quarta-feira, 4 de abril de 2007

FATOS EM FOCO DESTA QUARTA FEIRA, 4

GLOBO

AERONÁUTICA PODE REMANEJAR CONTROLADORES EM CASO DE GREVE
PLANO B PREVÊ O DESLOCAMENTO DE 120 MILITARES.OUTROS 250 QUE ESTÃO NA RESERVA PODEM SER CONVOCADOS.
Do G1, em Brasília, com informações do Jornal Hoje
O Comando da Aeronáutica tem em mãos um plano de emergência caso os controladores do tráfego aéreo deflagrem nova paralisação durante o feriado da Páscoa. O plano B prevê o deslocamento de 120 controladores para as regiões onde houver crise. Eles seriam levados aos Cindactas que estiverem com os serviços paralisados.
Em caso de agravamento da crise, a Aeronáutica poderá convocar 250 militares que estão na reserva e em condições de assumir as funções dos grevistas. Eles estarão de prontidão para atuar em casos emergenciais.
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Técnicos da Infraero e da Aeronáutica vão se reunir na tarde desta quarta-feira (04) para acertar os detalhes do plano emergencial. Otimista, o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, prevê tranqüilidade nos aeroportos durante o feriado da Páscoa. “Tenho a impressão que a sensatez está voltando”, disse ao G1.
Controladores estrangeiros
O presidente da Infraero avalia será “impossível” implementar a medida por causa do idioma. “Pensar que todos os controladores no Brasil falam inglês não existe. Só se forem controladores portugueses”, afirmou.
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- FAB retoma controle e monta plano especial para o feriado
- Em lugar da medida provisória com a "solução definitiva" para o caos nos aeroportos, como prometera no domingo o presidente Lula, o governo decidiu ontem devolver o comando do controle aéreo para a Aeronáutica e desistiu da desmilitarização imediata do setor. Preocupado em restabelecer o prestígio do comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, e recompor a hierarquia militar quebrada durante o motim dos controladores na sexta-feira, Lula deu ontem à FAB a responsabilidade de montar um plano de emergência para evitar novas paralisações, inclusive no feriado da Páscoa. Dezoito controladores podem ser presos e expulsos. (págs. 1, 23 a 29, Elio Gaspari, Tereza Cruvinel, Merval Pereira, Miriam Leitão e editorial "Recuo e punição")
- O presidente da Federação Internacional de Associações de Controladores Aéreos (IFATCA, em inglês), Marc Baumgartner, alerta que a desmilitarização do controle aéreo brasileiro deve demorar pelo menos 7 anos.
COMPANHIAS AÉREAS PROMETEM REFORÇO NA PÁSCOA
Gol e Tam vão colocar mais aviões nos principais aeroportos. Objetivo é evitar filas e longas esperas.
Aviões extras e reforço nas equipes de atendimento nos aeroportos do país são as estratégias das companhias aéreas para evitar, ou diminuir, o impacto de uma eventual nova crise no setor de aviação no feriado da Páscoa. Mesmo com a garantia dos controladores de vôo de que o feriado será tranqüilo, as empresas resolveram se precaver.
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A Gol informou que colocará dois aviões extras nos Aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, e Antônio Carlos Jobim, no Rio. Além disso, segundo a assessoria de imprensa da companhia, o número de funcionários que trabalham nos aeroportos será ampliado. E uma sala de contingência funcionará a partir de amanhã para tornar mais eficientes as operações. Passageiros poderão consultar horários de decolagens pelo site da empresa. A TAM também terá aviões reservas. Serão, no mínimo, três aeronaves nos principais aeroportos. Além disso, haverá mais 580 profissionais de plantão.
A BRA informou que colocará todos os funcionários para trabalhar no feriado. Só a Ocean Air não tem um plano específico, mas garantiu que, caso haja atraso nos vôos, os funcionários estarão preparados para atender aos passageiros. A equipe só será reforçada se houver necessidade.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) promete intensificar a fiscalização nos principais aeroportos. A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) só deve decidir nesta quarta-feira (4) se reforçará as equipes para a Páscoa.

LULA RECEBE ACM E QUER APROXIMAR OPOSIÇÃO
PRIMEIRO PASSO FOI DADO EM REUNIÃO COM ANTONIO CARLOS MAGALHÃES.
SENADOR BAIANO, UM DOS PRINCIPAIS OPOSITORES DE LULA, DISSE QUE ENCONTRO FOI "AMIGÁVEL".
Do G1, em Brasília, com informações da Agência Estado


Lula e ACM durante encontro no Palácio do Planalto nesta quarta (foto: Reuters)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu o primeiro passo nesta quarta-feira (4) para se aproximar da oposição no Senado. Ele recebeu o senador do Democratas (ex-PFL) Antonio Carlos Magalhães (BA) no Palácio do Planalto.
De acordo com o senador, a conversa de uma hora e meia com o presidente foi "amigável". "Parecia que eu só fazia elogios a ele, e ele a mim", contou.
O senador disse ter ouvido do presidente que gostaria de conversar com todos os parlamentares, adversários ou não, sobre matérias que o Congresso precisa aprovar com certa urgência. De acordo com ACM, Lula citou como exemplo a construção de usinas de biodiesel, sobretudo no Nordeste, onde gerariam inúmeros empregos.
