Do G1, em São Paulo, com agências

A presidente democrata da Câmara de Representantes americana, Nancy Pelosi, afirmou nesta quarta-feira (4), em Damasco, que o presidente sírio Bashar al Assad está disposto a retomar as conversações de paz com Israel, ao término de uma visita muito criticada pela Casa Branca.
"Ouvimos o ponto de vista do presidente Assad. Ele diz que é partidário que o processo de paz no Oriente Médio seja reativado", declarou Pelosi, que, por sua parte, se disposta a promover a paz entre a Síria e Israel. "Assad está pronto para iniciar as negociações de paz com Israel", acrescentou Pelosi, terceira personalidade na hierarquia americana, em coletiva de imprensa antes de deixar Damasco. Essas negociações estão congeladas desde janeiro 2000.
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"Também transmitimos ao presidente Assad a mensagem de Ehud Olmert no sentido de que ele está disposto a retomar o processo", disse ainda, referindo-se ao encontro que manteve com o primeiro-ministro israelense no domingo passado, em Jerusalém.
A presidência do conselho israelense reagiu dizendo que a Síria deve "parar de apoiar o terrorismo" antes de iniciar negociações com Israel.
Pelosi afirmou, por outra parte, que sua visita a Damasco encabeçando uma representação de parlamentares democratas e republicanos, que está agindo de acordo com as recomendações do grupo de estudos sobre o Iraque, segundo as quais a administração George W. Bush deveria se abrir para um diálogo com os vizinhos desse país, Síria e Irã.
Além disso, Pelosi recordou, diante de Assad, sua preocupação em relação ao apoio da Síria ao Hezbollah xiita libanês e ao movimento islamita palestino Hamas.
A política disse que "chamou a atenção do presidente sírio sobre os combatentes que atravessam a fronteira síria" para se infiltrar no Iraque e combater as tropas americanas e iraquianas.
"Também expressamos nossa preocupação pelo destino dos soldados seqüestrados pelo Hezbollah e Hamas", concluiu Pelosi.
O parlamentar republicano David Hobson classificou de "francas" as entrevistas da delegação americana em Damasco. "A visita reforça nossa convicção de que o diálogo com a Síria é necessário e útil", acrescentou. Segundo a agência síria oficial Sana, o presidente Assad declarou que os americanos levaram uma "mensagem de diálogo e paz".
Pelosi, que chegou na terça-feira a Damasco, manteve outros encontros com o ministro das Relações Exteriores, Walid Mouallem, e o vice-presidente Faruk al Shara.
Oponente do presidente Bush, especialmente no que se refere à guerra no Iraque, Pelosi fez pouco caso da postura de seu governo, que boicota Damasco desde o assassinato do primeiro-ministro libanês Rafic Hariri em fevereiro de 2005 em Beirute.
Na terça-feira, Bush criticou pela primeira vez de forma pessoal esta visita, pois, a seu ver, a mesma envia "mensagens contraditórias".
Nos Estados Unidos, a edição desta quarta do jornal Los Angeles Times manifestou seu apoio a Pelosi. "É hora de alguém nos Estados Unidos quebrar o gelo". Por sua parte, o conservador New York Post comentou que as delicadas negociações com a Síria "devem ser deixadas a cargo do presidente ou seus representantes".
Depois da Síria, Pelosi visitou a Arábia Saudita, última etapa de seu giro regional.
RISCO-BRASIL, BOLSA E DÓLAR ATINGEM NÍVEL HISTÓRICO COM FLUXO ESTRANGEIRO Patricia Eloy
Moeda cai a R$2,034. País alcança média de emergentes mais arriscados O cenário internacional tranqüilo foi o pano de fundo para a entrada maciça de investidores estrangeiros no mercado brasileiro, o que fez dólar, risco-Brasil e bolsa atingirem ontem patamares recorde. Ao contrário do que ocorre em vésperas de feriado, o volume de negócios nos principais mercados foi expressivo, confirmando o fluxo de investidores externos. Com isso, o risco-Brasil cravou novo mínimo histórico - 163 pontos centesimais, com queda de 2,40% em relação à véspera - e conseguiu alcançar a média de risco dos países emergentes (163 pontos).
A entrada de dólares de investidores estrangeiros - para aplicar em juros e bolsa no país - empurrou a cotação do dólar para R$2,034 (- 0,15%), menor valor desde 5 de março de 2001, quando a moeda estava cotada a R$2,023. O movimento no mercado de câmbio superou os US$4 bilhões, bem acima dos cerca de US$3 bilhões diários.
O fluxo externo levou a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a um patamar inédito: 46.553 (0,57%). O volume de negócios chegou a R$3,76 bilhões, superando os R$3,493 bilhões do mês anterior e contrariando o movimento tradicional nos dias que antecedem feriados, quando o volume cai à metade.
Saldo estrangeiro na Bolsa é positivo em R$923 milhões Saldo divulgado ontem pela Bovespa mostra que os estrangeiros - que bateram em retirada dos mercados emergentes entre fevereiro e meados março devido a temores de desaceleração da economia americana com a crise do setor de hipotecas de alto risco (subprime) - voltaram com fôlego renovado. Em março, o saldo ficou positivo em R$923,4 milhões. A virada aconteceu nos últimos dez dias do mês, já que, até o dia 20, o balanço estava negativo em R$455 milhões.
Os estrangeiros responderam por 34,54% dos negócios na Bovespa e representaram 76,7% dos investidores que participaram dos lançamentos de ações este ano. Com o forte fluxo externo, a Bolsa atingiu valor de mercado recorde de R$1,63 trilhão e, apenas nos dois primeiros dias úteis de abril, foi a R$1,654 trilhão.
Ontem, dados da economia americana sustentaram o otimismo dos investidores, que diante do cenário tranqüilo, buscaram aplicações de maior risco. O indicador do setor de serviços (o chamado ISM) ficou em 52,4 pontos em março, ante 54,3 pontos em fevereiro. O setor cresce há 48 meses seguidos. Embora analistas esperassem uma leitura de 55 pontos, a avaliação foi de que, embora a economia esteja menos vigorosa, ainda está aquecida.
PAPA ACUSA PAÍSES RICOS DE PILHAREM POBRES

Em seu primeiro livro à frente do Vaticano, Bento XVI elogia Marx e ataca "cinismo de mundo sem Deus"
VATICANO. Em seu primeiro livro publicado após se tornar Pontífice, o Papa Bento XVI faz duras críticas aos países ricos e elogia Karl Marx, cujo pensamento fez nascer o comunismo. A obra "Jesus, do Batismo no rio Jordão até o monte da transfiguração", de 400 páginas, terá sua primeira parte, "Jesus de Nazaré", lançada na Itália no próximo dia 16, em comemoração aos 80 anos de Bento XVI.
Nela, o Pontífice afirma que as nações abastadas "pilharam e saquearam sem piedade a África e outras regiões pobres, exportando o cinismo de um mundo seu Deus." O Papa também condena no livro o tráfico de drogas e o turismo sexual, sinais de um mundo "de gente vazia" e cercada por abundância material.
- O livro oferece uma aplicação moderna da parábola do bom samaritano, que pára para ajudar a uma vítima de um assalto - disse um porta-voz da editora Rizzoli, responsável pela publicação.
O Papa também compara a vida em países desenvolvidos às difíceis condições do cotidiano africano.