ACM contou ainda ter dito ao presidente que "alguém como ele (Lula)", que ganhou a eleição com uma vantagem de 20 milhões de votos "não precisa se submeter a ninguém". O senador explicou que estava se referindo às relações de Lula com os partidos políticos.
"Porque a força inegável da eleição não foi de partido nenhum, foi dele, inclusive na Bahia. Ele não deve ficar refém de nenhum partido, mas, a cada hora em que tiver dificuldade, evidentemente, vai ficando refém." O senador negou terem conversado sobre a crise do apagão aéreo, mas disse que o ambiente da conversa passou a impressão de que a situação está melhorando. "Não parecia ter crise, nem no ar nem na terra nem no mar." O encontro de hoje, segundo ACM, foi uma retribuição à visita que Lula fez no começo de março quando ACM estava internado no Instituto do Coração, em São Paulo. A reunião marca a reconciliação entre os dois que se aproximaram no começo do primeiro mandato e depois se afastaram na eleição municipal de 2004.
O ministro de Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, participou da conversa de Lula e ACM.
Oposição
A iniciativa de se aproximar da oposição foi apresentada por Lula durante jantar com a bancada do PT no Senado na noite de terça (3), no apartamento funcional do senador Eduardo Suplicy (SP).
De acordo com o senador Flávio Arns (PT-PR), depois do encontro com ACM, Lula quer ainda conversar com o presidente do PSDB, Tasso Jereissatti (CE), o líder do partido Arthur Virgílio (AM) e o líder dos senadores Democratas, José Agripino (RN).
“É no Senado que o presidente encontra as principais lideranças da oposição. E em questões suprapartidárias é importante esse diálogo”, disse Arns após o jantar.
No jantar, o presidente mencionou ainda aos senadores correligionários que depois de consolidar a base aliada em torno de uma coalizão de governo precisa “dar o passo seguinte” e melhorar a relação com a oposição. “Como a nossa maioria no Senado é frágil, o presidente quer encontrar um canal na oposição para ficar mais fortalecido”, disse na noite de terça (3) a líder do PT, Ideli Salvatti (SC), após o jantar no apartamento funcional do senador Eduardo Suplicy (SP).
DIPLOMATA É NOVO PORTA-VOZ DA PRESIDÊNCIA
Marcelo Baumbach estava na representação do Brasil na ONU. Decisão repete modelo adotado pelo ex-presidente Fernando Henrique.
Do G1, em Brasília
O ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, apresentou nesta quarta-feira (4) o novo porta-voz da Presidência da República: o diplomata Marcelo Baumbach.
A nomeação faz parte das mudanças promovidas na Secretaria de Imprensa, que desde o começo de 2005 havia aglutinado, sob o comando de André Singer, as funções de assessoria e de porta-voz.
Baumbach, 40, é gaúcho de Porto Alegre e ingressou no Itamaraty em 1990. Já passou por diversas representações da Organização das Nações Unidas. Desde 2004, ele estava na Missão Permanente do Brasil na ONU, em Nova York.

FRANKLIN MARTINS APRESENTOU O DIPLOMATA MARCELO BAUMBACH COMO PORTA-VOZ
O diplomata é o segundo porta-voz do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O primeiro foi o jornalista André Singer, que desempenhou só esta função de 1 de janeiro de 2003 até 10 de março de 2005, quando foi convocado a assumir a Secretaria de Imprensa e decidiu fundir as duas atribuições. Com a decisão de separar novamente as funções e entregar o cargo de porta-voz a um diplomata, Franklin Martins repete um modelo implementado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). No segundo mandato, FHC teve o embaixador Sérgio Amaral como porta-voz.
Marinheiros britânicos são libertados e presidente do Irã faz ‘pedido’ a Blair
Ahmadinejad conversou com os presos na frente das emissoras e fez brincadeira.Presidente disse estar 'triste' com 'falta de coragem' da Grã-Bretanha.
Do G1, com agências
Os 15 marinheiros britânicos foram libertados pelo governo iraniano nesta quarta-feira (4). Eles estavam presos desde o último dia 23, quando patrulhavam o Golfo Pérsico. Antes de serem soltos, o presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad conversou com cada um deles publicamente e em frente às câmeras de emissoras de televisão.
Ahmadinejad sorriu quando se encontrou com um dos presos. E disse brincando: "Como você está?... Então você veio em férias obrigatórias". Ele deu ainda "boa sorte" aos britânicos.
Os homens vestiam ternos em vez dos uniformes que haviam usado e Faye Turney, a única mulher do grupo, usava um véu azul com camisa rosa escuro.
Os marinheiros irão para a embaixada britânica e embarcam para suas casas na quinta-feira.
A crise
O Irã acusou a Grã-Bretanha de ter invadido suas águas no último dia 23. O governo britânico, porém, disse que os militares estavam em águas iraquianas.
Reuters
O presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad (terno cinza claro) conversa com um dos 15 marinheiros britânicos libertados (Foto: TV iraniana/Reuters)
Neste período de prisão, a Grã-Bretanha sempre manteve a sua posição. Já alguns dos militares presos apareceram na TV iraniana pedindo desculpas por ter invadido o espaço iraniano sem autorização. Este fato foi repudiado pelo governo britânico, que declarou que seus marinheiros foram obrigados.
Nesta quarta, durante a entrevista coletiva, Ahmadinejad fez um pedido ao primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.
"Peço ao senhor Blair que não puna os soldados com a acusação de aceitarem falar a verdade", disse ele em referência às "confissões" gravadas dos 15 marinheiros e fuzileiros-navais dizendo que haviam entrado em águas iranianas.
O perdão do Irã, porém, aconteceu só depois de Ahmadinejad premiar três de seus militares exatamente por terem prendido os 15 britânicos.
Reuters
O presidente do Irã disse ainda que está "triste" pelo que chamou de violação da fronteira iraniana pelos britânicos e disse lamentar que Londres não teve "coragem suficiente" para admitir seus atos.
"O governo iraniano lamenta que o governo britânico não é corajoso suficiente para confessar seu erro de entrar em águas iranianas", disse Mahmoud Ahmadinejad em uma entrevista coletiva, acrescentando que a nação iraniana estava "triste" pela ação britânica.
Recepção
O chamado Comitê Cobra - comissão de crise integrada por membros do Governo, da Polícia e dos serviços secretos do Reino Unido - se reunirá nesta quarta para organizar o retorno dos 15 militares britânicos detidos no Irã. Segundo a rede pública "BBC", o comitê se reunirá a partir das 13h (de Brasília) para estudar a "logística" necessária para repatriar os militares. Em Londres, o Governo britânico comemorou o anúncio feito por Ahmadinejad. "Cumprimentamos o que o presidente (Ahmadinejad) disse sobre a libertação dos 15 militares", disse uma porta-voz de Downing Street, residência e escritório oficial do primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.
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"Estamos estabelecendo agora exatamente o que isto significa quanto ao método e ao momento da libertação", acrescentou a porta-voz.
Estados Unidos
O presidente dos EUA George W. Bush saudou o anúncio feito pelo Irã quanto à libertação dos marinheiros britânicos, informou a Casa Branca. "Como o primeiro-ministro Blair, o presidente Bush saúda a notícia", declarou a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino.
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- O ex-deputado José Janene foi eleito tesoureiro do PP. Acusado de receber R$ 4,1 milhões do valerioduto, ele administrará os R$ 8,2 milhões que o partido receberá do Fundo Partidário. O PP reabilitou ainda o deputado cassado Pedro Corrêa e os deputados Paulo Maluf e Pedro Henry.
- Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostrou que o maior motivo para o jovem de 15 a 17 anos abandonar os estudos é o desinteresse pelas escolas, consideradas pouco atraentes. Os desmotivados representam 45% dos que deixaram as escolas; só 23% tiveram de trabalhar.
Nancy Pelosi diz que a Síria quer a paz com Israel
A presidente democrata da Câmara de Representantes americana esteve em Damasco.A visita muito criticada pela Casa Branca.
Do G1, em São Paulo, com agências

A presidente democrata da Câmara de Representantes americana, Nancy Pelosi, afirmou nesta quarta-feira (4), em Damasco, que o presidente sírio Bashar al Assad está disposto a retomar as conversações de paz com Israel, ao término de uma visita muito criticada pela Casa Branca.
"Ouvimos o ponto de vista do presidente Assad. Ele diz que é partidário que o processo de paz no Oriente Médio seja reativado", declarou Pelosi, que, por sua parte, se disposta a promover a paz entre a Síria e Israel. "Assad está pronto para iniciar as negociações de paz com Israel", acrescentou Pelosi, terceira personalidade na hierarquia americana, em coletiva de imprensa antes de deixar Damasco. Essas negociações estão congeladas desde janeiro 2000.
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"Também transmitimos ao presidente Assad a mensagem de Ehud Olmert no sentido de que ele está disposto a retomar o processo", disse ainda, referindo-se ao encontro que manteve com o primeiro-ministro israelense no domingo passado, em Jerusalém.
A presidência do conselho israelense reagiu dizendo que a Síria deve "parar de apoiar o terrorismo" antes de iniciar negociações com Israel.
Pelosi afirmou, por outra parte, que sua visita a Damasco encabeçando uma representação de parlamentares democratas e republicanos, que está agindo de acordo com as recomendações do grupo de estudos sobre o Iraque, segundo as quais a administração George W. Bush deveria se abrir para um diálogo com os vizinhos desse país, Síria e Irã.
Além disso, Pelosi recordou, diante de Assad, sua preocupação em relação ao apoio da Síria ao Hezbollah xiita libanês e ao movimento islamita palestino Hamas.
A política disse que "chamou a atenção do presidente sírio sobre os combatentes que atravessam a fronteira síria" para se infiltrar no Iraque e combater as tropas americanas e iraquianas.
"Também expressamos nossa preocupação pelo destino dos soldados seqüestrados pelo Hezbollah e Hamas", concluiu Pelosi.
O parlamentar republicano David Hobson classificou de "francas" as entrevistas da delegação americana em Damasco. "A visita reforça nossa convicção de que o diálogo com a Síria é necessário e útil", acrescentou. Segundo a agência síria oficial Sana, o presidente Assad declarou que os americanos levaram uma "mensagem de diálogo e paz".
Pelosi, que chegou na terça-feira a Damasco, manteve outros encontros com o ministro das Relações Exteriores, Walid Mouallem, e o vice-presidente Faruk al Shara.