"Vemos como o nosso estilo de vida, a história que nos envolveu, desnudou e continua a desnudar essas pessoas. Em vez de lhes dar Deus, o Deus próximo a nós em Cristo, e de saudar em suas tradições tudo o que é precioso e grande, levamos a eles um mundo onde só o poder e o lucro contam ", diz um trecho do livro.
Para Bento XVI, Marx forneceu uma imagem clara do homem vitimado por bandidos: "Karl Marx descreveu de maneira drástica a alienação do homem. Mesmo que não tenha atingido a verdadeira profundidade da alienação - porque raciocinava apenas em âmbito material -- forneceu uma imagem clara do homem vitimado por bandidos."
No início do livro, o Papa faz questão de deixar claro que o tema central do texto é a necessidade de amar o próximo, mesmo que ele seja "estrangeiro", tendo como exemplo a figura de Jesus. No prefácio, afirma que o texto não é um documento da Igreja Católica, mas apenas uma "a expressão de uma pesquisa pessoal."
Pontífice indica novo camerlengo da Santa Sé
Ontem, o Papa nomeou o cardeal Tarcisio Bertone o novo camerlengo, cardeal que governa o Vaticano entre a morte de um Papa e a eleição de um sucessor. Bertone, agora segunda autoridade do Vaticano, substitui o cardeal Eduardo Somalo, que se afastou após completar 80 anos. O camerlengo é tradicionalmente o encarregado de confirmar oficialmente a morte do Papa, dando três batidas leves em sua cabeça com um martelo de prata e chamando o seu nome. Confirmada a morte, ele passa a atuar como chefe de Estado do Vaticano, apesar de não comandar a Igreja
JORNAL HOJE - REDE GLOBO
FAB E COMPANHIAS AÉREAS PREPARAM ESQUEMAS DE EMERGÊNCIA PARA O SETOR
A dois dias do feriado de Páscoa, a situação é tranqüila nos principais aeroportos brasileiros. Mesmo assim, as companhias aéreas e a FAB preparam esquemas de emergência para casos de novos problemas. Pela manhã, em todo o país, segundo a Infraero, 31 vôos atrasaram e 15 foram cancelados.
CBN
ANAC AUTORIZA COMPRA DA VARIG PELA GOL
De acordo com a rádio CBN, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que a diretoria concedeu autorização prévia a aquisição da Varig pela Gol. A transação vai passar pela avaliação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

GAZETA MERCANTIL
- Marca registrada no Brasil valerá em 130 países
- Após anos de estudo e debate dentro do governo, o Brasil decidiu que vai, em janeiro próximo, aderir ao Protocolo de Madri, fechado na Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), disse a este jornal o presidente do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), Jorge de Paula Avila. Com isso, uma empresa que registrar marca ou patente aqui terá o registro estendido para os 130 países membros do protocolo e, se registrar num desses países, valerá no Brasil também.
Segundo o Itamaraty, o projeto está na Casa Civil e o próximo passo é a sanção presidencial.
A adesão deve reduzir de US$ 100 mil para US$ 200 os custos das empresas com registro nos 130 países. Outra vantagem é que o prazo para registro não poderá superar 18 meses. Hoje, registros de marcas e patentes no Brasil demoram, respectivamente, 3 e 4 anos. O INPI diz que prazos serão reduzidos.
- O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem a saída de Júlio Gomes de Almeida da Secretaria de Política Econômica. Em seu lugar, assume Bernard Appy, até então secretário-executivo da pasta. O ex-ministro da Previdência Nelson Machado sucederá a Appy.
- O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini, afirmou ontem que o Campo Majoritário - grupo ao qual pertence e que domina o partido há mais de dez anos -, não sobreviverá ao 3º Congresso Nacional agendado para agosto. O grupo tem sido responsabilizado pela crise instalada no partido com a série de escândalos, entretanto, Berzoini é forte candidato a permanecer na presidência da legenda. Doze teses foram inscritas para o congresso, com propostas que variam de uma revisão da estratégia política até a punição dos envolvidos nos escândalos.
- Em meio às discussões sobre geração, transmissão, distribuição, preço e demanda, um setor que ganha força, sem muito barulho, é o das comercializadoras do mercado livre de energia elétrica. Diante deste cenário, o diretor comercial da União Energia, Kleber Ferreira, está otimista e acredita que o PAC pode impulsionar o setor.
- Frederico Fleury Curado, que assume a presidência da Embraer no final deste mês, confirmou investimento de US$ 40 milhões na Ásia-Pacífico, como antecipou este jornal em outubro passado. Será a terceira fábrica fora do País e terá no início um centro de logística e simulador de vôo.
- A grande novidade do censo demográfico deste ano, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), será o uso de satélites para permitir aos 82 mil pesquisadores e supervisores acesso à internet banda larga de mais pontos espalhados pelo território nacional. Serão 832 pontos com desk-tops transmitindo à central do Censo as informações - inicialmente coletadas em computadores de mão (PDA) - por meio de satélite, além de 1.106 pontos com acesso à web tradicional. No censo de 2000 eram cerca de 900 pontos.
Com isso, o instituto promete divulgar os novos censos demográfico e agropecuário apenas um mês após o término do período de pesquisa, entre 16 de abril e 30 de julho. "Antes a divulgação dos dados demorava entre seis meses e um ano", disse o coordenador de informática dos censos, Heleno Ferreira Mansolo. "Essa tecnologia será a base para nossas pesquisas por uma década." Após a realização dos dois censos, a pesquisa do IPCA também será totalmente automatizada.
O custo para coleta e divulgação dos censos vai totalizar R$ 560 milhões.
- O presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Paulo Camillo Vargas Penna, disse ontem que as mineradoras não reconhecem a existência de dívidas antigas no valor de R$ 2,2 bilhões referentes à cobrança de compensação pela exploração de recursos minerais - royalties pagos ao poder público - informados pela associação que reúne os municípios de Minas Gerais, a Amig.
- A Justiça Federal do Pará autorizou os estudos de licenciamento ambiental para a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, o mais importante projeto energético do País ao lado das usinas previstas para o rio Madeira - Santo Antonio e Jirau. Os estudos de viabilidade para a construção de Belo Monte, com capacidade para 11,181 mil megawatts (MW), devem ser concluídos até o fim deste ano, segundo expectativa do Ministério de Minas e Energia.
A discussão sobre a avaliação social e ambiental da usina do rio Xingu é uma polêmica que já dura 20 anos. De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), o maior entrave do projeto é que a hidrelétrica vai cortar uma reserva indígena, diferentemente das usinas do Complexo Madeira, empreendimento que está em fase mais adiantada, pelo menos do ponto de vista ambiental - o Ibama aprovou em abril os estudos para a obra.
- Nos últimos dias, voltaram a circular rumores de que grandes bancos brasileiros estariam se preparando para fazer uma oferta de compra ao Banco Real. A possibilidade foi aberta pelas negociações de venda do ABN Amro, maior banco da Holanda e dono do Real, com o britânico Barclays. "O apetite do Barclays pelo Brasil existe, mas não é igual ao do ABN", diz um consultor. "Caso o Barclays feche o negócio, ele deverá avaliar com cuidado o que fará com a operação brasileira, que representa 20% do lucro mundial e apenas 5% dos custos", afirma um executivo do mercado financeiro. Há outros grandes conglomerados mundiais interessados no ABN, e em qualquer hipótese os concorrentes brasileiros podem tentar levar o Real, todo ou em parte.