Oponente do presidente Bush, especialmente no que se refere à guerra no Iraque, Pelosi fez pouco caso da postura de seu governo, que boicota Damasco desde o assassinato do primeiro-ministro libanês Rafic Hariri em fevereiro de 2005 em Beirute.
Na terça-feira, Bush criticou pela primeira vez de forma pessoal esta visita, pois, a seu ver, a mesma envia "mensagens contraditórias".
Nos Estados Unidos, a edição desta quarta do jornal Los Angeles Times manifestou seu apoio a Pelosi. "É hora de alguém nos Estados Unidos quebrar o gelo". Por sua parte, o conservador New York Post comentou que as delicadas negociações com a Síria "devem ser deixadas a cargo do presidente ou seus representantes".
Depois da Síria, Pelosi visitou a Arábia Saudita, última etapa de seu giro regional.

CBN
CBNANAC AUTORIZA COMPRA DA VARIG PELA GOL
De acordo com a rádio CBN, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que a diretoria concedeu autorização prévia a aquisição da Varig pela Gol. A transação vai passar pela avaliação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

JORNAL HOJE - REDE GLOBO
FAB E COMPANHIAS AÉREAS PREPARAM ESQUEMAS DE EMERGÊNCIA PARA O SETOR
A dois dias do feriado de Páscoa, a situação é tranqüila nos principais aeroportos brasileiros. Mesmo assim, as companhias aéreas e a FAB preparam esquemas de emergência para casos de novos problemas. Pela manhã, em todo o país, segundo a Infraero, 31 vôos atrasaram e 15 foram cancelados.


O ESTADO DE S. PAULO
Lula atende comandantes e enquadra controladores
Depois de ter sido pressionado pelos comandantes militares, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu endurecer o tratamento dispensado aos sargentos que trabalham no controle do tráfego aéreo e passou a considerar sem validade o acordo firmado na semana passada. Foi abandonada também a idéia de promover o quanto antes a desmilitarização do setor.
AERONÁUTICA ESTÁ NO COMANDO E CAOS NÃO SE REPETIRÁ, DIZ LULA
Presidente falou da falta de sensibilidade dos controladores de vôo que pararam os aeroportos na última sexta-feira: ´Nada justifica que terceiros paguem a conta´
Leonencio Nossa
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou uma rápida conversa com jornalistas para fazer um balanço dos problemas do setor que ocorrem desde o ano passado e disse ter hoje um diagnóstico correto da situação.
"A Aeronáutica está com responsabilidade de não permitir que aconteça mais isso. Obviamente que pode acontecer um ou outro atraso. Ontem, por exemplo, teve uma chuva muito forte em São Paulo e hoje caiu um pequeno avião (da Força Aérea Brasileira) em Roraima", avaliou.
O presidente disse que não é possível que os controladores não tenham a sensibilidade ao ver milhares de pessoas passando a noite nos aeroportos por causa de problemas específicos da categoria. "Nada justifica que terceiros paguem a conta", disse.
Lula ressaltou que na história do Brasil ele tem sido o presidente mais flexível para conversar e negociar. A uma pergunta sobre a decisão dele de suspender a ordem de prisão aos controladores na última sexta-feira, respondeu: "não se trata de mandar prender ou soltar. Não precisamos prender as pessoas. O que precisamos é dialogar. Agora as pessoas precisam saber que a negociação tem que ser feita de forma mais madura e mais consciente possível", afirmou.
E continuou: "Estou sempre disposto a conversar com sindicatos, adversários políticos e aliados. As pessoas precisam aprender que o respeito às instituições é fundamental para o sucesso da democracia."
Protestos sem prejuízo
Lula relatou que estava dentro do avião presidencial em trânsito para a Washington quando recebeu a notícia da paralisação dos controladores. Ele informou que designou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para a função específica de dizer: "é preciso voltar a trabalhar, estamos dispostos a negociar".
O presidente disse que os protestos podem ser feitos desde que não prejudiquem a população. "A vítima do protesto não pode ser o povo. Eu disse isso quando teve greve de ônibus, dos professores e dos médicos e digo quando tem greve de controladores".
Sobre a punição dos controladores que se amotinaram na última sexta-feira, o presidente observou que o Ministério Público Militar entrou com um pedido de Inquérito Policial Militar (IPM). "Vamos aguardar a apuração. O governo não vai punir ninguém e não vai punir mesmo. Até porque longe de mim de punir alguém", sem fazer referências ao pedido de anistia apresentado pelos controladores de vôo em negociação com o governo na última sexta-feira, dia do motim.
Entenda o caos da última sexta
Na última sexta-feira, os controladores de vôo entraram em greve e pararam os aeroportos do País por pelo menos cinco horas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava em viagem a Washington e nomeou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, para negociar com os grevistas.
Além de nomear um civil para administrar o caos, Lula proibiu o Comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, de prender os controladores, o que desencadeou uma crise por quebra na hierarquia militar. Não demorou muito para o presidente recuar. Pressionado pelos militares, Lula desfez a promessa de abrir negociação salarial com os controladores e rever eventuais punições. O comando também voltou para a Aeronáutica.
O presidente ainda endureceu o tom: se pararem novamente, os controladores receberão voz de prisão e os sargentos da Defesa Aérea assumirão seus postos no controle dos aviões. Acuados, os controladores já avisaram que não haverá paralisação na Semana Santa, mas ameaçam aumentar a temperatura do caos aéreo após a Páscoa.