Fontes do ABN Amro no Brasil negam a existência de conversações no momento.
- Depois da queda de 0,4% em janeiro, a produção industrial cresceu 0,3% em fevereiro e fechou o primeiro bimestre com expansão de 3,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O destaque, segundo o IBGE, é o setor de bens de capital, com crescimento de 16% no bimestre.
- As seguradoras especializadas em vida querem conquistar as pequenas e médias empresas, responsáveis por 56% dos empregos no Brasil. "Facilitamos e flexibilizamos a compra de coberturas, pois a grande maioria dessas empresas tem apenas um departamento pessoal e não uma diretoria de recursos humanos", disse o diretor de marketing da Mongeral , Luis Claudio Friedheim.
A Metlife, subsidiária da maior seguradora de vida dos Estados Unidos, está premiando, com desconto no preço, as empresas que enviam informações completas de seus funcionários e dá desconto para as mulheres. "O preço chega a ser até 30% menor do que o de homens", informou Luiz Fernando Barsotti, diretor comercial da Metlife.
- O clima e a expansão da área da safrinha de milho vão contribuir para o Brasil colher a maior produção de sua história: 131,1 milhões de toneladas, segundo a Conab. A estimativa anterior era de 127 milhões de toneladas. A renda do produtor também deve crescer.
- Brasil e Equador assinaram acordo que permite participação brasileira na exploração da principal reserva de petróleo equatoriana, na Amazônia. O acerto põe fim à resistência do Equador, que rejeitava parceria com a Petrobras pelo fato de a empresa não ser completamente estatal.
CORREIO BRAZILIENSE
STF deve legalizar greve no serviço público
-São Paulo - O Judiciário está na iminência de tomar uma decisão que cairá como uma bomba no colo do Legislativo e do Executivo.

O STF prepara-se para julgar uma ação em que deve reconhecer o direito de greve do funcionalismo público. Embora previsto na Constituição de 1988, esse direito ainda não foi regulamentado em lei. Os ministros do Supremo tendem a votar favoravelmente a um acórdão que dirá o seguinte: enquanto não for aprovada no Congresso uma lei que regulamente o direito de greve no serviço público, valem para o funcionalismo as mesmas regras que regem as paralisações dos trabalhadores da iniciativa privada. Regras fixadas na lei 7.783, sancionada sob de José Sarney, em 1989.
O julgamento acerca do direito de greve dos servidores consta da pauta da sessão plenária do STF da próxima quinta-feira (12). Os ministros vão decidir sobre um mandado de injunção ajuizado no Supremo pelo Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Espírito Santo. Previsto na própria Constituição de 1988, o mandado de injunção é um tipo de recurso usado para requerer ao Judiciário que obrigue o Legislativo a aprovar as leis que regulamentam dispositivos constitucionais. Sem elas, certos direitos fixados na Constituição não podem ser exercidos em sua plenitude. É o caso do direito de greve do funcionalismo. Embora previsto na Constituição, esse direito não foi regulado até hoje. Já lá se vão 19 anos de omissão dos legisladores. Omitiu-se também o Executivo, que não enviou ao Congresso nenhum projeto tratando da matéria. Daí o recurso do sindicato dos policiais civis capixabas, que tiveram o seu direito de greve toldado por uma decisão da Justiça Federal do Espírito Santo. Coube a Maurício Corrêa relatar o caso no Supremo. Em seu voto, o ministro reconheceu a omissão do Legislativo. Mas considerou que não cabia ao Judiciário imiscuir-se na atividade dos legisladores. Outro ministro, Gilmar Mendes, nesta quinta-feira presidente em exercício do STF, pediu vista do processo. E levou ao plenário um voto divergente do de Corrêa, que já se aposentou do tribunal.
Em seu voto, apresentado em 7 de junho de 2006, Gilmar Mendes considerou que a omissão do Legislativo gerou a figura das "greves ilegais". Cabe ao Judiciário, na opinião de Mendes, intervir para concretizar o direito de greve, que a Constituição de 1988 assegurou a todos os trabalhadores, da iniciativa privada e do Estado. O ministro considerou que, enquanto perdurar a omissão do Legislativo, deve-se aplicar aos servidores públicos, por analogia, a mesma legislação que rege as greves dos trabalhadores privados. Caberá à Justiça do Trabalho, mediante requisição dos órgãos públicos interessados, assegurar a prestação de serviços mínimos à sociedade nos casos em que as paralisações afetem serviços essenciais. O caso só não foi julgado em definitivo porque o ministro Ricardo Lewandowski pediu vista do processo. Na próxima quinta-feira, Lewandowski exporá sua opinião aos colegas de tribunal. Em privado, diz que deve seguir o voto de Mendes. Nesse meio tempo, os juízes do Supremo foram confrontados com um outro recurso. É semelhante ao que fora protocolado pelos policiais do Espírito Santo. O autor desse outro mandado de injunção foi o Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Estado do Pará. Relatou-o o ministro Eros Grau, que, em seu voto, incorporou o raciocínio esgrimido por Gilmar Mendes. Ou seja, considerou que, enquanto o Legislativo não aprova uma lei específica, valem para os servidores públicos a lei dos trabalhadores das empresas privadas. Consolida-se, assim, uma tendência que, se confirmada, levará o STF a assumir o papel de legislador.
- Câmara corta vagas e muda concurso
- Alterações reduzem de 243 para 212 o número de postos a serem preenchidos. Cargo mais afetado é o de técnico em comunicação social, com salário inicial de R$ 9.008,12. Será publicado edital reabrindo inscrições e marcando nova data para realização das provas. Candidatos prejudicados pela redução das vagas poderão pedir reembolso da taxa de R$ 123.
- Lula: Waldir Pires continua no cargo.
- Coalizão formada, Lula busca agora o apoio de adversários para aprovar logo as medidas do PAC. O alvo de ontem foi o senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA), um dos mais ácidos críticos do governo.
- Incor - União assume administração do hospital do Distrito Federal. Grupo vai definir plano de demissões.
- Mantega aproveita saída de auxiliar que fez duras críticas à política de juros do Banco Central e reformula equipe. Mudanças podem selar a paz entre o ministro e o presidente do BC, Henrique Meirelles.
- Trabalho irrita servidor do TSE - Pela primeira vez, em 40 anos, funcionários do tribunal tiveram que trabalhar na quarta-feira da Semana Santa. Pela tradição no TSE, quebrada pelo ministro Marco Aurélio Mello, desde ontem eles estariam de folga.
INTERNACIONAIS DO CORREIO
04/04/2007 Mundo23h37 - Terremoto de 5,7 graus Richter assusta Japão
Mundo23h35 - Brasileiro é preso na Colômbia sob suspeita de pertencer às Farc
Mundo21h15 - Novo medicamento contra o HIV se revela promissor no tratamento da infecção
Mundo21h09 - Quase 100 estudantes presos no Chile após ato contra transportes
Mundo21h03 - Embaixador britânico se reúne com marinheiros em Teerã
Mundo18h51 - Polícia mexicana detém americano acusado de pedofilia
Mundo14h49 - Militares britânicos libertados deixam Irã na quinta-feira
Mundo13h56 - Senador arrecada US$ 25 milhões para campanha presidencial
Mundo12h19 - Londres saúda o anúncio da libertação dos 15 marinheiros
Mundo09h32 - Jornal diz que 20% dos reservistas israelenses são incapazes
Mundo09h23 - Fidel critica pela 2ª vez o biocombustível
Mundo09h05 - Livro do Papa sobre Jesus sai no dia 16
VALOR ECONÔMICO
- Dólar a R$ 2 põe em xeque estratégias das empresas
- O dólar se aproxima de R$ 2 e começa a colocar em xeque estratégias até agora adotadas pelos fabricantes de manufaturados para compensar perdas de rentabilidade. Nos últimos dois anos, eles reajustaram preços em dólar e aumentaram a compra de matéria-prima importada, mais barata por causa do câmbio.
Os manufaturados exportados pelo Brasil subiram em média 10,9% em 2005 e 12,3% em 2006. "Mas agora batemos no limite", diz Carlos Zignami, da Marcopolo, que elevou em 30% os preços dos ônibus, mas perdeu os clientes do Oriente Médio para Egito e Turquia. A Agrale, que fabrica tratores e caminhões, aumentou preço entre 15% e 20% nos últimos dois anos. "A rentabilidade ainda está praticamente no vermelho", diz Flávio Crosa, diretor da empresa. Ele busca adquirir componentes no exterior, mas o processo é lento e nem sempre encontra lá fora as peças de que necessita. As indústrias de calçados conseguiram elevar preços em 25,4% desde 2003. "Não há espaço para novos reajustes e teremos de pensar em produzir no exterior", prevê o diretor da West Coast, Sérgio Baccaro.
O ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros diz que os estragos do dólar a R$ 2 não se limitam aos setores "de sempre": móveis, têxteis e calçados. Segmentos de bens duráveis, como automóveis e eletrodomésticos, já enfrentam dificuldades. No primeiro bimestre, as vendas externas de carros caíram 15%.
Além de prejudicar as exportações e induzir o aumento das importações, o câmbio interfere nas decisões de investimento. Com um dólar muito barato, o Brasil deixa de ser atraente para empresas interessadas em usar o país como plataforma de exportação.
- A União pretende abrir para Estados e municípios a chance de aderir ao fundo de pensão que será criado para os servidores da União. A hipótese está prevista na minuta do projeto de lei que autoriza a criação da entidade, chamada Funpresp, e destina R$ 50 milhões para sua estruturação.
Para evitar contenciosos judiciais, o governo incluiu na proposta uma forma de reconhecer o tempo passado de contribuição dos que decidirem migrar, informa Antônio Henrique Pinheiro Silveira, chefe-adjunto da assessoria econômica do Ministério do Planejamento.
O regime novo será de capitalização. Em vez de financiadas pelos que ainda estiverem na ativa, as aposentadorias pagas pelo Funpresp serão resultado da poupança individual feita pelo próprio servidor. Por causa do custo de transição, o governo adotou outra saída no projeto. Em vez do Funpresp, quem vai pagar a parcela da aposentadoria correspondente ao tempo passado dos atuais servidores serão próprio Tesouro, na forma de benefício especial. Assim, quem optar pelo novo regime, receberá, na aposentadoria, dois benefícios separados.
- O Banco Central comprou diretamente do mercado à vista de câmbio US$ 21,7 bilhões no primeiro trimestre do ano, cerca de US$ 4,4 bilhões acima de tudo o que entrou e saiu do país pela balança cambial, já que o fluxo foi positivo em US$ 17,39 bilhões no período. Mesmo assim, de janeiro a março, o dólar caiu 3,6%. Isso mostra que não é o "dólar físico" que vem provocando a apreciação cambial. São os "dólares escriturais" - proveniente das arbitragens financeiras e das operações com derivativos - os responsáveis pela queda. E esse dólar "virtual' vem atrás do rendimento pago pela Selic.
As elevadas posições "vendidas" registradas pelos bancos no BC são interpretadas por economistas como uma das principais causas da apreciação recente do câmbio. E o descompasso entre câmbio contratado e movimento físico de mercadorias mostra que o fluxo comercial se comporta como se fosse financeiro, também em busca do juro real.
- O governo de São Paulo retomará o programa de concessões de rodovias estaduais. A idéia do governo estadual é licitar em um único bloco as rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto (SP-70), Dom Pedro I (SP-65) e rodovia dos Tamoios (SP-99), que fazem uma ligação entre a capital do Estado, Vale do Paraíba, Campinas e Litoral Norte. O edital deve ser lançado no próximo mês.
Com a proposta, o concessionário ficaria obrigado a arcar com investimentos da ordem de R$ 1 bilhão. Também serão licitados seis lotes do complexo formado pelas rodovias Raposo Tavares (SP-270), Marechal Rondon (SP-300), João Ribeiro de Barros (SP-261) e Euclides da Cunha (SP-320), que ligam a capital ao Mato Grosso do Sul.
- Grupos financeiros de países ricos aumentaram as aquisições de terras agrícolas em países emergentes, como o Brasil, com vistas a rendimentos atrativos no médio prazo.
O Calpers, poderoso fundo de pensão de funcionários públicos da Califórnia, já investiu US$ 140 milhões na compra de 22.980 hectares no Brasil e outros 16.196 hectares na Austrália. A francesa Pergam Finance, companhia de investimento com US$ 1 bilhão em ativos, é outra que já lançou um fundo para investir em terras no Uruguai e na Argentina, e agora olha para o Brasil. E o fundo suíço Gaia Ressources, com US$ 350 milhões em ativos, busca aquisição direta no Brasil e em países como Rússia e Ucrânia, diante da raridade de empresas cotadas em bolsa ou de fundos de investimentos no setor.
"O planeta financeiro redescobriu as terras agrícolas", diz Olivier de la Salle, analista do BNP Paribas, em Paris. Uma das explicações é a perspectiva de que a melhora do nível de vida nesses países vá acelerar o consumo de alimentos, ignorando excedentes agrícolas ou preços deprimidos. Além disso, a Europa ocidental sofre com custos salgados de produção, preços elevados de terras e subsídios em queda.
- Companhias de capital aberto procuram fora das grandes metrópoles novos e menores acionistas. Apesar de que 75% do volume da bolsa ainda seja garantido por investidores do Rio e São Paulo, as empresas acompanham uma tendência de redução dessa concentração, que já está em curso.
Investidores de locais como São José do Rio Preto (SP), Campinas (SP) e Juiz de Fora (MG), que conheciam a bolsa apenas pela internet, passam a ter acesso a executivos de gigantes do mercado, como Bradesco, Itaú e Petrobras, para tirar dúvidas pessoalmente.
- O crescimento da Argentina Arcor depende de quem mora mais perto da linha do Equadro: até 2010 as regiões Norte e Nordeste devem propiciar um terço da receita, que foi de R$ 815 milhões em 2006. Hoje, representam 25%. Para isso, a empresa está investindo R$ 58 milhões em uma fábrica e um centro de distribuição no Recife (PE), que serão inaugurados em maio. Para o mercado nacional, injetou R$ 9 milhões no lançamento de um chocolate light e um biscoito com sabor de misto-quente.
- Vale do Rio Doce compromete-se a suspender venda de minério a fabricantes de ferro-gusa que usam mão-de-obra escrava e madeira extraída ilegalmente da Amazônia.