(- Notas e Informações - Se os controladores voltarão a azucrinar milhões de passageiros, só o tempo dirá. Por agora, o que se espera é que o presidente Lula não brinque mais com fogo.
- Mesmo com a promessa dos controladores de vôo de um feriado tranqüilo, as companhias aéreas vão providenciar aviões extras e reforço nas equipes nos aeroportos para ao menos amenizar o impacto de possíveis problemas durante a Páscoa. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) intensifica a partir de hoje o apoio aos passageiros prejudicados pela crise.
- O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Júlio Sérgio Gomes de Almeida, disse que a visão de que o câmbio seria um problema bom tem se disseminado dentro e fora do governo e pode causar danos ao País. "O grande problema nosso se chama câmbio, irmão siamês do maior juro do mundo", disse. Para outro economista do governo, o modelo do BC para projetar a inflação está errado.
- O novo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, deixou claro ontem, na cerimônia de posse, que rejeita mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Lupi afirmou que não aceita a redução de direitos dos trabalhadores - uma posição "historicamente" irredutível de seu partido, o PDT - e apontou a reforma tributária como a solução para incentivar as empresas a gerar mais empregos formais.
- Os municípios com piores índices de educação do País não conseguem receber recursos extras do MEC por absoluta falta de capacidade técnica para elaborar projetos. Levantamento realizado pelo próprio ministério revela: a lista das 1.625 cidades que hoje aplicam dinheiro federal em programas especiais não inclui as de pior desempenho.
FIDEL NÃO COMPREENDEU A PRODUÇÃO DE ETANOL, DIZ GARCIA
ASSESSOR RESPONDE A CUBANO, QUE CONDENOU USO DE ALIMENTOS COMO COMBUSTÍVEL
Reuters
BRASÍLIA - Marco Aurélio Garcia, assessor de política externa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, respondeu nesta quarta-feira às críticas sobre o etanol do líder cubano, Fidel Castro. "Está havendo uma certa incompreensão na medida em que a posição que o presidente Castro tem defendido é que a produção de biocombustíveis criaria problemas para a produção de alimentos", afirmou Garcia.
"No caso brasileiro e de todos os projetos aos quais estamos nos associando não é essa a realidade", acrescentou.
Em um artigo intitulado "A internacionalização do genocídio", publicada no jornal cubano Granma, Fidel reiterou nesta quarta-feira suas objeções à aliança Brasil-Estados Unidos de promoção ao etanol, e condenou o uso de alimentos como combustíveis. Contudo, Garcia disse que Lula é um "obcecado pelos biocombustíveis" e não deixará de apregoar os benefícios das energias renováveis, mesmo diante de críticas.
O Brasil é pioneiro mundial no desenvolvimento de álcool a base de cana-de-açúcar, e Lula acaba de assinar um acordo com o presidente dos EUA, George W. Bush, para ajudar países pobres a desenvolver a produção e a indústria de biocombustíveis.
Equador
Brasil também firmou acordos para impulsionar a produção de álcool e biodiesel com vários países da América Latina, entre eles a Bolívia, e o Equador. O presidente equatoriano, Rafael Correa, visitou nesta quarta-feira Lula em Brasília e anunciou que é "decisão do governo do Equador apoiar o desenvolvimento dos biocombustíveis" em parceria com o Brasil.
"Vamos apoiar o Equador em seu programa nacional de biocombustíveis. Nossos países estão determinados a impulsionar esta revolução de energia limpa e renovável, geradora de empregos e capaz de preservar nossas florestas", disse Lula ao receber Correa.
Falta de alimentos
Já Garcia afirmou que "o problema do mundo não é a falta de alimentos mas a falta de renda" e indicou que no Brasil "as terras para biocombustíveis não são próprias para a produção de alimentos e nenhuma produção de biocombustíveis... significará a derrubada de uma só árvore da floresta amazônica".
Perguntado sobre críticas feitas pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ao programa brasileiro de álcool, Garcia disse que "entendíamos até pouco tempo atrás que a Venezuela estava interessada também na produção de álcool e biocombustíveis... não sei se mudou".
Após assinar um acordo de longo prazo de compra de álcool com a Petrobras, a Venezuela deve figurar este ano como um dos principais mercados externos para companhia brasileira no biocombustível.
O assessor de Lula disse ainda que "não queremos transformar o problema do álcool num problema ideológico". "O presidente Lula é um obcecado pelos biocombustíveis, não vai ser agora que vai deixar de fazer propaganda disso".


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GAZETA MERCANTIL
- União dobra os investimentos no início do ano
- No ano de lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a União investiu, de janeiro a março, 108,6% a mais do que a média dos primeiros trimestres de 2003 a 2006. No primeiro mandato do presidente Lula, a média de desembolsos com investimento público foi de R$ 1,3 bilhão nos períodos em análise. Em 2007, de acordo com levantamento da Associação Contas Abertas, a pedido deste jornal, o governo investiu R$ 2,6 bilhões. Do total, a maior parte foi aplicada em infra-estrutura e saneamento.
Esse valor é o segundo maior desde 2001. Só fica atrás do último ano do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso,quando, às vésperas da eleição, o ex-presidente investiu R$19,9 milhões a mais do que o petista em 2007.