- Produtores nacionais de alho tentarão obter do governo a manutenção de tarifa antidumping contra o produto importado da China.
- Alta de 40% nos custos de produção reduz entusiasmo dos produtores de soja do Mato Grosso, apesar do bom momento do mercado externo.
- Apetite dos grandes investidores estrangeiros por ativos emergentes leva Ibovespa aos 46.553 pontos, novo recorde histórico.
- Recessão nos EUA prejudicaria mais a Al, diz relatório do FMI.
- Ao contrário de 20 anos atrás, quando levou seu país à moratória com uma política de aumentos salariais e estatizações que culminaram em um processo de hiperinflação, desta vez o presidente do Peru, Alan García, cortou os salários do funcionalismo pela metade, vendeu bens públicos e conquistou a confiança das agências de risco de crédito, aproximando-se do grau de investimento. O país cresceu 8% em 2006, as exportações atingiram o recorde de US$ 23,4 bilhões e a inflação anual é de 0,3%.
ESTADO DE MINAS
- Caos no feriadão
- Antes mesmo de o feriado prolongado começar, as saídas de Belo Horizonte tiveram grandes congestionamentos, ontem. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), 300 mil veículos estão deixando a capital no recesso. A BR-381, no sentido Vitória, foi a que exigiu maior paciência dos motoristas. Dois acidentes e o gargalo imposto pela obra do trevo de Santa Luzia causaram um engarrafamento de cerca de 15 quilômetros. O trânsito na estrada e no Anel Rodoviário parou desde o trevo do Shopping Del Rey, na Região Noroeste, até o posto da PRF, na saída para a capital capixaba. A fiscalização será intensificada, com blitzes e radares, até domingo. No entorno da rodoviária, no Centro, de onde 70 mil pessoas partem de BH de ônibus, um esquema especial de trânsito foi montado, para tentar diminuir os engarrafamentos.
- O ministro da Defesa, Waldir Pires, vai continuar no cargo, conforme afirmou o presidente Lula, ontem. Lula fez apelo aos controladores de vôo para que mantenham a normalidade nos aeroportos até a Páscoa e reforçou o recado de que não negociará, se houver tumulto.
A Aeronáutica já montou o plano de emergência para evitar outro colapso do sistema: está prevista a contratação emergencial de 250 operadores aposentados nos últimos dois anos. Cento e vinte sargentos-controladores ficarão de prontidão no feriado.
- Planalto flerta com oposição - Lula recebe ACM e dá sinais de que pretende ampliar diálogo com adversários.
- Produção industrial em alta - Setor cresce 3,8% no 1º bimestre e expansão de máquinas e equipamentos chega a 16%.
- Opinião - Gasto público excessivo restringe investimento.

JORNAL DO COMMERCIO (PE)
- Polícia assaltada em Boa Viagem
- Ousadia dos ladrões parece não ter limites e ontem um posto da Polícia Militar foi atacado em Boa Viagem. Três armas foram levadas e um policial, deixado só de cueca. Na hora, dois outros PMs faziam ronda.
- Lula agora pede "PAC Militar".
JORNAL DO BRASIL
- Eles conseguiram voar
- Para este pessoal não existe apagão aéreo. O prefeito César Maia e o governador Sérgio Cabral passam o feriadão na Europa. Deputados federais e senadores esvaziaram o plenário cedo e correram para os aeroportos. No Judiciário, o quadro seria idêntico, não fosse pela ação insólita dos funcionários do TSE, que impetraram mandado de segurança para obter o direito de enforcar a quarta-feira, mas perderam.
- O presidente Lula negou ontem que vá demitir o ministro da Defesa, Waldir Pires: "Eu ponho, eu afasto. E não é esse o caso". Em Roraima, quatro caças Super Tucano A-29 se acidentaram. Um dos pilotos se ejetou, mas morreu por falha no pára-quedas.
- O presidente Lula anunciou ontem investimentos da ordem de US$ 1 bilhão da Petrobras no Equador. O local escolhido foi um campo situado dentro do parque ecológico de Yasuni.
- O ministro da Fazenda, Guido Mantega, mudou a equipe. Júlio Sérgio Gomes de Almeida deixa a Secretaria de Política Econômica depois de fazer críticas à política do BC para o dólar.
- A pressão internacional funcionou. Entre sorrisos do presidente Mahmoud Ahmadinejad e cumprimentos, o Irã libertou os 15 britânicos capturados há 13 dias em águas iranianas.
FOLHA DE SÃO PAULO
- Para Lula, crise aérea está resolvida
- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse estar 'confiante de que os aeroportos brasileiros vão encontrar paz e normalidade, não apenas na Semana Santa', mesmo sem solução concreta para a crise aérea. Lula acusou os controladores de 'falta de sensibilidade' e foi dúbio em relação à provável punição dos que se amotinaram _alvos de inquéritos militares.
- No segundo artigo em menos de uma semana sobre o tema, o DITADOR DE CUBA, FIDEL CASTRO, voltou a atacar ontem o programa do álcool impulsionado por Brasil e EUA, dessa vez com críticas diretas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em texto publicado pelo jornal oficial cubano, o "Granma", Fidel afirmou que nem Lula nem o presidente americano, George W. Bush, responderam como conseguirão gerar biocombustível suficiente para substituir, ao menos em parte, o uso de petróleo e gás, sem pôr em risco o ambiente e o fornecimento global de alimentos.
- O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou ontem que irá federalizar o InCor-DF (Instituto do Coração do Distrito Federal) devido à crise financeira que ameaça a unidade, em Brasília, que tinha como mantenedora a Fundação Zerbini. "A idéia é que caminhemos no sentido de transformar o InCor-DF em uma fundação estatal", afirmou Temporão. No dia 13 de abril, o governo enviará um projeto de lei ao Congresso para regulamentar a administração de hospitais públicos por meio de fundações estatais.
- O Banco Central quase triplicou sua atuação no câmbio no primeiro trimestre deste ano, mas não impediu que a cotação do dólar seguisse em queda. Entre janeiro e março, o BC comprou cerca de US$ 22 bilhões no mercado, valor mais alto já registrado nessa época do ano e bem superior aos US$ 7,9 bilhões adquiridos no primeiro trimestre de 2006. Esses dólares reforçam as reservas cambiais do país, que estão em cerca de US$ 110 bilhões, valor recorde.
- Um avião Super Tucano da FAB (Força Aérea Brasileira) caiu e outros três fizeram pousos de emergência ontem próximo de Boa Vista (RR). Um dos pilotos morreu. A aeronave que caiu bateu numa torre de telefonia, no bairro Paraviana, durante temporal na tarde de ontem, segundo o Corpo de Bombeiros. Após o choque, os dois pilotos ejetaram os assentos. Um deles, o segundo-tenente-aviador Fernando Wilmers de Medeiros, não conseguiu abrir o pára-quedas e morreu ao cair numa rua. O outro sobreviveu.
CONTROLADORES DE VÔO PEDEM PERDÃO POR MOTIM

da Folha Online
A ABCTA (Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo), entidade que representa os controladores de vôo militares, recuou no desafio à cúpula da Aeronáutica e pediu "perdão à sociedade brasileira" pelo motim realizado do último dia 30, que provocou a paralisação do tráfego aéreo em todo o país.