- Após ceder às pressões dos controladores de vôo, o governo mudou ontem o discurso. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse, após reunião com a categoria, que o governo não aceita negociar "com a faca no pescoço".
Em solenidade militar, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, cobrou obediência à hierarquia, mas disse estar superada a crise com os controladores. No Palácio do Planalto, o presidente Lula se esforçou para contornar a insatisfação de altas patentes, prometendo mais verbas às três Forças.
- A movimentação nos bastidores para a sucessão no comando da TV Cultura de São Paulo, que já fervilhava semanas atrás, ficou ainda maior depois que o presidente Lula revelou sua intenção de criar no segundo mandato uma rede pública de rádio e TV. A nova direção da Fundação Padre Anchieta - gestora da TV e da Rádio Cultura AM e FM -, que será definida neste mês e assumirá em junho para um período de dois anos, é quem vai conduzir a atual emissora não comercial mais importante do País. Em tese, a única que teria condições de fazer eventual contraponto à nova TV pública vinculada ao governo federal.
O mandato da próxima direção da TV Cultura coincide com as eleições municipais de 2008 e como período eleitoral da corrida presidencial de 2010. Diante desse quadro, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), um dos fortes pré-candidatos ao Palácio do Planalto, politiza a escolha da direção da emissora. Vários nomes foram cogitados para substituir o atual presidente, Marcos Mendonça
- A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou projeto que obriga o presidente do BC, Henrique Meirelles, a comparecer a cada 90 dias à comissão para explicar a trajetória dos juros e do câmbio. O projeto precisa agora ser aprovado também pelo plenário.
- Os bancos estão acelerando os investimentos em gestão de risco e segurança da informação, em decorrência da Resolução 3.380 do Banco Central. Os investimentos devem responder por 5% a 8% dos US$ 600 milhões previstos para os bancos gastarem em segurança de dados, diz o diretor da consultoria Via Fórum, Robert Janssen. Junho é o prazo de entregado plano de risco ao BC e dezembro, sua execução.
- O Tesouro reabriu o Global 2017 e captou mais US$ 500 milhões. Em relação à emissão original, houve queda no rendimento pago. Na primeira captação, de US$ 1,5 bilhão em novembro de 2006, o retorno ficou em 6,249% ao ano e ontem caiu para 5,88%. No mesmo período, o risco-País recuou de 216 para 164 pontos-base.
- A formação da Petroquímica do Sudeste, o megapolo que deverá reunir as operações da Unipar e da Suzano Petroquímica, além da Petrobras, terá de superar uma série de obstáculos para sair do papel. Dois dos mais importantes são a qualidade dos ativos da Unipar e um histórico de mau relacionamento entre as famílias Geyer e Feffer, controladoras da Unipar e da Suzano, respectivamente. São impasses que até agora não vieram à tona, mas podem resultar na saída das famílias da gestão dos ativos, que passariam a ser administrados por executivos profissionais.
Outra equação a ser resolvida é como ficaria a composição acionária da PQU, um dos principais ativos do megapolo. A empresa tem vários sócios, incluindo Unipar e Suzano, e outros menores, que podem ter suas participações valorizadas pelo interesse dos majoritários de integrar as operações com urgência.
- Luiz Wever - O etanol é a bola da vez, mas nas usinas faltam profissionais qualificados.
- Gábor Deák - Além de desenvolver a tecnologia do álcool, podemos exportá-la.
- Uma medida atrasada do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) pode levar cerca de mil empresas, que entraram com pedidos de 20 para 30 meses. O objetivo era tornar mais preciso o processo de verificação de patentes. Apesar de fazer parte da OMPI, o Brasil só aderiu à resolução dois anos depois, e patentes em 2004. Com isso, cerca de mil empresas (a maioria multinacionais) que pediram registro de patentes no País podem ter seus processos arquivados, segundo cálculo da Associação Brasileira de Propriedade Intelectual (ABPI).
- O ingresso de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) acumula nos últimos 12 meses US$ 20,24 bilhões e, além de crescer em volume, essa entrada é cada vez mais qualificada. O País vive uma era de fusões e aquisições que deverá elevar o IED a patamares registrados na época das privatizações - em 2000, foram US$ 32,78 bilhões. Segundo o consultor Ingo Plöger, há potencial para ir além dos US$ 20 bilhões neste ano. "O Brasil apresenta um valor adicional ainda mal comercializado: o grau de sustentabilidade não só econômico, mas social e ambiental." O economista-chefe do banco WestLB, Roberto Padovani, completa: a China pode atingir a exaustão ambiental, levantando dúvidas sobre o longo prazo.
- O Departamento de Comércio dos EUA divulgou ontem o Relatório Nacional de Estimativa do Comércio de 2007, entregue ao Congresso na sexta-feira. O documento faz um balanço da política comercial americana e também critica as barreiras do Brasil.