"Que o dia 30 de março seja lembrado como 'um grito de socorro dos Controladores de Tráfego Aéreo' e não como uma simples rebelião de militares. Pedimos perdão à sociedade brasileira e paz para voltarmos a executar com maestria nosso trabalho", afirma a ABCTA, em nota divulgada no site da entidade nesta quinta-feira.
O recuo dos controladores militares ocorre um dia após o presidente Lula anunciar o fim da crise aérea, dizendo que "os aeroportos brasileiros vão encontrar paz e normalidade, não apenas na Semana Santa, mas daqui para a frente". Lula também disse ontem que "as pessoas precisam aprender que, no regime democrático, o respeito às instituições e à hierarquia é fundamental".
Fazendo eco às palavras do presidente, os controladores reafirmam na nota de hoje o respeito às "bases do militarismo: hierarquia e disciplina". Os controladores amotinados agora enfrentam inquéritos policiais militares por insubordinação.
A nota, assinada pelo presidente da ABCTA, Wellington Rodrigues, encerra com os desejos de "Paz nos Céus!"e "Feliz Páscoa!".
MotimNa sexta-feira, o motim começou com a paralisação de 200 controladores de vôo no Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, e ganhou a adesão de controladores de outros Estados. As decolagens acabaram paralisadas em todo o país.A cúpula da Aeronáutica resolveu prender os militares insubordinados, mas foi desautorizada pelo presidente Lula, que resolveu negociar com os amotinados.Por meio do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o governo comprometeu-se a aceitar as exigências dos amotinados: iniciar a desmilitarização do controle aéreo e evitar punições contra os grevistas.Na segunda-feira, Lula voltou atrás nos seus compromissos assumidos com a categoria e entregou o caso à cúpula da Aeronáutica. Ao mesmo tempo, a Justiça Militar abriu inquérito policial militar para investigar os controladores.Leia a íntegra da nota divulgada pela ABCTA:
"Brasília, 05 de abril de 2007.
Nota à sociedade
Passado o grande trauma da paralisação do dia 30 de março, os Controladores de Tráfego Aéreo Militares buscam força para recuperar, junto a sociedade brasileira, sua confiança, prestígio e respeito.
Reafirmamos nossa confiança e respeito ao Governo Federal, ao Comando da Aeronáutica e principalmente nas bases do militarismo: hierarquia e disciplina.
Que o dia 30 de março seja lembrado como 'um grito de socorro dos Controladores de Tráfego Aéreo' e não como uma simples rebelião de militares.
Pedimos perdão à sociedade brasileira e paz para voltarmos a executar com maestria nosso trabalho.
A Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo não medirá esforços para reconstruir a imagem de seus representados assim como lutar por sua dignidade.
Paz nos Céus!
Feliz Páscoa!
Sinceramente,Wellington Rodrigues
Presidente da ABCTA"
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PSB FICA COM PORTOS, MAS SEM A INFRAERO

FÁBIO ZANINI
da Folha de S.Paulo
O PSB recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a indicação de que a nova secretaria extraordinária de Portos será ainda mais modesta do que o previsto, o que está incomodando o partido.
Além de não ganhar a Infraero, que controla os aeroportos, como tentou até o último minuto, o partido também recebeu um "não" de Lula na demanda de controlar a administração dos chamados portos secos (na prática, grandes armazéns utilizados para desembaraço de mercadoria).Os portos secos devem continuar sob administração da Receita Federal e do Ministério da Fazenda e Infraero, com o Ministério da Defesa.
"Ainda estamos no escuro quanto à estrutura exata da secretaria", afirmou o líder do PSB na Câmara, Márcio França (SP). De concreto, a nova secretaria terá apenas a administração portuária. O PSB ainda tenta abocanhar a administração das hidrovias, hoje no âmbito do Ministério dos Transportes, mas isso é incerto.
A pasta também não deve ter grande participação nas obras da transposição do rio São Francisco, como desejava.
InsatisfaçãoNos bastidores, o partido se mostra insatisfeito. Anteontem, após a reunião do conselho político de Lula, o vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, abordou o presidente e perguntou sobre a secretaria. O presidente repetiu o compromisso de criá-la, mas não deu detalhes.Horas depois, o indicado para chefiar o novo órgão, o ex-ministro da Integração Nacional Pedro Brito reuniu-se com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para discutir os detalhes da estrutura da secretaria. A conversa não foi conclusiva. A medida provisória criando a secretaria deve ficar para depois da Páscoa.
A demora já irrita o partido. Integrantes da legenda dizem que já teve até foto do novo ministério de Lula e a nova secretaria nem saiu do papel.O que consola o partido é a perspectiva de crescimento da importância dos portos prevista no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).O programa estima gastar R$ 2,6 bilhões até 2010 em 12 portos marítimos, 67 fluviais e uma eclusa.
Um dos nós que ainda precisam ser resolvidos pelo governo é a estrutura de cargos da secretaria. Grande parte dos postos médios seria apenas transferida dos Transportes, mas é inevitável a criação de funções para cargos de confiança.
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SEGURANÇA DE BENTO 16 TERÁ 3.500 HOMENS EM APARECIDA

da Agência Folha, em São José dos Campos
Cerca de 3.500 homens --incluindo Exército, Aeronáutica, polícias Federal, Rodoviária, Militar e Civil, bombeiros e guardas municipais-- participarão da segurança para a visita do papa Bento 16 a Aparecida (SP), em maio.A operação será coordenada pela 12ª Brigada de Infantaria Leve do Exército, que fica em Caçapava, cidade próxima a Aparecida. Segundo o oficial de comunicação da brigada, major José Mateus Teixeira Ribeiro, a ação contará com especialistas em localização de bombas e atiradores de elite.Serão utilizados equipamentos como detectores de metais, helicópteros e carros do Exército, que será responsável por cerca de dois terços dos homens. Os agentes vão ocupar desde o interior da basílica até o entorno dos municípios. A expectativa é que a cidade receba mais de 500 mil pessoas.Leia mais
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Rússia e Síria foram intermediárias na soltura de militares
Da Redação
Síria tem afinidade com o Irã, e Moscou teme que os EUA invadam país islâmico e criem tensão em suas fronteiras Moscou pediu a Teerã um "gesto humanitário"; Síria articulou para que aiatolá Khamenei aceitasse uma saída honrosa para a crise
Embora sejam ainda desconhecidas peças fundamentais do quebra-cabeça diplomático que permitiu a libertação dos 15 militares britânicos, a Síria e a Rússia surgem como intermediários que, mesmo socorrendo Londres, não deixaram de atuar em causa própria.
O governo de Tony Blair, diz o "Financial Times", não sabia ao certo qual dos dirigentes do Irã era responsável pela captura ou defendia a radicalização internacional do episódio.
A Rússia, disse o vice-primeiro-ministro Alexander Losiukov, pediu de Teerã um "gesto humanitário" que diminuísse as tensões e favorecesse o diálogo, no momento em o país é objeto de sanções na ONU em razão de seu programa nuclear.
A Síria e o Irã se aproximaram com base na hostilidade dos EUA a seus regimes. Os sírios teriam aberto o caminho para que o líder supremo do regime islâmico, aiatolá Khamenei, recebesse um gesto de moderação de Londres como a vontade de solucionar a crise.