CORREIO BRAZILIENSE
- Aeronáutica se impõe, controladores cedem
- Na sexta-feira, Lula capitulou diante das exigências dos controladores de vôo que haviam paralisado todos os aeroportos do país. Ontem, diante dos representantes da categoria, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, mudou o tom do discurso. Anunciou que estava suspenso o acordo pelo qual o governo editaria medida concedendo gratificação e dando início à desmilitarização do controle do tráfego aéreo. Disse que o diálogo com os sindicalistas só será retomado quando houver a normalização dos vôos e sob o comando dos militares. E mais: afirmou que as negociações foram assumidas pela Aeronáutica. Surpresos, os controladores cederam, prometendo não cruzar os braços pelo menos durante o feriadão da Semana Santa. "O governo não negocia com a faca no pescoço", disse Lula, que ser reuniu com o ministro da Defesa e os comandantes da Aeronáutica, Exército e Marinha, para assegurar que a hierarquia militar não será desrespeitada.
- Feriadão reduzido - Marco Aurélio Mello, presidente do TSE, decide que recesso do tribunal só começa amanhã e provoca indignação entre servidores.
Servidor do BC ameaça greve para próxima semana. PF recua e adia paralisação.
- Segundo especialistas, em questão de dias a moeda americana equivalerá a menos de R$ 2. Grande quantidade de investimentos estrangeiros explica desvalorização.
LIVRO DO PAPA SOBRE JESUS SAI NO DIA 16
Da France Presse

-O livro do Papa Bento XVI sobre Jesus chegará às livrarias da Alemanha, Itália e Polônia em 16 de abril, dia de aniversário do Sumo Pontífice. O anúncio foi feito pelo Vaticano nesta quarta-feira.
Na Itália, o Corriere della Será publicou nesta quarta-feira o sétimo dos dez capítulos do livro que tem como título "Jesus de Nazaré".
Na Alemanha, a revista Die Zeit, que chega às bancas habitualmente na quinta-feira, antecipou em um dia sua edição semanal para publicar alguns trechos da obra.
No prefácio do livro, divulgado em novembro de 2006, Bento XVI afirma que "não se trata de um documento de magistério" (portanto infalível), e sim de seu "percurso pessoal interior na busca da face de Deus". "Assim cada qual é livre para me contradizer", escreveu.
Joseph Ratzinger iniciou a redação deste livro quando era apenas cardeal e prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, órgão do Vaticano responsável pelo dogma católico. Em seu livro, "o papa Bento XVI nos apresentará a visão do Jesus divino dos Evangelhos da Igreja, mas não acho que haja importantes aportes científicos. Esta obra se dirigirá principalmente ao povo dos fiéis", explicou o especialista na Bíblia, Mauro Pesce, co-autor do livro Investigação sobre Jesus, muito vendido e alvo de crítica dos setores mais conservadores católicos.
Pesce descartou a possibilidade de o Papa ter escrito este novo texto em resposta a seu livro ou às obras do teólogo jesuíta Jon Sobrino - representante da Teologia da Libertação -, que apresentam um Jesus mais humano e analisado sob uma perspectiva histórica.
No entanto, muitos consideram que, indiretamente, o texto do Papa servirá de resposta oficial do pontífice às diversas interpretações da figura de Cristo. "O livro do Papa se baseará quase exclusivamente nos quatro textos dos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João", explicou Pesce.
No prólogo do livro, o Papa alemão, teólogo de formação, explicou que até a metade do século passado se liam livros que "entusiasmavam", mas depois ocorreu a ruptura entre o "Jesus histórico" e o "Cristo da fé". "Este livro não é uma obra para a docência, mas fruto de minha pesquisa pessoal sobre o rosto do Senhor", afirma o Pontífice na introdução do volume. "É verdade que não se trata de uma encíclica, mas isto não quer dizer que será livremente criticado e debatido por parte de teólogos e demais especialistas do cristianismo. Trata-se da obra de um Papa!", concluiu Pesce.

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VALOR ECONÔMICO
- Fatia das múltis no crédito do BNDES já alcança 24%
- Quase 24% do total de recursos desembolsados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no ano passado foram concedidos a empresas controladas por capitais estrangeiros. Uma década atrás, em 1995, esse índice não passava de 2,17%. Em valores absolutos, essas liberações aumentaram de R$ 195 milhões para R$ 12,2 bilhões.
A direção do BNDES eliminou a proibição aos empréstimos a empresas estrangeiras em meados dos anos 90. Entendeu-se que o impedimento feria a Constituição, que não faz distinção entre empresas instaladas no país pela origem do capital. Desde então, a participação relativa dessas companhias no total dos empréstimos do banco manteve uma curva quase ininterruptamente ascendente.
Em 2006, os setores de papel e celulose, automobilístico, de transporte aquaviário e de máquinas e equipamentos foram os que mais receberam recursos entre as empresas de capital estrangeiro. O setor automobilístico tem sido um dos principais contemplados pelo banco estatal. Só em 2003 o BNDES aprovou R$ 2,3 bilhões para as montadoras. O setor elétrico também tem sido cliente tradicional, especialmente após as privatizações.
Analistas ouvidos pelo Valor sugerem que as liberações de recursos a empresas estrangeiras foram estimuladas nos últimos anos pela queda da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), referência do custo do dinheiro do banco estatal. Observam, porém, que, apesar de crescentes, os financiamentos às empresas de controle estrangeiro ainda estão longe de ser proporcionais à fatia da produção de bens e serviços que essas empresas detêm na economia brasileira. O capital estrangeiro controla 45% das 500 maiores companhias brasileiras, segundo o economista Antônio Corrêa de Lacerda, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Lacerda também observa que, ao captar recursos para investir em reais, a empresa estrangeira elimina a necessidade de gastar com onerosas operações de "hedge", feitas para se proteger quando os financiamentos são tomados em moeda estrangeira. O ganho em custos burocráticos e tributários de um empréstimo interno em relação ao externo também não pode ser desprezado.