Ali Larijani, negociador nuclear do Irã e próximo de Khamenei, deu o passo seguinte. Telefonou ao assessor de política externa de Tony Blair, o diplomata Nigel Sheinwald, e sugeriu um roteiro apaziguador. Londres divulgou nas horas seguintes nota afirmando que "os dois lados" estavam empenhados numa solução.
Larijani deu então uma entrevista a uma emissora de TV britânica com o mesmo teor. Estavam desarmados os espíritos, e o resto foi o produto de novas conversas sírias e russas com os iranianos.
Acordo com moderados
Essas declarações apaziguadoras contrastavam com as manifestações de rua que pediam a execução dos marinheiros britânicos e que eram aparentemente orquestradas por setores do regime islâmico interessados em fazer da crise uma cortina de fumaça para ofuscar as sanções da ONU.Dois ministros sírios, o da Informação, Mohsen Bilal, e o das Relações Exteriores, Walid al-Moallem, afirmaram ontem, sem dar detalhes, que participaram das negociações. Al-Moallem chegou a dar entrevista em que defendia "uma diplomacia silenciosa".
Raciocínio da Rússia
No caso da Rússia, há uma relação de proximidade e litígio com o Irã, onde os russos constroem a usina nuclear de Bushehr. Há duas semanas, Moscou anunciou a paralisação das obras, sob a alegação de que Teerã estava atrasando o pagamento combinado. Mas, segundo a agência russa Novosti, mais que os atrasados, Moscou procura obter garantias de que Teerã cumprirá sua promessa de devolver para depósitos russos o lixo atômico, do qual se pode extrair a matéria-prima para produzir a bomba.Ao mesmo tempo, os russos, segundo outro texto da Novosti, tentam convencer os EUA a não atacar militarmente o Irã. Os serviços russos de inteligência teriam descoberto que a operação de ataque já tem até um nome, "mordida", e poderia ser proximamente desencadeada. Essa informação foi vazada de propósito por um militar russo de alto escalão. A intervenção degeneraria em conflito regional nas fronteiras da Rússia, o que Moscou quer evitar a qualquer custo.
É possível, diante disso, que a solução para a crise dos 15 marinheiros tenha sido para Moscou uma demonstração de que o Irã é flexível e sabe negociar, fato que não é facilmente compreendido pela administração Bush, e ainda um passo para aliviar as antigas tensões.
Com agências internacionais
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O ESTADO DE SÃO PAULO
SÍRIA DIZ A PELOSI QUE DESEJA NEGOCIAR PAZ COM ISRAEL
Bush diz que visita da democrata passará "sinais confusos" a Damasco
Reuters e Efe
DAMASCO - A presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, afirmou durante visita a Damasco nesta quarta-feira, 4, que o presidente sírio, Bashar Al Assad, disse estar disposto a negociar a paz com Israel.
"Ficamos contentes com as garantias que recebemos do presidente (Assad) de que ele está pronto para retomar o processo de paz. Ele estava pronto para se engajar em negociações de paz com Israel", disse Pelosi.
"A reunião com o presidente nos permitiu comunicar uma mensagem do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, de que Israel está pronto a se engajar em conversações de paz também", afirmou ela a jornalistas em Damasco.
O governo israelense reagiu imediatamente salientando suas precondições para tal processo. Pelosi é a principal autoridade norte-americana a visitar a Síria em mais de dois anos.
"O primeiro-ministro disse que Israel está interessado na paz com a Síria, mas que a Síria antes teria de abandonar o caminho do terror e (deixar de) dar apoio a grupos terroristas", afirmou uma fonte do governo israelense.
Assad disse que a Síria está disposta a retomar as negociações com Israel tendo por base um plano árabe que prevê a normalização de relações em troca da devolução de territórios.
"A Síria adotou a iniciativa árabe, sua escolha estratégica é a paz", disse Assad a Pelosi, segundo a agência oficial síria de notícias. As negociações entre Israel e Síria estão paradas desde 2000.
Pelosi qualificou a reunião com Assad de "muito produtiva" e afirmou ser importante que a Síria use sua influência com o grupo palestino Hamas para promover a retomada do processo de paz.
Impasse com americanos
O presidente americano, George W. Bush, disse que a visita de sua adversária Pelosi passará "sinais confusos" a Damasco, e um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca qualificou a viagem de "contraproducente".
A respeito das conversas diplomáticas com os EUA, Assad disse a Pelosi que "o diálogo direto pode levar a explicações mútuas sobre muitas realidades, e ao tratamento de muitos assuntos de interesse de ambos os países e de toda a região".
Washington acusa Damasco de patrocinar o terrorismo e estima que até 90% dos homens-bomba no Iraque se infiltram pela Síria. Damasco diz tentar conter esse fluxo.
O governo sírio diz que gostaria de ajudar os EUA a fazer uma "retirada honrosa" do Iraque, mas que em troca Washington deve pressionar Israel a devolver as colinas do Golã.
Os EUA retiraram seu embaixador da Síria logo depois do assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Al Hariri, em fevereiro de 2005. Damasco nega envolvimento no crime.
Após o encontro, Pelosi, que permaneceu menos de 24 horas na capital síria, viajou para Riad, na Arábia Saudita, em uma nova escala de sua viagem pelo Oriente Médio. A democrata americana já esteve no Líbano, em Israel e nos territórios palestinos.
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- Governo se adianta para controlar CPI do Apagão
- O governo avalia que o Supremo Tribunal Federal (STF) tende a determinar a instalação da CPI do Apagão Aéreo e já tem uma estratégia para tentar controlar os trabalhos da comissão. Dos 23 deputados que deverão integrar a CPI, 15 serão de partidos aliados ao Planalto. A idéia é que o presidente da comissão seja do PMDB e a relatoria fique a cargo de Cândido Vaccarezza (PT-SP). Assim, os governistas poderão evitar a convocação de autoridades e barrar requerimentos de investigação e quebras de sigilo. Ao comentar a crise do setor aéreo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apontou ontem a necessidade de uma reestruturação do Ministério da Defesa, mas garantiu a manutenção do atual titular da pasta, Waldir Pires. "Não tem troca de ministro", assegurou. "A reforma ministerial acabou". Líderes dos controladores de vôo civis alertam que há enorme insatisfação entre os sargentos que trabalham no setor, diante da certeza de que os chefes do motim da semana passada serão punidos.
- Um avião Supertucano da FAB caiu ontem à tarde em Boa Vista (RR) por causa do mau tempo, causando a morte de um dos pilotos. Outros três Supertucanos fizeram pouso de emergência
- Depois dos fortes ataques feitos anteontem à política monetária e cambial em entrevista ao Estado, o economista Júlio César Gomes de Almeida não é mais secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. O ministro Guido Mantega anunciou ontem que Almeida foi substituído pelo atual secretário-executivo, Bernard Appy. Para o lugar de Appy irá Nelson Machado, ex-ministro da Previdência. Ao anunciar as mudanças, Mantega disse discordar da análise de Almeida. "Eu acredito que o Banco Central está praticando uma política monetária correta, adequada para o País", afirmou o ministro. Sua intenção era manter Almeida no cargo pelo menos até concluir a formatação da nova equipe. O secretário, que ficou menos de um ano no governo, também vinha se ressentindo da perda de poder e influência junto a Mantega.
- O Instituto do Coração do Distrito Federal passa à administração federal, anunciou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Pode ser a solução para a crise do hospital, que tem dívidas de R$ 30 milhões.