- Desmilitarização é adiada e governo endurece com controladores de vôo.
- Paulo Rabello de Castro: caos aéreo é responsabilidade direta de Brasília.
- O contrato de venda do grupo Ipiranga para Braskem, Petrobras e Ultra foi assinado por 46 herdeiros de cinco famílias dos fundadores entre os 62 com direito à herança. Esse número elevado de interessados diretamente no negócio foi uma das razões para que fosse decidida a venda da empresa.
A idéia, na verdade, começou a ganhar força entre as famílias Mello, Telechea, Martins Bastos, Ormazabal e Gouvêa Vieira em 2000, quando o banco Chase Manhattan avaliou a companhia entre US$ 3 bilhões e US$ 3,5 bilhões. Naquele momento, os controladores perceberem que se desfazer do grupo seria mais interessante do que continuar recebendo dividendos.
Com tantos herdeiros, não seria fácil escolher quais seriam os cinco novos membros que representariam os controladores no conselho de administração. Por isso, ao contrário do que muitos imaginavam antes do anúncio da venda, a operação praticamente não encontrou resistência entre as famílias controladoras, que receberam cerca de R$ 2 bilhões em dinheiro. O montante a ser repartido entre cada família chega a R$ 400 milhões
- O grupo Bertin, segundo maior frigorífico de carne bovina do país, também se rendeu ao setor sucroalcooleiro e vai investir R$ 330 milhões em uma usina de álcool na cidade de Dourados (MS). A unidade entrará em operação em 2009, com capacidade para moer 4 milhões de toneladas de cana. Segundo Douglas de Oliveira, diretor-financeiro do grupo, esse investimento faz parte do projeto de diversificação do Bertin.
- A Brasil Telecom (BrT) vai adotar o "parlamentarismo" corporativo. Em assembléia de acionistas na próxima terça-feira, a operadora pretende aprovar mudanças em seu estatuto que incluem a transformação da diretoria em órgão colegiado. As decisões estratégicas passarão a depender do crivo da maioria dos diretores. Na prática, o atual presidente da BrT, Ricardo Knoepfelmacher, perderá parte de seus poderes. O objetivo é descentralizar as deliberações para reduzir o risco dos acionistas, disse o diretor de governança corporativa, Fabio Moser.
As mudanças foram inspiradas em casos como os da Companhia Vale do Rio Doce e da Arcelor. Para ajudá-la a criar o modelo, a BrT contratou os serviços da consultoria McKinsey. Para analistas, a operadora está se esforçando para melhorar a percepção dos investidores em relação á gestão da empresa.
O próximo passo também já está definido. Depois da instalação do colegiado, a companhia irá rever o sistema de gestão de seu negócio. A idéia é avaliar se a atual forma de organização é a mais adequada.
- O Brasil captou ontem US$ 525 milhões no mercado internacional por dez anos pagando a menor taxa da história para papéis em dólar: 5,88% ao ano. O prêmio sobre os títulos do Tesouro americano, de 122 pontos básicos, também foi o menor. "O Brasil já possui os fundamentos de um país que é grau de investimento e os investidores internacionais estão premiando o país por isso", disse Max Volkov, da Merrill Lynch, que, com o Morgan Stanley, liderou a operação.
A demanda pelos papéis ultrapassou US$ 2 bilhões. Grande parte dos compradores nos EUA foram os chamados fundos de "real money", que compram os papéis para ficar com eles em carteira, achando que os prêmios do risco-Brasil vão cair ainda mais quando o país se tornar grau de investimento. Do total emitido, 15% foram comprados por europeus, 15% por brasileiros e latino-americanos e 70% por americanos.
ESTADO DE MINAS
- Lula quer prisão de controlador grevista
- O presidente Lula mudou radicalmente de postura em relação aos controladores de vôo que entraram em greve, paralisando os aeroportos comerciais brasileiros sexta-feira, e defendeu ontem que os que promoveram o motim sejam presos e indiciados em inquéritos policiais militares. Com isso, jogou por terra o acordo fechado pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, com os controladores. Bernardo também voltou atrás e, depois de reunião com os operadores negou anistia aos grevistas aumentando o clima de tensão na categoria. Lula ainda tirou o gerenciamento da crise das mãos do ministro da Defesa, Waldir Pires, cada vez mais desgastado, e entregou ao comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito. As empresas aéreas prometeram, esquemas especiais durante a semana santa. Em dia relativamente tranqüilo nos aeroportos, uma ventania destelhou quatro hangares em Congonhas, em São Paulo, paralisando as atividades por 40 minutos.
- Conta de luz sobre o dobro da inflação.

JORNAL DO COMERCIO (PE)-
AERONÁUTICA RETOMA O CONTROLE DA TROPA
- Lula desautorizou o acordo com os controladores de vôo. Negociações passam para a Aeronáutica, que enquadrou grevistas na hierarquia da tropa e mobilizou, para o caso de paralisação, militares com formação em tráfego aéreo que atuam em outros setores