- Notas e Informações - Nada permite prever o fim da guerra entre o Ministério da Fazenda - entre outros - e o Banco Central. A indisciplina é apenas o resultado previsível de um estilo de gestão do presidente da República.
-- Em um dia de boas notícias, com redução dos preços do petróleo, risco Brasil operando novamente na mínima histórica e perspectiva de upgrade da dívida brasileira, a Bovespa bateu outro recorde de pontuação, ao atingir 46,553 pontos, após alta de 0,57%. E o FMI colaborou, avisando, em relatório sobre perspectivas econômicas, que a desaceleração da economia dos EUA não deve contaminar o mundo, desde que a crise imobiliária americana não se amplie. Nesse caso, o PIB de vários países seria afetado, em especial Brasil e México.
- A indústria teve expansão de 3,8% no primeiro bimestre de 2007. Para o IBGE, que divulgou os números, o dado mais positivo é o crescimento de 16% no setor de bens de capital, indicando aumento dos investimentos.
- Em seu primeiro livro como papa, Bento XVI critica países ricos, que acusa de oprimir nações pobres, e elogia Karl Marx ao dizer que o pensador "forneceu uma imagem clara do homem vitimado por bandidos".
Brasileiro é preso na Colômbia acusado de integrar as Farc
Souza é suspeito de participar de ataques contra as Forças Armadas do país
Reuters
BOGOTÁ - O brasileiro Michael Cuello Souza, que supostamente pertence a principal guerrilha da esquerda colombiana foi preso na quarta-feira, 4, pela polícia em uma cidade localizada em uma zona da selva no leste da Colômbia. A polícia acredita que ele tenha participado de vários ataques contra as Forças Armadas do país.
A captura de Souza, conhecido como Isauro, aconteceu em Inirida, capital do departamento de Guainia, na fronteira com a Venezuela, 700 quilômetros ao leste de Bogotá.
De acordo com as autoridades militares e policiais, o brasileiro se incorporou as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em 2000.
Souza tinha uma ordem de captura pelo delito de rebelião. Segundo informações policiais, ele participou em 2001 de um assalto contra uma base militar do departamento de Putumayo. Na ocasião, morreram 37 militares.
As autoridades militares e policiais entregaram fotografias nas quais o brasileiro aparece uniformizado e armado no território que serve de sede para as negociações de paz que foram interrompidas em 2002.
A Colômbia enfrenta um violento conflito interno de mais de quatro décadas. No meio do conflito, as Forças Armadas do país combatem as guerrilhas esquerdistas e os esquadrões paramilitares que são financiados pelo narcotráfico.
As Farc asseguram que entre seus 17.000 combatentes há vários estrangeiros, mas não revelam quantos são e nem especificam suas nacionalidades.
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THE NEW YORK TIMES
LEI SECA IRRITA VENEZUELANOS E CRIA 'MERCADO NEGRO'
Bebidas são servidas em xícaras de café; aumento de acidentes de trânsito derruba argumento pela proibição
Muitos venezuelanos ignoram os freqüentes apelos do presidente Hugo Chávez para criar um novo homem por meio de uma revolução socialista. Mas um decreto limitando severamente a venda de bebidas alcoólicas durante boa parte da Semana Santa seguramente chamou sua atenção. “Não se meta com meu álcool” dizia a manchete do jornal de oposição El Nuevo País no domingo.
O decreto surpresa, que o governo Chávez considera necessário para diminuir as mortes causadas por motoristas embriagados, entrou em vigor na sexta-feira. No entanto, de sexta-feira até a manhã de ontem, foram registrados 1.810 acidentes de trânsito - um aumento de 2% com relação à Semana Santa de 2006. O número de mortes teve um aumento de 38%.Houve protestos no fim de semana na Ilha Margarita, onde foliões e donos de lojas de bebidas pintaram pára-brisas de carros com as palavras “Não à Lei Seca”. A Consecomercio, uma associação nacional de donos de empresas, se queixou de que a medida poderia reduzir em 60% as vendas de bebidas alcoólicas durante o feriado.
Mas houve também indícios de que os caraquenhos abastados estavam encontrando meios de contornar as restrições. As reações ruidosas à proibição do álcool contrastam fortemente com a calma com que os recentes escândalos de corrupção na Venezuela foram recebidos: tentativas de juízes da Suprema Corte de evitar o pagamento de impostos sobre bonificações generosas, e alegações de que autoridades do governo desviavam milhões de dólares de acordos de infra-estrutura estatais com o Irã.“Estou neste país há 40 anos, e esta é a primeira vez que vejo isso”, disse Antonio Gouveia, um imigrante português de 54 anos que possui um bar em Caracas. “A Semana Santa é a melhor semana do ano porque as pessoas não trabalham, saem e gastam.” Ele qualificou o decreto do álcool como “uma coisa de doido”.
A medida proíbe completamente a venda de álcool em estradas e ruas movimentadas na Quinta-feira Santa, Sexta-Feira da Paixão e Domingo da Páscoa, enquanto no sábado, bares, restaurantes de lojas de bebidas podem vender álcool das 10 às 15 horas.
A Venezuela, que vive um boom econômico alimentado pelos altos preços do petróleo, é um dos mercados mais cobiçados do mundo para produtos como cerveja e uísque. Em 2005, o país liderou o consumo per capita de cerveja na América Latina, com 83,3 litros, chegando a superar por pouco os níveis de consumo nos EUA, segundo a empresa de pesquisa Euromonitor International. Embora a maioria dos bares nos bairros ricos da região leste da capital tenha fechado esta semana, outros bares e lojas de bebidas do centro permaneceram abertos. Alguns donos de restaurante contornavam a proibição servindo vinho em xícaras de café. A medida fez surgir um mercado paralelo nas favelas após as 17 horas. “Bebi com alguns amigos no bairro ontem à noite”, disse Benigno Suero, gerente de um café. Suero, que vive em Petare, uma extensa favela onde a cerveja é consumida geralmente na rua, disse com um sorriso, “Bebemos três engradados.”

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THE'ECONOMIST'
Lula quer sossego, diz 'Economist'
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva “optou por uma vida sossegada” e, ao demorar cinco meses para montar uma nova equipe, prenuncia “um mandato sem ambição”. Seu segundo ministério é “uma geringonça de 36 membros” que deve lhe garantir “uma passagem segura, embora nada espetacular”, por mais quatro anos no poder. Assim a nova edição da revista The Economist resume a situação do governo brasileiro, no qual se destacam os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Dilma Rousseff (Casa Civil), líderes que não estão preocupados “com a necessidade de enxugar um Estado excessivo”.
O PT perdeu força, diz a revista, e o poder pessoal do presidente aumentou. O PMDB tem em mãos 44% dos recursos destinados a investimentos. Com 60% dos votos na Câmara, pequena maioria no Senado e 48% de eleitores que consideram “boa” a sua administração, Lula “é tão forte quanto qualquer presidente desejaria ser”.
Mas, pergunta a Economist, “o que ele vai fazer com esse poder? Se o ministro Antonio Palocci estivesse ao seu lado, ele poderia arrumar o desastroso sistema previdenciário e as leis trabalhistas e simplificar a vida tributária”. Ao invés disso, “ele parece mais inclinado a poupar seu capital político do que a utilizá-lo”.
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